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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Variedades Clássico na luta antirracista é relançado no Brasil com prefácio de Emicida



 Obra-prima do historiador Carter G. Woodson "A (des)educação do negro" reascende o debate sobre ativismo negro

Redação/Hourpress

Oito décadas. Este é o tempo que separa o momento atual dos  ensinamentos do historiador negro Carter G. Woodson trazidos na obra-prima A (des)educação do negro. Publicado em 1933, o épico manual antirracista, que prepara o negro para cumprir sua pária social, segue relevante e atual. Para que não seja esquecida, a Editora Edipro relança a obra icônica com prefácio assinado pelo rapper e escritor Emicida, que incorpora ao debate coletivo suas experiências pessoais.

Ele recorda de um episódio constrangedor vivido na escola. Cada aluno deveria trazer informações sobre a origem de sua família e Emicida ficou nervoso antes mesmo de chegar sua vez. O rapper lembrou das duas avós com quem teve contato, uma negra retinta e outra que era, conforme ele mesmo descreve: “o que o país se referia [erroneamente] como uma mulata”“Eu as descrevi e, titubeante, disse que talvez minhas avós tivessem vindo da África. A professora me repreendeu e me perguntou quem era a pessoa branca da minha família”, recorda.

Com muito esforço, me lembrei que, alguns anos atrás, havíamos sido visitados pela mãe de minha avó mulata, por minha bisavó, uma mulher da região Sul do país, que no Brasil é entendida como branca. Quando a mencionei, disse também que talvez ela fosse portuguesa, não por ter qualquer evidência sobre isso, mas porque me veio o nome de Portugal na cabeça. A professora sorriu carinhosamente e disse: “Tá vendo como você também tem uma origem bonita como todos os outros?”. (A (des)educação do negro, p. 9)

Carter G. Woodson é considerado o pai da história negra americana. Filho de escravos, trabalhou em minas de carvão antes de se graduar na Universidade de Chicago. O autor é o segundo negro dos EUA a obter um PhD pela Universidade de Harvard, na qual também lecionou. A obra de Carter demonstra que o sistema não prepara o estudante negro para o sucesso e o impede de ter uma identidade própria, doutrinando para que assuma uma posição de submissão social.

“Os ‘negros educados’ têm a atitude de desprezo em relação ao próprio povo porque em suas escolas, bem como nas escolas mistas, os Negros são ensinados a admirar os hebreus, os gregos, os latinos e os teutônicos e a desprezar os africanos” (A (des)educação do Negro, p. 13)

Após 40 anos de reflexão para, então, publicar a obra, Carter condenou os padrões de ensino eurocentrados; modelos escolares que desprezam a história e cultura africana; a inferiorização dos saberes de outras culturas, sobretudo de matrizes africanas, e aponta soluções para os problemas raciais. A principal mensagem do autor é mostrar que a educação formal das pessoas negras não é usada como instrumento de transformação.

Mesmo depois de oito décadas passadas essa constatação ainda está presente. E Emicida sintetiza o que deve ser feito na última frase de seu prefácio: “o que temos nesses escritos antigos é como uma bússola, que (...) ainda continua bastante atual e pode oferecer soluções valiosas para que o amanhã não seja só um ontem, com um novo nome.”

 Ficha técnica
Nome: A (des)educação do negro
Autor: Carter G. Woodson
Tradutora: Naia Veneranda Gomes da Silveira
Prefaceador: Emicida
Editora: Edipro
ISBN-10: 6556600385
ISBN-13: 978-6556600383
Formato: 21x14
Páginas: 128
Preço: R$ 31,90

Link de venda: https://amzn.to/3d3WUX8

Sobre o autor: Carter Godwin Woodson (1875-1950) foi um historiador, escritor e jornalista norte-americano. É considerado o pai da história negra americana, tendo iniciado a Semana da História Negra, que viria a se tornar o Mês da História Negra, realizado todos os anos em fevereiro, nos Estados Unidos. Filho de escravos, trabalhou nas minas e carvão de West Virgínia antes de se graduar pela Universidade de Chicago. Em 1912, tornou-se o segundo negro dos Estados Unidos a obter um PhD pela Universidade de Harvard. Durante a maior parte de sua carreira, lecionou na Universidade Howard, historicamente dedicada à comunidade afro-americana de Washington, D.C.

