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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Economia: Mais de mil famílias financiam imóvel da CDHU a juro zero

Implantada em março, nova política de subsídios acabou com a cobrança da taxa de 7% ao ano para famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos

Redação/Hourpress



Desde que foi implantada em 2 de março deste ano, a nova política de concessão de subsídios da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Habitação, já beneficiou 1.239 famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos em todo o Estado de São Paulo. Todos estes mutuários assinaram contrato de financiamento habitacional a juro zero. Anteriormente, a taxa anual de juros cobrada para a aquisição da casa própria era de 7%.

As novas regras implantadas pela CDHU facilitaram ainda mais o acesso à moradia popular por famílias de baixa renda, uma vez que também fixaram em 20% o limite de comprometimento da renda durante o contrato de financiamento. Essa modificação permite às famílias beneficiadas planejar com maior segurança e previsibilidade o pagamento efetivo das mensalidades cobradas, que passam a ter um valor fixo ao longo da vigência dos 30 anos de contrato, acrescidas apenas da correção monetária.
Nos contratos firmados antes das novas regras, o comprometimento inicial varia de 15% a 30% dos ganhos familiares. Com o passar dos anos, esse percentual de comprometimento pode sofrer acréscimos reais ao longo do financiamento em função da redução gradual dos subsídios ofertados pela CDHU.
"Estamos garantindo às famílias de baixa renda condições de financiamento ainda mais compatíveis com sua capacidade de pagamento, ajudando assim um número crescente de pessoas a transformar o sonho da casa própria em realidade", afirmou o secretário de Habitação, Flavio Amary .
Mais uma novidade adotada pela Secretaria de Habitação, por meio da CDHU, foi a substituição do índice utilizado para correção das prestações e do saldo devedor. A CDHU passou a corrigir os seus financiamentos com base no índice IPCA-IBGE em substituição ao IPC-Fipe, usado anteriormente. A troca deve-se ao fato de que o IPCA-IBGE é um indicador mais abrangente, uma vez que mede também a variação de preços em território nacional, não apenas da capital paulista como é o caso do IPC-Fipe. O IPCA-IBGE também é o índice utilizado para monitoramento oficial da meta de inflação e por isso faz com que o financiamento habitacional da CDHU fique mais alinhado com a situação econômica do país.
Para direcionar os recursos da politica habitacional a quem mais precisa, os novos financiamentos a taxa de juros zero são concedidos apenas para famílias com renda mensal entre 1 e 5 salários mínimos. Famílias com renda acima de 5 a 10 salários mínimos são, em regra, encaminhadas para obtenção do empréstimo em instituições do mercado imobiliário. A grande maioria de famílias atendidas pela CDHU situa-se na faixa de até 3 salários.


Toda as informações sobre as novas medidas adotadas podem ser consultadas pelo site www.cdhu.sp.gov.br . As dúvidas podem ser esclarecidas também pelo Alô CDHU no telefone 0800 000 2348.

Economia: Setor de logística tem papel fundamental na terceira maior data do comércio varejista


Muitos têm apostado que essa prática deve continuar


Redação/Hourpress

O mês de junho chegou e, com ele, trouxe a terceira maior data do comércio varejista, o dia dos namorados. No Brasil a comemoração realizada no dia 12, este ano, terá um foco maior dentro do setor de e-commerce. Isso porque, definitivamente, os hábitos dos consumidores mudaram bastante no decorrer dessa quarentena. As pessoas passaram a adotar novas práticas dentro de suas rotinas como a compra on-line.
Desde supermercado, roupas, sapatos, brinquedos, utensílios domésticos, eletrônicos e até mesmo farmácia. Tudo em prol da sua segurança, bem como de sua família e, esse comportamento teve um grande impacto para o comércio digital. De acordo com Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) o segmento teve um aumento de 180% em transações nas últimas semanas.
Em vista disso, muitos têm apostado que essa prática deve continuar, principalmente para o dia dos namorados. O diretor comercial & marketing da Jamef Encomendas Urgentes, Paulo Nogueirão é um deles. “As compras on-line já se tornaram tendência dentro do cenário em que estamos vivendo. Isso porque, esse processo, além de trazer a sensação de maior segurança, também traz comodidade, conforto e conveniência”, comenta Nogueirão.
Desta forma, o setor de logística se mostra fundamental para que todos os produtos adquiridos durante a data comemorativa sejam entregues no prazo. Para o diretor comercial & marketing é de extrema importância que todos os setores estejam alinhados, a fim de cumprir as datas estipuladas pelos consumidores.
“Estamos preparados para o dia dos namorados, apesar de já sentir a alta demanda em determinadas áreas quando se trata de compras on-line. Tomamos todos os cuidados necessários para que as encomendas sejam entregues aos destinatários de maneira rápida, assertiva e segura, principalmente, agora em tempos de pandemia”, explica Nogueirão.
Segundo o executivo da Jamef, a empresa segue todas as determinações de cuidados para o manuseio adequado de todos os materiais transportados e está sempre investindo em modernidade e tecnologia de ponta, a fim de garantir proteção e agilidade nas entregas das encomendas, independente dos setores em que atua. “Entendemos o quão importante o setor de logística é para essas datas sazonais, ainda mais neste período. Isso reforça ainda mais o nosso compromisso com a qualidade de entregar sempre o melhor para todos os nossos clientes”, conclui.
 Sobre a Jamef Encomendas Urgentes – Fundada em 1963 e especializada no transporte de cargas fracionadas, há 57 anos transporta encomendas pelo Brasil, nos modais aéreo e rodoviário, atende todo território nacional. Conta com mais de 3.000 colaboradores diretos, 1.200 veículos e 30 unidades. 
A empresa investe constantemente em infraestrutura, tecnologias integradas, capacitação de funcionários, ações sustentáveis e inovação para sempre levar o melhor serviço ao cliente, com pontualidade e cuidado no transporte de mercadorias e atenção no atendimento. Toda a frota é 100% rastreada via satélite e os terminais são monitorados 24 horas por dia, para garantir a segurança total de todas as cargas, desde a coleta até a entrega. No site é possível acompanhar cada etapa do transporte, em tempo real, e ainda realizar cotações e solicitar a coleta.

