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sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Chumbo Quente: Descaso do governo é pior do que pandemia

 

As tragédias anunciadas são árvores de grande porte, com mais de 50 anos

Árvore caída em Vila Mariana, SP


Luís Alberto Alves/Hourpress

O temporal que caiu nesta quinta-feira (20) na cidade de São Paulo revelou que o descaso do governo, em nível municipal e estadual, é pior do que o estrago provocado pela pandemia nos últimos dois anos, que ceifou 622 mil vidas.

Em todo Verão, a mesma cena se repete, quando as fortes chuvas invadem moradias construídas às margens de córregos e transforma ruas e avenidas em rios de água suja, que arrastam automóveis e dificulta o trânsito de ônibus, principalmente os bi articulados.

As tragédias anunciadas são árvores de grande porte, com mais de 50 anos, com o interior podre, já corroído por cupins. Os fortes ventos  as derrubam sobre automóveis estacionados, provocando o rompimento de fios da rede elétrica.

Médico

As subprefeituras existentes na cidade de São Paulo, por meio do departamento de podas de árvores, não atendem aos telefonemas da população. Às vezes, quando pressionados, realizam o serviço após muitos meses, quando o estrago já aconteceu, como na Rua Sampaio Viana, em Vila Mariana, Zona Sul.

Com a saúde pública, o mesmo péssimo tratamento é reservado às pessoas que estão sem convênio médico. Grandes filas nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) misturam contaminados pela covid-19 e gripe influenza. Quem entrou sadio, sai doente.

O transporte público é outro pesadelo do trabalhador. Poucos ônibus, conduzidos por motoristas mal educados, desrespeita idosos e mulheres, principalmente grávidas. Já o Metrô, que décadas atrás, era de excelente qualidade, hoje se transformou em sucata.

 

O governador tucano João Dória ansioso para tentar ser o próximo presidente do Brasil deixou em plano inferior a Segurança Pública. O salário da PM paulista está fixado R$ 3.034,05 enquanto em Brasília, este valor chega a R$ 5.245,41 e no Tocantins atinge R$ 4.455,45.

Em diversas delegacias da maior cidade brasileira, os funcionários precisam tirar dinheiro do bolso para comprar produtos de higiene pessoal. Os equipamentos de informática funcionam precariamente, provocando crise de nervos em quem vai registrar um Boletim de Ocorrência.

Os trens que circulam até as cidades da Grande SP, pertencentes ao Estado por meio da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), quebram constantemente. O trabalhador perde dias de serviço, na maioria das vezes chega atrasado ao serviço. Problema que perdura há diversos anos, ainda sem solução.

Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Hourpressradio.com

 

 

 

 

 

Túnel do Tempo: Nascia no Brasil o inventor do rádio

 

Padre e cientista Roberto Landell de Moura inventou o rádio, antes de Marconi

Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 21 de janeiro de 1861 nascia o padre e cientista Roberto Landell de Moura, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ele é considerado o inventor do rádio.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Rua Antonio de Godoi

 

A Rua Antonio de Godoi fica próxima ao Largo Paiçandu, Centro de SP

Luís Alberto Alves/Hourpress

A abertura desta rua começou a ser planejada em 1908, quando  ficou decidida a desapropriação de diversos imóveis com a finalidade de ligação do Largo de Santa Ifigênia com o Largo do Paiçandu.  

Antonio de Godoy Moreira e Costa nasceu em Pindamonhangaba (SP) em 23 de setembro de 1874. Formou-se em Direito em 1894. Redigiu por algum tempo o jornal "Correio Paulistano", e foi chefe de polícia em São Paulo de 12 de agosto de 1902 até 29 de abril de 1905, data de seu falecimento. Como escritor deixou as obras "Crônicas de Egas Moniz" e "Poesias".

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Chumbo quente: Você está preparado para morrer?

 

Com o ser humano também se repete este processo

    Hourpress

A rotina que toda pessoa vai se deparar num dia da vida: o seu enterro

Luís Alberto Alves/Hourpress

Nós temos a #ilusão de que nunca iremos #morrer. Imaginamos que passaremos a barreira dos cem anos, conseguiremos ver os nossos netos e até bisnetos participando de grandes conquistas para alegrar o nosso coração. Em alguns casos até pode acontecer. Mas existem exceções!

O primeiro erro é descuidar da #saúde. A maioria abusa do #álcool, #fumo, consome #drogas; no caso das #mulheres entram na estrada dos medicamentos para emagrecer e tirar o apetite, principalmente após s 35 anos. Gostamos de viver os problemas dos outros, como se isto fosse a solução.

