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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Geral: O que a briga entre Uber e taxistas ensina às empresas



*Álvaro Camargo

Quem vive hoje já na cidade de São Paulo e em outras capitais brasileiras, sabe que existe uma batalha entre taxistas e o aplicativo Uber. É uma disputa que, por vezes, se apresenta violenta. Mas o que isso ensina para aqueles que são responsáveis pela gestão de empresas? Essa situação não é nova. Situações semelhantes ocorrem desde a revolução industrial. Uma nova tecnologia pode prejudicar interesses dos que se beneficiam da situação atual. 

No caso específico do Uber, a inovação não está tanto na tecnologia aplicada, ou seja, softwares e celulares. A grande inovação é o modelo de negócio do Uber. O Uber faz com que haja um aumento da oferta de serviços de taxi, sem as dificuldades impostas pelo setor público. Isso prejudica os interesses dos donos de frotas de taxi que pagam caro para ter as licenças concedidas pelas Prefeituras Municipais. 

Não é muito difícil perceber que a oferta de taxis nas cidades brasileiras é determinada pelo poder público e não pela atratividade que esse negócio tem. Conclusão: cria-se uma condição de escassez artificial que faz com que os donos de taxis tenham um lucro acima do normal e, ao mesmo tempo, torna a licença concedida pela Prefeitura num ativo de altíssimo valor.

Isso permite, por exemplo, a criação de empresas que alugam seus carros para taxistas que não têm condição de comprar as licenças. Por outro lado, o Uber é um excelente modelo de negócio para o taxista que não tem condição de adquirir a licença da Prefeitura. Esse mesmo tipo de batalha é velha conhecida da história: já ocorreu na revolução industrial na Inglaterra, ocorreu também no Brasil com os donos de bancas de jornais quando os maiores jornais decidiram alavancar vendas através de assinaturas e ocorreu também, mais recentemente, com a indústria fonográfica que sofreu com a chegada dos gravadores de MP3.

O ponto chave é que no embate entre novas tecnologias e estruturas estabelecidas, as novas tecnologias costumam ser mais bem-sucedidas. Fica o alerta para aqueles que querem perenizar seus negócios: lutar contra novas tecnologias cujo tempo chegou, é guerra ladeira acima. O melhor é buscar se adaptar o quanto antes para não se tornar irrelevante. 

                                                            *Álvaro Camargo 
Profissional com 36 anos de experiência na área de gerenciamento de projetos e estratégia empresarial, com atuações nos Estados Unidos, Japão, Angola, Argentina e Colômbia. É docente de cursos de pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas. Camargo atua consultor em projetos estratégicos em grandes empresas nacionais e multinacionais. Atualmente tem três livros publicados na área de projetos. Álvaro Camargo pode ser contatado através do e-mail camargo.alvaro@gmail.com ou pelo seu blog emwww.alvarocamargo.com.br/blog.

Economia: Apex estima US$ 659 milhões em negócios com feira de alimentos em Dubai


Carne bovina é um dos pontos altos da feira em Dubai


  • Brasília
Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) levará este ano 86 empresas brasileiras à Gulfood, principal feira de alimentos e bebidas do Oriente Médio. O evento ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, de 21 a 25 de fevereiro. A estimativa da Apex é o fechamento de US$ 659 milhões em negócios, durante a feira e ao longo dos 12 meses seguintes.

No ano passado, 72 empresas brasileiras participaram da Gulfood, e os negócios chegaram a US$ 646 milhões. A expectativa da Apex para este ano é de um aumento de 2% no volume negociado. O coordenador de Promoção de Negócios da agência, Rafael Prado, admite que o momento de retração da atividade econômica interna e a valorização do dólar aumentam o interesse das empresas brasileiras pelas exportações.

“Todas as ações da Apex estão de acordo com o Plano Nacional de Exportações [PNE, lançado em junho de 2015, que tem como um dos objetivos combater a crise estimulando as vendas externas] . E há uma crescente demanda pelas empresas, com a economia interna desaquecida e a queda do real [frente ao dólar]”, afirma. Ele acrescenta que as ações da Apex para fomento às exportações são contínuas e ressalta a necessidade de as empresas se prepararem para exportar.

