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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

terça-feira, 23 de junho de 2020

Geral: Nuvem de gafanhotos está próxima do Rio Grande do Sul


Insetos são originários de duas províncias paraguaias


Agência Brasil 

Uma nuvem de gafanhotos está a cerca de 250 quilômetros da fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. A preocupação das autoridades do setor agropecuário e de produtores rurais é o dano que os insetos possam causar às lavouras e pastagens, se houver infestação.

A dieta do inseto varia, conforme a espécie, entre folhas, cereais, capins e outras gramíneas. Segundo informações repassadas à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, a nuvem é originária do Paraguai, das províncias de Formosa e Chaco, onde há culturasa de cana-de-açúcar, mandioca e milho. A espécie é a Schistocerca cancellata.

Em nota, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informa que está acompanhando o fenômeno em tempo real e que “emitiu alerta para as superintendências federais de Agricultura e aos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária para que sejam tomadas medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região (...) para a adoção eventual de medidas de controle da praga, caso esta nuvem chegue em território brasileiro.”

De acordo com a pasta, especialistas argentinos estimam que os insetos sigam em direção ao Uruguai. A ocorrência e deslocamento da nuvem de gafanhotos são influenciados pela temperatura e circulação dos ventos.

O fenômeno é mais comum com temperatura elevada. Segundo o setor de Meteorologia da secretaria gaúcha, há expectativa de aproximação de uma frente fria pelo sul do estado, que deve intensificar os ventos de norte e noroeste, “potencializando o deslocamento do massivo para a Fronteira Oeste, Missões e Médio e Alto Vale do Rio Uruguai”.

Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ligado Mapa, amanhã (24) no Rio Grande do Sul o tempo estará “nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas no sul, centro e Campanha”, inclusive com possibilidade de chuva forte com queda de granizo em algumas dessas áreas. Nas demais regiões do estado, a previsão é de tempo “parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva isolada.”

Nota do ministério descreve ainda que o gafanhoto está presente no Brasil desde o século 19 e que causou grandes perdas às lavouras de arroz na região Sul no período de 1930 a 1940. No entanto, desde então, tem permanecido na sua fase ‘isolada’, que não causa danos às lavouras.”

O ministério informa que especialistas estão avaliando “os fatores que levaram ao ressurgimento desta praga em sua fase mais agressiva" e que o fenômeno pode estar relacionado a uma conjunção de fatores climáticos.

A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul orienta os produtores rurais gaúchos a informar a Inspetoria de Defesa Agropecuária da sua localidade se identificar a presença de tais insetos em grande quantidade.

Geral: Pesquisa aponta que 28% dos jovens não voltarão às aulas após pandemia


Levantamento questionou 33.688 jovens de todo o País

Agência Brasil 

Pesquisa divulgada hoje (23) aponta que 28% dos jovens e 15 a 29 anos pensam em deixar os estudos quando as escolas e universidades reabrirem, após suspensão das aulas devido à pandemia do novo coronavírus.
O vice-presidente do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) e coordenador da pesquisa "Juventudes e a pandemia do Coronavírus", Marcus Barão, disse à Agência Brasil que o processo visa construir uma base sólida de evidências, de dados, que sejam capazes de apoiar tomadores de decisão das esferas pública e privada na formulação de políticas públicas e projetos “para e com a juventude no período de pandemia, tanto para o enfrentamento dos desafios de agora, como para a construção de perspectivas para o futuro”.
Os 33.688 jovens que responderam ao questionário são oriundos de todos os estados da Federação e do Distrito Federal. Outro dado da pesquisa aponta que, em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quase 50% manifestaram dúvida em fazer as provas. Para os organizadores da pesquisa, isso significa um risco ao processo de pleno desenvolvimento da juventude nessa etapa-chave da vida.
“Isso é crítico não só quando a gente olha para o indivíduo, mas quando a gente olha para a condição de país, isso fica muito sério porque, basicamente, a gente tem hoje a maior geração de jovens da história do Brasil”. Marcus Barão afirmou que esse bônus demográfico apresenta uma possibilidade de conquistar, na segunda metade do século, uma população melhor educada, de bem-estar constituído, de redução das desigualdades e prosperidade. “Quando a gente faz o investimento certo, na hora certa, nesse bônus demográfico, a gente tem grandes saltos”.