 

Variedades: Nomadland - Sobreviver na América leva 3 principais prêmios do Oscar

 


Melhor filme, melhor direção e melhor atriz ficaram com Nomadland


Agência Brasil 

O filme Nomadland - Sobreviver na América ganhou o Oscar de melhor filme, melhor realização e melhor atriz para Frances McDormand. A cineasta Chloé Zhao torna-se assim a segunda mulher na história a receber o prêmio de melhor diretora. A 93ª cerimônia dos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas ocorreu, na noite deste domingo (25), na Estação Union Station, em Los Angeles, e no Dolby Theatre, em Hollywood, com restrições devido à pandemia de covid-19.

Nomadland - Sobreviver na América era o maior favorito e cumpriu os prognósticos, vencendo nas principais categorias do Oscar, entre elas a de melhor direção, com a estatueta entregue à cineasta sino-americana Chloé Zhao. Ela é a segunda mulher a conquistar esse Oscar, depois de Kathryn Bigelow, em 2010, com Estado de Guerra

93rd Academy Awards
Vencedoras do Oscar 2021 - REUTERS/Chris Pizzello/Direitos Reservados

É fabuloso ser uma mulher em 2021", afirmou Chloé Zhao ao comemorar a vitória.

 "Sou extremamente afortunada por poder fazer o que gosto", acrescentou a cineasta nos bastidores da cerimônia de entrega do Oscar, na madrugada de hoje (26). "Se esta vitória ajudar mais pessoas como eu a viverem os seus sonhos, sou muito agradecida por isso".

Nomadland - Sobreviver na América, considerado o melhor filme, conta a história de uma mulher - Fern, interpretada por Frances McDormand - que viaja pela América como nômade. Vive numa caravana, trabalha em empregos temporários e sobrevive na estrada, na sequência da crise econômica de 2008.

Ao receber o prêmio, Chloé Zhao dedicou-o "a todos aqueles que tiveram a fé e a coragem de se agarrar à bondade em si próprios e nos outros".

Embora o filme seja uma ficção, inclui testemunhos reais de norte-americanos que vivem na estrada, sempre em trânsito, numa comunidade nómade mais envelhecida e às margens da sociedade. O filme contou inclusive com nômades da vida real.

"Um dos momentos mais felizes para mim esta noite foi quando a Frances [McDormand] ganhou", disse Chloé Zhao aos jornalistas. "As pessoas podem não saber tudo o que ela fez, como produtora e como atriz, quão aberta e vulnerável foi e quanto me ajudou a fazer este filme. E como ajudou os nômades a sentirem-se confortáveis nas gravações. Ela é 'Nomadland'".

Com esse Oscar, Frances McDormand entrou no pequeno grupo de atrizes com mais de duas estatuetas da academia, juntando-se a Meryl Streep e Ingrid Bergman (três Oscars, cada), e a Katharine Hepburn (quatro). Ela conseguiu ainda vencer a indicação de melhor atriz, depois de Fargo (1996) e de Três Cartazes à Beira da Estrada (2018).

Indicado para sete estatuetas, o filme Nomadland completa um percurso de sucesso nos últimos meses, depois de ter ganhado quatro prêmios Spirit, os chamados Oscars do cinema independente: melhor filme, melhor realização, melhor montagem e melhor fotografia.

Por The Father, o britânico Anthony Hopkins, que não esteve presente à cerimônia, conquistou o segundo Oscar de melhor ator, 30 anos após a sua premiação pelo papel em O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme.