“Não basta querer exportar. Se a empresa estiver pronta, vai com a gente [a missões e feiras para prospectar clientes e fechar negócios]. Se não, precisa fazer capacitação”, explicou. Rafael informa que a Apex oferece a capacitação sem custos, por meio do Programa de Extensão Industrial da Empresa Exportadora (Peiex), direcionado a empresas iniciantes no comércio exterior.

No caso de eventos como a Gulfood, a assessoria oferecida pela Apex é mais especializada. Segundo Rafael, este ano os empresários brasileiros terão uma consultoria para identificar potenciais compradores com seu perfil. Além disso, no pavilhão reservado ao país na feira, haverá dois restaurantes para degustação de comidas típicas e carnes. “Estamos levando serviços agregados ao pacote, como um chefe de cozinha para trabalhar as diferenças culturais com os exportadores”.

                                                                             Adaptação
O empresário Marcos Roberto Pinotti, sócio-proprietário da Juice In Time, fabricante brasileira de suco em cápsulas, já passou pelo processo de conhecer o cliente estrangeiro e adaptar o produto às necessidades dele. A empresa, que também comercializa as máquinas para preparo do suco, começou a vender para Dubai em 2015 e irá à Gulfood pela primeira vez este ano.

“O nosso contrato [para exportação] foi assinado em maio do ano passado. Os selos do nosso produto já estão em inglês e árabe e fizemos a primeira venda no finalzinho de 2015. Atualmente, temos um escritório físico em Dubai, mas nossa meta é expandir para todo o Oriente Médio”, conta o empresário. Segundo ele, o objetivo com a participação na feira de alimentos e bebidas é captar pelo menos 50 novos clientes.

De acordo com Marcos Pinotti, exportar era objetivo da empresa desde a sua criação, em 2010. Foram três anos de desenvolvimento do produto, até a apresentação do primeiro protótipo, em 2013. Em 2014, começaram as vendas. “Sempre esteve nos nossos planos exportar. O grande fator de decisão é que o poder aquisitivo é maior fora do Brasil”. Ele reconhece, porém, que o momento atual torna mais atrativo investir nas exportações. 

“Independentemente da variação do dólar, é um mercado muito interessante. Mas quando vem a crise, o dólar alto, é lógico que isso impulsiona o nosso desejo de exportar”, comentou.
Segundo informações da Apex, em 2015 o país exportou US$ 10 bilhões em alimentos e bebidas para o Oriente Médio e o Norte da África, que são os compradores em potencial dos produtos brasileiros na Gulfood. Os destaques foram a carne de frango, o milho, açúcar e a carne bovina.

Política: Sérgio Moro autoriza Bumlai a fazer novos exames

\O empresário José Carlos Bumlai recebeu autorização para fazer os exames de saúde

Michèlle Canes – Repórter da Agência Brasil
O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, autorizou que sejam marcados novos exames para o empresário e pecuarista José Carlos Bumlai. Segundo o despacho, a defesa de Bumlai pediu autorização para exames médicos complementares. “[O pecuarista] vem apresentando prurido, irritação e baixa acuidade visual, sintomas condizentes com um quadro de glaucoma, doença da qual José Carlos Bumlai já padeceu”, diz o texto.

Na decisão, Moro reforça que o ideal é que seja realizada uma bateria de exames para saber a situação de saúde de Bumlai. O juiz lembra que a Polícia Federal tem "limitado recurso humano para a realização de escolta” e que é “inviável o deslocamento rotineiro do custodiado, com escolta, para a realização de exames de forma parcelada”.

“Com essas considerações, intime-se a defesa para a que, após contato com o médico pessoal de José Carlos Bumlai e com o(s) médico(s) responsável(is) pelo seu atendimento no Hospital Santa Cruz, informe a este Juízo possível data para a realização de bateria de exames [oftalmológico, urológico etc] no custodiado, preferencialmente no mesmo dia e à sua expensa”, diz a decisão. Moro pede ainda que a data dos exames seja informada com antecedência de três dias para que a Polícia Federal possa se preparar para a escolta.

