Superlotação em presídios só atinge bandidos pé rapados; colarinho branco nunca entra neste lugar |
Luís Alberto Caju
Justiça cega: Hoje (3), a Justiça
decretou a prisão de ex-integrantes da cúpula do Banco Nacional, alvo de
intervenção do Banco Central na década de 1990, durante o governo tucano de
Fernando Henrique Cardoso. Foram para o xadrez da Polícia Federal, no Rio de
Janeiro, o ex-presidente do Nacional, Marcos Magalhães Pinto, o executivo
Arnoldo Oliveira e o ex-contador Clarimundo Santana.
Mesmo condenados pelo TRF (Tribunal Regional
Federal) do Rio, STJ (Superior Tribunal de Justiça) e STF (Supremo Tribunal
Federal), o trio pode voltar às ruas, pois ainda existiriam recursos para ser
julgados pela Justiça. Como já passei da idade de acreditar em Papai Noel e
Fada Madrinha e outras besteiras, logo os três pilantras estarão nas ruas,
almoçando em restaurantes de grife, se hospedando em resorts de primeira linha
e viajando para cidades turísticas. Se fossem três pobretões, pode ter certeza
que já estavam na cadeia há muito tempo. Infelizmente Justiça no Brasil só
funciona para pobre, preto e prostituta.
Deputado presidiário: O ladrão Natan
Donadon, atualmente sem partido, é o único parlamentar bandido que, mesmo
condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), mantém o cargo. Ou seja, quando
sair da cadeia terá direito a “miserável” aposentadoria integral de R$ 26 mil e
outros benefícios. Para complicar, seus colegas sacanas de Câmara dos Deputados
não cassaram seu mandato. Vários edis se acovardaram, sem comparecer ao
plenário, entre eles Vicentinho (PT/SP), ex-presidente da CUT, e Jorge Tadeu
Mudalen (DEM/SP), membro da bancada evangélica. Por causa disso é que só
compareço à urna para anular meu voto. Cansei de ser enganado.
Bola da vez: A Síria é a bola da vez
agora. Após o ataque com armas químicas, provocando a morte de cerca de 1.500
pessoas, entre elas várias crianças, os Estados Unidos prometem atacar para
valer e ajudar derrubar a ditadura reinante naquele país. A Rússia,
simpatizante de governos autoritários e sanguinários, pretende fazer contra
ponto, caso os norte-americanos resolva acabar com essa luta desigual, dos
rebeldes que exigem um regime democrático contra o governo que já provocou a
morte de aproximadamente 300 mil sírios. Os mercadores de armas devem estar
sentindo orgasmos frequentes ao saber que os lucros aumentarão mais.
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