Desafios

Barão lembrou, porém, que antes da pandemia, a juventude já enfrentava grandes desafios. A taxa média de desemprego entre a população de 18 a 24 anos de idade, por exemplo, era de 27,1%, o que significa mais que o dobro da taxa média de desemprego da população em geral, de 12,2%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quando a pandemia vem e interrompe o processo educativo, as alternativas apresentadas de educação remota e à distância elevam as desigualdades de acesso à internet, com bandas limitadas e infraestruturas deficitárias. Os próprios sistemas educacionais não estavam preparados para uma situação desse nível, o que interrompe e atrapalha o processo educacional, observou.
Na perspectiva econômica, o que se vê é perda de renda das famílias com a pandemia, o que cria um contexto que afeta educacional e economicamente os indivíduos e põe em risco o futuro dessa geração, analisou o coordenador da pesquisa. “Isso é muito preocupante porque são justamente os pilares fundamentais para que a juventude consiga avançar”. Sete em cada dez jovens relataram que seu estado emocional piorou por causa da pandemia.
Promovida pelo Conjuve, em parceria com a Organização em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Mapa Educação, Porvir, Rede Conhecimento Social, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Visão Mundial, o levantamento “Juventudes e a Pandemia do Coronavírus" entrevistou jovens de todo o país entre os dias 15 e 31 de maio, por questionário online. A elaboração desse questionário contou com a mobilização de 18 jovens de diferentes realidades e origens, indicados pelas entidades parceiras e de cujos projetos já haviam participado. Todas as fases da pesquisa tiveram os jovens como protagonistas, destacou Marcus Barão.

Engajamento

Do universo de respondentes, 66% eram do sexo feminino e 33% do sexo masculino. Segundo os organizadores, isso revela maior engajamento, disponibilidade e interesse das jovens para dialogar com esse questionário e expressar suas opiniões. Barão apontou que isso reforça a importância da construção desse papel de pensar a sociedade das mulheres no Brasil.
As mudanças que estão sendo observadas no mercado de trabalho também afetam muito os jovens brasileiros. A população jovem está no início de sua jornada no mundo do trabalho e acaba sendo uma parcela vulnerável nesse processo, levando à precarização, ao subemprego, à informalidade e outras vulnerabilidades que não ajudam a juventude. O próprio acesso ao crédito é muito difícil nessa crise da covid-19. Marcus Barão defendeu a necessidade de se pensar em políticas que apoiem os jovens. Citou o caso dos jovens aprendizes para afirmar que o jovem que tem proteção de alguma política pública acaba tendo uma reação mais saudável em períodos como esse da pandemia.
Barão referiu-se a estudo do Banco Mundial que aponta que o risco do engajamento juvenil, olhando para a relação trabalho e produtividade, é de 50%. “Isso significa que a gente pode perder 25 milhões de jovens que poderiam produzir para a economia, vão deixar de entregar aquilo que poderiam entregar para o país e vão deixar de receber o que teriam direito. Esse risco é muito sério”.
Barão afirmou que o jovem brasileiro, comparado a outros jovens do mundo, é muito otimista. “Mas é claro que está todo mundo mais pessimista agora com esse momento”. A pesquisa mostra que a juventude brasileira está pessimista para umas coisas, mas otimista para outras. “A preocupação é o quanto a gente vai ter capacidade de sobreviver, de realizar os sonhos, de não ficar doente, de não ter ninguém na família morrendo. Tudo isso traz uma preocupação muito grande”. Com a inovação que a pandemia vai trazer, Barão acredita que escolas vão ter que se adequar e isso pode criar uma nova perspectiva para a juventude.

