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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Artigo: O ano começou oficialmente - chegou a hora de organizar as finanças



Especialista dá dicas para evitar gastos desnecessários e organizar o planejamento financeiro


Carlos Terceiro, CEO e fundador da Mobills

Segundo pesquisa divulgada em janeiro pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), guardar dinheiro é a principal meta financeira do brasileiro para 2020 (49%). Este objetivo não é novidade, afinal o resultado se repetiu no ano passado. Porém, 83% dos entrevistados relatam que não conseguiram realizar os desejos ligados a finanças em 2019.
Para que neste ano os planos saiam do papel, Carlos Terceiro, CEO e fundador da Mobillsstartup de gestão de finanças pessoais, pontua algumas dicas para se planejar e colocar em prática as metas de ano novo.
1 - Limite seu orçamento
Estabelecer cotas mensais fixas reduz as chances de desperdício. As áreas da saúde, moradia, transporte e alimentação são essenciais, então devem ser priorizadas. Com isso, separar uma quantia fixa para usar com os extras evita o consumo exagerado com itens desnecessários.
2- Necessidade
Fazer uma lista do que deseja comprar é passo fundamental para a organização. Dividir os itens nas categorias: "quero" e "necessito", faz com que os produtos da segunda categoria possuam prioridade em relação aos da primeira.
"Usar a técnica chamada "3 Ps e 1 Q" pode ser uma ótima opção. O consumidor tem que perguntar a si mesmo se realmente PRECISA do que ele quer adquirir, se ele pode PAGAR por aquilo, se o PREÇO está bom e se ele realmente QUER, evitando o impulso", afirma Carlos.
3 - Organização
Um dos maiores problemas dos gastos com compras excessivas é a perda de controle por falta de organização. Roupas, calçados, livros e tudo aquilo que leva ao desejo do consumo, sempre devem estar muito bem organizados e à vista para que você se lembre de tudo que já tem.
4 - Cuidado com o cartão de crédito
Inicialmente, uma compra de valor baixo pode parecer inofensiva, mas o acúmulo de pequenos gastos, pode comprometer o orçamento dos meses seguintes. Ao optar por pagamentos parcelados, inclua o valor da fatura no seu planejamento de compras. Mas, dê preferência por opções à vista, e evite ao máximo recorrer ao cheque especial.
4 - Comparação de preços
Atualmente, com a ajuda da internet, pesquisar sobre a variação de preços de um mesmo produto pode render uma boa economia. Os valores podem variar das lojas físicas, onlines às multimarcas. Ficar atento aos cupons de desconto pode ser interessante - um grande número de sites de compras, de quase todos os segmentos, oferecem voucher de descontos.
6 - Corte de gastos
Em casos da renda mensal ser menor ou próxima do total de gastos, a verificação de possíveis cortes é a melhor alternativa, para evitar situações sufocantes em que a única saída seriam os empréstimos. Atividades de lazer e entretenimento de alto custo, podem ser substituídas por opções mais baratas e até mesmo gratuitas.
7 - Poupança
Guardar mensalmente uma parcela da renda total, traz grandes benefícios, principalmente a longo prazo. A construção de uma poupança gera uma segurança maior dentro do planejamento financeiro. Uma maneira para estimular essa poupança é estabelecer metas e aplicar o dinheiro em algum investimento que proporcione rendimentos.
8 - Reserva para emergências
Imprevistos acontecem a qualquer hora, por isso é primordial ter uma quantia guardada para situações extremas. A reserva de emergência pode variar dependendo de cada pessoa, porém normalmente ela representa seis vezes o valor do custo fixo mensal, é essencial para alcançar a tranquilidade financeira ter essa reserva.
9 - Software de controle de finanças pessoais
Um sistema de controle financeiro pode ajudar na organização e planejamento dos gastos mensais, mostrando cada passo e consequência das compras. Alguns aplicativos como Mobills facilitam o controle do orçamento de maneira simples com uma análise completa sobre ganhos e gastos, centralizando as informações sobre contas, cartões, investimentos, despesas e rendas e permitindo que o usuário cadastre objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo.

