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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Veículos: Ford apresenta o Mustang Mach-E 1400


O Mustang Mach-E 1400 tem sete motores


Luís Alberto Alves/Hourpress

Divulgação

A Ford apresentou nos Estados Unidos o Mustang Mach-E 1400 elétrico, protótipo desenvolvido pela Ford Performance em parceria com a RTR Vehicles para mostrar o potencial de desempenho da propulsão elétrica – veja aqui.

Seguindo os passos do Mustang Cobra Jet 1400 elétrico, o Mustang Mach-E 1400 deve gerar mais de 1.400 cv de potência com seus sete motores e bateria de ultra-alto desempenho. Além de estrear em breve na Nascar, ele está pronto para competir em qualquer tipo de pista, incluindo arrancada e drifting. 

O Mustang Mach-E 1400 serve também como banco de ensaio para novos materiais. O capô é feito de um composto de fibras orgânicas, uma opção leve à fibra de carbono usada no restante do veículo.

“Agora é o momento perfeito para aproveitar a tecnologia elétrica, aprender com ela e aplicá-la à nossa linha”, diz Ron Heiser, engenheiro-chefe do programa, Mustang Mach-E. “O Mustang Mach-E será divertido de dirigir, como todos os outros Mustangs, mas é completamente insano, graças aos esforços da Ford Performance e da RTR.”

O Mustang Mach-E 1400 é o resultado de 10.000 horas de desenvolvimento da Ford Performance e da RTR para preencher a lacuna entre o que um veículo elétrico pode fazer e o que os clientes acreditam que ele pode fazer.

“Ficar ao volante deste carro mudou completamente a minha perspectiva do que pode ser potência e torque", diz Vaughn Gittin Jr., piloto vitorioso e fundador da RTR Vehicles. “Essa experiência é diferente de tudo que você já tenha imaginado, exceto talvez uma montanha-russa magnética.”

O Mustang Mach-E 1400 tem sete motores – cinco a mais que o Mustang Mach-E GT. Três são acoplados ao diferencial dianteiro e quatro à traseira, no estilo panqueca, com um único eixo de transmissão. Este conjunto permite ajustar o carro para todo tipo de prova, desde drifting e arrancada a corridas de alta velocidade.

“O desafio era controlar os níveis extremos de potência fornecidos pelos sete motores”, diz Mark Rushbrook, diretor de Motorsport da Ford Performance. “O Mustang Mach-E 1400 é uma vitrine do que um veículo elétrico pode fazer.”

O chassi e o trem de força são configurados para testar diferentes layouts e seus efeitos no consumo e desempenho, incluindo tração traseira, dianteira ou nas quatro rodas. A potência pode ser direcionada totalmente para a frente ou a traseira, ou dividida. A “downforce” será de mais de 1.000 kg a 270 km/h.

A bateria de 56,8 kWh é composta por células de níquel-manganês-cobalto, para ultra-alto desempenho e alta taxa de descarga. Durante o carregamento, a bateria é resfriada por um líquido de refrigeração dielétrico.

Um impulsionador eletrônico de freio permite que a frenagem regenerativa seja combinada com o ABS e controle de estabilidade para otimizar o sistema de frenagem. O Mustang Mach-E 1400 possui freios Brembo, como o Mustang GT4 de corrida, e um freio de mão hidráulico projetado para drifting, que permite desligar a energia dos motores traseiros.

A Ford está investindo mais de US$ 11,5 bilhões em veículos elétricos em todo o mundo, incluindo o Mustang Mach-E elétrico, que chega ao mercado norte-americano no final deste ano.

Internacional: China manda EUA fecharem consulado em Chengdu em retaliação

Foi em reação à exigência de Washington de fechar consulado em Houston


Agência Brasil 

EBC

A China determinou aos Estados Unidos que fechem seu consulado na cidade de Chengdu nesta sexta-feira (24), reagindo à exigência feita por Washington nesta semana de que a China feche o consulado em Houston, uma deterioração das relações entre as duas maiores economias do mundo.