A decisão de Moro foi tomada no último dia 5 e publicada ontem (9) no site da Justiça Federal do Paraná. Em janeiro, o juiz federal já tinha autorizado uma ida de Bumlai ao hospital. Os advogados do pecuarista alegaram que  ele apresentava sangramento na urina antes de ser preso, mas não procurou o médico para comparecer à CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Como um novo sangramento aconteceu, Moro autorizou o deslocamento para o hospital para a realização de exames.

Variedades: Governo promove cinema brasileiro na Alemanha

Um dos destaques é o filme "Antes o tempo não acabava"

Redação

O Programa Cinema do Brasil que, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e com o apoio da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, vem desenvolvendo estratégias e promovendo ações para ampliar a visibilidade e a participação do audiovisual brasileiro no mercado internacional, estará, pelo décimo ano consecutivo, no European Film Market, mercado que acontece de 11 a 19 de fevereiro, parte da Berlinale Festival Internacional de Berlim).

As ações têm foco em divulgar produções audiovisuais brasileiras e criar oportunidades de negócios aos profissionais do setor associados ao Programa. Os dois longas de produtoras associadas ao Cinema do Brasil selecionados para a Seção Panorama - “Antes o Tempo Não Acabava”, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo (3 Moinhos Produções); e “Mãe Só Há Uma”, de Anna Muylaert (Dezenove Som e Imagens) -, ambos representados por agentes de vendas internacionais, contarão com o apoio do Programa na sua promoção no mercado. Além disso, o Cinema do Brasil desembarca na cidade alemã junto com representantes de 32 empresas associadas.

A Seção Panorama é considerada a mostra paralela mais importante do Festival de Berlim e traz filmes chamados de autor, inéditos na Europa, com prêmios escolhidos pelo público e pela crítica. Em 2015, o grande vencedor do Prêmio do Público foi o brasileiro “Que Horas Ela Volta”, de Anna Muylaert. A diretora concorre mais uma vez com seu novo longa, “Mãe Só Há Uma”, sobre um adolescente de cidade grande que descobre que não vive com sua mãe biológica e sai em busca da família verdadeira.

Já o outro concorrente brasileiro “Antes o Tempo Não Acabava”, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo, se passa na Amazônia e é centrado num jovem indígena que resolve sair de sua comunidade e ir para a cidade. Os dois filmes foram contemplados com o Prêmio de Apoio aos Agentes de Venda que concede até US$ 25 mil aos agentes com produções brasileiras em relevantes festivais internacionais como Berlim, Cannes, Locarno, Veneza e San Sebastián. A verba é 100% destinada para investimento em divulgação e promoção durante os eventos.

Além dos filmes de produtoras associadas, concorre ao Urso de Ouro na categoria de curtas- metragens “Das águas que passam”, de Diego Zon. E, na sessão Panorama Dokumente, “Curumim”, de Marcos Prado.

- O cinema brasileiro desperta cada vez mais a atenção de programadores, distribuidores e realizadores internacionais graças à qualidade e à diversidade de nossas produções, aliadas ao amadurecimento e capacitação dos profissionais do audiovisual brasileiro - diz André Sturm, Presidente do Programa Cinema do Brasil. - Isso nos alegra e nos estimula a seguir com o trabalho que temos desenvolvido, especialmente no sentido de proporcionar a participação de profissionais brasileiros em fóruns internacionais, além de promover o intercâmbio com importantes redes de agentes da cadeia audiovisual.

Variedades: Celebridades curtiram o Carnaval Recife Antigo





Redação

O cantor Fiuk e os atores Sergio Marone, Armando Babaioff, Samara Felippo, Juliana Boller e Juliana Mesquita marcaram presença no espaço mais VIP do carnaval do Recife
Um time de famosos marcou presença na segunda noite do Camarote Skol Carnaval Recife Antigo, em parceria com a TV Jornal, neste domingo (7). Capitaneados pela Lead!, de Carla Bensoussan, responsável por toda a concepção e produção da casa, o cantor Fiuk e os atores Sergio Marone, Armando Babaioff, Samara Felippo, Juliana Boller e Juliana Mesquita curtiram o camarote mais VIP folia pernambucana. Simpáticos, os famosos posaram para selfs com os convidados e curtiram os shows do Marco Zero da varanda do palacete da Associação Comercial de Pernambuco (ACP), com vista privilegiada para o maior palco do carnaval do Recife, por onde passaram Gaby Amarantos, Jorge Aragão e Fundo de Quintal.