Dormimos pouco perdendo tempo com a péssima programação das emissoras de #televisão. Grudamos no #celular e ali ficamos a maior parte do tempo conversando com colegas de trabalho e parente no #whatsapp, depois emendamos nas redes sociais.

Caráter

A falta de exercícios físicos, caminhadas e abuso de comida gordurosas e doces é outra bomba de efeito retardado. Como sempre, imaginamos que nunca o pior vai acontecer conosco. É a velha mente de pensar que problemas só existem na casa do vizinho. Só ele descasca abacaxi.

O #estresse provocado pela intensa vida profissional é outro #míssil que vai lhe trazer a #morte. Quantos de nós não perdemos o sossego e até a paz interior por causa de um chefe mau caráter ou de empresa que lhe mandou embora por causa de sua idade?

Sempre digo que a maior barreira é você passar dos 50 anos, metade de um século! O restante é lucro. Se chegar aos 60, 70, 80 ou 90 é algo maravilhoso. Nesta curta trajetória, comparado com a idade do universo, não é legal passar dos 50 anos cheio de #doenças e refém de medicamentos.

 Velhice

Em tudo precisamos de qualidade. E claro sermos conscientes. Deixa a infantilidade de lado. Aquela babaquice de achar que na #velhice ficaremos em céu de brigadeiro. Mentira. Veja o seu carro zero km após 300 mil rodados. A mecânica é a mesma, o desempenho é o mesmo?

Com o ser humano também se repete este processo. As nossas células envelhecem. Compare a sua foto aos 15 anos, sem sardas e barba, com a de hoje. No caso das mulheres analise as pernas, de agora cheia de celulite e picos de varizes, com a de 18 anos?

Tudo passa. E nós entramos neste barco. Somos passageiros do comandante tempo. Ele sabe o momento certo de nos descartar. Encerrar a nossa jornada. Portanto não fique assustado com este artigo. O importante é você ter deixado ótimo legado. O resto é conversa fiada.

Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Hourpress.

 

Saúde: A intubação durante a anestesia geral

 Como qualquer procedimento médico, existem riscos de complicações

    Pixabay

A intubação garante a segurança do paciente  com anestesia geral
Gabriel Redondano

A intubação orotraqueal, mais conhecida apenas como intubação, é o procedimento indicado para garantir a segurança do paciente e a função respiratória durante a anestesia geral. Ela é fundamental para dar suporte ventilatório e garantir a manutenção da vida do paciente enquanto está anestesiado. Nesse período, ele fica incapaz de movimentar os músculos que envolvem a função da respiração.
 
Para executar a intubação, o médico insere um tubo que vai da boca do paciente até a traqueia, com o objetivo de manter uma via aberta até o pulmão e garantir a respiração adequada. Esse tubo é ainda conectado a um respirador, equipamento que substitui a função dos músculos respiratórios, empurrando o ar para os pulmões.


A anestesia geral é administrada geralmente por via endovenosa e inalatória (exclusivo ou combinado) e atua no bloqueio dos estímulos no sistema nervoso central. Além do bloqueio da dor, a anestesia geral causa outras alterações que são importantes durante o procedimento cirúrgico, como o relaxamento muscular, a hipnose e a amnésia.

O relaxamento muscular impede que o paciente se movimente, mesmo que involuntariamente. Isso poderia levar a erros do cirurgião e causar lesões durante o procedimento.


Cirurgia

A hipnose se refere a um sono profundo, que pode ser definido como um coma induzido. Ela auxilia no processo porque permite que o paciente não sinta dor durante a operação.


Por fim, a amnésia faz com que o paciente não tenha recordações dos procedimentos durante a cirurgia.


Este procedimento só deve ser feito por um médico profissional de saúde capacitado e em local com equipamentos adequados, como hospitais, já que existe risco de causar lesões graves na via aérea.


O paciente intubado está consciente?

Os pacientes intubados são mantidos inconscientes e estão em sono profundo (coma induzido) principalmente para tornar o processo mais confortável e evitar que o tubo seja removido, o que poderia causar graves lesões na via aérea.

No entanto, o tubo geralmente é retirado com a pessoa acordada e esse é um processo que deve ser muito bem avaliado pelo médico, pois é importante garantir vários parâmetros, como a correta oxigenação do sangue, antes de acordar a pessoa.


Podem existir complicações durante a intubação?

Como qualquer procedimento médico, existem riscos de complicações. No caso da intubação orotraqueal, a colocação do tubo em posição errada é o problema que tem maior chance de ocorrência. Neste caso, o ar não será enviado para o pulmão, mas para outros órgãos como esôfago e estômago, resultando em falta de oxigenação ao paciente.

