As tragédias anunciadas são árvores de grande porte, com mais de 50 anos
Árvore caída em Vila Mariana, SP |
Luís Alberto Alves/Hourpress
O temporal que caiu nesta
quinta-feira (20) na cidade de São Paulo revelou que o descaso do governo, em
nível municipal e estadual, é pior do que o estrago provocado pela pandemia nos
últimos dois anos, que ceifou 622 mil vidas.
Em todo Verão, a mesma cena se
repete, quando as fortes chuvas invadem moradias construídas às margens de
córregos e transforma ruas e avenidas em rios de água suja, que arrastam
automóveis e dificulta o trânsito de ônibus, principalmente os bi articulados.
As tragédias anunciadas são árvores
de grande porte, com mais de 50 anos, com o interior podre, já corroído por
cupins. Os fortes ventos as derrubam
sobre automóveis estacionados, provocando o rompimento de fios da rede
elétrica.
Médico
As subprefeituras existentes na
cidade de São Paulo, por meio do departamento de podas de árvores, não atendem
aos telefonemas da população. Às vezes, quando pressionados, realizam o serviço
após muitos meses, quando o estrago já aconteceu, como na Rua Sampaio Viana, em
Vila Mariana, Zona Sul.
Com a saúde pública, o mesmo
péssimo tratamento é reservado às pessoas que estão sem convênio médico.
Grandes filas nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) misturam contaminados
pela covid-19 e gripe influenza. Quem entrou sadio, sai doente.
O transporte público é outro
pesadelo do trabalhador. Poucos ônibus, conduzidos por motoristas mal educados,
desrespeita idosos e mulheres, principalmente grávidas. Já o Metrô, que décadas
atrás, era de excelente qualidade, hoje se transformou em sucata.
O governador tucano João Dória
ansioso para tentar ser o próximo presidente do Brasil deixou em plano inferior
a Segurança Pública. O salário da PM paulista está fixado R$ 3.034,05 enquanto
em Brasília, este valor chega a R$ 5.245,41 e no Tocantins atinge R$ 4.455,45.
Em diversas delegacias da maior
cidade brasileira, os funcionários precisam tirar dinheiro do bolso para
comprar produtos de higiene pessoal. Os equipamentos de informática funcionam
precariamente, provocando crise de nervos em quem vai registrar um Boletim de
Ocorrência.
Os trens que circulam até as
cidades da Grande SP, pertencentes ao Estado por meio da CPTM (Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos), quebram constantemente. O trabalhador perde
dias de serviço, na maioria das vezes chega atrasado ao serviço. Problema que
perdura há diversos anos, ainda sem solução.
Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Hourpressradio.com
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