Economia: Latam e Delta levam ao Cade proposta de joint venture

Medida integra ações para enfrentar perdas causadas por covid-19



Agência Brasil 


A empresa aérea Latam levou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a proposta de formação de uma companhia conjunta (joint venture) com a Delta Airlines, gigante americana do setor.
A parceria foi anunciada no ano passado. A Delta possuía participação na Gol, mas se desfez dela no fim de 2019. O acordo de joint venture foi assinado no dia 9 de maio, mas depende da aprovação de autoridades regulatórias dos respectivos países onde o novo grupo irá atuar, no caso, o Cade no Brasil.
O diretor-executivo da Latam Brasil, Jerome Cadier, afirmou que a criação da joint venture faz parte da estratégia de enfrentamento das perdas diante do cenário da pandemia.
“Nossa aliança estratégica com a Delta continua sendo uma prioridade. Essa apresentação reafirma nosso compromisso em fornecer aos clientes liderança em conectividade e experiência de viagem nas Américas e a aliança é uma das maneiras pelas quais emergiremos dessa crise global como um grupo de companhias aéreas mais forte, mais ágil e mais competitivo”, afirmou, em nota.
A Latam apresentou pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos por conta dos efeitos da crise provocada pela pandemia. No dia 26 de maio, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, declarou que o governo acompanha o caso da empresa aérea.
Em nota, o diretor-executivo da Delta, Ed Bastian, comentou, no site da empresa, que a parceria já havia sido construída no ano passado e que o novo contexto aprofundou a intenção de construção da atuação conjunta.
“Enquanto nossas companhias enfrentam os impactos da covid-19 nos nossos negócios e adotam medidas para proteger a segurança dos nossos consumidores e empregados, estamos construindo a aliança que sabemos que eles [consumidores] irão querer voar no futuro”, ressaltou.

