Postagem em destaque

Crônica: Surpresas desagradáveis pregadas pelo tempo

Pixabay   Os seus quatro filhos se encontravam bem encaminhados Astrogildo Magno O   tempo não preocupava Justino. Não dava bola para ...

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Saúde: O papel do cirurgião-dentista na prevenção ao suicídio

 

Atendimento multidisciplinar é essencial para sucesso no tratamento


Redação/Hourpress

EBC

No Brasil, são registrados anualmente cerca de 12 mil casos de suicídio. Com o intuito de reduzir este número no País, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza desde 2014 a campanha Setembro Amarelo®, que visa conscientizar a população sobre a doença. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) apoia a iniciativa e destaca o papel importante dos cirurgiões-dentistas na prevenção ao suicídio.

Dados da ABP estimam que 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais, sendo as principais causas: depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias, respectivamente.

A odontologia, apesar de não ser a ciência humana que mais se relaciona com o tema, pode auxiliar no diagnóstico e contribuir no tratamento dos pacientes com depressão. Segundo o cirurgião-dentista e membro da Câmara Técnica de Odontologia Hospitalar do CROSP, Keller De Martini, a depressão pode afetar os hábitos das pessoas, fazendo com que elas se descuidem e, consequentemente, diminui a higiene oral, causando o desenvolvimento de doença bucais, como cárie, gengivite, periodontite e até mau hálito.

Outro sinal que pode estar associado à um quadro depressivo é o bruxismo – ranger de dentes durante o sono – que causa desgaste no esmalte dentário, dores de cabeça e orofaciais e dificuldade de se alimentar. “É imprescindível que o cirurgião-dentista trabalhe de maneira multidisciplinar e reforce ao paciente a importância de uma boa noite de sono, alimentação saudável, atividades físicas e um hobby para garantir que esse paciente inclua uma atividade prazerosa em seu dia a dia”, conta o cirurgião-dentista.

Além das orientações ao paciente, é importante que o cirurgião-dentista se informe também sobre o tratamento e os remédios aos quais o paciente está submetido, pois muitos antidepressivos têm como efeito colateral a redução do fluxo salivar ou não podem interagir com alguns medicamentos utilizados na odontologia, como por exemplo os anestésicos. “Como profissionais de saúde, devemos estar capacitados para realizar o atendimento do paciente com depressão. Se ele for tratado de maneira integral e multidisciplinar, a chance de melhora no seu quadro será muito maior”, afirma Keller.

Anamnese

É de suma importância que o cirurgião-dentista realize uma boa anamnese e pergunte ao paciente suas condições clínicas, bem como fatores emocionais e nutricionais – como por exemplo se perdeu o emprego ou apetite recentemente, terminou alguma relação ou passou por um processo de luto, entre outros.

Caso o cirurgião-dentista suspeite de quadro de depressão, o ideal é que converse com o paciente separadamente. Em seguida, o indicado é falar com algum familiar próximo e, por fim, voltar a falar com o paciente para que se inicie um tratamento psicológico. Desta forma, junto com a equipe multidisciplinar, ele pode ajudar na melhora do quadro.

Sobre o CRO-SP

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica e de direito público com a finalidade de fiscalizar e supervisionar a ética profissional em todo o Estado de São Paulo, cabendo-lhe zelar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente. Hoje, o CROSP conta com mais de 145 mil profissionais inscritos. 

Saúde: Lei dos 30 Dias, para pacientes com câncer, não é cumprida no Brasil

 

Responsabilidade é de Estados e municípios, mas governo federal não regulamentou a lei


Redação/Hourpress

Diarioonline

Câncer é uma doença de rápida evolução e que não faz quarentena nem jogo político. Os riscos de morte são maiores e os custos, muito mais altos quando os casos chegam em estágios avançados. Uma das leis a favor de pacientes, a Lei dos 30 Dias, estabelece que exames para a confirmação do diagnóstico de câncer devam ser realizados em até um mês. Seu objetivo é o diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de cura e de a doença nunca mais voltar, além de diminuir o impacto na gestão de pacientes oncológicos, com menos tratamentos, gastos e processos judiciais.

A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) atua junto ao poder público para garantir os direitos de pacientes, já que as leis não são cumpridas e as taxas de mortalidade na oncologia continuam altas.

Segundo publicação do Diário Oficial, a regulamentação da Lei dos 30 Dias deveria ser feita pelo Ministério da Saúde até 28 de abril, o que nunca aconteceu. A justificativa foi o coronavírus. Mas mesmo antes da pandemia, a auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou espera de até 200 dias para o diagnóstico de câncer, quase sete vezes mais do que a lei garante ao paciente.