A ordem de fechar o consulado de Chengdu, localizado na província de Sichuan, no sudoeste chinês, foi vista como praticamente recíproca em termos de escala e impacto, mantendo a prática chinesa recente de reações equivalentes às ações dos EUA.

Pequim havia alertado que retaliaria, depois de ser surpreendida com um aviso de que teria 72 horas – prazo encerrado nesta sexta-feira – para esvaziar o consulado de Houston e ter feito um apelo para que os EUA a reconsiderassem.

"A medida dos EUA violou seriamente a lei internacional, as normas básicas das relações internacionais e os termos da Convenção Consular China-EUA. Ela prejudicou gravemente as relações China-EUA", disse a chancelaria chinesa em comunicado.

"O Ministério das Relações Exteriores da China informou à Embaixada dos EUA na China de sua decisão de retirar seu consentimento para o estabelecimento e a operação do Consulado-Geral em Chengdu", disse.

O Departamento de Estado norte-americano e a embaixada dos EUA em Pequim não responderam de imediato a um pedido de comentário.

O porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, disse que parte dos funcionários do consulado de Chengdu está "realizando atividades que não se alinham com suas identidades", que interferiu nos assuntos chineses e prejudicou os interesses de segurança da China, mas não deu detalhes.

O consulado tem 72 horas para fechar, ou até as 10h de segunda-feira, disse o editor do jornal Global Times no Twitter.

Os mercados de ações globais sofreram quedas após o anúncio, acompanhando uma queda acentuada das ações blue chips chinesas, que perderam 4,4% do valor, e o iuan, que teve sua pior queda em duas semanas.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse em discurso ontem que EUA e seus aliados precisam usar "meios mais criativos e assertivos" para pressionar o Partido Comunista chinês a mudar sua conduta. Ele classificou o esforço como a "missão de nosso tempo".

Os laços entre os dois países se deterioraram acentuadamente neste ano, por causa de questões que vão desde o novo coronavírus e da gigante de equipamentos de telecomunicação Huawei às reivindicações de Pequim ao Mar do Sul da China e à sua repressão a Hong Kong.

Política: Projeto confere prioridade a vítima de violência doméstica no Sistema Nacional de Emprego

O sistema já presta assistência a trabalhadores resgatados de situação análoga à de escravo

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

Arquivo

O Projeto de Lei 3878/20 reserva 10% das vagas ofertadas por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine) a mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar.

Em análise na Câmara dos Deputados, a proposta insere a medida na Lei Maria da Penha. Além disso, altera a Lei 13.667/18, que regula o Sine, para incluir entre as atribuições do sistema a assistência às mulheres em situação de violência doméstica ou familiar. Hoje o sistema já presta assistência a trabalhadores resgatados de situação análoga à de escravo, por exemplo.

Autor do projeto, o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) ressalta que um dos fatores que impedem a saída do ciclo de violência é a dependência econômica que muitas mulheres têm em relação a seus agressores. “Nesse sentido, o objetivo do projeto é, justamente, estimular o ingresso da mulher vítima de violência doméstica no mercado de trabalho”, disse.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei.

Política: Advogados criminalistas sugerem mudanças no Tribunal do Júri


Participantes sugeriram a extinção do juízo de acusação

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

Arquivo

Advogados criminalistas apresentaram nesta sexta-feira (24) sugestões de mudança no funcionamento do Tribunal do Júri, órgão do Poder Judiciário formado por cidadãos comuns que julgam casos de crimes contra a vida. As sugestões foram apresentadas durante reunião virtual promovida pelo deputado João Campos (Republicanos-GO), relator na Câmara dos Deputados do projeto do novo Código de Processo Penal (PL 8045/10).

Há 25 anos atuando como advogado de júri, Cláudio Dalledone defendeu a extinção da primeira fase do Tribunal do Júri, chamada de  juízo de acusação. “É exatamente essa fase que emperra todo o processo, gerando atrasos e gastos desnecessários”, disse.