Outras complicações podem ocorrer, como lesões nas vias respiratórias, sangramentos e risco de aspiração de conteúdo do estômago (vômito) para os pulmões.

Os profissionais da GCA (Grupo Care Anestesia) são altamente qualificados e sempre estão em processo de atualização para executar este procedimento com segurança e qualidade, garantindo resultados positivos para os pacientes submetidos a cirurgia geral e procedimento de intubação orotraqueal. A equipe segue protocolos atualizados, com as recomendações já comprovadas como sendo as que trazem melhores resultados.


Gabriel RedondanoMédico-Anestesista , Pós-graduado em Terapia Intensiva e Anestesia em Pacientes de Alto Risco


Geral: Insegurança jurídica marca início do ano tributário para empresas

 Especialista aponta sete temas da pauta contábil de 2022

Freepik


O empresariado continua cheio de dúvidas em 2022


Redação/Hourpress

Uma possível reforma tributária chegou a causar preocupação a contadores e tributaristas no segundo semestre de 2021, mas acabou travada no Senado. Ainda assim, esses profissionais não ficaram tranquilos no último mês do ano. Dois temas foram monitorados de perto: o diferencial de alíquota do ICMS (DIFAL) e a prorrogação da desoneração da folha de pagamento.    

Enquanto a desoneração da folha foi sancionada no dia 31 de dezembro, o DIFAL ficou para depois. E, de acordo com o coordenador e professor dos programas de MBAs em Contabilidade e Finanças da Universidade Positivo (UP), Marco Aurélio Pitta, isso trouxe uma insegurança jurídica enorme para as empresas – principalmente porque alguns estados se anteciparam. "O Paraná, por exemplo, regulamentou, ainda em dezembro, algo que ainda não tinha lei complementar federal sancionada, o que veio a ocorrer somente nos primeiros dias de 2022. Fica a dúvida quanto à eficácia da cobrança desse diferencial: já a partir de janeiro? Após 90 dias, conforme  lei complementar? Em 2023?", questionou o especialista.

Considerando as eleições presidenciais, Pitta elencou sete temas que profissionais de contabilidade e direito tributário precisam ficar de olho em 2022.

  1. Teses tributárias em disputa: Existem milhares de discordâncias entre os contribuintes e o Fisco, sobretudo na esfera federal. As “filhotes” da famosa “tese do século” (exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS/COFINS) devem ser discutidas em 2022.
  2. Reforma tributária baseada nas PECs: As propostas das Emendas 110/19 e 45/19 tendem, em ano de eleições, a ficarem um pouco de lado. "Senado e Câmara dos Deputados devem voltar a dar atenção para esse tema somente em 2023", prevê Pitta.
  3. Consolidação do PIS e COFINS: A fusão desses dois tributos “gêmeos” foi proposta pelo governo federal por meio do Projeto de Lei 3887/20 (CBS) em uma espécie de Fase 1 de uma Reforma Tributária. Se não vingar via PL, acontecerá pela PEC dentro da Reforma Tributária oriunda das PECs. Mas, segundo Pitta, também só deve voltar à pauta em 2023.
  4. Tributação de Dividendos e redução do IRPJ: Para pleitear possível entrada na OCDE, o Brasil precisa alterar a forma de tributação de dividendos. "A tributação deverá ser de 15% e, em contrapartida, haverá uma redução de alíquota dos atuais 25% no Imposto de Renda para as empresas", antecipa. Outro tema que deve ficar para o ano que vem, segundo o especialista.
  5. Tributação sobre pagamentos: Para fazer frente a possível desoneração da folha, a tributação sobre movimentações financeiras, algo próximo à antiga CPMF, pode aparecer como novidade, segundo Pitta. "A tributação de novos serviços e produtos digitais está na mira", ressalta.
  6. Mudanças no Imposto de Renda Pessoa Física: O governo federal é a favor de aumentar a faixa de isenção do IRPF para cerca de R$ 3 mil mensais. "Essa questão é promessa de campanha do presidente. O problema é que, em ano de eleições, dificilmente deve avançar", avalia.
  7. Revisão de incentivos fiscais: São quase R$ 300 bilhões de reais anuais com renúncias como o Simples Nacional e a Lei Rouanet, por exemplo. O secretário de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciuncula, já anunciou nos primeiros dias de 2022 um pacote de mudanças na Lei Federal de Incentivo à Cultura. Entre elas, a redução de 50% no teto do incentivo, de R$ 1 milhão para R$ 500 mil.