Ao ser questionado pela FEMAMA, o Ministério respondeu que já era subentendido que a lei estaria regulamentada por portarias anteriores, como a que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, e que a responsabilidade era, agora, dos estados e municípios. Isso realmente é verdade, mas vale reforçar que é responsabilidade do Ministério da Saúde dar direcionamento para que os níveis regionais de poder possam ter uma atuação unificada e garantam aos cidadãos seus direitos ao diagnóstico e tratamento do câncer de forma precoce. Nenhuma das portarias mencionadas pelo Governo Federal, por exemplo, versa sobre um prazo de 30 dias.

A falta dessa orientação deixa dúvidas cruciais como em que parte da jornada do paciente começa e onde termina o prazo dos 30 dias; quem fica responsável pelo registro, notificação, fiscalização e monitoramento da lei; qual é o sistema que unificará e quando ele entrará em operação. Isso tudo inviabiliza a aplicação da lei no sistema público de saúde.

 Levantamento  mostra despreparo na oncologia

A realidade é que pacientes esperam por muito tempo para fazer exames e biópsias e os gestores insistem em dizer que não há fila de espera. Essa incongruência veio à tona com o questionamento formal feito pela FEMAMA a estados e municípios por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) após a terceirização de responsabilidade pelo Ministério da Saúde. O resultado, decepcionante, já era esperado por conta do relato de muitos pacientes: há um despreparo das instâncias regionais de poder, que não sabem como implementar a lei, apesar de terem ciência da responsabilidade que lhes foi repassada e da necessidade de diminuir a espera dos pacientes com queixas suspeitas de câncer.

Para entender o tamanho da desorganização, alguns não responderam dentro do prazo, de outros a resposta era vaga e prolixa, citando todos os esforços que realizam continuamente pelo bem de pacientes sem citar especificamente o que foi feito para se ter o diagnóstico precoce. Ainda foram encontrados casos onde o site para registrar reclamações ficou sem funcionar por um período. Poucos realizaram esforços específicos para a Lei dos 30 Dias funcionar. A impressão que fica é que nada foi feito e pacientes continuam tendo que aguardar por meses por seu diagnóstico.

Entre os 17 estados respondentes, somente 47% disseram que estão investindo em melhorias administrativas, de processos e infraestrutura de acesso para atender a lei. A notícia positiva é que, além destes, dois estados (12%) apontaram ter criado um programa de navegação de pacientes – Ceará e Maranhão. O levantamento também consultou diretamente 24 capitais, das quais 12 responderam. Quatro capitais afirmam estar atendendo no prazo de 30 dias – Belém, Fortaleza, Porto Alegre e São Paulo. Embora a maioria alegue que está fazendo o possível para aplicar o prazo correto da lei, quase 30% delas negam a responsabilidade, atribuindo-a ao estado. Embora o estudo seja menos robusto, mostra o empurra-empurra que vem acontecendo.

A FEMAMA possui 70 ONGs associadas em todo Brasil e, ao consultá-las, foi possível identificar que as respostas de alguns dos entes federados discordam das situações relatadas por pacientes. Criciúma (SC) é um exemplo de município que alegou que não há demanda reprimida, filas ou que prazo máximo está sendo respeitado. O caso de uma paciente atendida por uma ONG associada local mostra o contrário. Ela está há quase um mês tentando, sem sucesso, agendar sua consulta com mastologista após uma mamografia que identificou um nódulo. A justificativa do momento é o coronavírus. Nesse meio tempo, ela se mudou para Bento Gonçalves (RS) e, lá, saiu com uma consulta agendada para duas semanas depois, no SUS. Todo processo já ultrapassou 60 dias.

No Rio de Janeiro (RJ), o tempo médio para realização da biópsia até a disponibilização do resultado é de 29 a 35 dias. Porto Alegre (RS) alega que a consulta é marcada antes dos 30 dias, mas o que a lei deveria contemplar é todo o período até o diagnóstico, não só o da consulta nem só o do resultado. Alguns estados até mesmo dizem estar tentando “se virar”, cada um à sua maneira, já que não há um acordo ou investimento nacional partindo do Ministério da Saúde. A solução dada pela maioria dos estados e municípios é que, no caso de o prazo não ser cumprido, pacientes devem procurar a Unidade de Saúde em que foram atendidos e depois recorrerem às Ouvidorias dos Estados e do SUS. Ou seja, um ciclo vicioso sem resolução e sem um mecanismo unificado de fiscalização de cumprimento.