Política: Projeto de Lei fixa medidas para impedir venda de bebida alcoólica para menor de 18 anos



O Projeto de Lei 39/20 determina que os estabelecimentos que comercializem bebida alcoólica afixem avisos sobre a proibição de venda e oferta desse produto a menor de 18 anos, em tamanho e local de ampla visibilidade

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara
Conforme a proposta, o estabelecimento deverá impedir o consumo de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes em suas dependências, devendo exigir documento oficial de identidade para comprovar a maioridade do interessado em consumir o produto.
As regras também se aplicarão aos serviços de entrega de bebidas em domicílio. Quanto aos estabelecimentos que operam no sistema de autosserviço, como supermercados e padarias, as bebidas alcoólicas deverão ser dispostas em estandes específicos, acompanhadas do aviso de proibição de vemda para menores.
Em análise na Câmara dos Deputados, o projeto acrescenta as medidas ao Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), que já proíbe a venda de bebida alcoólica para crianças e adolescentes.
O autor da proposta, deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), acredita, porém, que é preciso intensificar a proteção da criança e do adolescente, “exigindo uma parceria da sociedade, especialmente dos comerciantes”. Os estabelecimentos já em funcionamento terão prazo de seis meses para se adequar à lei, caso seja aprovada.
Tramitação
A proposta será analisada em 
caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Política: Projeto que garante seguro a entregadores de comida por aplicativo chega à Comissão do Senado



Chegou à Comissão de Assuntos Sociais (CAS) o Projeto de Lei (PL) 391/2020, que exige das empresas de entrega por aplicativo algumas obrigações de seguros para os seus entregadores


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Senado

 O projeto do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) foi protocolado no Senado no dia 12 de fevereiro; o texto deverá ser examinado primeiramente pela CAS e, em seguida, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O projeto estabelece que as empresas de entrega por aplicativo serão obrigadas a fornecer seguro de acidentes pessoais para todos os seus entregadores. Essa cobertura deverá contemplar despesas médicas, hospitalares, odontológicas, casos de invalidez permanente total ou parcial e morte acidental.

Segundo Fabiano Contarato, essas empresas — como UBER Eats e iFood — movimentam quantias bilionárias. Ele também ressalta que, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de entregadores por aplicativo no País cresceu 104,2% em 2018, "devido ao forte desemprego que atemoriza a sociedade brasileira".

"Entretanto, é necessário lembrar que há retrocessos de ordem social que deveriam preocupar toda a coletividade. Por exemplo, nesse novo modelo econômico, o que ocorre com a entregadora que utiliza sua bicicleta para trabalhar e engravida, chegando a um estágio da gravidez em que não pode fazer grandes esforços físicos, ou com a trabalhadora que está com um filho recém-nascido que demanda muitos cuidados e amamentação? ", questionou o senador.

Além disso, o senador cita outro dado: só na cidade de São Paulo, as mortes de ciclistas cresceram 64% em 2019, de acordo com o Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito de São Paulo (Infosiga), fato que o órgão relaciona ao aumento de entregadores em bicicletas.

O projeto de Contarato também determina que a cobertura do seguro deve abranger todo o trajeto de ida ao trabalho e de volta à residência do entregador.

O texto está com o prazo para apresentação de emendas aberto na CAS. Após seu trâmite nessa comissão, a decisão da comissão seguinte (CAE) terá caráter terminativo, ou seja, se não houver recursos para votação no Plenário do Senado, seguirá diretamente para exame na Câmara dos Deputados.


Política: Novas alíquotas da Previdência passam a valer em 1º de março



As novas alíquotas de contribuição à Previdência pagas por trabalhadores da iniciativa privada e por servidores públicos entram em vigor a partir de domingo, dia 1º de março