Sucesso na mídia graças ao papel de Ramsés, no filme Os 10 Mandamentos, Sérgio Marone já é quase um recifense. O ator já passou temporada na capital pernambucana, em 2013, quando gravou o longa "Prometo um dia deixar esta cidade", de Daniel Aragão, e fez muitos amigos no Recife. Aproveitou para matar as saudades, assim como o ator pernambucano Armando Babaioff, que não perde uma oportunidade de curtir o carnaval na terrinha.

O mais assediado do grupo foi o Fiuk. O cantor também já curtiu a folia no Camarote Skol Carnaval Recife Antigo, em 2014, mas dessa vez voltou solteiro, a pedido das fãs que movimentaram o Instagram da Lead! nas semanas que antecederam o Carnaval. "Não estou totalmente solteiro. Digamos que estou namorando escondido... Enrolado (risos). Mas ela infelizmente não pode vir", contou o moço. Ele também comentou sobre o gosto pelo Carnaval Multicultural do Recife. "Gosto de sempre conhecer novas culturas no Carnaval. Me permito sempre conhecer essa diversidade musical do Brasil", disse Fiuk.

Já as atrizes e amigas Samara Felippo, Juliana Boller e Juliana Mesquita vão curtir o Carnaval do Recife juntinhas até a quarta-feira de cinzas. Elas também marcaram presença no Camarote Skol Carnaval Recife Antigo na segunda (8) e terça (9).

Na programação musical exclusiva para os convidados do Camarote Skol Carnaval Recife Antigo, shows do grupo pernambucano Samba de Luxo, que mandou ver no sambinha dos bons, com clássicos de grandes mestres Cartola, Benito de Paulo, Ataulfo Alves, Adoniran Barbosa, Martinho da Vila, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, entre outros. A noite contou ainda com a apresentação inédita da Banda Sinara, formada por José, Francisco e João Gil, filho e netos de Gilberto Gil, respectivamente, além de Luthuli Ayodele, Pedro Malcher, Ricardo Guerra e do pernambucano Magno Brito.

Empolgadíssimos, os meninos da Sinara apresentaram show inédito na casa, com repertório feito exclusivamente para o Camarote Skol Carnaval Recife Antigo. Além das músicas do primeiro EP, Sol, eles mandaram ver em músicas de Timbalada, Novos Baianos, Bob Marley, Lenine, Timbalada, Edson Gomez, Cassia Eller, Jorge Ben, Tim Maia, tudo com uma levada reggae carioca. Eles ficaram no Recife até a Terça-feira Gorda.

Variedades: Alegorias e adereços é o primeiro quesito de desempate no carnaval do Rio de Janeiro

A escola de samba Beija Flor é uma das favoritas ao título de 2016



  • Rio de Janeiro
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil
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O quesito alegorias e adereços será o primeiro critério de desempate na disputa das escolas de samba do Grupo Especial do carnaval carioca. Esse será o último quesito a ter as notas apuradas na tarde de hoje (10) no Sambódromo do Rio de Janeiro. A apuração começa às 15h45.

Portanto, se duas ou mais escolas tiverem o mesmo total de notas ao final da apuração, será campeã aquela que somar mais pontos nesse quesito. O segundo critério de desempate será a bateria, que, por sua vez, será o penúltimo quesito a ter as notas apuradas.

Segundo o regulamento da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), a importância dos quesitos para efeitos de desempate é inversa à ordem de divulgação de suas notas. Por isso, os dois últimos quesitos são os primeiros critérios de desempate.