O sistema privado de saúde consegue oferecer diagnóstico e tratamento em um período muito inferior ao estabelecido, mas pacientes do SUS com suspeita de câncer têm uma jornada muito difícil, sem respaldo. Como resultado, a Covid-19 aumentou ainda mais a distância entre os pacientes oncológicos do sistema público e os da rede privada em relação à chance de cura do câncer. Se essa situação não for combatida, tanto os governos estaduais e municipais como o federal serão responsabilizados por essas vítimas. Pacientes não podem esperar o jogo político ficar mais ameno para cuidar de si e tratar do câncer.

 Sobre a FEMAMA
A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama é uma organização sem fins econômicos que trabalha para reduzir os índices de mortalidade por câncer de mama em todo o Brasil, lutando por mais acesso a diagnóstico e tratamento ágeis e adequados. Com foco em advocacy, a instituição busca influenciar a formação de políticas públicas para defender direitos de pacientes, ao lado de mais de 70 ONGs de apoio a pacientes associadas em todo o país. Conheça nosso trabalho: www.femama.org.br

Artigo: Brasil em chamas

 

Mente, também, ao destacar um suposto compromisso do Brasil com os Direitos Humanos


Francisco Arid
Arquivo

Pela segunda vez, Jair Bolsonaro abriu a Assembleia Geral das Nações Unidas. E, pela segunda vez, o fez em um contexto em que a atenção do mundo todo está voltada para a catástrofe ambiental que ocorre no Brasil. Em 2019, as queimadas na Amazônia, causadas deliberadamente por grupos ligados ao agronegócio, tornaram o nosso país alvo da crítica internacional; agora, é a destruição do Pantanal – também investigada a partir da suspeita de incêndio criminoso – que traz o Brasil novamente ao centro das atenções. Não por acaso, ambos os discursos de Bolsonaro na ONU foram marcados por acusações infundadas, mentiras descaradas e teses absurdas (não só sobre o tema da proteção ambiental), envergonhando a tradição diplomática brasileira e dificultando ainda mais nossas possibilidades de cooperação internacional.

A despeito da evidência empírica fornecida por especialistas – inclusive dos próprios órgãos estatais, como o INPE – e das investigações que apontam para ações de desmatamento coordenadas por garimpeiros, latifundiários etc., com a cumplicidade do Ministério do Meio Ambiente, Bolsonaro prefere minimizar a gravidade das queimadas e culpar os indígenas pela destruição dos ecossistemas que são fundamentais para a própria sobrevivência dessas populações. Em nosso continente, no entanto, a mentalidade racista e colonial das elites políticas e econômicas infelizmente já é habitual – terras indígenas e áreas de proteção ambiental seriam entraves ao desenvolvimento, privilégios de um povo incivilizado e, portanto, inferior.

Bolsonaro mente, também, ao destacar um suposto compromisso do Brasil com os Direitos Humanos: na verdade, estamos entre os países mais perigosos do mundo para jornalistas e ambientalistas, além de termos taxas de homicídios comparáveis às de zonas de guerra. Como se não bastasse, o presidente glorifica a participação das nossas forças armadas em missões internacionais de paz – seu exemplo favorito é o da atuação brasileira no Haiti, que serviu de laboratório para os generais bolsonaristas e deveria ser motivo de vergonha, inclusive para os setores ditos progressistas que governavam o Brasil quando essa missão começou.

Os rumos que a diplomacia brasileira vem tomando são preocupantes, para dizer o mínimo. A obsessão bolsonarista pelos Estados Unidos pode ruir ainda este ano, a depender do resultado das eleições presidenciais estadunidenses – o que nos restará então? Ver como o acordo entre União Europeia e Mercosul vai por água abaixo? Aproximar-nos dos governos mais conservadores e reacionários do mundo (como, aliás, já estamos fazendo, em nome de uma pauta retrógrada de “costumes”)? Assistir impotentes ao Brasil reduzindo-se, literalmente, a cinzas?

 Francisco Arid é estudante de Ciência Política na Universidade de Marburg, na Alemanha, e articulista da Saíra Editorial.

