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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Sindical: Centrais se dividem sobre alternativas para reforma sindical


Já nas alternativas ao financiamento sindical também há divergências


Redação Hourpress/Diap
Unânimes na posição contrária a um modelo de reforma sindical que possibilitaria até 1 sindicato por empresa, as centrais sindicais estão divididas sobre qual alternativa defenderão. Força e UGT defendem representatividade mínima dos sindicatos por categoria, em eventual fim da unicidade sindical. Já CTB, NCST, CGTB e CSB querem a continuidade do modelo atual, em que é permitido apenas 1 sindicato por categoria em cada cidade ou região. No portal Valor Econômico
A proposta de novo órgão bipartite para regular a estrutura sindical também tem relativo acordo entre as organizações. Já nas alternativas ao financiamento sindical também há divergências.
As centrais sindicais iniciaram discussão com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para chegar a uma proposta de reforma sindical negociada entre entidades patronais, de trabalhadores e o Congresso. A intenção é se antecipar à reforma em elaboração por grupo de trabalho formado pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho (PSDB).
A Força Sindical defende que possa haver mais de 1 sindicato por categoria por região, mas mediante volume mínimo de representação da categoria, a ser definido. “Deve haver um prazo de transição entre o modelo atual e o modelo futuro”, diz Miguel Torres, presidente da Força, acrescentando que essa representação não seria feita por número de filiados, mas por número de trabalhadores que aceitarem a representação pelo sindicato nas campanhas salariais.
Ele propõe novo modelo de contribuição sindical, com adesão voluntária pelos trabalhadores no momento da campanha salarial. “Uma das propostas é que só tenha direito às negociações coletivas aquele trabalhador que financiar a campanha salarial. Quem não contribuir fica sem ser coberto pelas negociações”, sugere.
Para Torres, a proposta de reforma sindical em discussão pelo governo, que prevê pulverização da representação, com a possibilidade de criação de sindicatos por empresa, com base na Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), tem como objetivo acabar com o movimento sindical. “Essa proposta nós não aceitamos.”
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), diz que a central não defende o fim da unicidade sindical, mas que as discussões tanto no Executivo, quanto no Congresso, estão tendendo nessa direção. O sindicalista defende então, nesse contexto, que os sindicatos tenham que ter representatividade mínima, como 10% da categoria entre seus filiados. Defende também contribuição negociada em assembleia por categoria e que as conquistas das negociações coletivas sejam válidas para todos.
“Temos uma reunião quarta-feira (2) na UGT para definir parâmetros mínimos e, no dia 17, haverá reunião do Rogério Marinho e o [secretário do Trabalho] Bruno Dalcomo com as centrais”, antecipa.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), por sua vez, fecharam posição contrária ao fim da unicidade sindical, diz Adilson Araújo, presidente da CTB. A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) também tem posicionamento público neste mesmo sentido.
“Se houver a possibilidade de pluralismo, toda vez que houver uma disputa sindical, as correntes perdedoras se acharão no direito de fundar uma nova entidade. É uma fragmentação muito forte do movimento sindical”, diz Antonio Neto, presidente da CSB. “Nos surpreende saber que o governo Bolsonaro está copiando todas as teses do PT e da CUT, que sempre defenderam a Convenção 87, o pluralismo sindical e contra a contribuição sindical.”
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) de fato defende historicamente essas posições, mas procurada pelo Valor disse que não comentaria o assunto.

Sindical: Alguns modelos de sindicatos estão com data para morrerem


Rapidamente, todas as atividades laborais passam a ser mediadas ou assistidas por máquinas e inteligência artificial. Em breve, e cada vez mais, as máquinas substituirão as atividades humanas e os humanos vão auxiliá-las.
*Clemente Ganz Lúcio
As empresas estão mudando a estrutura e a organização do sistema produtivo. A propriedade empresarial vai passando para novos acionistas, que estão ávidos pelo máximo lucro. Para isso, terceirizam riscos e custos. Novas tecnologias para a energia, a comunicação e o transporte criam condições inéditas para outra concepção de cadeia produtiva, de logística e de localização. O custo hora de 1 metalúrgico europeu é 25 vezes maior do que o de 1 metalúrgico argelino.