Veja, a seguir, os ganhadores do Oscar 2021:

Melhor Filme
Nomadland
Melhor Ator
Anthony Hopkins, por Meu Pai
Melhor Atriz
Frances McDormand, por Nomadland
Melhor Direção
Chloé Zhao, por Nomadland
Melhor Ator Coadjuvante
Daniel Kaluuya, por Judas e o Messias Negro
Melhor Atriz Coadjuvante
Yuh-Jung Youn, por Minari
Melhor Roteiro Adaptado
Christopher Hampton, Florian Zeller, por Meu Pai
Melhor Roteiro Original
Emerald Fennell, por Bela Vingança
Melhor Filme Internacional
Durk - Dinamarca
Melhor Fotografia
Mank
Melhor Documentário
My Octopus Teacher
Melhor Documentário em Curta-Metragem
Colette
Melhor Curta-Metragem
Two Distant Strangers
Melhor Animação
Soul
Melhor Curta de Animação
If Anything Happens I Love You
Melhor Canção Original
Fight For You (Judas e o Messias Negro)
Melhor Trilha Sonora Original
Soul
Melhor Edição
O Som do Silêncio
Melhor Figurino
A Voz Suprema do Blues
Melhor Cabelo e Maquiagem
A Voz Suprema do Blues
Melhor Edição de Som
O Som do Silêncio
Melhor Design de Produção
Mank
Melhores Efeitos Visuais
Tenet

Veículos: Mais de 80 anos da Nissan contados em uma coleção impecável




 Luís Alberto Alves/Hourpress

  • Local é aberto à visitação pública, mas site na internet também permite conhecer detalhes dos veículos

Zama é uma cidade amplamente industrial que fica a pouco mais de uma hora de carro do centro de Tóquio. Ali, a Nissan tem um complexo industrial importante e que guarda uma parte significativa de sua história. Dentro de um armazém de 5.600 m² estão “estacionados” mais de 400 carros que lembram – e contam – todas as mais de oito décadas da evolução da marca japonesa, nascida em 1933. É a Nissan Heritage Collection, local no qual a Nissan preserva com dedicação seu passado e seu próprio DNA.

Estão lá, muito bem conservados, o primeiro modelo fabricado, elétricos, carros-conceito, esportivos e bólidos que fizeram história nas pistas do Japão e que conservam marcas das provas que disputaram, como riscos e amassados.

A Nissan permite a visitação ao local com horário previamente marcado. O espaço é aberto das 10h às 16h, de segunda a sábado. Entretanto, pode-se conferir pela internet fotos e a história dos modelos (em inglês) que estão na coleção, pelo endereço https://www.nissan-global.com/EN/HERITAGE/index2.html.

Internacional: Covid-19: países oferecem ajuda à Índia para aliviar crise

 


País ultrapassou os 17 milhões de casos da doença


Agência Brasil 

Vários países, incluindo os Estados Unidos (EUA) e integrantes da União Europeia (UE), ofereceram à Índia material médico para ajudar a aliviar a crise de recursos do país, que enfrenta um violento surto de covid-19.

A ajuda internacional é enviada como "resposta urgente" às necessidades do segundo país mais populoso do mundo, que viu o número de infeções e de mortes multiplicarem-se dramaticamente em apenas algumas semanas, causando o colapso do seu sistema de saúde.

Apesar da grande capacidade de produção do país, conhecida como "a farmácia do mundo", o setor de saúde começou, na semana passada, a indicar que tinha um mínimo do material, devido ao grande número de doentes que chegam todos os dias aos hospitais.

O Reino Unido disse hoje que fará "todo o possível para aliviar o sofrimento" da Índia e, face à gravidade da situação, enviará ventiladores para evitar a repetição de dezenas de casos de mortes por falta de oxigênio nos hospitais.

A União Europeia também anunciou uma resposta coordenada dos Estados-membros para enviar recursos por meio do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

Além disso, a França e a Alemanha informaram que vão oferecer material para ajudar no combate à crise, independentemente da resposta do bloco europeu.

Nesse domingo (25), os Estados Unidos anunciaram o embarque "imediato" de recursos médicos e material para a fabricação de vacinas que permitam enfrentar "com urgência" a grave crise.

O embarque de componentes químicos e princípios ativos para a fabricação de medicamentos é fundamental para a Índia, que abriga o maior produtor mundial de vacinas - o Serum Institute of India (SII) -, produtor da fórmula anticovid-19 do laboratório sueco-britânico AstraZeneca.

Na semana passada, o fabricante indiano pediu publicamente aos Estados Unidos que suspendessem as restrições à importação de matérias-primas para permitir aumentar a produção de vacinas, já que o Serum é produtor global e principal fornecedor da Índia.