 

 

Geral: Bandeiras gigantes são estendidas no centro de Belo Horizonte (MG)

 

Instalação faz parte da 5a edição do Cura - Circuito Urbano de Arte

Redação/Hourpress

Divulgação

A instalação “Bandeiras na janela”, que ocupa o antigo prédio da Escola de Engenharia da UFMG, será um momento para amplificar as vozes e desejos da classe artística e dos movimentos sociais num ano em que a janela, virtual ou real, se tornou um dos poucos espaços onde pessoas do mundo todo conseguem se expressar e manifestar.

Localizado na avenida do Contorno, o prédio Álvaro da Silveira foi construído na década de 60 e abrigou parte da Escola de Engenharia da UFMG até 2010, quando foi finalizada a transferência da escola para o Campus Pampulha. Posteriormente, o imóvel foi cedido ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e, atualmente, encontra-se em obras.

“Bandeiras na janela” é uma instalação concebida pela curadoria do festival que convidou cinco artistas para reproduzirem em grande escala suas obras. São eles Denilson Baniwa (Bercelos/AM), Randolpho Lamonier (Contagem/MG), Célia Xakriabá (São João das Missões/MG), Ventura Profana (Salvador/BA) e Cólera e Alegria (diversos/Brasil).

Os trabalhos carregam em suas propostas a potência do manifesto, da crítica e do sonho.

 Sobre o Cura 2020

A 5ª edição do Cura – Circuito de Arte Urbana acontece entre os dias 22 de setembro e 04 de outubro em Belo Horizonte. Desta vez, serão pintadas 04 empenas no hipercentro da cidade, que também receberá outras intervenções artísticas. Por conta da pandemia, o restante da programação acontece exclusivamente online. E ela está intensa.

Neste ano, o festival convidou duas artistas para compor a comissão curadora: Arissana Pataxó, de Coroa Vermelha - Cabrália, e Domitila de Paulo, de BH. Elas, juntamente com as criadoras do festival - Janaína Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni – são os nomes por trás de tudo. O festival defende a resistência através da arte e cuidado com as pessoas, afetos e natureza e decide por uma curadoria que se aprofunda em um Brasil que não é somente urbano, trazendo artistas de diversas regiões e por isso com perspectivas estéticas diversas no seu lineup de obras públicas e também na Galeria CURA. É urgente ouvir as vozes que apontam outros caminhos.

 Na Rua

Diego Mouro (São Bernardo do Campo/ SP) – o selecionado da convocatória promovida pelo festival - Lídia Viber (Belo Horizonte/MG), Robinho Santana (Diadema/SP) e Daiara Tukano (São Paulo/SP) são os artistas responsáveis pelas artes nas empenas dos edifícios Almeida, Cartacho, Itamaraty e Levy respectivamente. Todas visíveis da rua Sapucaí, bairro Floresta, consolidando o Mirante CURA na rua Sapucaí com 14 murais gigantes.

Bandeiras produzidas pelos artistas Denilson Baniwa (Bercelos/AM), Randolpho Lamonier (Contagem/MG), Célia Xakriabá (São João das Missões/MG), Ventura Profana (Salvador/BA) e Cólera e Alegria (diversos/Brasil) serão instaladas no antigo prédio da Faculdade de Engenharia da UFMG. A obra também será vista do Mirante CURA.

Já os arcos do icônico Viaduto Santa Tereza recebem uma escultura inflável de Jaider Esbell (Normandia/RR).

 Online  www.youtube.com/CURACircuitoUrbanodeArte

Toda a programação virtual do Cura 2020 é gratuita e acessível. Uma programação diversa, que discute a atualidade e traz nomes em destaque no cenário nacional, entre eles Preta Rara, rapper e arte-educadora, importante nome do feminismo negro brasileiro e Ailton Krenak, uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro.

 28/09 - segunda-feira, 19h30

Bate Papo - Imaginar caminhos: ocupando o mercado de arte contemporânea 

Convidados: Thiago Alvim e Comum, artistas e idealizadores do JUNTA; Cristiana Tejo, curadora e uma das idealizadoras do Projeto Quarantine; Micaela Cyrino, artista visual e integrante da Nacional Trovoa. 

Mediação: Fabiola Rodrigues, MUNA - Mulheres Negras nas Artes

 29/09 - terça-feira, às 19h30

Bate Papo - Transformando, ocupando e criando novas narrativas: os olhares de artistas, curadores e pesquisadores contra o colonialismo sobre suas produções

Convidadas: Nathalia Grilo Cipriano, pesquisadora de cultura e cosmovisões negro-africanas, editora da revista digital diCheiro; Ventura Profana, escritora, cantora, performer e artista visual; Sandra Benites, antropóloga, arte-educadora e curadora-adjunta do MASP – Museu de Arte de São Paulo.