Geral: Justiça suspende nomeação de presidente do Iphan


Juiz diz que Larissa Dutra não tem formação profissional para o cargo



Agência Brasil 


O juiz da 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Adriano de Oliveira França, suspendeu a nomeação e posse de Larissa Rodrigues Peixoto Dutra para a presidência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ela foi nomeada no dia 11 de maio. O magistrado atendeu a uma ação popular movida pelo deputado federal Marcelo Calero (Cidadania/RJ).
Na decisão, o juiz diz que Larissa não tem formação profissional capaz para ocupar o cargo, que estava vago desde o fim do ano passado após a exoneração da então presidente Kátia Bogéa. Adriano de Oliveira França destacou que a finalidade da criação do Iphan definida na Constituição é a promoção e proteção do patrimônio cultural brasileiro, com o que não se identifica a formação e a experiência profissional da nomeada, apesar dela possuir “robusto curriculum” nas áreas de turismo e hotelaria. Para o juiz, isso pode se configurar como contraposição de interesses.
França acrescentou que ocupantes da presidência da autarquia federal, a partir da Constituição de 1988, tinham formação em história, arquitetura ou antropologia. “Estes ramos da ciência mais se coadunam com os componentes descritos nos incisos do art. 216 da Constituição, o que corrobora para a identificação de incompatibilidade da nomeada para o cargo de presidente do Iphan”, indicou.
Ainda no despacho assinado ontem (10), o magistrado cita uma manifestação do Ministério Público Federal (MPF) que afirma que a indicada não atende os requisitos legais para a investidura no cargo por não preencher critérios objetivos estabelecidos em decreto federal como “possuir título de mestre ou doutor, possuir experiência mínima de cinco anos em atividades correlatas às áreas de atuação do Iphan, e possuir formação acadêmica compatível com o exercício da função”.
O despacho mostra ainda que a União defendeu a legalidade da nomeação justificando que Larissa pertence ao quadro funcional do Ministério do Turismo há 11 anos e ingressou na pasta por concurso público.
De acordo com o magistrado, o direito fundamental à Cultura e as formas de proteção ao patrimônio nas diversas formas de expressão não podem correr o risco de violação direta dos seus valores. “Nos modos de criar, fazer e viver; nas criações científicas, artísticas e tecnológicas; nas obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico culturais; e nos conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico; não podem se submeter a elevado risco, seja na violação direta de tais valores por atendimento a interesses contrários, seja na proteção deficiente do direito fundamental (art. 216 da constituição de 88). Tais prejuízos, restam prováveis, ao se indicar, profissional com formação incompatível para o exercício de elevado mister que é a proteção e promoção desses bens públicos difusos”, apontou.
O juiz alerta que a nomeação de profissional sem compatibilidade para o exercício da função de presidente de autarquia com finalidade determinada por lei, pode esvaziar as funções da instituição, “o que equivaleria à extinção, por via transversa, de entidade, a qual somente pode ser extinta por lei”.

Geral: Governo prorroga emprego das Forças Armadas na Amazônia Legal


Decreto com a medida foi publicado no Diário Oficial da União



Agência Brasil 

Um decreto assinado ontem (10) pelo presidente Jair Bolsonaro prorrogou por um mês o emprego das Forças Armadas na proteção da faixa de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais da Amazônia Legal, região que abrange nove estados.
Com isso, a Operação Verde Brasil 2, com o emprego de tropas no combate ao desmatamento, fica autorizada a funcionar até 10 de julho. O decreto com a prorrogação foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) de quarta-feira (10), último dia do prazo original de um mês dado para as Forças Armadas atuarem na região sob o regime de Garantia da Lei e da Ordem.
A prorrogação da operação por um mês já havia sido adiantada nesta semana pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que hoje está à frente do Conselho da Amazônia. Ele disse, porém, que o ideal seria que a fiscalização da região se tornasse permanente. 
“Não adianta só termos operações por um mês ou dois meses. Ideal era estabelecer vinte bases permanentes de fiscalização na região amazônica”, afirmou na segunda-feira (8), em Cuiabá.
A operação das Forças Armadas na Amazônia Legal tem um orçamento inicial de R$ 60 milhões e envolve um efetivo de 3,8 mil profissionais, 110 viaturas, 20 embarcações, 12 aeronaves e conta com bases em Belém, Porto Velho e Cuiabá.

Combate ao desmatamento

As forças federais atuam na proteção de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que atuam no combate ao desmatamento e às queimadas ilegais.
Nesta semana, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, revisou para cima os dados do desmatamento na Amazônia Legal referentes ao período entre agosto de 2018 e julho de 2019.
A partir de análise de 229 imagens geradas pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), o Inpe elevou de 9.762 km2 para 10.129 km2 a estimativa de desmatamento. Com isso, subiu para 34,4% a variação na taxa de desmate, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Geral: No Rio, homem derruba cruzes que lembram mortos pela covid-19


Protesto da Rio de Paz cobrava ações do governo com relação à pandemia



Agência Brasil 

Um grupo de pessoas protestou hoje à tarde (11) contra a manifestação realizada pela organização não governamental Rio de Paz, na praia de Copacabana. Voluntários da ONG abriram 100 covas rasas na areia da praia, com cruzes e bandeiras do Brasil, para simbolizar as mortes pela covid-19 no país. O objetivo era criticar a forma como o governo federal está lidando com a pandemia.
Contrário ao ato do Rio de Paz, um homem começou a arrancar as cruzes fincadas na areia e teve início um princípio de confusão.
Um pai que perdeu o filho de 25 anos para o novo coronavírus aparece em um vídeo, postado nas redes sociais da ONG, recolocando as cruzes no lugar e pedindo respeito às famílias que tiveram de enterrar pessoas queridas. “Meu filho morreu com 25 anos. Ele era saudável. Respeitem a dor das pessoas. Respeitem, grupo de fascistas”, desabafou o homem, inconformado com a atitude, enquanto recolocava os símbolos no lugar.  
O presidente da Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, afirmou que esta foi a primeira vez que ele viu uma manifestação contrária a um ato da organização não governamental. “Nós estávamos ouvindo muitas expressões de ódio no calçadão. Mas um senhor decidiu derrubar as cruzes, mesmo sem reação nossa”, afirmou.
Costa destacou que o objetivo do protesto era cobrar ações sanitárias e econômicas por parte do governo federal diante da pandemia de covid-19. “O Brasil está nu perante o mundo. Todas as suas injustiças sociais e desgoverno emergiram nesses meses de pandemia. Se não houver, por parte do governo, mudança de rumo na condução dessa multifacetada tragédia social, seremos o país com o maior número de mortos pela covid-19”, afirmou o presidente da ONG. 