A primeira fase, que antecede a fase de julgamento propriamente dita, tem início com o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, geralmente acompanhada do inquérito policial.

Segundo Dalledone, por envolver diversas etapas, como citação e resposta do réu à acusação, apresentação de documentos, realização de diligências e oitiva de até oito testemunhas, essa fase é um verdadeiro processo à parte, antes mesmo de o magistrado decidir pela realização do Tribunal do Júri (sentença de pronúncia) ou pela impronúncia (não realização do júri).

“Faria-se uma sustentação rápida, pegando o que foi produzido pela polícia, e o juiz ouviria um número reduzido de testemunhas e avaliaria se o caso vai ou não para o Tribunal do Júri”, sugeriu Dalledone. Para ele, a primeira fase é dispensável.

Réplica e tréplica
Os advogados Felipe Azuma e Adriano Bretas, que também atuam no Tribunal do Júri, sugeriram mudanças na fase de julgamento, pelo júri, da acusação admitida na fase anterior.

Segundo Bretas, ao reduzir o tempo dos debates iniciais entre defesa (advogado) e acusação (promotores públicos) e aumentar o tempo para alegações finais, a última reforma do Código de Processo Penal, em 2008, definiu que advogados só tem direito a tréplica se promotores tiverem a iniciativa da réplica.

“A réplica e a tréplica geram uma grande incerteza. Comparecemos sem saber se vai haver réplica e tréplica”, disse Bretas. "Ou se exclui a réplica e a tréplica e se aumenta o tempo de debate ou a réplica e tréplica passam a ser tornar obrigatórias”, acrescentou Azuma.

Bretas criticou ainda a proposta encaminhada à Câmara em fevereiro pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Dias Toffoli, que propõe alterações no Tribunal do Júri com o objetivo de "agilizar e dar maior efetividade aos julgamentos”.

Entre as mudanças está a permissão para instalar a sessão do júri popular mesmo com menos de 15 jurados – mínimo exigido hoje –, desde que as partes concordem. O texto também reduz a quantidade mínima de jurados para compor o conselho de sentença de sete para cinco.

"Queremos evitar a proposta do CNJ, que traz mutilações aos trabalhos do Tribunal do Júri a pretexto de uma certa celeridade”, disse Bretas. Em relação ao conselho de sentença, Azuma sugeriu que o número seja, na verdade, maior e par: 8 jurados.

Atualmente, o CPP define que o Tribunal do Júri é composto por 1 juiz togado, como presidente, e por 25 jurados, que serão sorteados dentre os alistados. Sete deles constituirão o conselho de sentença em cada sessão de julgamento.

Elaborado por uma comissão de juristas do Senado Federal, o projeto (PL 8045/10) está sendo analisado juntamente com outras 337 propostas de alteração no processo penal brasileiro. Relator da matéria, Campos anunciou que pretende propor uma reunião para ouvir o Ministério Público e a magistratura especificamente sobre o Tribunal do Júri

 

Economia: Franquia recupera 100% do faturamento durante pandemia


Os motivos são diversos e contribuíram na construção de um mercado de colchões

Redação/Hourpress

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De acordo com a Associação Brasileira do Sono, cerca de 75% da população tem dificuldades para dormir. Os motivos são diversos e contribuíram na construção de um mercado de colchões que, anualmente, movimenta R$10 bilhões no país. Foi dentro deste cenário superaquecido que a I wanna sleep, Retail Tech focada em sono e relaxamento, nasceu.