Mediação: Luciara Ribeiro, educadora, pesquisadora e curadora independente.

 30/09 - quarta-feira, às 19h30

Aulão – O hip-hop resiste

Com Preta Rara, rapper, historiadora, turbanista, e influenciadora digital.

 01/10 - quinta-feira, às 19h30

Bate Papo - Arte e Vida, Arte é Vida

Covidados: Maurinho Mukumbe, ferreiro; Ibã Hunikuin (Isaías Sales), txana, mestre dos cantos na tradição do povo huni kuin e pintor. Integra o coletivo MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin; Bordadeiras do Curtume (Vale do Jequitinhonha).

Mediação: Célia Xakriaba, professora e ativista indígena

 02/10 - sexta-feira, às 19h30

Aulão - A Vida não é útil

Com Ailton Krenak, líder indígena, ambientalista e escritor brasileiro. É considerado uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro, possuindo reconhecimento internacional.

 Galeria de Arte Virtual

A Galeria de Arte CURA vai funcionar no site www.cura.art durante o período do festival com mais de 30 artistas de todo o Brasil, que terão suas obras expostas e disponíveis para compra. Entre eles artistas que já participaram de outras edições do CURA ou participam desta edição como Thiago Mazza e Davi DMS (Cura 2017), Criola (Cura 2018), Luna Bastos (Cura 2019) e Diego Moura (Cura 2020) e artistas contemporâneos entre eles Heloísa Hariadne (São Paulo/SP); Mulambö (Saquarema/RJ), Alex Oliveira (Jequié/BA) e Luana Vitra (Belo Horizonte/MG).

 Sobre o Cura

O Circuito Urbano de Artes completa sua quinta edição e, com esta, serão 18 obras de arte em fachadas e empenas, sendo 14 na região do hipercentro da capital mineira e quatro na região da Lagoinha, formando, assim, a maior coleção de arte mural em grande escala já feita por um único festival brasileiro.

O CURA também presenteou BH com o primeiro, e até então único, Mirante de Arte Urbana do mundo. Todas as pinturas realizadas no hipercentro podem ser contempladas da Rua Sapucaí.

Geral: Calote no IPVA chega a R$ 556 milhões

 

Fazenda e Planejamento notifica proprietários de 713 mil veículos finais de placas 9 e 0 com débitos


Redação/Hourpress

Divulgação
A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo notifica proprietários de 713.720 veículos que apresentam débitos do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Os débitos são referentes ao exercício de 2019 de veículos com finais de placas 9 e 0 e também de remanescentes de todas as placas dos exercícios de 2015 a 2019. A relação foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, 23/9.

A Fazenda e Planejamento enviará ao domicílio tributário de cada proprietário um comunicado de lançamento de débitos de IPVA. O aviso traz a identificação do veículo, os valores do imposto, da multa incidente (20% do valor devido) e dos juros por mora, além de orientações para pagamento ou apresentação de defesa.

O lote de notificações reúne 881.481 débitos (cada veículo pode ter débito em mais de um exercício) que totalizam R$ 556.354.586,42.
O contribuinte que receber o comunicado de lançamento de débito tem 30 dias para efetuar o pagamento da dívida ou efetuar sua defesa. O próprio aviso traz as orientações necessárias para a regularização da situação, incluindo a localização do Posto Fiscal mais próximo do endereço do proprietário do veículo.

O pagamento pode ser feito pela internet ou nas agências da rede bancária credenciada, utilizando o serviço de autoatendimento ou nos caixas, bastando informar o número do Renavam do veículo e o ano do débito do IPVA a ser quitado.

O proprietário que não quitar o débito ou apresentar defesa no prazo terá seu nome inscrito na dívida ativa do Estado de São Paulo (transferindo a administração do débito para a Procuradoria Geral do Estado que poderá iniciar o procedimento de execução judicial, com aumento na multa de 20% para 40%, além da incidência de honorários advocatícios).

O contribuinte deve regularizar a pendência com o Fisco para evitar a inclusão de seu nome no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais (CADIN Estadual), o que ocorrerá depois de 90 dias da data de emissão do comunicado de lançamento de débitos de IPVA.

Para mais informações, os proprietários dos veículos podem entrar em contato com a Secretaria da Fazenda pelo canal Fale Conosco, no portal.fazenda.sp.gov.br ou nos telefones do Call-Center 0800-170110 (chamadas de telefone fixo) e (11) 2450-6810 (exclusivo para chamadas de celular).

