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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Túnel do Tempo: Choque de avião na Itália



Luís Alberto Alves

Pânico: No dia 18 de abril de 2002 avião se choca contra o prédio mais alto de Milão, o Pirellone, causando pânico e suspeita de ataque terrorista.

Radiografia de Sampa: Rua Cerro Corá



Luís Alberto Alves

Cerro Corá, cidade do Paraguai, junto a fronteira do Estado de Mato Grosso. Foi o local onde se travou a derradeira batalha da Guerra do Paraguai, na qual foi morto o ditador Solano Lopes. É também cidade e município do Estado do Rio Grande do Norte. A Rua Cerro Corá (foto) fica no bairro da Lapa, Zona Oeste de SP.

Geral: Anatel proíbe operadoras de banda larga fixa de limitar franquia de dados


  • Brasília
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Equipamentos para perícia em crimes de infomática (aparelhos para capturar dados de celulares e computadores)expostos em seminário nacional para peritos que acontece na Cidade da Polícia, zona norte
Restringir a velociadade de navegação pode gerar multa de R$ 150 mil a R$ 10 milhões a operadoras de banda largaArquivo/Agência Brasil
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) resolveu proibir, por 90 dias, as operadoras de serviços de internet em banda larga de restringir a velocidade, suspender serviços ou cobrar excedente caso seja ultrapassado limites da franquia. 

Segundo a determinação, publicada no Diário Oficial da União de hoje (18), fica estabelecida uma multa diária de R$ 150 mil em caso de descumprimento, até o limite de R$ 10 milhões.
Durante os 90 dias da suspensão, as operadoras devem comprovar à agência que há, à disposição do consumidor, ferramentas que o permitam, por exemplo, identificar seu perfil de consumo, ser alertado sobre a possibilidade de esgotamento da franquia, além de acompanhar de maneira clara o tráfego de dados.

A medida exige também que, antes que possam comercializar contratos de internet com restrição de franquia, as empresas deixem claro em materiais de publicidade a existência de limitações na navegação.

A decisão da Anatel atende também a uma solicitação feita pelo ministro das Comunicações, André Figueiredo. Ele enviou ofício, na semana passada, à Anatel para que intercedesse no assunto em favor dos consumidores.

Este ano, algumas operadoras de telefonia fixa e banda larga começaram a adotar a prática de restringir o tráfego de dados permitido aos usuários, à semelhança do que é praticado no mercado de telefonia móvel.

A atitude das empresas causou indignação nos usuários, que apontam que os limites propostos muitas vezes se mostram irreais diante do volume de dados trafegados numa navegação normal pela internet.

As restrições podem penalizar aqueles que usam serviços de streaming de vídeos, por exemplo, que exigem uma transferência mais robusta de dados.

Proteste
Para a Proteste Associação de Consumidores, a determinação da Anatel de obrigar as operadoras a dar ferramentas para os consumidores acompanharem o consumo de dados dos planos antes de esgotar a franquia da internet fixa não resolve o problema.

 “Na realidade, a Anatel está dando aval à anunciada mudança de prática comercial quanto à franquia de dados, desde que as operadoras deem três meses para o consumidor identificar seu perfil de consumo. Como algumas estavam prevendo iniciar a cobrança só em 2017, obtiveram aval para começar a cobrar até antes a franquia de dados”, avalia a entidade. A Proteste está fazendo uma mobilização na internet contra a limitação.