Fundada em 2014, a empresa tem como propósito ajudar as pessoas a dormirem melhor. Para tanto, oferece produtos e serviços variados direcionados ao sono e ao relaxamento que vão desde colchões e travesseiros, até chás, pantufas, aromatizantes, sleepwear e acessórios. Desde 2017 atuando no mercado de franquias, a rede I wanna sleep contabiliza mais de 10 mil colchões vendidos e conta hoje com 12 unidades, em Minas Gerais, São Paulo e em Mato Grosso do Sul (em implantação)

TECNOLOGIA A SERVIÇO DO SONO


Foi a possibilidade de trazer inovações para o mercado de colchões que fez Rafael Moura, fundador e CEO da I wanna sleep, dar o primeiro passo no empreendimento. "Eu era engenheiro agrônomo e estava buscando empreender. Um amigo, junto com meus irmãos, deram a ideia de abrir uma loja de colchões. No início, não me animei, pois lembrei das lojas tradicionais, todas brancas, com um atendente de jaleco se passando por um profissional de saúde. Depois, refleti que se não despertava meu interesse, também não despertava o dos consumidores. Essa foi a chave para descobrir uma oportunidade de mercado. Optei por seguir um caminho com o propósito de desenvolver uma marca verdadeiramente preocupada em ajudar as pessoas a dormirem melhor", completa.

A estrutura física das lojas I wanna sleep se divide em cinco momentos: dormir, relax, divertir, baby e saúde. Além disso, todas as unidades oferecem a Análise de Persona Noturna, um breve diagnóstico que, a partir de recursos tecnológicos, traça o perfil de sono de cada cliente. "Há os que dormem como pedra, os alérgicos, os calorentos, os estressados ou com insônia", explica Moura.

Algumas lojas também estão equipadas com o Space (serviços de massagem, reiki e quiropraxia) e com o Body Scan IWS, uma manta com 1,6 mil sensores que escaneia o corpo do cliente e, com base nas informações levantadas, indica qual o colchão ideal para cada consumidor. "Todos estes recursos permitem que a gente possa indicar os produtos mais adequados para cada cliente. O nosso objetivo é ajudar as pessoas a dormirem melhor e a I wanna sleep vem justamente para reinventar esse mercado arcaico de colchões", finaliza Moura.

Além disso, a marca também oferece o Sleeptest, que dá ao cliente a possibilidade de testar o colchão em sua casa por até 100 dias. Caso não esteja satisfeito, a troca é efetuada, isso reforça a missão da I wanna sleep de proporcionar um bom sono, conforto e bem-estar para seus clientes.

Economia: Distanciamento social afastou do trabalho 10,1% da população ocupada

Dado do IBGE é referente ao período de 28 de junho a 4 de julho


Agência Brasil 

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A população ocupada do Brasil afastada do trabalho por causa do distanciamento social causado pela pandemia da covid-19 somou cerca de 8,3 milhões de pessoas, que representam 10,1%. Os dados são referentes à semana de 28 de junho a 4 de julho. Os números significam queda em relação à semana anterior, quando o índice de afastamento estava em 12,5% (10,3 milhões) e ao período entre 3 e 9 de maio com 19,8% (16,6 milhões). Os dados fazem parte da Pnad Covid19 semanal, divulgada hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população ocupada do país na semana de 28 de junho a 4 de julho, que é classificada pelo IBGE como semana 1 de julho, foi estimada em 81,8 milhões, uma estabilidade em relação à semana anterior, que tinha 82,5 milhões de pessoas, mas queda em relação à semana de 3 a 9 de maio, quando eram 83,9 milhões de pessoas.

A pesquisa mostrou que a população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 71,0 milhões de pessoas. Esse número significa aumento tanto em relação à semana anterior (69,2 milhões), quanto à semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões). A Pnad Covid19 semanal indicou que entre essas pessoas, 8,9 milhões (ou 12,5%) trabalhavam remotamente, representando estabilidade em comparação à semana anterior (8,6 milhões ou 12,4%) e em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões ou 13,4%).

Com 48,1%, o nível de ocupação o índice ficou estável frente a semana anterior (48,5%), mas em queda se comparado à semana de 3 a 9 de maio (49,4%). Outra estabilidade foi notada na taxa de informalidade aproximada que marcou 34,2%, e na semana anterior era 34,5%. Houve recuo ante a semana de 3 a 9 de maio, quando atingiu 35,7%.