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Senado


 As alíquotas progressivas, estabelecidas pela Reforma da Previdência (Emenda Constitucional 103, de 2019), incidirão sobre cada faixa de remuneração, de forma semelhante ao cálculo do Imposto de Renda.
Ttabela1.jpgPara o empregado da iniciativa privada, hoje há três percentuais de contribuição para o INSS, de acordo com a renda: 8%, 9% e 11% (o cálculo é feito sobre todo o salário). A partir de 1º de março, esses percentuais vão variar de 7,5% a 14%, aplicados sobre cada faixa de remuneração, e não sobre todo o salário.
Quem recebe um salário mínimo por mês, por exemplo, terá alíquota de 7,5%. Já o trabalhador que recebe o teto do INSS (atualmente R$ 6.101,06) pagará uma alíquota efetiva total de 11,69%, que é o resultado da soma das diferentes alíquotas que incidirão sobre cada faixa da remuneração.
No caso dos servidores federais, a alíquota máxima atual é de 11% sobre todo o salário. Quem aderiu à Funpresp (a Previdência complementar dos servidores) ou ingressou no funcionalismo público depois de 2013 vai recolher 11,69% sobre o teto do INSS. Para receber mais na hora de se aposentar, esse servidor pode optar por contribuir para o fundo complementar. 
Ttabela2.jpgPorém, para os servidores que continuarem ligados ao Regime Próprio da Previdência Social (RPPS) da União, haverá novas alíquotas incidindo também sobre as faixas salariais que ultrapassem o teto do regime geral. Essas alíquotas podem chegar até 22%, e também serão calculadas sobre cada faixa de salário.
A contribuição efetiva — ou seja, o desconto total sobre o salário para esses servidores — vai variar de 7,5% a 16,79% para quem ganha até R$ 39,2 mil por mês ( teto do funcionalismo).
Como a incidência da contribuição será por faixas de renda, será necessário calcular caso a caso para ver quem vai pagar mais ou menos. O governo disponibilizou uma calculadora de contribuição na página da Previdência Social na internet, em que é possível verificar a alíquota efetiva e comparar os descontos antes e depois da reforma.

Tramitação

A Reforma da Previdência foi promulgada pelo Congresso em novembro do ano passado e é resultado da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, apresentada pelo governo federal em fevereiro de 2019. A proposta tramitou por seis meses na Câmara dos Deputados e quase três no Senado.

Fonte: Agência Senado

Economia: Cinco grandes empresas que quase faliram e hoje valem milhões


Conheça algumas corporações que conseguiram dar a volta por cima em momentos turbulentos


Redação/Hourpress

Quando pensamos em uma grande empresa, logo a associamos a sucesso, estabilidade e muito dinheiro sem imaginar sua trajetória que inclui fracassos, crises e outras dificuldades enfrentadas para chegar ao topo.

“Investimentos feitos sem uma análise crítica sobre o seu impacto financeiro, mudanças nos modelos de gestão e nas estruturas, feitas de forma radical e sem respeitar a cultura e o DNA das empresas, descuido com a qualidade dos produtos e do atendimento ao cliente, imobilidade e falta de rapidez na absorção de novas tecnologias e inovações, planos de marketing não aderentes com os diferenciais e com o seu core business, são vetores relevantes para que empresas passem algumas vezes por turbulências e tempos difíceis.” Explica o conselheiro independente de empresas e sócio-diretor da Exxe Consultoria Empresarial, Marcos Sardas.

Para refletir a respeito, Marcos listou cinco empresas que valem bilhões, mas que já enfrentaram grandes crises e deram a volta por cima.

Marvel - Quem conhece a grande empresa de HQs atualmente não imagina que ela quase acabou nos anos 90, chegando até pedir falência com uma dívida de mais de US$ 600 milhões. No final dos anos 80 o mercado de quadrinhos estava a todo vapor nos Estados Unidos, por isso a Marvel decidiu fazer grandes investimentos na área, lançando as vezes seis edições diferentes de uma mesma história, por este motivo muitas pessoas foram contratadas pela empresa na época. 


Até que as vendas começaram a cair e a Marvel entrou em crise precisando demitir centenas de pessoas. Com isso, a empresa decidiu aumentar o valor dos quadrinhos, mas com a demissão de seus principais funcionários da equipe de criação, a qualidade das histórias não eram boas, fazendo com que as vendas caíssem em 70%. Para tentar reverter a situação, a Marvel vendeu os direitos de suas histórias para empresas de cinema por um preço muito barato. Em 1998 foi lançado o primeiro filme da Marvel nos cinemas: Blade, o caçador de vampiros e, em 2000, o primeiro longa da franquia X-Men. Com o grande sucesso dos filmes, a venda das revistas em quadrinhos alavancou e a empresa conseguiu se estabilizar novamente, se tornando hoje uma grande referência em conteúdo geek.

