O medo de uma recessão na Europa aumenta e o Banco Central Europeu não tem muitas opções
Redação/Hourpress
As moedas latino-americanas começam mistas nesta semana. O peso mexicano e o real brasileiro valorizam-se ligeiramente em relação ao dólar americano após a decepção do mercado nos dados de serviços e fabricação na Europa. A pesquisa com gerentes de compras industriais nos EUA será publicada às 9h, horário de Nova York.
O medo de uma recessão na Europa aumenta e o Banco Central Europeu não tem muitas opções. O presidente do BCE, Mario Draghi, encerra seu mandato à frente do banco em outubro. A ex-líder do FMI Christine Lagarde assumirá o cargo em novembro, com a expectativa de usar mais diplomacia do que política monetária, dadas as poucas ferramentas que ainda estão disponíveis para ela.
MXN
O peso mexicano abre em alta nesta segunda-feira. A moeda opera em 19,4065 no início da semana, mas com a possibilidade de um corte na taxa de referência do Banxico na quinta-feira. O mercado antecipa um corte de 25 pontos, o que não alteraria muito o curso da moeda que se recupera de tocar os mínimos do ano no início de setembro.
Um corte maior ou uma dose maior de pessimismo do Banxico na quinta-feira pode pressionar o peso a quebrar acima de 19,49 e mover a moeda para tentar quebrar a resistência de 19,53.
BRL
A turbulência geopolítica na semana passada e o corte agressivo de 50 pontos base pelo Banco Central do Brasil têm o real brasileiro em níveis 4,14, aguardando o que acontece nesta semana.
O Fed reduziu sua taxa de juros em 25 pontos-base, mas a retórica do líder do Fed estava otimista. Nesta semana, vários membros do comitê de política monetária terão a oportunidade de esclarecer ou ocultar ainda mais as intenções do banco central em matéria de política monetária.
A melhoria nas relações comerciais dos EUA e da China atingiu um obstáculo e a delegação chinesa voltou para casa mais cedo do que o esperado. O apetite ao risco no mercado é tênue, e só falta outra má notícia para desencadear outra rodada de aversão ao risco, para que as moedas emergentes permaneçam em baixa.
PETRÓLEO
O petróleo opera em baixa nesta segunda-feira. A França continua implorando para não acusar o Irã até que tenha evidências substanciais e, com as instalações da ARAMCO retornando on-line pouco a pouco, o petróleo retorna lentamente aos níveis anteriores ao ataque na Arábia Saudita.
A oferta e a demanda de petróleo assumiram um papel secundário, uma vez que o mercado se concentra no aspecto geopolítico. As tensões no Oriente Médio ditarão a trajetória dos preços do petróleo, com a possibilidade de ação militar que manterá o preço nos níveis atuais, apesar do aumento dos estoques de petróleo dos EUA na semana passada.
OURO
O ouro começa a semana ganhando terreno. A turbulência nas negociações comerciais entre os EUA e a China e o medo de recessão com a queda nos datos de serviços e industriais nos EUA levaram ao metal acima de US$ 1.520.
Os investidores buscam refúgio no metal, aumentando a possibilidade de a Europa entrar em recessão com a menor confiança dos gerentes de compras na Europa.
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