O braço de investimentos do Governo de Singapura, o Temasek, também coordenou, neste fim de semana, o envio para a Índia de equipamentos médicos de emergência, incluindo aparelhos de respiração assistida.

A Força Aérea Indiana informou no sábado (24) que iria enviar navios cargueiros para Singapura, a fim de ajudar a transportar novos contêineres que permitam aumentar a capacidade de armazenamento do país.

A crise de saúde na Índia, que se tornou explícita em imagens de hospitais saturados, de escassez de alguns medicamentos para tratar o vírus e nas cremações massivas devido ao aumento das mortes, também levou a China, o Paquistão, os Emirados Árabes Unidos e a Austrália, entre outros países, a oferecer ajuda.

"Como gesto de solidariedade ao povo da Índia, no âmbito da atual onda de covid-19, o Paquistão ofereceu-se para dar apoio, com ventiladores, dispositivos Bipap (para ajudar a respirar), máquinas digitais de raios-X, equipamentos de proteção e outro material relacionado", disse, em comunicado, o governo paquistanês, apesar dos frequentes confrontos que tem com a Índia.

A Índia ultrapassou hoje os 17 milhões de casos de covid-19 e 195 mil mortes, em meio a forte onda da doença que, segundo o governo indiano, está "a sacudir o país".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3,1 milhões de mortes no mundo, resultantes de mais de 146,3 milhões de casos de infeção, segundo balanço da agência francesa AFP.

A doença é transmitida pelo novo coronavírus, detectado no fim de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China.


Artigo: Vila Mariana é uma das apostas do mercado imobiliário em 2021



 Com expectativa de crescimento de até 10% do setor, o bairro deve atrair novos empreendimentos

Redação/Hourpress

O mercado imobiliário tem projeções positivas para 2021, motivadas, sobretudo, pela queda na taxa de juros e demandas criadas pelas famílias durante o período de isolamento social. A expectativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) é de crescimento de até 10% do setor em comparação com 2020. Em São Paulo, o bairro Vila Mariana segue como uma das apostas promissoras para essa retomada.

 No ano passado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central realizou nove cortes na taxa de juros Selic, que chegou a 2%, o menor patamar histórico. Somente em 17 de março deste ano a taxa subiu 0,75%, passando para 2,75%.

 A Selic tem facilitado o acesso aos financiamentos imobiliários num momento em que as famílias passam mais tempo em casa, por conta da necessidade de isolamento social para conter a disseminação da Covid-19. 

 A quarentena tem contribuído para um olhar mais atento ao imóvel e, também, às novas demandas criadas pelos adultos que estão em home office e pelas crianças e adolescentes que estudam on-line e precisam realizar atividades de lazer em casa. 

Estudos feitos por representantes do setor corroboram as projeções positivas. Levantamento da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) junto às 38 maiores empresas do setor revelou que 97% delas pretendem lançar um novo empreendimento este ano e 87% acreditam em aumento das vendas. 

 São Paulo

Na cidade de São Paulo, onde está localizado um dos mercados mais dinâmicos do país, o desempenho do setor segue positivo nos últimos meses. Pesquisa realizada pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) mostrou um marco em outubro do ano passado, quando foram vendidas 5.552 unidades habitacionais. 

Esse foi o melhor resultado para um mês de outubro desde o início da série histórica em 2004. Para se ter ideia, trata-se de um crescimento de 38% em comparação com outubro de 2019. O desempenho também revelou avanço de quase 8% em comparação com o mês anterior (setembro de 2020).

O ano de 2021 começou com bons índices. A pesquisa mais recente realizada pelo Secovi apontou que foram comercializadas 5.009 unidades em fevereiro, 49% a mais do que em janeiro. Na comparação com fevereiro de 2020, o crescimento foi de 19,6%.

 Vila Mariana

A Vila Mariana está entre as localizações mais desejadas por quem mora ou pretende viver em São Paulo e, por isso, segue como a aposta do mercado para o lançamento de novos empreendimentos imobiliários. E não poderia ser diferente, já que o bairro é conhecido pela boa localização, a infraestrutura e a segurança, atrativos muito valorizados na hora de escolher um imóvel.

