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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Política: Oposição comenta prisão de Fabrício Queiroz e cobra investigações


Ex-assessor de Flávio Bolsonaro e policial aposentado, Queiroz foi preso nesta quinta-feira (18)


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

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Deputados de oposição aproveitaram a sessão virtual do Plenário da Câmara para chamar atenção sobre a prisão de Fabrício Queiroz nesta quinta-feira (18), em Atibaia (SP). Queiroz é policial militar aposentado e suspeito de operar um esquema de “rachadinha” de verbas de gabinete de Flávio Bolsonaro (atual senador) durante o seu mandato de deputado estadual.
Os parlamentares cobraram a investigação das relações de Queiroz com a família Bolsonaro.
A prisão de Queiroz foi pedida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro porque, segundo o órgão, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro continuava cometendo crimes e estava fugindo e interferindo na coleta de provas. A Justiça autorizou também a prisão da mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar.
O deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ) destacou ainda a possível relação com as milícias. “São muitas irregularidades, são muitos crimes envolvidos, lamentavelmente, em uma família que assumiu a Presidência da República num momento tão delicado”, afirmou.
Para o deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA), a prisão ocorrida hoje é um passo importante para a Justiça. “A prisão de Fabrício Queiroz é uma sinalização de que a justiça tem que ser feita, porque um policial aposentado que ganha cerca de R$ 8 mil não pode justificar uma fortuna de mais de R$ 7 milhões em quatro anos”, disse.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) chegou a comparar Fabrício Queiroz a PC Farias, ex-tesoureiro de Fernando Collor. “É a pessoa que conhece os segredos, o subterrâneo das relações desta família não só com a política mas também com esse conjunto de questões nebulosas, subterrâneas, malcheirosas que envolve o passado e o presente dessa família”, afirmou.
O líder do PSB, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que é grave o fato de Queiroz ter sido preso na propriedade do advogado da família Bolsonaro, onde morou por cerca de um ano. “Mais grave só se ele estivesse escondido no Palácio da Alvorada”, disse.
Para o líder da 
Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), o Brasil “está derretendo”. Ele afirmou que o País vive crises de grandes proporções além das crises sanitária e econômica causada pelo novo coronavírus. “A crise política hoje se agravou com a prisão do Queiroz. Cada vez mais, o cerco se fecha sobre um governo isolado, inoperante, incompetente e sem condições alguma de reação”, criticou.
A líder do Psol, deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), afirmou que a prisão é a oportunidade de esclarecimento dos negócios de Queiroz com a família Bolsonaro. “Lutaremos para que a prisão signifique o esclarecimento, a profunda investigação, o desbaratamento da verdadeira quadrilha”, afirmou.

Economia: Com a crise, 40% dos bares e restaurantes de São Paulo podem fechar


Mais da metade dos estabelecimentos demitiram funcionários


Agência Brasil 

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Pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revelou que 40% dos bares e restaurantes da cidade de São Paulo devem fechar permanentemente devido à crise provocada pela pandemia de covid-19, conforme avaliação dos empresários entrevistados. Apenas 11,9% disseram ter conseguido algum dos financiamentos anunciados pelo governo e 45,2% julgam necessária a obtenção de financiamentos a juros reduzidos.
Mais da metade dos estabelecimentos (57,1%) demitiram funcionários e 83,3% utilizaram a suspensão do contrato de trabalho durante a pandemia para manter equipes ou reduzir demissões. A redução de jornada e salário (45,2%) e férias coletivas (33,3%) foram as outras alternativas para manter parte ou toda a equipe empregada.
A maioria  (65,5%) dos empresários do setor avaliavam como prioridade a aprovação da Medida Provisória (MP) 936, que visa reduzir os impactos econômicos e as demissões durante a pandemia do novo coronavírus. A MP permite a redução de salários e da jornada de trabalho ou a suspensão do contrato trabalhista, garantindo o pagamento de benefício emergencial do governo ao trabalhador. A pesquisa foi realizada no período entre 5 e 12 de junho, ou seja, antes da aprovação da MP
Nove em cada dez (92,9%) empresários acreditam que, com a continuidade da pandemia, haverá recessão até o final do ano. Em 67% dos estabelecimentos, os empresários conseguiram negociar redução do aluguel. No entanto, 66,7% afirmaram que estão sendo cobrados pela média de consumo de energia elétrica dos meses anteriores à pandemia e 11,8% sofreram algum tipo de abuso, como juros abusivos, protesto sem aviso prévio e prazo curto para informar o consumo.
Em relação ao serviço de delivery, 73,5% estão trabalhando com entregas. Desses, 80% estão insatisfeitos com o atendimento dos aplicativos, como taxas abusivas e retirada de muitos estabelecimentos do sistema de entrega em horários de grande movimento, impedindo o cliente faça o pedido.

