EBC
Ela agradeceu, mas recusou a proposta
Astrogildo Magno
A vida é um enigma. Nunca ninguém
estará 100% satisfeito. Sempre existirá a cobrança a respeito de algo. Marlon,
teoricamente, não teria motivos para reclamar de nada. O dinheiro, fruto de
herança bilionária, continuava mantendo as suas diversas contas correntes na
linha verde. Era a alegria dos gerentes, pois sempre ofereciam pacotes de
investimentos, que ele educadamente recusava.
Quantos às mulheres, não tinha
problema. Saia com as mais belas das Américas e da Europa. As colocava no seu
jatinho Legacy para fazer sexo nas praias que somente os bilionários têm
acesso. Na sua gigantesca fazenda no Interior de SP levou a maioria das grandes
bandas de rock para fazerem shows particulares a ele e aos seus convidados.
A palavra fome nunca se tornou
realidade dentro de sua casa. Tinha acesso a qualquer tipo de comida, mesmo as
mais exóticas. Nas garagens das diversas propriedades que possuía nas Américas,
os automóveis top de linha estavam ali para ele andar a qualquer hora. A saúde
continuava intacta, sem nenhum tipo de anomalia.
Visitas
Para manter o luxo de Marlon, um
exército de funcionários estava de prontidão para atender as suas necessidades.
Não gostava de sujeira. Dentro de suas mansões tudo precisava brilhar. Não era
admissível qualquer vestígio de pó nos móveis, sob pena de demissão do
empregado. Mesmo ausente do local, a limpeza era mantida, pois fazia visita de
surpresas.
Numa de suas casas, no Nordeste
brasileiro, uma jovem de 21 anos, Ana Cintia, chamou sua atenção quando foi ao
imóvel ficar alguns dias apreciando o verde do mar das praias do Ceará. A
serviçal estava de alto astral sempre. Não chegava atrasada. Cumpria todas as
tarefas perfeitamente, mesmo quando precisava enfrentar o calor típico da
região.
Em uma das noites a convidou para fazer sexo. Para seduzi-la colocou
sobre o criado-mudo do seu quarto um “bolo” de notas de R$ 100, equivalentes a
R$ 50 mil. O salário de Ana Cintia era de R$ 1.500,00. Ela agradeceu, mas
recusou a proposta. Ele subiu para R$ 100 mil. O não prevaleceu. Irado
perguntou o motivo. A funcionária disse que não poderia trair Deus que livrou a
sua mãe de um câncer. Nem sempre o dinheiro compra tudo......
*Astrogildo Magno é cronista
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