Independente do combustível não é recomendável transbordar o tanque do veículo |
Redação
Uma lei catarinense e uma
campanha educativa realizada em alguns estados brasileiros fazem o alerta:
encher o tanque de combustível até a “boca" pode causar prejuízos ao bolso
dos motoristas. Em Santa Catarina, os postos de combustíveis estão impedidos
desde janeiro de ultrapassar o limite da trava da bomba de abastecimento do
carro, conforme a Lei 16.333/14 sancionada pelo governo do Estado. Mas embora
sejam os únicos a contar com legislação específica, os catarinenses não estão
sozinhos, já que a campanha “Não Passe do Limite” ganhou as ruas em outras
regiões do País.
Hábito tradicional dos motoristas na hora do
abastecimento, o famoso "chorinho" prejudica o funcionamento do
veículo, levando à perda de desempenho do motor. Isso ocorre porque os tanques
têm uma capacidade fixa de abastecimento, com uma área ‘extra’ prevista para
receber o volume de combustível que se expande e os gases produzidos em função
da temperatura na qual o combustível se encontra.
Ao ultrapassar esses
limites, o combustível ocupa todo o espaço interno e encharca o cânister, um
dispositivo feito para absorver os vapores de combustíveis gerados dentro do
tanque. Com o excesso de combustível abastecido, o líquido entra no cânister e
o sistema de filtro perde sua função, o que pode causar falhas no motor, danos
à pintura, desperdício e outros problemas de abastecimento fora dos padrões.
O catalisador existente no sistema de
escapamento de veículos automotores converte os gases veiculares nocivos à
natureza e à saúde, diminui o desgaste do veículo e ajuda a atenuar o ruído. Os
modelos fabricados pela Tuper seguem a Portaria 282/2008 do Inmetro, que
garante a conformidade do produto e os requisitos mínimos necessários para a
saúde e segurança dos usuários.
O consultor técnico da Tuper Escapamentos e
Catalisadores, Salvador Parisi, reforça que com o tanque cheio “até a boca”, o
combustível chega ao cânister e quando isso acontece o sistema é destruído e
deve ser substituído imediatamente, sob o risco de danos maiores a outros
componentes do veículo. “A orientação das montadoras é abastecer com o gatilho
da mangueira da bomba na posição ‘automático’ e, após o terceiro desligamento,
interromper o processo”, comentou.
A medida é necessária porque, segundo Parisi,
ao abastecer completando o tanque até a ‘boca’, o combustível ocupa todo o
espaço interno, inclusive o destinado à sua dilatação. “Nesta situação, não
haverá mais espaço interno para expansão, e não somente o tanque estará
completo de combustível, como também a mangueira de conexão, entre o bocal de
abastecimento e tanque”, disse.
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