GERAL: Anticoncepcional no tratamento da Endometriose




 *Dr. Tomyo Arazawa 

Suspender a menstruação por alguns meses é um tipo de tratamento muito utilizado nas mulheres com suspeita ou diagnóstico de endometriose. Para isso, as pílulas anticoncepcionais têm um papel importante, pois além da contracepção podem promover melhora significativa dos sintomas da doença, com melhora da qualidade de vida da paciente.
“A pílula não cura as lesões da endometriose mas, sim, deixa as lesões mais inativas por bloquear a produção de hormônios naturais, principalmente o estrogênio. Esse hormônio estimula o crescimento do endométrio, que é o tecido que reveste a parte interna do útero, assim como as lesões de endometriose”, explica Tomyo Arazawa, ginecologista e obstetra da Alira Medicina Clínica.
O progestagênio na formulação do anticoncepcional também é determinante para a eficiência. É ela que contrapõe a ação do estrogênio sobre as lesões da endometriose e melhora o quadro. “As pílulas combinadas têm estrogênio e progestagênio, mas o estrogênio da pílula é sintética, não funciona como o estrogênio natural. Outras pílulas são compostas apenas por progestagênios. Os dois tipos de pílulas têm efeito parecido sobre a endometriose”, afirma. Existem muitas pílulas no mercado e para a escolha da mais adequada o especialista deve considerar o histórico da paciente, doenças pregressas, efeitos colaterais, riscos e benefícios.
De modo geral, para o tratamento de endometriose, a pílula anticoncepcional é prescrita para uso contínuo, muitas vezes sem pausa entre as cartelas. Além da pílula anticoncepcional, outros métodos contraceptivos hormonais também podem ser utilizados.
Essas medicações costumam funcionar bem, porém por um tempo que costuma ser limitado para muitas pacientes. “Isto ocorre porque, após certo tempo, algumas mulheres decidem tentar a gestação e para isso precisam interromper o uso da pílula ou os efeitos colaterais dos anticoncepcionais podem ser incompatíveis com o seu uso a longo prazo”, explica Arazawa.
Há casos também em que as mulheres podem ter contra-indicações a uso dos anticoncepcionais, como risco elevado de câncer de mama ou de trombose. Nessas situações, seja por contra-indicação ao anticoncepcional ou ineficácia do método para controles dos sintomas, opta-se por um tratamento mais invasivo como o tratamento cirúrgico laparoscópico. O ginecologista é quem sabe qual o melhor tipo de tratamento para cada caso, seja medicamentoso ou cirúrgico, então, nada de tomar anticoncepcional sem prescrição médica, o correto é procurar um especialista para avaliação.
 *Dr. Tomyo Arazawa é ginecologista e obstetra da Alira Medicona Clínica. Especializou-se em cirurgias minimamente invasivas como cirurgias robóticas, video-laparoscópicas e video-histeroscópicas (os quais incluem as cirurgias de endometriose), e em medicina reprodutiva. É membro da Sociedade Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (SOGESP), da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), da American Association of Gynecologic Laparoscopists (AAGL) e da International Pelvic Pain Society (IPPS).


Economia: Pecuaristas de MS buscam novas tecnologias no Uruguai



Luís Alberto Alves

Um grupo de produtores rurais de Mato Grosso do Sul se uniram a outros de 10 estados e viajaram para Montevideo, no Uruguai, em busca de informações e tecnologias que possam alavancar a pecuária do Estado. Eles participam até a próxima quarta-feira (20) do Congresso Mundial de Hereford, e neste período vão visitar fazendas produtoras da raça angus, hereford, braford e que se dedicam também a cruzamentos industriais.

Segundo o administrador da Fazenda 3R, Rogério Rosalin, sua principal finalidade está no intercâmbio de informações, que poderá estimular novidades na produção sul-mato-grossense. “Uruguai é considerado um dos países que produz carne de excelência, e verificar como são constituídas as arrobas e como entregam essa qualidade ao mercado é a nossa intenção, que poderá servir de régua para medirmos nosso desempenho”, afirma. “Aqui poderemos averiguar se estamos de fato nos dedicando à qualidade e o patamar da pecuária de MS”, completa Rosalin, de Montevideo.
Para o pecuarista Ricardo Almeida Cordeiro, essa será a oportunidade de avaliar diferentes formas de bonificação e detalhes que estimulam o criador à qualidade. “Há uma infinidade políticas públicas no Uruguai que faz o criador se desenvolver constantemente. Avaliar o cenário que alavanca a capacidade da porteira para dentro e trazer ao Brasil, pode ser uma chave que mude paulatinamente nosso contexto”, afirma. “Mas também levarmos aos vizinhos nossas experiências, será um ponto que contribuirá com esse intercâmbio de informações e que amadurece a cadeia”, completa Cordeiro, também diretor da Rica Comunicação.

Como o Uruguai produz, abate, comercializa e exporta uma mercadoria premium, está entre as indagações dos criadores de Mato Grosso do Sul, que ao retornar ao Brasil, vão dividir a experiência com outros pecuaristas.


Política: Cardozo diz que discussão no Senado deve restringir-se aos fatos que embasam o relatório pró-impeachment


Luís Alberto Alves

Para advogado-geral da União, decisão da Câmara foi puramente política. Parlamentares governistas prometem brigar no Senado para tentar reverter abertura do processo de impeachment da presidente Dilma, mas admitem dificuldades
Após a decisão da Câmara dos Deputados que aprovou o relatório pró-impeachment e autorizou o Senado Federal a julgar a presidente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, disse que no Senado a discussão deverá se restringir aos dois fatos que embasaram o relatório favorável à abertura do processo de impeachment, formulado pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO). Conforme ele, no Senado “a situação processual é outra” e deverão ser produzidas provas do crime de responsabilidade da presidente da República.
O relatório de Arantes pede a abertura do processo de impeachment com base nos créditos suplementares de Orçamento via decreto presidencial, sem autorização do Congresso Nacional; e nos repasses para o custeio do Plano Safra, o que obrigou o Banco do Brasil a pagar benefícios com recursos próprios – manobra popularmente chamada de “pedalada fiscal”.
“A principal estratégia no Senado será mostrar a fragilidade do relatório”, salientou Cardozo. Ele voltou a afirmar que o relatório de Jovair Arantes não tem procedência – como já havia feito durante a discussão da matéria em Plenário – e que os deputados não discutiram os argumentos que embasaram o parecer. “Isso nos mostra com muita clareza que a decisão que a Câmara tomou foi de natureza puramente política e não é isso que a Constituição prescreve para um processo de impeachment”, destacou.
                                                                         Isenção
Para Cardozo, o presidente do Senado, senador Renan Calheiros, tem mostrado “muita isenção para conduzir” os processos submetidos àquela Casa, “ao contrário do presidente da Câmara”. O advogado-geral da União voltou a afirmar que o processo de impeachment foi aberto por “vingança” do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha. “Isso já o vicia desde o início”, opinou. “Ele abriu o processo de impeachment justamente porque houve a recusa do PT de lhe dar os votos que impediriam abrir o processo de sua cassação”, acusou.
Ele reiterou que a presidente não renunciará a seu mandato e que ela se pronunciará nesta segunda-feira (18) a respeito da decisão da Câmara. Sobre um eventual recurso ao Judiciário caso o Senado confirme decisão favorável ao impeachment, Cardozo informou: “Oportunamente anunciarei quando formos entrar na Justiça e se formos.”
                                                                   Mobilização
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que “a luta continua” nas ruas e no Senado. “Vamos fazer um processo de mobilização grande, dialogar com o Senado, e os senadores podem corrigir esta ação dos golpistas que foram capitaneados por aqueles que não têm autoridade moral para falar em ética”, afirmou. Segundo ele, “a luta continua na Justiça” também.
“Acho que o Senado vai ter sensibilidade para perceber que isso é uma aventura quase insana, uma busca da salvação de parlamentares que já deviam ter sido cassados; e espero que o Senado aja com equilíbrio e sensatez e não permita que essa aventura siga adiante”, apontou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), vice-líder do partido. Para ele, a Constituição está sendo violada e isso tem repercussões internacionais, que ainda serão sentidas no País.
                                                                 No Senado
No Senado, será constituída uma comissão especial para decidir se confirma, ou não, o pedido de abertura de investigação. Se for aprovado por 41 senadores, a presidente será afastada do cargo e julgada pelo Senado. Uma eventual condenação, que depende do aval de 2/3 da Casa (54 senadores), tira Dilma do cargo e a torna inelegível por oito anos.
Líder do governo no Senado, o senador Humberto Costa (PT-PE) explicou que a comissão especial terá 21 membros e que, pela proporcionalidade partidária, haverá um maior número de integrantes do PT, do PMDB e do PSDB. “Acredito que na comissão vamos ter um debate muito mais elevado do que houve aqui na Câmara e que vamos conseguir”, disse o parlamentar.
“O problema que temos lá é que a admissibilidade requer apenas maioria simples e, neste momento, se for aprovada, a presidente já se afasta. E na verdade, se ela vai se defender tendo na Presidência da República o beneficiário direto disso, obviamente que, com essa máquina na mão, torna tudo mais difícil”, ponderou.

Política: Oposição comemora resultado e espera que Senado afaste Dilma Rousseff



Luís Alberto Alves
Deputados da oposição comemoraram na noite deste domingo o aval dado pelo Plenário da Câmara para que o Senado julgue a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. Se considerada culpada, Dilma sofrerá impeachment e ficará inelegível por oito anos. E, antes disso, ainda pode ser afastada do cargo pelos senadores.
O líder do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA), disse que sai bastante contente e satisfeito e que a responsabilidade sobre o resultado da Câmara é da presidente Dilma Rousseff. “O que pesou foi o cometimento de crime de responsabilidade associado a outras questões, como a [Operação] Lava Jato e a economia. A presidente quis proteger um ex-presidente da Justiça. Foi uma decisão muito difícil alcançada por culpa dela”, afirmou.
Para o deputado Moroni Torgan (DEM-CE), o Senado deve corroborar o resultado da Câmara. “O Senado tem de corroborar o que foi feito aqui. Vamos tentar unir o Brasil em nome de um projeto que tire o Brasil do buraco que está”, afirmou.
                                                     Cumprimento das regras
O presidente da comissão especial que analisou o impeachment, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), disse que os partidários da presidente Dilma podem reclamar, mas o processo legal foi cumprido.
“O relatório do deputado Jovair foi pormenorizado, com elementos acolhidos pelo mais alto quórum do Plenário (2/3). A maioria entendeu pela admissibilidade. Ninguém está julgando ninguém. Apenas entendemos que o processo deve ir agora para o Senado, a fim de ser julgado a partir de agora”, afirmou Rosso.

Já o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que a presidente Dilma perdeu completamente a autoridade moral para continuar governando. "A admissibilidade aconteceu por 2/3 da Câmara. Agora, o Senado, por maioria simples, poderá afastar a presidente nos próximos 15 dias. E, com isso, teremos um novo momento na política nacional. Busca-se a pacificação do País, com novos componentes, com novos atores, a começar pelo presidente da República”, afirmou.

Políticas: Deputados contra o impeachment defendem novas eleições se processo for aberto no Senado



Luís Alberto Alves

Após a Câmara autorizar a instauração de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, parlamentares contrários ao impedimento defenderam a convocação de novas eleições, caso o processo seja aberto pelo Senado. Segundo eles, o vice-presidente da República, Michel Temer, não tem legitimidade para conduzir o País.

O vice-líder do PT, deputado Wadih Damous (RJ), acredita que vai haver reação nas ruas: “As pessoas estão tristes, muita gente chorando, mas a partir de amanhã, as ruas voltam a esquentar. Posso assegurar, se esse golpe se perpetrar, que a dupla Temer e Cunha não vai ter paz. São dois golpistas e são ilegítimos; ninguém vai assistir de braços cruzados a um golpe e vai ficar por isso mesmo”. Damous também defendeu a realização de novas eleições, caso o processo seja aprovado no Senado. “O governo que vier a encabeçar aqui não tem representatividade nem legitimidade política e moral para governar o País”, afirmou.

O líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA), afirmou que o processo foi marcado por ilegalidades e manobras. Ele também defendeu novas eleições. "Se Temer responder ao mesmo processo que levou à admissibilidade [do impeachment] da Dilma, não fica outra alternativa. É o momento de se pensar em novas eleições, em eleições gerais, não só presidencial, mas pensar em uma eleição geral nesse país para colocar as responsabilidades de novos rumos, de mudanças efetivas na mão do povo”, disse.

Daniel Almeida defendeu, ainda, que o Senado barre o processo de impedimento da presidente Dilma. “Passou-se uma ideia de que o impeachment produzirá soluções fáceis para o País, o que é uma falsificação, é um processo que no final acabou prevalecendo o efeito de manada”, lamentou.