A inteligência artificial e a internet geram a possibilidade, em velocidade alucinante, de as máquinas ocuparem cada vez mais espaços nas atividades produtivas e passam a transformar em atividades econômicas todas as atividades humanas. A industrialização transforma, potencialmente, todas as atividades humanas em produção econômica e consumo.

Rapidamente, todas as atividades laborais passam a ser mediadas ou assistidas por máquinas e inteligência artificial. Em breve, e cada vez mais, as máquinas substituirão as atividades humanas e os humanos vão auxiliá-las.

As empresas, em velocidade estonteante, disputam mercados e aceleram mudanças para competir e ganhar o jogo da concorrência! Para isso, domínio da vanguarda tecnológica, velocidade e intensidade na redução de custos laborais. Máquinas no lugar de gente, sem custo e sem resistência.

A legislação trabalhista muda para proteger as empresas, assegurando que as mudanças ocorram sem que haja passivo trabalhista, sem mediação coletiva do sindicato. Formas flexíveis de contrato, jornada e remuneração, redução dos direitos dão às empresas a possibilidade de ajuste estrutural da força de trabalho para promover a presença crescente da máquina.
O novo sistema produtivo emerge no atual velho mundo e ganha dominância. Os sindicatos são sujeitos coletivos que nasceram e fizeram história nesse sistema produtivo que definha, morre e, ao mesmo tempo, se transforma. Os sindicatos que conhecemos definharão e morrerão junto com esse sistema produtivo.

Mas não é só isso. Os sindicatos devem ser intencionalmente colocados fora do jogo social para não atuarem e disputarem essa mudança econômica. O mundo do trabalho deve ser flexibilizado no limite do necessário, sem resistência.
A lógica dominante é sair do emprego para o trabalho, da proteção social para o assistência, do direito para o mérito. Há um novo jovem trabalhador sendo ideologicamente formado, avesso ao outro e à solidariedade, individualista e sem utopia para o futuro.
O sindicato de hoje não é a organização que produzirá a resposta dos trabalhadores para esse novo sistema produtivo; os dirigentes atuais não conhecem esse novo mundo do trabalho e não serão capazes de, sozinhos, produzir a resposta sindical necessária. Sindicatos e dirigentes têm enorme dificuldade para dialogar com esses novos trabalhadores e não os compreendem.
Dramaticamente, é urgente acordar! Esses sindicatos têm data marcada para morrer!
É essencial olhar para o futuro! Para ser protagonista das mudanças que possibilitem aos trabalhadores, desde já, serem sujeitos da história das novas e difíceis lutas que esse outro mundo do trabalho exigirá. A utopia que leva à mudança, orientada pela justiça social, precisa do fermento da criatividade e da ousadia da invenção.
Não sejamos os coveiros da luta! Sejamos semeadores, no solo social da transformação econômica, dos novos instrumentos e da nova organização para as lutas sociais e políticas que ainda não somos capazes de imaginar, mas que virão.
*Clemente Ganz Lúcio Sociólogo. É diretor-técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)

Economia: Exame de Suficiência para contabilistas tem 70% dos candidatos reprovados no Brasil



Com aumento de 7,5 pontos percentuais no número de reprovados, saiba quais obras podem te ajudar no processo de estudos

Redação/Hourpress
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) o primeiro Exame de Suficiência do ano de 2019 teve, em média 70% de reprovação em todo o país, um aumento de cerca de 7,5 pontos percentuais no índice da última prova de 2018, em que 62,5% dos candidatos foram reprovados. Mesmo os estados com índices de aprovação mais altos, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro, têm, respectivamente, 39%, 37% e 37% de aprovados.
Em Santa Catarina, dos 1.019 inscritos, somente 639 acertaram mais da metade da prova e passaram no Exame. Dentre os países com maior número de reprovados estão Amapá, com 85%, Mato Grosso, com 83%, e o Acre, com 82%. São Paulo teve somente 31% de seus inscritos aprovados: 2.796 alunos de 6.142 inscritos.
Para obter o registro profissional, o bacharel em Ciências Contábeis deve acertar no mínimo 50% das questões do Exame de Suficiência do CFC, sendo considerado, assim, apto a exercer a profissão.