Artigo: Às vezes a morte sinaliza que está próxima



Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 11 de junho recebi o texto abaixo do amigo Jabel, profissional de primeira na arte de resolver problemas de documentação de imóveis, pois trabalhava também como corretor, além de outras funções que exercia, entre elas a de síndico.

O meu feeling sinalizou que era algo profético. Por causa da correria nos falávamos muito pelo whatsapp.  Estranhei que desde 21 de julho ele não lia mais minhas mensagens. Soube no final de agosto que estava internado por causa de um AVC.

Infelizmente hoje (23/09) o amigo Jabel partiu, contaminado pela covid-19, que o presidente Bolsonaro classifica de “gripezinha”. Mesmo internado num bom hospital em Guarulhos, Grande SP, não foi possível evitar sua morte.

Publico o texto abaixo, em sua homenagem, e também para que você leitor reflita sobre o que anda fazendo na vida. Não caia na besteira de que o ser humano é  insubstituível. Talvez do alto de sua sabedoria, o amigo Jabel já estivesse prevendo que esse dia fatal estivesse a caminho. Infelizmente, ele chegou hoje às 14h. Descanse em paz caro amigo.

“A GENTE VAI EMBORA  e fica tudo aí,

os planos em longo prazo e as tarefas de casa,

as dívidas com o banco,

as parcelas do carro novo que a gente comprou pra ter status.

A GENTE VAI EMBORA  sem sequer guardar as comidas na geladeira,

tudo apodrece, a roupa fica no varal.

A GENTE VAI EMBORA, se dissolve e some toda a importância que pensávamos que tínhamos,

a vida continua, as pessoas superam e seguem suas rotinas normalmente.

A GENTE VAI EMBORA  as brigas, as grosserias, a impaciência, serviram para nos afastar de quem nos trazia felicidade e amor.

A GENTE VAI EMBORA e todos os grandes problemas que achávamos que tínhamos se transformam em um imenso vazio, não existem problemas.

Os problemas moram dentro de nós.

As coisas têm a energia que colocamos nelas e exercem em nós a influência que permitimos.

A GENTE VAI EMBORA e o mundo continua caótico, como se a nossa presença ou ausência não fizesse a menor diferença.

Na verdade, não faz.

Somos pequenos, porém, prepotentes. Vivemos nos esquecendo de que a morte anda sempre à espreita.

A GENTE VAI EMBORA, pois é.

É bem assim: Piscou, a vida se vai.. .

O cachorro é doado e se apega aos novos donos.

Os viúvos se casam novamente, andam de mãos dadas e vão ao cinema.

A GENTE VAI EMBORA e somos rapidamente substituídos no cargo que ocupávamos na empresa.

As coisas que sequer emprestávamos são doadas, algumas jogadas fora.

Quando menos se espera, A GENTE VAI EMBORA. Aliás, quem espera morrer?

Se a gente esperasse pela morte, talvez a gente vivesse melhor.

Talvez a gente colocasse nossa melhor roupa hoje,

talvez a gente comesse a sobremesa antes do almoço.

Talvez a gente esperasse menos dos outros,

Se a gente esperasse pela morte, talvez perdoasse mais, risse mais, saísse à tarde para ver o mar, talvez a gente quisesse mais tempo e menos dinheiro.

Quem sabe, a gente entendesse que não vale a pena se entristecer com as coisas banais,

ouvisse mais música e dançasse mesmo sem saber.

O tempo voa.

A partir do momento que a gente nasce,

começa a viagem veloz com destino ao fim - e ainda há aqueles que vivem com pressa!

Sem se dar o presente de reparar que cada dia a mais é um dia a menos, porque A GENTE VAI EMBORA o tempo todo, aos poucos e um pouco mais a cada segundo que passa.

 O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM O POUCO TEMPO que lhe resta?!

Que possamos ser cada dia melhores, amorosos, humildes, e que saibamos reconhecer o que realmente importa nessa passagem pela Terra!!!

Até porque, A GENTE VAI EMBORA...”

Túnel do Tempo: Nascimento de Ray Charles

 


Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 23 de setembro de 1930 nascia nos Estados Unidos o músico Ray Charles. Pioneiro da Soul Music, ele tem entre seus sucessos interpretações de "Georgia on My Mind" e "Hit the Road Jack" entre outros. Em junho de 1995, ele morre aos 73 anos, de complicações relacionadas a uma doença do fígado.