Reabertura

Em 57,5% dos casos, os empresários mostraram-se cautelosos e preferem pressionar para abertura mais gradual e segura; 25,9% concordam em não pressionar e esperar pela decisão das autoridades ou aguardar o arrefecimento da pandemia com a diminuição do risco de contágio e com clientes mais seguros para frequentar os estabelecimentos; e 19% desejam a abertura imediata.
Sobre a expectativa dos entrevistados, 70,2% estão preparados para a reabertura e 26,2% ainda não, sendo que, dentre esses, 13,1% justificam o risco de não haver clientes pelo receio de contaminação.

Economia: Pesquisa mostra o consumo brasileiro dividido por setores econômicos


Em baixa, consumo nacional sofre efeitos da pandemia e deve se igualar a índices de oito anos atrás


Agência Brasil 

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Com a pandemia do novo coronavírus, o consumo das famílias brasileiras ficará comprometido ao longo de 2020, se igualando aos patamares de 2010 e 2012, descartando a inflação e levando em conta apenas os acréscimos ano a ano. A projeção é uma movimentação de cerca de R$ 4,4 trilhões na economia — um crescimento negativo de 5,39% em relação a 2019 —, a uma taxa também negativa do PIB de 5,89%. A previsão é do estudo IPC Maps 2020, especializado há mais de 25 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais.
Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, esse crescimento negativo após a pandemia cria um efeito déjà-vu, já que a economia “retomará os índices dos últimos anos em que houve um progresso vigoroso”. O especialista ressalta que no início de março, antes desse cenário de pandemia e isolamento social, “a previsão do PIB para 2020, conforme o Boletim Focus do Banco Central, era de +2,17%, o que resultaria numa projeção do consumo brasileiro da ordem de R$ 4,9 trilhões, superando os R$ 4,7 trilhões obtidos no ano passado.”
O levantamento aponta que, a exemplo de 2019, as capitais seguirão perdendo espaço no consumo, respondendo por 28,29% desse mercado. Enquanto isso, o interior avançará com 54,8%, bem como as regiões metropolitanas, cujo desempenho equivalerá a 16,9% neste ano.
Esta edição do IPC Maps destaca, ainda, a redução na quantidade de domicílios das classes A e B1, o que elevará o número de residências nos demais estratos sociais. Para Pazzini, “essa migração das primeiras classes impactará positivamente o consumo da classe B2, com uma vantagem de 6,8% sobre os valores de 2019”, explica. As outras classes, por sua vez, terão queda nominal do potencial de consumo de 2,94% em relação a 2019.
Perfil básico – O Brasil possui mais de 211,7 milhões de cidadãos, sendo 179,5 milhões só na área urbana, que respondem pelo consumo per capita de R$ 23.091,50, contra os R$ 9.916,75 gastos individualmente pela população rural.
Base consumidora – Como já citado, neste ano a classe B2 lidera o cenário de consumo, representando mais de R$ 1 bilhão dos gastos. Junto à B1, estão presentes em 20,9% dos domicílios, sendo responsáveis por 41,1% (R$ 1,7 trilhão) de tudo que será desembolsado pelas famílias brasileiras. Se para a classe média a migração da classe alta para os demais estratos é positiva, para quase metade dos domicílios (48,7%), caracterizados como classe C, o total de recursos gastos cai para R$ 1,475 trilhão (35,6% ante 37,5% em 2019). Já a classe D/E, que ocupa 28,3% das residências, consome cerca de R$ 437,9 bilhões (10,6%). Mais enxuto, em apenas 2,1% das famílias, o grupo A reduz seus gastos para R$ 528,6 bilhões (12,8% contra 13,68% do ano passado).
O mesmo acontece na área rural que, embora no ano passado tivera uma evolução significativa, neste ano perde de R$ 335,9 para R$ 319,6 bilhões.
Cenário Regional – O destaque vai para a Região Centro-Oeste que, ampliou em 7,9% sua participação no consumo, respondendo por 8,86% dos gastos nacionais. Encabeçando a lista, embora com pequenas contrações, aparece o Sudeste com 48,42%, seguido pelo Nordeste, com 18,53%. A Região Sul, que em 2019 tinha reduzido sua fatia, volta a subir para 17,97% e, por último, aparece a Norte, representando 6,23%.
