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segunda-feira, 1 de julho de 2019

Sindical: Imóveis da massa falida do Grupo Infinity vão a leilão



Imóveis urbanos e rurais no Espírito Santo e na Bahia estão à venda até 17 de julho por meio da MaisAtivo Judicial


Luís Alberto Alves/Hourpress

A 2ª Vara de Falência da Capital/SP determinou o 2º pregão do leilão de imóveis urbanos e rurais da Falência do Grupo Infinity em razão de recuperação judicial iniciada em maio de 2009.
Até o dia 17 de julho, 8 lotes estão à venda no site da MaisAtivo Judicial, entre eles, áreas de terras localizadas em Pedro Canário e Montanha, no Espírito Santo, e Mucuri, na Bahia. Como os imóveis estão no 2º pregão, o valor mínimo para a venda corresponde a 70% do valor de avaliação judicial, ou seja, há 30% de desconto sobre os valores do 1º pregão, encerrado sem lances no dia 27 de junho.
Um terreno de AT 48.400m², com 60 casas de aproximadamente 90m² cada, em Pedro Canário (ES), está com lance inicial de R$ 2.378.600,00. Já um imóvel residencial de AC 67m² e dois dormitórios na mesma cidade inicia a venda por R$ 47.670,00.
O único lote em Montanha (ES) é um imóvel rural de AT 338.800m², com lance inicial de R$ 483.638,18. E em Mucuri (BA), um imóvel rural de 34,67 hectares tem valor inicial de R$ 4.739.004,35.
“Nos próximos meses, mais de 100 milhões de reais serão leiloados, entre agroindústrias, imóveis rurais e veículos”, explica o leiloeiro oficial responsável, Renato Moysés, que atua com a ferramenta de leilão eletrônico MaisAtivo Judicial.
O leiloeiro oficial e a Mais Ativo Judicial formaram parceria para atuação em conjunto com as empresas DATAGRO, AGRIPLANNING e SBA – Sistema Brasileiro do Agronegócio para venda de ativos rurais, especificamente bens do setor sucroalcooleiro (‘distressed’).
Os lances podem ser ofertados até as 14h de 17 de julho e o acesso a todas as informações dos lotes pode ser feito pelo site da MaisAtivo Judicial. O leiloeiro oficial responsável é Renato Moysés.
O processo de recuperação judicial do Grupo Infinity
O Grupo Infinity Bio-Energy foi fundado em 2006 em meio ao ‘boom’ do etanol no país, com investimentos na construção de seis usinas distribuídas em Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.
Entre 2009 e 2013, contudo, diversas empresas do setor sucroalcooleiro fecharam ou entraram em recuperação judicial devido ao cenário econômico que se instalava. A Infinity Bio-Energy foi um desses casos e, em maio de 2009, entrou em recuperação judicial com uma dívida de R$ 1,5 bilhão.
Das seis unidades industriais, duas retornaram aos credores Amerra e Carval. As quatro unidades restantes (Disa, Alcana, Cepar e Cridasa) passaram a ser administradas pela Deloitte, após a Infinity ter tido sua falência decretada em julho de 2017.
A recuperação destes ativos tem encontrado boa ressonância no mercado. No fim de 2017, o mesmo grupo responsável por assessorar a Deloitte na Massa Falida da Infinity vendeu duas unidades industriais no Triângulo Mineiro por R$ 340 milhões. A estimativa é que a retomada da atividade das usinas pelos grupos Japungu e Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), gere grande impacto social positivo, criando mais de 5.500 empregos diretos com carteira assinada e 15 mil empregos indiretos.
Em 2017, foi aprovado no Senado a PLc 160/2017, conhecida como Política Nacional de Biocombustíveis, ou RenovaBio. O RenovaBio tem como objetivo promover um aumento da utilização de biocombustíveis na matriz energética brasileira, premiando a regularidade, previsibilidade e eficiência energética dos produtores de biocombustíveis. No cenário mais conservador, a DATAGRO estima que o setor sucroenergético precisará produzir aproximadamente 820 milhões de toneladas de cana até 2026, o que implica num crescimento de pouco mais de 4% ao ano sobre os atuais 650 milhões de cana.
SERVIÇOLeilão de imóveis do Grupo Infinity
Data e horário: 17 de julho de 2019, às 14h
Leiloeiro oficial:  Renato Moysés
Link para lances e acesso ao edital: http://bit.ly/2XF3LRe

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