Saúde: Mapeamento propõe estratégias locais para enfrentar covid-19


Vírus atinge de formas diferentes cada região de São Paulo



Agência Brasil 


A disseminação da pandemia de covid-19 na cidade de São Paulo acontece de forma distinta nas dezenas de bairros, mostra o mapeamento feito pelo Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (LabCidade) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).
O estudo que observa as hospitalizações e mortes pela doença rua a rua indica que o vírus atinge de formas diferentes cada região, mesmo na comparação entre bairros com características semelhantes, e propõe que as políticas e medidas de contenção ao novo coronavírus sejam tomadas em escala menor, de forma localizada, dentro dos distritos da capital paulistana.
“Tem favela que tem [muitos casos]? Tem. Tem favela que não tem? Tem”, diz o pesquisador do LabCidade Aluízio Marino a respeito do que o cruzamento de dados feito pelo grupo tem mostrado.
Os pesquisadores usaram uma base de dados disponibilizada pelo Ministério da Saúde que mostra as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por CEP residencial. Assim, os mapas mostram não só o número de casos da doença por região, mas por rua de ocorrência, assim como as mortes relacionadas.

Múltiplos fatores

A análise indica a existência de múltiplos fatores que levam à disseminação da doença em determinados locais. “Não é só densidade habitacional. Não é só precaridade habitacional”, enfatiza Marino ao falar sobre a necessidade de evitar discursos e conclusões pré-estabelecidas. “Inclusive, porque esses discursos foram muito usados desde a década de 1960 até hoje para remover favelas e cortiços”, lembra.
O pesquisador destaca a importância de olhar para além das simplificações (centro e periferia) e para dentro das divisões regionais administrativas, como as prefeituras regionais da capital paulista.
"Brasilândia tem a população de uma cidade de médio porte. Se você pegar os dados só por Brasilândia, dizem pouca coisa. Aonde em Brasilândia?", questiona o pesquisador fazendo referência ao distrito paulistano com maior proporção de casos e onde vivem 260 mil pessoas com diversas realidades econômicas e sociais.
“Não é só uma relação centro e periferia. No centro a gente tem lugares muito distintos, como a região da Luz onde está a Cracolândia, com várias pensões e moradores em situação de rua”, acrescenta.

Mobilidade e centros comerciais

A partir desses primeiros resultados, o grupo investiga agora outras variáveis que podem explicar a distribuição local da doença. “A gente vai cruzar isso com dados de mobilidade. Cruzar com os dados dos centros comerciais de bairro, ver se tem alguma relação entre a presença dos centros comerciais”, diz o pesquisador sobre as possibilidades que serão analisadas com mais dados a partir dos indícios fornecidos pelo entrelaçamento das informações.
“Já dá para perceber uma relação muito forte entre o centro comercial do bairro e a presença da covid”, destaca Marino sobre uma das principais hipóteses. “Onde mais circula gente é onde mais está tendo a disseminação da doença. Isso por causa da mobilidade”, aponta outro possível fator de contaminação.

Ações com articulação local

Isso, poderia indicar, de acordo com o pesquisador, a necessidade de políticas que aumentem a segurança do transporte público. “Repensar a política de mobilidade, tendo um percurso todo protegido. Espaços para as pessoas não ficarem aglomeradas, mais ônibus nas linhas. Isso tem que ser pensado nas linhas onde está mais congestionado o sistema”, propõe.
Para conseguir respostas locais eficientes, Marino acredita na importância do fortalecimento de algumas políticas já existentes no Sistema Único de Saúde (SUS). “Agente de saúde é uma preciosidade do SUS e eles estão super sucateados. Tinha que ter pelo menos o dobro de agentes de saúde na rua, fazendo trabalho de conscientização”, diz.
Outro ponto fundamental, na opinião do pesquisador, é uma articulação das políticas públicas com as organizações civis e comunitárias nos territórios. “Sentar com as lideranças comunitárias para identificar quem não consegue se isolar”, exemplifica sobre medidas que poderiam melhorar a eficiência do isolamento social, norma difícil de ser adotada por pessoas com renda instável e moradia precária.