Mercados potenciais – O desempenho dos 50 maiores municípios brasileiros equivale a 38,7%, ou R$ 1,759 trilhão, de tudo o que é consumido no território nacional. No ranking dos municípios, os principais mercados permanecem sendo, em ordem decrescente, São Paulo e Rio de Janeiro, seguido por Brasília, que recuperou a 3ª posição, deixando Belo Horizonte atrás. Já, Curitiba sobe para o 5º lugar, ultrapassando Salvador. Na sequência, Fortaleza, Porto Alegre, Manaus e Goiânia — esta em 10º —, ocupam os mesmos lugares de 2019.
Cidades metropolitanas ou interioranas como, Campinas (11º), Guarulhos (13º), Ribeirão Preto (18º), São Bernardo do Campo (19º) e São José dos Campos (21º), no Estado paulista; São Gonçalo (16º) e Duque de Caxias (24º), no Rio de Janeiro; bem como as capitais Belém (14º), Campo Grande (15º) e São Luís (17º) também se sobressaem nessa seleção.
Perfil empresarial – Houve declínio de 13% no número de empresas instaladas no Brasil, totalizando hoje 20.399.727 unidades. Deste montante, mais da metade (10,6 milhões) tem atividades relacionadas a Serviços; seguida pelos setores Comércio, com 5,7 milhões; Indústrias, 3,3 milhões e, por último, Agribusiness, com 703 mil estabelecimentos.
Geografia da Economia – Como de costume, a Região Sudeste concentra 51,98% das empresas nacionais, seguida novamente pelo Sul, com 18,15%. Em caminho inverso, as demais regiões reduziram suas atividades: O Nordeste conta com 16,96% dos estabelecimentos, Centro-Oeste com 8,27%, e o Norte com apenas 4,65% das unidades existentes no País.
Partindo para a análise quantitativa das empresas para cada mil habitantes, o levantamento aponta uma retenção geral. As Regiões Sul e Sudeste seguem liderando com folga, respectivamente, 122,63 e 119,12 empresas por mil habitantes; o Centro-Oeste aparece com 102,17 e, ainda muito aquém da média, vêm as regiões Nordeste, com 60,30, e Norte, que tem apenas 50,77 empresas/mil habitantes.
Hábitos de consumo – A pesquisa IPC Maps detalha, ainda, onde os consumidores gastam sua renda. Dessa forma, os itens básicos aparecem com grande vantagem sobre os demais, conforme a seguir: 25,6% dos desembolsos destinam-se à habitação (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás); 18,1% outras despesas (serviços em geral, reformas, seguros etc); 14,1% vão para alimentação (no domicílio e fora); 13,1% a transportes e veículo próprio; 6,6% são medicamentos e saúde; 3,7% materiais de construção; 3,4% educação; 3,4% vestuário e calçados; 3,3% recreação, cultura e viagens; 3,3% em higiene pessoal; 1,5% eletroeletrônicos; 1,5% móveis e artigos do lar; 1,1% bebidas; 0,5% para artigos de limpeza; 0,4% fumo; e finalmente, 0,2% referem-se a joias, bijuterias e armarinhos.
Faixas etárias – Em crescimento, a população de idosos supera a margem de 30 milhões em 2020. Na faixa etária economicamente ativa, de 18 a 59 anos, esse índice passa de 128 milhões, o que representa 60,5% do total de brasileiros, sendo mulheres em sua maioria. Já, os jovens e adolescentes, entre 10 e 17 anos, vem perdendo presença e somam 24,1 milhões, sendo superados por crianças de até 9 anos, que seguem a média de 29,4 milhões.
Sobre o IPC Maps
Publicado anualmente pela IPC Marketing Editora, empresa que utiliza metodologias exclusivas para cálculos de potencial de consumo nacional, o IPC Maps destaca-se como o único estudo que apresenta em números absolutos o detalhamento do potencial de consumo por categorias de produtos para cada um dos 5.570 municípios do País, com base em dados oficiais, através de versões em softwares de geoprocessamento. Este trabalho traz múltiplos indicativos dos 22 itens da economia, por classes sociais, focados em cada cidade, sua população, áreas urbana e rural, setores de produção e serviços etc., possibilitando inúmeros comparativos entre os municípios, seu entorno, Estado, regiões e áreas metropolitanas, inclusive em relação a períodos anteriores. Além disso, o IPC Maps apresenta um detalhamento de setores específicos a partir de diferentes categorias.