Economia: Pelo menos 25 mil pequenos negócios serão beneficiados no Programa AgroNordeste


O Sebrae pretende atender a demanda da região Nordeste e do MAPA, por meio do programa Sertão Empreendedor


Redação/Hourpress

O Sebrae é um dos parceiros do Programa AgroNordeste, lançado nesta terça-feira (1), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro. A instituição trabalhará para potencializar o conhecimento e a competitividade para os pequenos produtores do agronegócio, contribuindo para o aumento da renda da população, além de disseminar experiências exitosas, visando o crescimento sustentável e a dinamização do setor agrícola.
“O lançamento do programa tem um significado muito forte, pois vai envolver todas as esferas do governo, além de diversas instituições que atuarão em sinergia no Nordeste brasileiro. O Sebrae estará à frente das ações de gestão, produção e comercialização”, afirmou o presidente da instituição, Carlos Melles. Ele classificou o Programa AgroNordeste como uma iniciativa “formidável” e que terá todo o apoio do Sebrae. Melles assinou com o MAPA protocolo de intenções para fortalecer o setor.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, explicou que as ações para melhorar o agronegócio na região serão feitas em conjunto, ressaltando que não há cunho partidário. “Estamos corrigindo as diferenças regionais”, observou a ministra. “Agradecemos as parcerias, como a do Sebrae, que vai nos ajudar na produção e na comercialização”, disse Tereza Cristina, citando outras instituições que apoiam a proposta. Entre elas, estão: Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e os Bancos do Brasil e do Nordeste.
O Sebrae pretende atender a demanda da região Nordeste e do MAPA, por meio do programa Sertão Empreendedor, que terá como objetivo o desenvolvimento territorial e sustentável dos segmentos econômicos priorizados, inseridos em cadeia produtiva e pertencentes às áreas de abrangência do semiárido e biomas do nordeste. O público-alvo será de empreendedores rurais, do comércio, serviço, indústrias e agroindústrias, além de associações e cooperativas, envolvendo toda a cadeia produtiva do agronegócio.
A pretensão é atender aproximadamente 25.602 mil pequenos negócios rurais e urbanos no período de 40 meses. O Sebrae junto com outros parceiros identificou segmentos prioritários nos territórios a serem trabalhados, tais como: caprinos e ovinos, fruticultura, apicultura, bovinocultura de leite, bovinocultura de corte, avicultura, piscicultura, horticultura, suinocultura, cachaça, mandiocultura, cafeicultura. Serão abrangidos os nove estados do Nordeste, 59 territórios, 526 municípios, dos quais 229 estão no semiárido nordestino, priorizados pelo governo federal na estratégia do Programa Agronordeste.
O protocolo de intenções prevê que o Sebrae irá difundir o conhecimento especializado e tecnologias para o fortalecimento técnico de pequenos negócios. O empreendedorismo será estimulado por meio da identificação de oportunidades nas cadeias, possibilitando a inclusão produtiva do jovem no campo e a valorização de gênero. A disseminação de inteligência estratégica será feita com base no potencial de produção, produtos, mercado, agroindústrias e tendências de consumo. A instituição também se propõe a fortalecer a transformação digital no agronegócio, bem como estimular redes de cooperação.
Sobre o AgroNordeste
O programa AgroNordeste está dentro Plano de Ação para o Nordeste, instituído em 19 de setembro e é coordenado pelo MAPA. O objetivo é apoiar a organização das cadeias agropecuárias, ampliar e diversificar os canais de comercialização, além de aumentar a eficiência produtiva na região, principalmente do semiárido e biomas. No evento, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória que vai possibilitar a alocação de R$ 5 bilhões de crédito rural.

Economia: Como a tecnologia pode revolucionar a área de recursos humanos?


O resultado foi que, aquelas que mantém boas práticas de RH são, em média, 51% mais competitivas que as demais

