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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Chumbo quente: As desigualdades prevalecem na SP que faz 468 anos

 

A falta de moradia é outro pesadelo na maior cidade do #Brasil

    Sescom/SP

São Paulo completa 468 com diversos problemas


Luís Alberto Alves/Houpress

Nesta terça-feira (25), #São Paulo completa 468 anos. Hoje, a cidade mais populosa da América do Sul e incluída entre as dez maiores do #mundo. É uma gigante. Igual coração de mãe, sempre acolhe cada pessoa que por aqui desembarca imaginando arrumar a vida.

Cresceu demais. De #avião, forma verdadeiro #mar de luzes, unindo aos outros municípios vizinhos, onde a fronteira é apenas a rua ou avenida. Igual a segunda maior cidade do Estado de #São Paulo, a divisa entre #Guarulhos e #Sampa, na Zona Norte, é a rodovia Fernão Dias; na Zona Leste é a rodovia #Ayrton Senna.

Com Osasco é a mesma coisa. Depois determinado trecho da Avenida Corifeu de Azevedo Marques, que começa no bairro do #Butantã, Zona Oeste, já saímos de Sampa e estamos em outra cidade. Enfim, é difícil mensurar o tamanho desta megalópole.

Paulista

Infelizmente nas últimas décadas, #São Paulo se tornou refém de políticos oportunistas, usando-a como trampolim para alcançar cargos maiores. Os anseios de sua população acabam sempre em segundo ou último plano. Seus hospitais públicos top de linha, como #Hospital das Clínicas, #Santa Casa, #Mandaqui, #Emílio Ribas sofrem com redução de funcionários e equipamentos essenciais à saúde.

A #Segurança Pública, sem qualquer trocadilho ou ironia, é caso de polícia. Nem na sua avenida mais famosa, a #Paulista, é possível andar sossegado durante o dia ou de noite, sem a ameaça de assalto, principalmente de celulares. O comércio também sofre com a violência. Os #bandidos parecem imaginar que não serão reprimidos pela #polícia.

As suas escolas públicas se transformaram num depósito de crianças e adolescentes, onde os professores fingem lecionar e os alunos, aprender. Quanto mais afastadas da região central, pior a situação, inclusive com a depredação de automóveis e ameaças de estupro, quando alguma professora resolve dar notas reais aos alunos.

Diretas

Apesar de rica, a miséria marca presença em diversas regiões de #Sampa. A outrora #Praça da Sé e #Vale do Anhangabaú, palcos na década de 1980, de grandes concentrações exigindo a volta das eleições diretas para presidente, hoje é repleta de mendigos. Quando o passageiro desce nas estações Sé ou Anhangabaú é “intimado” por eles para dar algum trocado.

Às vezes o pedido soa como ameaça física, e no caso das mulheres só resta gritar em busca de socorro. De noite não é possível transitar sossegado nas ruas do Centro. Em qualquer uma delas, é grande o risco de assalto à mão armada. As gangues de adolescentes não escolhem vítimas. Em bandos, agem iguais piranhas, derrubando e retirando todos os objetos de valor.

A falta de moradia é outro pesadelo na maior cidade do #Brasil. Embaixo de viadutos, pontes e jardins públicos, se tornaram comuns as barracas de plástico escuro, como sinônimo de casa, para os milhares de pessoas que ao perder o emprego, não tiveram mais condições de pagar aluguel ou mesmo a prestação da casa própria. Restaram as ruas como válvula de escape. Mesmo assim. Parabéns #São Paulo, que os seus problemas sejam solucionados para a nossa alegria.

Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue hourpressradio.com

 

 

 

 

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