Puma - Em 1993 a grande marca de roupas, sapatos e artigos esportivos quase fechou as portas. Com grandes concorrências e mudando de administração quase anualmente, a marca chegou a ter um prejuízo de aproximadamente US$ 250 milhões. Tudo mudou quando Jochen Zeitz assumiu a companhia, implantou um plano de reestruturação para sair da crise e investiu muito no marketing, reconstruindo a imagem da Puma e recuperando suas vendas.

Fersol - Fundada em 1975, a empresa nacional de fertilizantes cresceu rapidamente até o ano de 1990, quando o plano Collor foi instituído e a empresa foi muito prejudicada, juntamente com muitas outras no mesmo período. Em 1995 a Fersol fechou o ano com uma dívida de US$ 10 milhões  e os especialistas contratados para avaliar a situação financeira declararam que não havia mais salvação. O fundador Michael Haradom não se deu por vencido, reuniu todo o seu quadro de funcionários e explicou a situação crítica na qual a empresa se encontrava. 


Alguns funcionários resolveram pedir demissão, mas os que ficaram passaram por uma avaliação de desempenho, na qual foi revelada que grande parte dos trabalhadores da corporação não sabia ler, escrever e fazer contas básicas de matemática. Michael então decidiu capacitar seus funcionários e criou uma espécie de 'escola' após o horário de trabalho. Quem estudasse era recompensado com um bônus salarial. Em 2002 a Fersol entregou 30% de suas ações para empregados que estavam na empresa a mais de dois anos, esses funcionários passaram a ter voz nas decisões sobre a corporação, agora todos estavam devidamente capacitados e juntaram todas as suas forças para tirar a empresa da crise, que conseguiu recuperar-se.

Lego - Com grandes concorrentes no mercado e a tecnologia de games avançando cada vez mais, a Lego teve grandes problemas financeiros que começaram no final dos anos 90 e estenderam-se até a metade dos anos 2000. Em 2003 o prejuízo da empresa chegava a casa dos US$ 200 milhões . Em 2004 vários funcionários foram dispensados, neste mesmo ano Jorgen Vig Knudstorp assumia a companhia e colocava seu plano de recuperação em prática: reduziu postos de trabalho e de produtos a serem produzidos, e investiu em pesquisa com crianças para entender o público de sua marca. Além disso, a Lego ampliou sua linha de brinquedos com sagas de grande sucesso, como Star Wars, Harry Potter e Piratas do Caribe.

Harley-Davidson - Em 1983 a fábrica de motos de grande porte quase acabou. Tudo começou em 1970 quando a produção de motocicletas estava a todo vapor, com mais de 75 mil unidades por ano, mas com a qualidade muito ruim, o vazamento de óleo era uma reclamação constante dos motoqueiros. Com isso, a concorrência japonesa começou a vender muito mais nos Estados Unidos. Com a crise, 13 empresários compraram a empresa e convenceram o governo a aumentar os impostos de importação de motos estrangeiras para conter as fabricantes do Japão. 


Mesmo assim, a empresa não conseguiu recuperar-se totalmente, até que em 1983 todo o marketing da empresa foi renovado. A Harley-Davidson percebeu que haviam alguns compradores das motos que as adotaram como um estilo de vida e formaram até famílias, então começaram a fazer eventos para reunir este grupo de pessoas. Todos os funcionários da empresa também começaram a frequentar eventos de motociclistas para entender melhor seu público e até um centro de treinamento para ensinar a pilotar motos foi criado. Assim, fortaleceram a marca, recuperaram seu público e salvaram a empresa da crise.

Sobre Marcos Sardas
Marcos Sardas possui mais de 35 anos de experiência como executivo de empresas e longa experiência como consultor.

Economia: Investimentos anunciados em 2019 alcançaram R$ 100,1 bilhões no Estado de São Paulo


Os investimentos no setor de serviços alcançaram R$ 10,6 bilhões, enquanto no comércio foram de R$ 1,3 bilhão


Redação/Hourpress

A Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo – Piesp, elaborada pela Fundação Seade, revelou que os investimentos anunciados, em 2019, somaram R$ 100,1 bilhões, o terceiro maior valor anual na pesquisa, que se iniciou em 1998. Na comparação com 2018, os investimentos avançaram 80%, impulsionados principalmente por aqueles realizados nos setores de infraestrutura e indústria.