População desocupada

A população desocupada foi estimada em 11,5 milhões de pessoas, o que é um recuo na comparação com a a semana anterior (12,4 milhões), mas aumentou em relação à semana de 3 a 9 de maio (9,8 milhões). Como resultado, a taxa de desocupação ficou em 12,3% no período de 28 de junho e 4 de julho e estável em relação à semana anterior (13,1%), mas de alta frente a primeira semana de maio (10,5%).

Movimentação no comércio de São Paulo após reabertura.
Taxa ficou em 12,3% no período de 28 de junho e 4 de julho - Rovena Rosa/Agência Brasil

Houve queda na taxa de participação na força de trabalho, que atingiu 54,9% entre 28 de junho e 4 de julho, enquanto na semana anterior era 55,8%. No entanto, na comparação com a primeira semana de maio (55,2%) representou estabilidade.

A população fora da força de trabalho, que não estava trabalhando nem procurava trabalho, mostrou aumento na comparação com a semana anterior. No período havia 76,8 milhões de pessoas, mas no período que antecedeu eram 75,1 milhões. Já em relação à semana de 3 a 9 de maio ficou estável com 76,2 milhões. A pesquisa mostra que nessa população, cerca de 28,7 milhões de pessoas ou 37,4% da população fora da força de trabalho disseram que gostariam de trabalhar. Esse resultado representa aumento frente a semana anterior (26,9 milhões ou 35,9%) e também se comparado à semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).

As pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho chegaram a cerca de 19,4 milhões e os motivos para isso foram a pandemia ou porque não encontraram uma ocupação na localidade em que moravam. Essas pessoas correspondiam a 67,4% das pessoas não ocupadas que não buscaram por trabalho e gostariam de trabalhar. O percentual mostra aumento em relação à semana anterior (17,8 milhões ou 66,2%), mas estabilidade em comparação com a semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 70,7%).

Para a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, os resultados da semana 1 de julho mostra o comportamento no mercado de trabalho um pouco diferente do que se observou na última semana de junho. “Agora nesse momento a gente vê uma redução da população ocupada que não é significativa, mas tem uma variação negativa. Essa redução da população ocupada vem acompanhada da redução de pessoas afastadas em 2,5 milhões, aumentando aí, a população não afastada. Então, a gente tem uma boa parcela de pessoas que estavam afastadas retornando ao trabalho, mas em uma pequena parcela, em torno de um terço dessa população que poderia estar sendo desligada do trabalho”.

A pesquisadora destacou a queda na população desocupada em relação a semana anterior. “Essa queda está mais associada à saída dessas pessoas da força de trabalho, ou seja, elas não procuraram trabalho naquela semana, do que pela redução da P.O. [população ocupada]. Se fosse pela redução da P.O., a população desocupada teria aumentado, então, essa redução da população desocupada indica que algumas pessoas que estavam procurando trabalho na semana 1 de julho, que é a semana de 28 de junho a 4 de julho, não procuraram trabalho por algum motivo”, observou.

Saúde

A Pnad Covid19 estimou que 3,1 milhões de pessoas com sintomas de síndrome gripal procuraram estabelecimento de saúde na semana de 28 de junho a 4 de julho. O contingente representa 21,2% daqueles que apresentaram algum sintoma e procuraram estabelecimento de saúde em busca de atendimento como postos de saúde, equipe de saúde da família, UPA, Pronto Socorro ou Hospital do SUS ou, ainda, ambulatório /consultório, pronto socorro ou hospital privado. Mostrou estabilidade em relação à semana anterior (3,1 milhões ou 20,0%), mas um recuo em valores absolutos se comparado à semana de 3 a 9 de maio (3,7 milhões ou 13,7%).