A ordem de divulgação das notas será a seguinte: samba-enredo, enredo, comissão de frente, fantasia, mestre-sala e porta-bandeira, harmonia, evolução, bateria e alegorias e adereços.
As rádios Nacional do Rio de Janeiro AM (1.130KHz) e MEC AM (800kHz)  vão transmitir ao vivo a apuração, a partir das 15h. 


Variedades: Bloco na Ilha do Governador reúne inconformados com o fim do carnaval


Diversos blocos tomaram conta do Rio de Janeiro

Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil
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Um grupo de amigos inconformados com o fim do carnaval reuniu-se neste ano para estender a folia até a Quarta-Feira de Cinzas na Ilha do Governador e fundou o bloco Já Tô Com Saudade, que desfilou pela primeira vez na manhã de hoje (10) na Praia da Bica, no bairro Jardim Guanabara, na zona norte do Rio.

Em seu primeiro ano, o cortejo reuniu um público pequeno, composto principalmente por moradores de áreas próximas e colaboradores da organização. O presidente do bloco, Dimas Santos, de 20 anos, disse que a intenção era atrair a população local, acostumada aos blocos menos lotados que os do movimentado carnaval do centro e da Zona Sul do Rio.

"Só saio no carnaval da Ilha, porque aqui tem muito mais tranquilidade. Aqui posso levar minha esposa e minha enteada, que só tem 2 anos. Ela vai no colo mesmo, não tem problema", afirmou o auxiliar de loja.

A gerente de contas Ana Carolina Bettamio, de 42 anos, ressaltou que, na correria da organização, não deu tempo de preparar uma camisa para os integrantes do bloco, e o jeito foi pedir ajuda à comunidade. A Escola de Samba Acadêmicos do Dendê, da Ilha do Governador, emprestou partes de fantasias, e a Acadêmicos de Santa Cruz, na Zona Oeste, também colaborou.

"O carnaval da Ilha é mais seguro, as pessoas se conhecem, e o público é bem familiar. Cheguei cedo, e as pessoas que estavam caminhando na praia já foram perguntando a que horas ia sair [o bloco]".

Enquanto Dimas e Ana Carolina arrumavam os últimos detalhes do desfile, que saiu cerca de duas horas e meia após o horário marcado para a concentração, as amigas Tawany Rodrgues, de 25 anos, e Anna Carolina Bendia, de 26, já estavam fantasiadas de gatinha e tigresa, esperando na mureta da Praia da Bica. Pela animação, o carnaval pra elas também já estava deixando saudade.

"O carnaval tem poucos dias, e a gente tem que aproveitar o máximo, porque depois, só no ano que vem. Tem que ter pique", disse Tawany, que curtiu o carnaval de rua nos quatro dias e dividiu sua agenda de blocos entre a Ilha e a Zona Sul. "Nos [blocos] da Ilha, a gente se sente mais à vontade, porque fica mais perto de casa e dá para aproveitar mais e voltar em segurança. Em alguns lá de fora, que são megaconhecidos, a gente curtiu também."

Para a dupla, o carnaval só termina domingo (14), com o desfile do Monobloco, no centro do Rio. Para evitar repetir as fantasias, a estratégia de Tawany e Anna Carolina foi escolher pequenos acessórios temáticos, como os arcos de cabelo com orelhas de felino que usavam hoje enquanto esperavam. "A gente não descansa, não. Enquanto não começa, a gente já vai bebendo", brincou Tawany.

A maior parte dos foliões, no entanto, demorou a chegar, o que preocupava Ivanilda Quirino, de 49 anos, e Milton Ferreira, de 58 anos. Cozinheira e encarregado de manutenção em uma escola pública na Praia da Bica, eles aproveitaram o carnaval deste ano para conseguir uma renda extra vendendo bebidas nos blocos da Zona Sul da cidade.

Como não havia grandes blocos na cidade hoje, o casal levou a filha de 11 anos para se divertir por ser mais tranquilo vender e tomar conta dela ao mesmo tempo. "Aqui é mais tranquilo. Levar pra lá, sem condições, em um bloco com 30 mil pessoas. Nós ralamos muito, mas valeu a pena", afirmou Ivanilda.