Voz dos jovens

Para a diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, esse momento da pandemia é favorável para se escutar a voz dos jovens. “É extremamente inspirador”. Salientou a necessidade de se aprender a dar educação remota à juventude, em um período de isolamento social gerado pela pandemia do novo coronavirus, com banda larga adequada à internet e equipamentos também adequados. Marlova reconheceu que, ainda assim, o ensino remoto e à distância segue trazendo desafios para os jovens. Informou que, hoje, com a pandemia, 258 milhões de crianças, adolescentes e jovens em todo o mundo estão excluídos dos sistemas educacionais.
A Unesco está procurando apoiar comunidades mais vulneráveis, tentando influenciar na formulação de políticas educacionais, para que a educação global seja de fato uma realidade, em um processo de inclusão na educação em que todos possam caber, sem distinção de raça, gênero, etnia, deficiências, com acolhimento à população LGBT, para que todos possam entrar no sistema educacional, na economia, no mercado de trabalho.
O secretário geral da Fundação Roberto Marinho, Wilson Risolia, avaliou que embora o Brasil tenha um Terceiro Setor forte, o Estado é vazio de políticas públicas para os jovens. Essa falta de apoio leva o país a perder muitos jovens para o crime. “Isso gera um vazio social para o país imensamente grande. E é a gente que paga essa conta”. Com a pandemia, tudo que já não era bom fica pior, indicou. Risolia defendeu que o Congresso pode ser um bom caminho para levantar pautas estratégicas em prol da juventude. Acentuou que o Brasil está envelhecendo rapidamente e “é preciso sermos rápidos na formulação de políticas para os jovens, enquanto ainda temos jovens”.
Wilson Risolia deixou claro que o jovem não pode chamar de sonho aquilo que é seu direito de ter boa escola, vida digna, trabalho. “Se é sonho é porque tem alguma coisa errada”. Essa agenda tem que fazer parte do Legislativo, apontou.

Dados

Do total de respondentes, 40% estão na Região Sudeste, 28% no Nordeste, 14% no Sul, 10% no Norte do país e 8% no Centro-Oeste. A maior parte se encontra na faixa etária de 18 a 24 anos (47%), 52% são negros, incluindo pardos e pretos, e 46% são brancos. Do total de consultados, 32% trabalham e estudam, 40% estudam e não trabalham, 18% trabalham e não estudam e 10% não estudam nem trabalham. Desse percentual, 8% disseram estar em busca de trabalho. Trinta e sete por cento moram na capital e 40% no interior. Sessenta e nove por cento participam de algum grupo religioso ou organização social.
A pesquisa mostra que o acesso à internet em computador durante o isolamento é menor entre os jovens negros (54%), do que entre os brancos (78%). Os mais jovens dependem financeiramente da família: são 72% na faixa dos 15 aos 17 anos de idade, enquanto os mais velhos são mais independentes financeiramente: 34% entre 18 e 24 anos de idade e 27% entre 25 e 29 anos. Cinquenta por cento trabalhavam antes da pandemia, sendo 40% com trabalho remunerado e carteira assinada. A renda pessoal diminuiu com a pandemia para 33% dos jovens e a renda familiar caiu para 49%.
A pesquisa revela também que devido aos efeitos da pandemia sobre a carga de trabalho e a renda, três a cada dez jovens disseram ter buscado complementação para sua renda enquanto seis a cada dez contaram que eles, ou alguém de suas famílias, estão cadastrados para receber a o auxílio emergencial. De forma geral, o sentimento é ruim ou muito ruim em termos de ansiedade, tédio, impaciência. Apesar da predominância dos sentimentos negativos durante o distanciamento social, os jovens se dividem entre otimistas ou pessimistas em relação ao futuro após a pandemia: 27% estão otimistas, contra 34% pessimistas. A maior parte dos jovens que responderam ao questionário está no ensino médio ou na faculdade.
Para lidar com as dificuldades em termos emocionais, os jovens pedem apoio das escolas e faculdades: seis em cada dez jovens consideram que as instituições de ensino devem priorizar atividades para lidar com as emoções; e cinco em cada dez desejam aprender estratégias para gestão de tempo e organização. Para 49%, o fator emocional tem atrapalhado seus estudos.
A principal preocupação durante a pandemia é perder alguém da família (75%), ser infectado pela covid-19 (48%) ou infectar outras pessoas (45%). Trinta por cento dos entrevistados já foram infectados pela doença ou têm alguém próximo que teve covid-19.