Os que tiveram sintomas de síndrome gripal e procuraram atendimento em ambulatório ou consultório privado ou ligado às forças armadas somaram 311 mil pessoas (10,1%), entre 28 de junho e 4 de julho. Segundo o IBGE, a proporção representa estabilidade tanto na comparação com a semana anterior (322 mil ou 10,4%), quanto em relação à primeira semana de maio (320 mil ou 8,7%).

Já os que procuraram atendimento em hospital, público, particular ou ligado às forças armadas na semana entre 28 de junho e 4 de julho, chegaram a cerca de 933 mil pessoas. É estatisticamente estável na comparação com a semana anterior (982 mil) e também frente a semana de 3 a 9 de maio (1,1 milhão). Entre os que procuraram atendimento, foram internados 136 mil (14,6%). O percentual ficou estável tanto em relação à semana anterior (119 mil ou 12,2%), quanto ao período de 3 a 9 de maio (97 mil ou 9,1%).

Sintomas

O trabalho apontou, ainda, que 14,3 milhões de pessoas ou 6,8% da população do país, apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal investigados pela pesquisa, que são febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular. Isso significa queda frente a semana anterior (15,4 milhões ou 7,3% da população) e em relação à de 3 a 9 de maio (26,8 milhões ou 12,7%). “Os sintomas que apresentaram queda foram tosse, dificuldade de respirar e dor de cabeça”, informou a coordenadora.

Maria Lúcia Vieira acrescentou que entre os 3,1 milhões de pessoas, que ainda procuraram estabelecimento de saúde na primeira semana de julho, a maior parte deles, cerca de 83%, procurou por estabelecimento público. “O percentual de pessoas que procura atendimento embora tenha ficado estável nessa última semana, mostra uma tendência de aumento desde a primeira semana de maio até agora, aumentos gradativos, nessa primeira semana de julho ficou em 21.2 %, sendo que na semana 4 de junho tinha sido 20% e na semana 1 de maio era de 13,7%”, completou.

Saúde: Anvisa proíbe venda sem receita de cloroquina e ivermectina


Medida está publicada no Diário Oficial da União


Agência Brasil 

Arquivo

Regras que proíbem a venda sem receita em farmácias de medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida e ivermectina foram publicadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As orientações estão na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 405/2020, publicada ontem no Diário Oficial da União . De acordo com a agência, a lista poderá ser revista a qualquer momento para a inclusão de novos medicamentos, caso seja necessário.

Ainda segundo a Anvisa, o objetivo da norma é impedir a compra indiscriminada de medicamentos que têm sido amplamente divulgados como potencialmente benéficos no combate à infecção pelo novo coronavírus, embora ainda não existam estudos conclusivos sobre o uso desses fármacos para o tratamento da doença.  A medida visa também manter os estoques destinados aos pacientes que já têm indicação médica para uso desses produtos, uma vez que os medicamentos que constam na resolução também são usados no tratamento de outras doenças, como a malária (cloroquina e hidroxicloroquina); artrite reumatoide, lúpus e outras (hidroxicloroquina); doenças parasitárias (nitazoxanida) e tratamento de infecções parasitárias (ivermectina). 

Compra

A compra desses produtos em farmácias e drogarias será permitida apenas mediante apresentação da receita médica em duas vias. Cada receita terá validade de 30 dias, a partir da data de emissão, e poderá ser utilizada somente uma vez. A resolução será revogada automaticamente a partir do reconhecimento, pelo Ministério da Saúde, de que não mais se configura a situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

Farmácias e drogarias

Conforme previsto na resolução, todos os medicamentos que contenham as substâncias listadas na norma estão sujeitos aos procedimentos de escrituração no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). A escrituração dos medicamentos à base de hidroxicloroquina, cloroquina e nitazoxanida já era obrigatória desde a inclusão dessas substâncias nas listas de controle da Portaria 344/1998. Para os medicamentos à base de ivermectina, a entrada de medicamentos já existentes em estoque nas farmácias e drogarias antes da resolução não necessita ser transmitida ao SNGPC.

Ouça na Radioagência Nacional: