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terça-feira, 15 de abril de 2025

Geral: Saiba por que as mulheres perdem bebês por causa da trombofilia



 Radiografia da Notícia

* Tem grande impacto na vida de muitas mulheres que sonham com a maternidade


* A trombofilia é uma tendência aumentada à formação de coágulos no

sangue — os chamados trombos


*Quando há trombofilia associada, esse risco se intensifica, podendo

comprometer a circulação placentária


Redação/Houpress


A atriz Mariana Rios compartilhou recentemente que foi diagnosticada

com trombofilia adquirida, condição que descobriu ao investigar a

dificuldade para engravidar. O relato trouxe à tona um tema que,

apesar de pouco discutido fora dos consultórios médicos, tem grande

impacto na vida de muitas mulheres que sonham com a maternidade.


A trombofilia é uma tendência aumentada à formação de coágulos no

sangue — os chamados trombos — que pode ser hereditária ou adquirida.

“Durante a gestação, o organismo feminino já apresenta naturalmente um

maior risco de coagulação. Quando há trombofilia associada, esse risco

se intensifica, podendo comprometer a circulação placentária e levar a

complicações como aborto, pré-eclâmpsia, restrição de crescimento

fetal e até óbito do bebê”, explicou a ginecologista Dra. Graziela

Canheo, especialista em reprodução humana da La Vita Clinic.


Segundo a Dra. Paula Fettback, ginecologista e especialista em

reprodução humana pela Febrasgo, a trombofilia pode interferir

diretamente na placentação, processo essencial para o desenvolvimento

do bebê. “Ela pode formar microtrombos nos vasos da placenta, gerando

abortamentos espontâneos, insuficiência placentária e outros riscos

graves tanto para a mãe quanto para o feto.”


 Exames


Apesar da repercussão do caso de Mariana, especialistas alertam que

nem todas as mulheres que desejam engravidar precisam ser testadas. “O

diagnóstico da trombofilia é feito por exames de sangue específicos,

indicados principalmente quando há histórico de abortos de repetição,

tromboses, pré-eclâmpsia ou restrição de crescimento fetal”, orientou

a Dra. Natália Castro, ginecologista e obstetra pela Febrasgo.


Já a Dra. Paula explica que, em sua prática voltada à infertilidade e

gestação de alto risco, opta por solicitar os exames mesmo antes dos

tratamentos. “Esse olhar mais preventivo faz toda a diferença no

desfecho das gestações.”


Dá para engravidar mesmo com o diagnóstico?


Sim! Ter trombofilia não é uma sentença contra a gravidez, desde que a

mulher tenha um bom acompanhamento médico. “O tratamento pode incluir

o uso de anticoagulantes como a heparina de baixo peso molecular e, em

alguns casos, ácido acetilsalicílico (AAS). Essas medicações ajudam a

prevenir a formação dos coágulos e permitem que a gestação siga

normalmente”, explicou Dra. Graziela.


O mais importante é que esse acompanhamento comece antes da gestação,

com planejamento pré-concepcional adequado. “Fazer o diagnóstico no

momento certo pode evitar perdas gestacionais e garantir uma gravidez

saudável até o parto”, completou Dra. Natália.


A história de Mariana Rios reforça a importância da escuta ao corpo,

da busca por respostas e do acompanhamento com profissionais

especializados. “A trombofilia é responsável por um número

significativo de abortos de repetição. Saber que ela existe,

diagnosticar no momento adequado e tratar de forma individualizada é

fundamental para proteger a mulher e seu futuro bebê”, finalizou Dra.

Paula Fettback.


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