Os recursos direcionados à infraestrutura totalizaram R$ 53,4 bilhões, enquanto a indústria recebeu R$ 29,2 bilhões, melhor resultado em 22 anos de elaboração da Piesp.

Mais da 70% dos investimentos industriais envolvem os ramos automotivo (R$ 14,8 bilhões) e de celulose e papel (R$ 7,5 bilhões). Já em infraestrutura, os destaques foram eletricidade e gás (R$ 20,5 bilhões), transporte aéreo (R$ 12,8 bilhões) e telecomunicações (R$ 9,0 bilhões).

O valor de R$ 5,6 bilhões relativo à agropecuária também foi recorde e deve-se essencialmente à expansão e renovação de canaviais em território paulista.

Os investimentos no setor de serviços alcançaram R$ 10,6 bilhões, enquanto no comércio foram de R$ 1,3 bilhão.

A Região Metropolitana de São Paulo continuou liderando os investimentos anunciados, com R$ 34,6 bilhões. Na sequência, vêm as regiões de Bauru (R$ 8,1 bilhões), Campinas (R$ 6,9 bilhões), Santos (R$ 2,5 bilhões) e Sorocaba (R$ 2,1 bilhões). Outros R$ 44,7 bilhões envolvem várias regiões, sem especificação de valor para cada uma delas.

Em relação aos investimentos anunciados no 4º trimestre, foram registrados R$ 22,1 bilhões. Desse total, 84,6% estão relacionados à infraestrutura, 9,1% à indústria, 3,5% ao comércio e 2,8% aos serviços.

Economia: Especialista comenta o impacto do coronavírus na economia e no mercado brasileiro


Professor do Insper e FAAP avalia possível fuga de investidores e retração econômica de alguns setores


Redação/Hourpress

O anúncio do primeiro caso do coronavírus (Covid-19) no Brasil bagunçou ainda mais com o mercado financeiro, que já não andava bom. O dólar, que já havia batido a casa dos quatro reais, agora chega perto dos cinco, em cotação recorde desde a criação da moeda, com o Plano Real. E a tendência é que a situação ainda piore um pouco, enquanto a epidemia no mundo não é deflagrada com respostas médicas eficazes. Essa é a avaliação do especialista em direito empresarial, Marcelo Godke Veiga, professor de Direito Comercial e doutorando da Universiteit Leiden, na Holanda.

“Numa crise mundial, a tendência é que os operadores internacionais façam o movimento chamado flight-to-quality, isto é, vendem o que consideram investimentos de maior risco e compram investimentos mais seguros. Nesse sentido, o dólar costuma se valorizar em relação a todas as moedas e não somente em relação ao real”, explicou Godke.

Segundo ele, as próximas semanas serão cruciais para avaliar maiores riscos do mercado financeiro como um todo, que já sofre consequências imediatas. “O dólar ainda deve subir mais e os papéis irão se desvalorizar. Para quem atua no mercado, a queda pode ser uma boa oportunidade de compra, para aguardar uma revalorização. Mas tudo vai depender da resposta dos governos, e também do comportamento do vírus nas próximas semanas”.

O momento também não é bom para quem estava planejando comprar dólar, devido à alta. Fora do mercado financeiro, a economia no Brasil também pode sofrer alguns baques, como o setor de turismo, devido à diminuição de viagens internacionais. E como a China é um grande produtor industrial, a diminuição de sua atividade econômica não é nada alvissareira para a economia mundial.

 E muito menos para o Brasil. “Exportamos muitos commodities para a China, como alimentos. Esse setor pode ter um impacto grande, assim como o de turismo. Outro impacto direto para o Brasil deve ser a importação. Importamos muita farinha de trigo e muito aço, esse especialmente da China. Com a disseminação do vírus pelo mundo, os negócios podem ser afetados e os preços, subirem. É um efeito cascata”, avaliou Godke.

A maneira como os governos estão enfrentando a situação, segundo o advogado, também influencia os mercados. “A impressão é que o governo brasileiro passa segurança em suas medidas. Isso ajuda a diminuir a sensação de medo e acaba afetando os mercados. Na verdade, a maneira como os governos de todos os países estão lidando com a situação influencia muito os mercados. Dizem que teremos uma vacina daqui a um ano. Teremos que esperar outras respostas da medicina e aguardar para ver como o vírus se comporta”, concluiu.