Perspectivas

As redes sociais e aplicativos de mensagens de WhatsApp e Telegram são os meios em que os jovens menos confiam (67%). Já os sites e aplicativos de órgãos oficiais têm confiança de 65% dos respondentes. Setenta e nove por cento concordam que as medidas de distanciamento social são corretas para evitar a disseminação da covid-19, 65% acham que o comércio e outras atividades não deveriam reabrir sem que o coronavírus esteja controlado e 55% disseram ter medo de sair de casa, mesmo que o comércio e os serviços reabram.
Apesar de 72% dos jovens acharem que a pandemia vai piorar a economia do Brasil, 36% acreditam que a organização da sociedade vai melhorar pós-crise, da mesma forma que esperam que o sistema público de saúde do país vai melhorar (40%). Também o modo como trabalhamos vai melhorar um pouco ou muito (49%), com novas oportunidades de trabalho para quem mora afastado dos grandes centros urbanos, por conta do aumento do trabalho remoto. Quarenta e oito por cento também creem que surgirão novas formas de estudar mais dinâmicas e acessíveis que as atualmente em vigor.
Os participantes da pesquisa valorizam as ações em relação à ciência e saúde: 96% confiam na descoberta da vacina contra o coronavírus como uma ação importante para a retomada depois da pandemia; 44% dos jovens ainda acham que a sociedade vai reconhecer mais os educadores; e 46% preveem que a ciência e a pesquisa terão mais prestígio e receberão mais investimentos. Além disso, 48% acreditam que as relações humanas e a solidariedade terão mais atenção pós-pandemia.

Saúde: Covid-19: Brasil chega a 52,6 mil mortes e 1,14 milhão de casos


O balanço também teve 39.436 novos casos registrados

Agência Brasil 

O Brasil teve 1.374 novas mortes por covid-19 registradas nas últimas 24 horas, de acordo com atualização do Ministério da Saúde divulgada hoje (23). Com esses acréscimos às estatísticas, o país chegou a 52.645 óbitos em função da pandemia do novo coronavírus.
A atualização diária traz um aumento de 2,7% no número de óbitos em relação a ontem (22), quando o total estava em 51.217.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4,5%. A mortalidade (falecimentos por 100.000 habitantes) foi de 25,1. Já a incidência (casos confirmados por 100.000 habitantes) ficou em 543,3.
O balanço também teve 39.436 novos casos registrados, totalizando 1.145.906. O acréscimo de pessoas infectadas marcou uma variação de 3,5% sobre o número de ontem, quando os dados do ministério registravam 1.106.470 de pessoas infectadas.
Do total, 479.916 pacientes estão em observação, 613.345 foram recuperados e 3.911 mortes estão em investigação.