Dentre os novos empreendimentos imobiliários previstos está o Vista Parque, da construtora Plano&Plano. O projeto está sendo construído em um terreno de 1.829,57 metros quadrados na Rua Doutor Clemente Jobim e prevê o incremento de 223 moradias para a Vila Mariana.

O empreendimento terá apartamentos com um dormitório, vagas de garagem e área de lazer com bicicletário, home office, churrasqueira, área fitness, salão de festa, playground, place pet e pet agility.

Atrativos do bairro

Localizada na Zona Sul de São Paulo, a Vila Mariana está distante apenas cerca de seis quilômetros da região central e é ladeada pela Rua Vergueiro e pelas avenidas 23 de Maio e Paulista. O deslocamento é facilitado pelas opções de transporte. O bairro conta com estação de metrô, paradas de ônibus e pontos de táxi.

Embora tenha um perfil residencial nobre, o bairro possui uma infraestrutura completa, que conta com comércio variado, shoppings, escolas, hospitais, bares e restaurantes. A gastronomia, aliás, é um dos principais atrativos, com destaque para os estabelecimentos da Rua Joaquim Távora. A vida noturna da Vila Mariana atrai moradores de outras regiões da cidade.

O bairro também respira cultura e é sede de importantes equipamentos como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Sesc Vila Mariana, a Biblioteca Viriato Corrêa e o Museu Lasar Segall. As ruas arborizadas e as áreas verdes contribuem para uma maior qualidade de vida. É na Vila Mariana que estão localizados os parques Modernista e Ibirapuera.

Política: Projeto assegura gratuidade no transporte coletivo a mulher vítima de violência doméstica



 Créditos serão inseridos no cartão fornecido pela secretaria de transporte do município

Redação/Agência Câmara 

O Projeto de Lei 4252/20 assegura gratuidade temporária em serviços de transporte público coletivo a mulheres vítimas de violência doméstica abrigadas por medidas protetivas. A gratuidade, segundo o texto em tramitação na Câmara dos Deputados, valerá por 90 dias, prorrogáveis por períodos sucessivos enquanto durar a pandemia de Covid-19.

O pagamento das viagens, segundo a proposta, será operacionalizado por créditos inseridos em cartão de transporte fornecido pela secretaria de mobilidade e transporte de cada município. Caso o município não utilize o sistema de cartões, deverá assegurar à mulher, no mínimo, quatro viagens diárias no período.

Autor do projeto, o deputado Delegado Antônio Furtado (PSL-RJ) argumenta que vítimas de violência doméstica sofrem violações dos seus direitos fundamentais, o que acarreta a elas danos físicos, psíquicos e sociais. Ele acrescenta que muitas mulheres vítimas de violência enfrentam dificuldades por ausência ou insuficiência de recursos financeiros e patrimoniais.

“Proporcionar gratuidade de transporte a mulheres que sofrem violência doméstica é algo certamente de extrema importância para romper o ciclo de violações a que elas estão submetidas. A cada 1,4 segundo uma mulher é vítima de violência no Brasil”, diz o autor.

Tramitação
O projeto será analisado, em 
caráter conclusivo, pelas comissões de Viação e Transportes; dos Direitos da Mulher; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei


Política: Projeto dispensa frequência e prevê exames para a aprovação do aluno

 


Medida alternativa valeria durante a pandemia do novo coronavírus

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara 

O Projeto de Lei 2191/20 dispensa os estudantes do controle de frequência em razão da pandemia do novo coronavírus. Ao mesmo tempo, autoriza as escolas a realizar exames de proficiência para fins de aprovação e promoção escolar.

A proposta em tramitação na Câmara dos Deputados insere dispositivos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A medida valerá enquanto persistir no País a situação de emergência em saúde pública prevista na Lei 13.979/20.

“O projeto faculta o ensino domiciliar, para que as famílias que assim desejarem e tenham condições de fazê-lo possam manter os filhos em distanciamento social por mais tempo do que aquele determinado localmente por prefeitos e governadores”, disse o autor da proposta, deputado Mário Heringer (PDT-MG).

“O estudante que optar por permanecer em casa depois do retorno das aulas presenciais não teria as faltas computadas, mas, para ser aprovado e cursar o ano seguinte, precisaria se submeter ao exame”, explica o parlamentar.

Tramitação
O projeto tramita em 
caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.