Geral: Saiba como evitar os acidentes com os escorpiões


Com a baixa movimentação urbana, o aracnídeo pode aparecer com mais frequência nas grandes cidades


Luís Alberto Alves/Hourpress

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A baixa movimentação urbana, fruto do isolamento social, tem criado condições favoráveis para a incidência de pragas nas grandes cidades, como os escorpiões. Com parte dos imóveis ainda fechados, o cuidado e a atenção da população como os ataques destes aracnídeos devem ser redobrados. Por isso, no mês em que se comemora o dia mundial do controle urbanas, a bióloga e Coordenadora de Field Solutions da Bayer, Maria Fernanda Zarzuela, traz algumas dicas de prevenção deste animal peçonhento.

Segundo o Ministério da Saúde, o número de episódios com esta praga no País quadriplicou em dez anos, passando de 40.287, em 2008, para 156.833, em 2018. O aumento destas ocorrências é resultado das interferências feitas pelo homem no meio ambiente - a construção desordenada e o descarte inadequado de lixo, especialmente material de construção, são condições que propiciam a proliferação.

No Brasil, duas espécies de escorpiões são mais comuns: a Tityus serrulatus (escorpião amarelo) e a Tityus bahiensis (escorpião marrom), mas para Maria Fernanda Zarzuela, o amarelo é a que mais preocupa em termos de saúde pública.

"A composição química de seu veneno é altamente tóxica, e, por isso, é considerado um dos mais perigosos. Uma característica essencial desta espécie é a partenogênese, um tipo de reprodução sem a presença de um macho - que pode chegar até 50 filhotes por ano", comenta.

Como evitar a incidência de escorpiões?

Os escorpiões são animais terrestres, com hábitos noturnos, abrigando-se durante o dia em locais como: troncos de árvores, pedras, lajes, porões e locais úmidos. Eles entram nas casas em busca de esconderijos e de alimento.

"Estas pragas são predadores ativos e suas principais presas são as baratas, cupins, grilos e aranhas de pequeno porte. Desta forma, fala-se muito sobre a importância de manter infestações de baratas sob controle, com desinsetizações constantes, e manter as áreas limpas, sem restos de comida", cometa Maria Fernanda.

Além da manutenção e higienização dos ambientes, a escolha de um produto adequado para o controle do escorpião é essencial. Os produtos que fazem o combate a estes tipos de pragas têm venda controlada, portanto é necessário entrar em contato com empresas especializadas em desinsetização e com equipes treinadas para realizar a aplicação do inseticida.

"Quando identificada a presença desses animais, uma empresa de controle de pragas especializada deve ser chamada. A Bayer possui um Programa de Proteção, uma parceria com controladoras de pragas selecionadas para oferecer o melhor serviço para o consumidor", finaliza Maria Fernanda.

Os profissionais podem ser localizados de acordo com a região do País, basta acessar site: http://www.bayer.com.br.

Geral: Secretário de Segurança Pública de SP está com covid-19


General João Camilo Pires de Campos está assintomático


Agência Brasil 


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Mais um secretário do governo paulista foi infectado pelo novo coronavírus. O segundo caso confirmado de infecção pelo vírus dentro do secretariado estadual é o general João Camilo Pires de Campos, responsável pela pasta da Segurança Pública de São Paulo.
Segundo a secretaria, o general testou positivo para covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. em um teste feito ontem (18). Desde o dia 15 de maio, o efetivo das polícias e da Secretaria de Segurança tem realizado testes rápidos para a doença. 
O general está assintomático, bem disposto e cumprirá o período de isolamento com acompanhamento médico, de acordo com as orientações das autoridades de saúde.  Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a equipe que trabalha diretamente com o secretário também passa por testes.