Covid-19 por estado

Os estados com maior número de óbitos são São Paulo (13.068), Rio de Janeiro (9.153), Ceará (5.717), Pará (4.672) e Pernambuco (4.339). Ainda figuram entres os estados com altos índices de mortes em função da pandemia Amazonas (2.686), Maranhão (1.797), Bahia (1.491), Espírito Santo (1.425), Alagoas (920) e Paraíba (807).
Os estados com mais casos confirmados de covid-19 são São Paulo (229.475), Rio de Janeiro (100.869), Ceará (97.528), Pará (88.636) e Maranhão (72.021).
Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 - Ministério da Saúde

Saúde: Tratamentos e cuidados com a saúde podem ser mantidos durante a pandemia


Por receio da Covid-19, muitas pessoas deixaram de lado suas consultas rotineiras


Redação/Hourpress

Passados mais de 100 dias da divulgação do primeiro caso confirmado da Covid-19 no Brasil, o número de infectados já passa de 700 mil. Para ajudar a controlar a disseminação da doença, muitas cidades implementaram o isolamento social. Com medo de se exporem ao vírus, algumas pessoas deixaram de ir às consultas agendadas e de realizar exames e milhares de pessoas interromperam o acompanhamento médico e o tratamento de doenças crônicas.
Para facilitar o acesso ao atendimento médico durante o isolamento, o Ministério da Saúde liberou em março o uso da telemedicina em todo o país, em caráter de exceção, enquanto durar a pandemia. A Dra. Mariana Oliveira Zacharias, médica de família e comunidade que atua em uma clínica de Atenção Primária à Saúde pertencente à Qualirede, conta que o teleatendimento tem sido o maior aliado no acompanhamento aos beneficiários que possuem doenças crônicas. "Pelo monitoramento habitual que realizamos na clínica, percebemos que muitapessoas estavam com medo de sair de casa para continuar o acompanhamento do diabetes e da hipertensão, por exemplo. A partir dos esforços da equipe multidisciplinar, conseguimos implementar o teleatendimento na rotina de cuidados dessas pessoas, antes pouco adeptas às consultas não presenciais, e restabelecer a continuidade do cuidado", revela.
A especialista ressalta que, em um primeiro contato, é possível sentir um certo receio, mas que a adaptação tem sido fácil e a satisfação alta. Mariana conta também que a liberação das prescrições à distância facilitou e ajudou ainda mais a evitar a exposição ao vírus, mas lembra que haverá casos nos quais a consulta presencial ou a realização de um exame será indispensável. Nesses casos, a integralidade assistencial da atenção primária também pode ajudar. "Apesar do momento em que vivemos e a necessidade de mais precauções, não podemos nos descuidar dos tratamentos e doenças previamente existentes, por isso contamos com uma equipe multidisciplinar, preparada para orientar e tranquilizar ao máximo aqueles que precisam sair de casa nesse período para cuidar da saúde".
Importante lembrar que doentes crônicos fazem parte do grupo de risco da Covid-19 e a falta de acompanhamento dessas enfermidades pré-existentes pode debilitar o organismo e deixá-lo mais suscetível a um quadro grave, caso infectado com o coronavírus"Por isso a telemedicina tem desempenhado um papel essencial na manutenção da saúde das pessoas, diminuindo a exposição do paciente e dos profissionais ao vírus, sem negligenciar queixas e sintomas que podem aparecer nesse período", finaliza Mariana.

Saúde: Covid-19: Cidade de SP tem 1,16 milhão de infectados


Os exames foram realizados no LabZoo (laboratórios da Prefeitura)

