Quando a
grávida fuma um cigarro, em apenas uma tragada, mais de 4 mil componentes
tóxicos chegam até os seus pulmões e são liberados para a corrente sanguínea.
O coração bombeia o sangue para todo o corpo da mãe, inclusive para o feto.
E a placenta, por sua vez, não consegue impedir a passagem dessas
substâncias. Todo esse processo impede a chegada de alguns nutrientes
necessários para o desenvolvimento do feto e o resultado pode trazer uma
série de problemas para a saúde da mãe e do filho.
Engana-se, no entanto, quem imagina
que o cigarro possa causar danos somente durante ou após a gravidez. Para
quem pretende ser mãe, ele também é um grande vilão. “Além de diminuir a
fertilidade, o cigarro reduz a capacidade ovulatória da mulher e interfere
nas chances de sucesso de uma reprodução assistida”, alertou a
ginecologista especialista em Reprodução Humana da Criogênesis, Dra.
Alessandra Munhoz.
A especialista ainda acrescenta que a mulher grávida fumante tem 70% mais
chances de ter um aborto espontâneo, de dar à luz antes da hora, do bebê
nascer com baixo peso e altura, com riscos de malformações e complicações
cardíacas, ou até mesmo de ocorrerem mortes fetais e de recém-nascidos. Os
riscos, entretanto, não decorrem somente do hábito de fumar da mãe. “Se a
gestante é obrigada a conviver com fumantes ou em ambientes poluídos pela
fumaça do cigarro, ela absorve as substâncias tóxicas que, pelo sangue,
passam para o feto”, explicou.
Enfim, para as mulheres que têm o
sonho da maternidade é recomendável começar o tratamento contra o tabagismo
antes da gravidez. “É fundamental iniciar uma terapia orientada por um
médico, além de mudar o estilo de vida, adotar hábitos alimentares
saudáveis e praticar exercícios físicos. E, acima de tudo, abandonar o
vício deve ser uma medida permanente. Não adianta voltar a fumar logo
depois que o bebê nasce, pois a exposição da criança aos malefícios do
cigarro, principalmente durante o período de amamentação e nos seus
primeiros meses de vida, podem causar danos irreparáveis para a sua saúde
no futuro”, ressaltou a especialista.
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