Geral: Por que as empresas precisam das ONGs?

 

Elas mobilizam cidadãos com interesses em comum

    Agência Brasil

Em muitas favelas, são as ONGs que atendem às necessidades dos moradores

Maira Matos

Fala-se muito sobre solidariedade, voluntariado e terceiro setor. Mas, ao mesmo tempo em que a empatia e amor ao próximo são as mensagens da vez, a verdade é que a sociedade ainda não tem uma consciência clara sobre a importância de manter as entidades sem fins lucrativos.

E mais: desconhecem como elas podem promover profundas transformações em seus entornos e também na comunidade em geral, além de trazer inúmeras vantagens para empresas investidoras.

O IBGE nos mostra que o Brasil tem, hoje, pelo menos, 237 mil ONGs (Organizações Não Governamentais). Há organizações dos mais variados setores e para quase todos os tipos de trabalho. Elas mobilizam cidadãos com interesses em comum para suprir lacunas deixadas pelas organizações governamentais.

Imagem

Não é de hoje que a população se associa para tentar resolver problemas conjuntamente e essa maneira tem se mostrado eficiente ao longo dos anos, pois atuam como centros de criatividade e inovação na busca pela solução de desafios complexos. O papel delas é muito abrangente, pois podem atuar em várias frentes, saúde, educação, assistência social, economia, ambiente, entre outras, em âmbito local, estadual, nacional e até internacional.

O cenário atual exige uma atuação cada vez maior e mais eficiente por parte dessas organizações, que padecem pela falta de investimentos cada vez mais restritos devido à priorização de outras questões por parte dos investidores. Mas, são inúmeros os incentivos fiscais para empresas que investem em projetos sociais por meio delas. E engana-se quem pensa que as vantagens são apenas financeiras. Há um ganho em imagem que agrega valor ao branding perante o público.

Um estudo realizado pelo Instituto Ipsos, em setembro de 2019, mostra justamente isso. Os consumidores preferem comprar de empresas que investem em causas sociais. E entre as causas preferidas citadas, 63% das pessoas escolhem aquelas que investem em educação e oportunidades de aprendizagem.

Redes

A empresa, então, que optar por investir numa organização que atua nessa área terá um diferencial competitivo para atingir outros públicos. O mundo corporativo precisa aproveitar a força que a responsabilidade social agrega para conseguir mais clientes e fidelizar os que já existem. Isso porque as ações sociais vêm crescendo e a consciência social se tornou mais presente na vida das pessoas, especialmente por conta das redes sociais.

Além disso, fazer doações para OSCs aumenta o valor da sua marca e ela passa a se promover por si mesma, gerando mais visibilidade. Ao ser parceira do terceiro setor, a marca ainda desperta um senso de empatia entre o seu público, engajando-o ainda mais para se tornar embaixador dela.

Uma empresa que doa para uma OSC também pode ter uma porcentagem do Imposto de Renda deduzido. Em vez de pagar seu imposto para o governo, é possível ajudar uma instituição que promove o bem-estar das comunidades mais vulneráveis, especialmente de crianças e adolescentes. Também existe um processo chamado renúncia fiscal, cujas regras dependem de cada município ou estado em que a empresa pode optar por investir em uma causa do terceiro setor ao invés de pagar seus tributos.

Comunidade

O doutor e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Fernando do Amaral Nogueira, aponta a relevância das OSCs para as empresas. Segundo ele, elas podem ajudar, trazendo seu conhecimento e legitimidade, trabalhando junto e fazendo esse meio de campo entre a empresa e as necessidades da sociedade. Em sua visão, trabalhar junto com as organizações sociais ajuda as empresas a evitarem erros, com a melhor das intenções, como doar coisas que uma escola não precisa ou começar a atuação em uma comunidade sem fazer um diagnóstico daquele meio antes.

Convivendo com as OSCs, as empresas podem envolver seus funcionários no trabalho social, promovendo importantes ganhos na convivência e clima organizacional. Apesar de todos os benefícios apontados, tenho visto o que considero mais importante: pessoas serem transformadas por fazer o bem e comunidades serem impactadas porque alguém se dispôs a fazê-lo. É chegado o tempo em que mais se precisa, entretanto, parece que quando, e quanto, mais se precisa, menos se encontra.

Fica aqui o meu convite para empresas que querem se engajar na causa. Para além dos benefícios, encontre um propósito maior para servir. Invista em ações sociais.

Maira Matos é coordenadora de projetos no Instituto BH Futuro.