*Paulo Exel
É fato que a transformação digital já chegou ao RH. Processos manuais começam a ser substituídos gradativamente por softwares e ferramentas de gestão. E os benefícios vão muito além da automatização dos processos burocráticos. O RH digital melhora a experiência do colaborador ao longo de toda a sua jornada na empresa, atuando fortemente na produtividade, engajamento e retenção dos profissionais.
Um estudo feito pela Harvard Business Review acompanhou 53 empresas durante os anos de 2011 a 2015. O resultado foi que, aquelas que mantém boas práticas de RH são, em média, 51% mais competitivas que as demais. O fato é que, hoje, é muito difícil manter a competitividade sem usar a tecnologia. Por isso, a área vem recebendo cada vez mais recursos a fim de se digitalizar.
De acordo com uma pesquisa elaborada pelo Grupo Selpe e a A3Data, aproximadamente 40% das empresas aumentaram o orçamento da área de RH. Cerca de 23% afirmam já adotar práticas de Business Intelligence. Isso quer dizer que a digitalização do RH não atua apenas na automatização de processos meramente operacionais, mas apresenta novas oportunidades.
Boa parte desse avanço deve-se ao surgimento das chamadas HR Techs, termo que define as empresas que fornecem serviços tecnológicos para o setor. Elas possibilitam que o RH atue de maneira mais estratégica e assertiva dentro das empresas. Essas soluções são capazes de reduzir custos, aumentar a eficiência e a inteligência dos processos da área de recursos humanos.
As possibilidades são enormes. A tecnologia pode ser empregada na gestão de benefícios, controle de férias, emissão de holerites, folhas de pagamento, entre outros. No entanto, um dos maiores impactos do RH Digital é a introdução do People Analytics, que é um conjunto de processos e ferramentas que coletam, compilam e analisam dados sobre o comportamento dos funcionários. Essas informações são usadas no planejamento estratégico do setor, traçando planos para engajar, motivar, reter e aumentar a produtividade dos colaboradores.
A grande mudança é que agora, TI e RH devem estar cada vez mais próximos. Um estudo feito pela consultoria Gartner, aponta que 75% das empresas pretendem melhorar a experiência do colaborador a partir de um desempenho conjunto das duas áreas até 2022. Ambas precisam garantir que novas tecnologias não só abordem questões complexas do negócio, mas também que atendam às expectativas e necessidades do público interno. E essa é uma mudança de mindset super importante, já que o TI passa a assumir um papel consultivo para o RH.
Diante dessa transformação, o profissional de recursos humanos precisa estar muito bem preparado. Será preciso entender o negócio de forma mais holística, compreendendo os desafios globais da companhia. A cobrança já é por um RH mais propositivo e menos reativo. Além disso, a área, que muitas vezes não trabalhava números como aliado em seus processos e decisões, vai precisar atuar cada vez mais na geração e interpretação de dados, a fim de facilitar a tomada de decisões.
A revolução da tecnologia no RH será enorme. Contudo, o papel do ser humano continuará sendo insubstituível. São as pessoas que realizam a gestão dessas ferramentas tanto para garantir sua eficácia quanto para identificar pontos relevantes e propor ações. Com a automatização, o RH passa a ter mais tempo para atuar de maneira estratégica e com foco em ações que visem a satisfação do colaborador, que é o ponto central de qualquer companhia. O grande desafio do RH digital é combinar a tecnologia disponível com a imprescindível interação e interpretação das necessidades humanas.
*Paulo Exel é formado em Administração de Empresas, possui MBA executivo em Gestão de Negócios e é diretor de operação da Yoctooconsultoria boutique de recrutamento e seleção para tecnologia. Exel tem mais de 10 anos de experiência no recrutamento especializado nas áreas de Tecnologia, Digital e Vendas.

Economia: Analógico x tecnológico: profissionais têm se adaptado às tecnologias para não ficar de fora do mercado de trabalho


Com a transformação digital e pessoas cada vez mais conectadas, 85% das empresas de serviços buscam profissionais digitais
Redação/Hourpress
Atualmente, o Brasil tem mais de um celular por habitante. A Fundação Getúlio Vargas realizou neste ano a 30ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas e os dados mostram que no Brasil há mais de 230 milhões de celulares ativos. Quando se fala em outros dispositivos, como tablets, notebooks e computadores, a pesquisa mostrou que o país atingiria, em 2019, a marca de 420 milhões de aparelhos digitais ativos.
Dados da Pesquisa Paradigma Digital, realizada pela Talenses e Digital House, mostrou que 85% das empresas de serviço estão em busca de profissionais digitais. Segundo a pesquisa, a procura vai além de pessoas com habilidades tecnológicas, e está relacionada também com a transformação digital do mercado de trabalho. Dentre as profissões que têm sofrido mudanças drásticas em relação às suas funções, destaca-se a do corretor de imóveis.
A tecnologia é uma aliada à atuação do corretor de imóvel, ajudando-o a se conectar com os clientes e oferecendo mais agilidade no dia a dia. O empresário Paulo Roberto de Oliveira é um exemplo. Com mais de 20 anos de experiência no ramo imobiliário, Paulo sempre procurou sistematizar seus processos, acreditando que era a forma mais prática de executar seu trabalho. 
Devido a uma necessidade de tornar o processo mais ágil e competitivo no mercado imobiliário, desenvolveu o Avalion - sistema online de avaliação imobiliária, que auxilia os profissionais a terem mais agilidade em seus processos, seja em pesquisa, angariação, opinião, análise ou avaliação de determinado imóvel de forma organizada. “O Avalion foi desenvolvido pela necessidade de deixar o processo mais ágil e otimizado. O que antes demorava dois dias para ser elaborado, hoje leva algumas horas. Em mais de 50 dias, temos mais de 700 usuários cadastrados”, afirma.
No Brasil, ainda há pessoas consideradas analógicas, ou seja, aquelas pessoas que permanecem resistentes ao uso das tecnologias disponíveis. Se antes a profissão do corretor de imóvel era restrita à sua carteira de clientes, a regiões específicas e à sua área de atuação, sendo venda ou aluguel, nos dias de hoje a realidade é outra. Com o avanço tecnológico estes profissionais viram a necessidade de se adaptar. 
Mariano Dynkowski, da Imobiliária M&D, não teve objeção em se adaptar às tecnologias, principalmente a partir dos anos 2000, quando, segundo ele, “a resistência foi terminando e as pessoas começaram a utilizá-la”. Corretor de imóveis há 45 anos, Mariano começou a utilizar recentemente o Avalion em suas atividades diárias e, além de aprová-lo, também disse não ter dificuldades para mexer no sistema. 