Educação

Antes do general João Campos, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, também teve diagnóstico positivo para covid-19, necessitando inclusive de internação. Soares chegou a ocupar um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) para tratamento. Mas recebeu alta médica na última quarta-feira (17). Em seu Twitter, Soares diz que estava melhor e que está agora se recuperando em casa.
Rossieli Soares@rossieli
 
 
Hoje, quarta-feira (17), tive alta do Hospital 9 de Julho, onde fui internado com diagnóstico de Covid-19 no dia 2 de junho. Estou melhor e agora vou me recuperar em casa. Fiz questão de gravar essa mensagem como forma de agradecer todo carinho que recebi. Cuidem-se!
 
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Doria

Depois do diagnóstico positivo de seu secretário de Segurança, o governador de São Paulo João Doria fez, pela quinta vez, um teste para diagnostico do novo coronavírus. Segundo o governador, o teste deu novamente negativo.

Saúde: Covid-19: governo divulga orientações para retomada de atividades

Indicações não tiram a prerrogativa dos estados e municípios


Agência Brasil 

EBC
O Ministério da Saúde publicou hoje (19) portaria com orientações para a retomada de atividades no contexto da pandemia do novo coronavírus. A norma consolida recomendações e acrescenta outras para “prevenção, controle e mitigação [redução] da transmissão da covid-19”. 
As indicações, contudo, não tiram a prerrogativa dos estados e municípios de definir as medidas de distanciamento social, mas servem como complemento. Ontem, representantes do ministério declararam que cada autoridade local de saúde deve considerar o avanço da pandemia, a capacidade de resposta do sistema de saúde e as características socioeconômicas de cada território.
A publicação destaca a importância de ações: distanciamento social, mas afirma que a retomada das atividades e o convívio social são também fatores de promoção da saúde mental, "uma vez que o confinamento, o medo do adoecimento e da perda de pessoas próximas, a incerteza sobre o futuro, o desemprego e a diminuição da renda, são efeitos colaterais da pandemia pelo SARS-COV-2 e têm produzido adoecimento mental". 
De acordo com a norma, a abertura deve ser feita de forma “segura, gradativa, planejada, regionalizada, monitorada e dinâmica, considerando as especificidades de cada setor e dos territórios, de forma a preservar a saúde e a vida das pessoas”.

Distanciamento social

A portaria destaca, entre as recomendações, que governos e prefeituras mantenham distância de pelo menos um metro em ambientes internos e externos. Mas coloca exceções “em razão das especificidades da atividade”, sem detalhar que aspectos seriam estes, bem como para quem precisa de cuidados especiais, como idosos, crianças e pessoas com deficiência.
É proposto também que governos demarquem e organizem locais para filas de espera de modo a assegurar o distanciamento. As atividades que permitirem agendamento devem utilizar este sistema adotando recursos online para a marcação.
As autoridades locais devem procurar também flexibilizar horários de modo a evitar a concentração de pessoas em determinados momentos do dia em espaços públicos. Devem ser demarcadas também áreas proibidas para a circulação e sinalizadas as capacidades máxima de pessoas de cada ambiente.

Empresas

Para os setores econômicos, o Ministério da Saúde recomenda a elaboração de protocolos próprios considerando o risco de cada atividade, os ambientes, os processos produtivos e as dinâmicas de trabalhadores, consumidores e população em geral. Também devem ser elaborados planos de ação de abertura, que contenham também as formas de recuo,  se houver necessidade de restrição maior em função do crescimento dos casos da covid-19.
Conforme as diretrizes, empresas devem divulgar aos trabalhadores e consumidores orientações de prevenção. São listados cuidados de higiene dentro das firmas, como disponibilizar álcool em gel, estimular uso de máscaras e incentivar lavagem das mãos antes e após colocação das máscaras e ao manipular produtos que serão comercializados para terceiros.
Na entrada das empresas devem ser implantados sistemas de triagem, como a medição de temperatura dos trabalhadores. Pessoas com aumento de temperatura e sintomas devem ser instadas a não adentrarem os locais de trabalho. As direções de firmas e instituições devem acompanhar casos suspeitos, incluindo monitoramento de quem teve contato com a pessoa.
O texto também defende que os processos de trabalho sejam reorganizados, incluindo trabalho remoto. Essas mudanças devem funcionar especialmente para quem convive com pessoas no grupo de risco, como idosos ou cidadãos com doenças crônicas.