Redação/Hourpress

A Prefeitura de São Paulo apresentou nesta terça-feira (23/06) os primeiros dados do inquérito sorológico realizado com moradores da capital sobre o novo coronavírus. Segundo o mapeamento, 9,5% da população já pode ter sido infectada pelo covid-19 na capital, ou seja, 1,16 milhão de pessoas. A margem de erro é de 1,7%.
"Nosso objetivo é conhecer a situação sorológica da população da cidade de São Paulo estimando a real letalidade e direcionando novas estratégias. Ou seja, identificarmos o número de suscetíveis e planejarmos a volta gradativa das atividades na cidade em função dos resultados que o inquérito apresenta", explicou o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.
Para realização da pesquisa, foram sorteadas 12 pessoas no perímetros de cada uma das 472 Unidades Básicas de Saúde (UBS) numa base de dados de 3,3 milhões de domicílios. Os testes imunocromatográficos igm/igg com punção periférica (coleta de sangue) foram realizados em 5.664 pessoas para análise a partir do soro com um grau de confiabilidade de 99%, diferente do teste rápido que dá um grau de confiabilidade que não ultrapassa 66%.
O inquérito foi aprovado pelos comitês de ética da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Ministério da Saúde. Os exames foram realizados no LabZoo (laboratórios da Prefeitura), com a coleta e todo questionário feitos pelos profissionais das 472 UBSs.
Segundo o secretário Edson Aparecido, o inquérito será feito em cinco fases. "Essa fase que estamos apresentando hoje é a fase zero. Teremos mais quatro fases a cada 15 dias com o mesmo número de pessoas sorteadas", explicou.
Boletim do Município
Segundo dados do boletim informativo diário sobre a situação do novo coronavírus na capital paulista, a cidade tinha até ontem (22/06) 118.708 casos confirmados.
"Isso nos dá uma grau de confiabilidade bastante importante e permite chegarmos às conclusões de que os processos, inclusive os de flexibilização, estão sendo pautados exatamente por esses números", disse o secretário de Saúde, Edson Aparecido. "A literatura e os resultados apresentados nos mostram que de 80 a 85% das pessoas não apresentam sintomas nenhum, são assintomáticos. E de 10 a 15% das pessoas são aquelas que precisam de tratamento", completou.
Índices de prevalência da infecção pelo vírus
Veja os índices de prevalência da infecção pelo vírus em maiores de 18 anos por região:
Centro/Oeste: 10,7%
Leste: 12,5%
Norte: 8,4
Sudeste: 8,2%
Sul: 7,5%
Total na cidade: 9,5%
Segundo o secretário Edson Aparecido, inquéritos sorológicos como esse também foram feitos na Espanha, Itália e França. "Na França os resultados apontaram 4% de prevalência e Espanha e Itália registraram 5%. O que mostra que a cidade de São Paulo tem quase o dobro de prevalência em relação a esses países pesquisados na Europa", disse.
A partir do inquérito sorológico também será possível identificar a real letalidade da doença.
Ações da Prefeitura no combate ao covid-19
Três marcos determinaram o controle do coronavírus na capital, são eles:
• realização de capacitações e videoconferências com os profissionais da rede de saúde desde 10 de janeiro;
• ampliação da rede hospitalar (hoje são 1.327 leitos de UTI exclusivos);
• consolidação de uma rede integrada de atenção à saúde com identificação precoce dos casos leves com potencial de agravamento.

Túnel do Tempo: PC Farias, ex-tesoureiro de Collor, é assassinado


Luís Alberto Alves/Hourpress

 Em 23 de junho de 1996, Paulo César Farias, ex-tesoureiro do candidato e depois presidente Fernando Collor, foi encontrado morto junto à namorada, Suzana Marcolino, Alagoas. 

Raio X de Sampa: Conheça a história da Avenida Cangaíba



Luís Alberto Alves/Hourpress


Entre finais do século XIX e início do século XX, esta avenida era conhecida como "Estrada de Cangaíba" e ligava o bairro da Penha (Zona Leste) até este local (hoje o Bairro de Cangaíba, também na Zona Leste). No século XIX toda a região era ocupada apenas por sítios e chácaras. 

Após o loteamento da área, por volta de 1910, o nome "Cangaíba" foi mantido, pois era assim que as pessoas conheciam um antigo ribeirão daquela região. Este nome em Tupi Guarani significa 'louco, doido, de má cabeça".

Cangaíba também é uma corruptela de "Acangaiba", que em Tupi Guarani é caroço de frutas. Talvez, o riacho fosse chamado de "Ribeirão das frutas arredondadas". Hoje, a Avenida Cangaíba é a principal via do bairro, onde se concentra 90% do comércio local.