Variedades: 70 anos de Zé Ramalho, Sony Music lança discografia em streaming


Tudo está disponível, e pode ser acessado nesse link: SMB.lnk.to/70AnosZeRamalho

Redação/Hourpress
Da geração que invadiu o Brasil inteiro no final da década de 1970, unindo a cultura do Nordeste com a pop universal, Zé Ramalho construiu um legado forte e muito pessoal, como autor e intérprete. Esse mesmo artista chega aos 70 anos hoje, dia 3 de outubro e, em comemoração, a equipe do marketing estratégico da Sony Music Brasil, dando prosseguimento ao projeto de digitalização de seu catálogo, restaurando tapes analógicos e projetos gráficos originais de seus antigos vinis, dá mais um grande presente aos fãs da boa música brasileira, especialmente aos fãs do cantor e compositor. Essa celebração inclui os oito álbuns que estavam faltando (do catálogo da Sony) nas plataformas de streaming, e mais 16 faixas bônus originalmente gravadas em projetos diversos e discos de outros artistas. Tudo está disponível, e pode ser acessado nesse link: SMB.lnk.to/70AnosZeRamalho.
Além dos 14 álbuns que já estavam disponibilizados, dos oito que entram agora, cinco reaparecem com ótimas faixas bônus. Para começar, seu álbum de estreia na CBS, “Zé Ramalho” (1978), vem com versões de voz e violão para seus clássicos iniciais “Chão de giz” (uma canção de separação alusiva às efemeridades da vida, que como apregoa o título, vão passando e são facilmente apagadas), a emblemática “Avôhai” e mais “Bicho de 7 cabeças”, “Vila do sossego” e a menos conhecida “Rato do porto”, todas gravadas no ano anterior. Seu segundo disco na companhia, “A peleja do diabo com o dono do céu” (1979), que consagrou os clássicos “Garoto de aluguel (Taxi boy)” e “Admirável gado novo”; agora volta com esta última também em versão instrumental, e ainda mais três pérolas: “O desafio do século” (com Paulinho Boca de Cantor, de autoria dele, Luiz Galvão e do próprio Zé), registrada no mesmo ano de 79; “Mr. Tambourine Man” (uma versão do roqueiro Leno para o standard de Bob Dylan, que gravou em 81 com o grupo jovemguardista Renato e seus Blue Caps), e a autoral “Hino amizade”, que defendeu no Festival MPB 80, da TV Globo.
Há ainda os álbuns “Orquídea negra” (1983) (com duas faixas bônus: “Os 12 trabalhos de Hércules”, gravada no ano anterior para o especial infantil “Pirlimpimpim”, da TV Globo, e “A última nau”, para o álbum “Mensagem – Poesia de Fernando Pessoa”, em 86); “De gosto, de água e de amigos” (1985) (acrescido de duas faixas do mesmo ano: o hit “Mistérios da meia-noite”, composto por ele para a novela “Roque Santeiro”, uma das maiores líderes de audiência da história da TV brasileira, e “Oh! Pecador (Sinner man)”, registrada para o projeto “Cantos da libertação do povo de Deus”, do Coral Século XX) e, finalmente, “Frevoador” (1992) reaparece com três adendos: “Sensual (Palácio fácil)”, de Tavito e Aldir Blanc, gravada para a trilha da novela “Fera ferida”; “Dona Chica (Francisca Santos das Flores)”, com Sivuca, para o “Songbook Dorival Caymmi”; ambas de 93, e “Pai e mãe”, de Gilberto Gil, com o cavaquinista Waldir Silva, dos idos de 81.
Completam os lançamentos mais três álbuns do artista: “Pra não dizer que não falei de rock ou por aquelas que foram bem amadas” (1984), destacando uma versão de “The fool on the Hill”, dos Beatles, em dueto com Erasmo Carlos; “Opus visionário” (1986), com sua interpretação para “Um índio”, de Caetano Veloso; e “Décimas de um cantador” (1987), que fechava seu primeiro ciclo na antiga CBS. De sonoridade mais pop, trazia uma joia do musical “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque, o “Hino de Duran”.
Um legado de sucesso
Aficionado por Beatles, por artistas da geração Woodstock e cria dos conjuntos de baile dos anos 60, Zé Ramalho largou a faculdade de Medicina para viver de música. Após um longo período mais ligado às canções de feitio anglo-americano, reafirmou suas raízes nordestinas ao entrar em contato com cordelistas e repentistas locais quando fez a direção musical de um documentário a respeito deles em 1974. Esta fusão de elementos passaria a ser uma marca de sua obra já partir de seu primeiro LP solo, logo consagrada na faixa de abertura, “Avôhai” (1978), falando de um “avô e pai”, com uma linguagem ao mesmo tempo local e universal, destacando-se num grupo de nordestinos, na maioria universitários, que sucederam a geração inicial de Luiz GonzagaJackson do PandeiroAbdias dos 8 BaixosMarinês e sua GenteTrio NordestinoGordurinhaJacinto Silva e tantos outros, agora incorporando instrumentos elétricos e letras com elementos mais urbanos das grandes cidades do Sudeste, para as quais se mudaram.
Era justamente a turma composta por BelchiorEdnardoAlceu ValençaGeraldo AzevedoAmelinha (esposa de  à época), Elba Ramalho (sua prima), o guitarrista Robertinho do Recife e Fagner – para citar os mais célebres. Este último, contratado da CBS desde 1976, atuou como uma espécie de diretor artístico informal da gravadora, influindo decisivamente na contratação da maioria desses nomes, inclusive Zé Ramalho.
Com sua voz grave e interpretação de contornos proféticos, messiânicos, marcou época inicialmente com canções algo surrealistas, repletas de misticismo e imagens cinematográficas, como as “Chão de giz”, “Vila do sossego”, “A terceira lâmina” e “Mistérios da meia-noite”, e o petardo de crítica social, “Admirável gado novo” (“Ê, ô, ô, vida de gado/ Povo marcado ê/ Povo feliz”), além de imortalizar “Eternas ondas” na voz de Fagner e também “Frevo mulher” e “Mulher nova bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor” na de Amelinha. 
Todas elas estouraram entre 1978 e 85. A partir de então, viveu um período de entressafra, para voltar com força total a partir do bem sucedido projeto “O grande encontro” (1996), ao lado dos amigos Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Elba Ramalho, sucedido pelo duplo “20 anos – Antologia acústica” (1997). De lá para cá, continuou brilhando em álbuns autorais e projetos-tributo.
Por essas e por outras, a Sony Music não poderia deixar de homenagear esse artista-trovador cuja maior parte da obra autoral mais expressiva foi registrada em primeira mão por selos a ela hoje incorporados, como CBS e BMG.