População

Para os cidadãos, a portaria lista cuidados já apresentados antes por autoridades de saúde, como higienização das mãos com água e sabão ou com álcool em gel 70%, uso das máscaras em todos os ambientes, evitar tocar olhos, nariz e boca, bem como nas próprias máscaras, cobrir nariz e boca ao espirrar, não compartilhar objetos de uso pessoal, manter distância de pelo menos um metro de outras pessoas e evitar situações de aglomeração.
Como já divulgado pelo Ministério da Saúde, as pessoas que perceberem sintomas da covid-19 - como febre, dor de garganta ou coriza, tosse e falta de ar – devem buscar atendimento médico, ficar em isolamento durante 14 dias e evitar contato com outras pessoas.
No transporte individual, a portaria recomenda higienizar o veículo e manter as janelas abertas. Quem depende de transporte coletivo deve manter o distanciamento social, evitando aglomerações. Os responsáveis pelos meios de transporte devem adaptar a capacidade máxima e distância mínima entre passageiros.

Saúde: Crivella: Rio está preparado para possível segunda onda de covid-19


Capital iniciou flexibilização do isolamento social este mês


Agência Brasil 

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O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, reconheceu hoje (19) que há risco de uma segunda onda da pandemia de covid-19 na cidade, mas afirmou que a rede municipal está preparada para um eventual aumento de demanda. Crivella concedeu entrevista a jornalistas no Hospital de Campanha do Riocentro, onde foi realizada uma cerimônia para entrega de respiradores da cidade do Rio de Janeiro a outros municípios fluminenses.
Desde o início do mês, o Rio iniciou a flexibilização do isolamento social e já liberou o funcionamento de setores como shoppings, serviços e mercados populares. O município argumenta que a reabertura é possível, porque, entre outros motivos, há disponibilidade de leitos de enfermaria e unidades de terapia intensiva nas redes pública e privada.
"Que pode acontecer [uma segunda onda], pode. Sobretudo se as pessoas não usarem as máscaras, se aglomerarem e não higienizarem as mãos. Mas estamos preparados", disse o prefeito, que fez uma comparação com a passagem bíblica do dilúvio. "Construímos essa Arca de Noé para enfrentar o dilúvio. A Arca de Noé não evita o dilúvio, ela enfrenta o dilúvio. E é isso o que estamos fazendo."
Segundo painel de dados mantido pela Secretaria Municipal de Saúde, houve 48 mortes confirmadas por covid-19 e 14 suspeitas nas 24 horas encerradas às 18h de ontem. Apesar disso, o prefeito afirmou que os números de junho apontam para uma situação melhor que a de maio.
No mês passado, a cidade sepultou o dobro de pessoas na comparação com maio de 2019, enquanto em junho, segundo o prefeito, houve seis mortes a menos, até o momento. Crivella reconhece que a diferença entre 2020 e 2019 também pode ser explicada pela redução nas mortes violentas e no trânsito, com menos pessoas circulando nas ruas, mas avalia que a queda em relação a maio é fruto das ações para controle da transmissão da doença.  
"Sepultamos seis pessoas a menos [que em junho do ano passado], o que mostra que as medidas tomadas surtiram efeito", disse o prefeito, que prometeu interromper a flexibilização caso haja lotação nos hospitais e aumento no número de mortes. "Se tivermos que frear, vamos frear. Sem vergonha e sem inibição."

Respiradores

A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou hoje a cessão de respiradores e monitores a outras cidades fluminenses, que permitirão a abertura de 180 leitos de UTI. Os equipamentos irão principalmente para cidades da região metropolitana, como Duque de Caxias, Queimados e Nova Iguaçu, cuja regulação dos leitos no Sistema Único de Saúde (SUS) se dá em conjunto com o município do Rio.
Além dos equipamentos cedidos aos municípios vizinhos, 16 respiradores irão para o Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e para cidades do interior, como Petrópolis e Barra do Piraí.
"Na saúde, temos uma fila só. Não há diferença entre um carioca e alguém de Paracambi, Japeri, Queimados ou Nova Iguaçu", disse o prefeito, em cerimônia realizada no Hospital de Campanha do Riocentro com políticos das cidades que receberão os equipamentos.