O líder do PDT, deputado Weverton Rocha (MA), também defendeu novas eleições. “Precisamos de alguém eleito de forma legítima; não dá para achar que tirando um gestor ruim vai resolver colocando um pior. As eleições legitimariam um representante e acalmariam os demais, porque, pelo menos, quem perder não vai fazer como o PSDB”, acusou.
Para ele, o processo contra Dilma não tem nada a ver com o impeachment do ex-presidente Fernando Collor em 1992.“Hoje foi feita uma eleição indireta. É preciso ter muito cuidado. Queremos pedir ao povo que se desarme. Já basta o destemperamento e a falta de juízo desta Casa em fazer um movimento tão agressivo para a destituição de um representante eleito democraticamente, como foi o caso da presidente Dilma”, criticou Rocha.

O líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), disse que pedalada fiscal não é crime e o afastamento de Dilma é uma farsa: “O que estamos assistindo aqui é uma grande farsa, uma armação que foi feita para tirar uma presidente da República sem crime de responsabilidade, Impopularidade, conjunto da obra, denúncias genéricas de corrupção não são motivos para impeachment”.
                                                         Aprovação do relatório
Depois de quase 53 horas de discussão e votação, a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff com 367 a favor e 137contrários, sete abstenções e duas ausências.

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), acredita que o Senado vai reverter essa decisão. “Os golpistas venceram, mas a luta continua. Vamos barrar o processo no Senado. O Senado pode corrigir essa ação dos golpistas”, enfatizou. Guimarães afirmou que não vai se abater, pois, segundo ele, as ruas estão com o governo: “O mundo inteiro começa a se levantar contra o impeachment”. O líder enfatizou que a decisão da Câmara é um desrespeito aos 54 milhões de pessoas que votaram na presidente Dilma Rousseff. Para ele, o vice-presidente, Michel Temer, não tem condições de administrar o País e “o processo de impeachment foi conduzido por pessoas que não tem ética”.

Política: Percentual de votos pelo impeachment foi maior nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste


Luís Alberto Alves
Sessão especial para votação do parecer do dep. Jovair Arantes (PTB-GO), aprovado em comissão especial, que recomenda a abertura do processo de impeachment da presidente da República
Plenário da Câmara aprovou neste domingo parecer que autoriza o julgamento do impeachment da presidente Dilma pelo Senado
A consolidação dos dados da votação da Câmara dos Deputados que autorizou o julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo Senado revelou concentrações de votos diferenciadas por regiões e estados, tanto a favor quanto contra o seguimento do pedido.
Nas regiões, por exemplo, a concentração percentual a favor do pedido de afastamento da presidente foi maior no Sudeste, Sul e Centro-Oeste e menor no Norte e Nordeste. As três primeiras dessas regiões tiveram 78,21% (SE), 80,51% (S) e 82,92% (CO) de votos favoráveis. No Norte e no Nordeste, 70,76% e 56,29%.
Já os votos contrários ficaram com 21,22% no Sudeste, 18,18% no Sul, 17,07% no Centro-Oeste, 26,15% no Norte e 40,39% no Nordeste.
Estados
Em relação aos estados, os votos contrários ao impeachment foram maiores na Bahia (59,46%), no Ceará (55%) e no Amapá (57,14%). No Piauí, dos dez votos, metade foi a favor e metade contra. Houve equilíbrio ainda no Maranhão, onde 55,56% votos foram a favor da autorização para julgamento da presidente e 44,44% foram contra.
Nos estados com maiores colégios eleitorais, as diferenças entre as posições foram maiores em São Paulo (81,43% sim e 18,57% não), Minas Gerais (77,36% sim e 22,64% não), Rio de Janeiro (75,56% sim e 24,44% não) e Rio Grande do Sul (73,33% sim e 26,67% não). Na Bahia, houve maioria pelo não (59,46%) em relação ao sim (40,54%).
Já nos estados com menores colégios eleitorais, portanto menos deputados votantes, as diferenças foram maiores em Rondônia (100% sim), Roraima (87,5% sim e 12,5% não) e Tocantins (75% sim e 25% não). No Amapá, 57,14% dos votos foram não e 42,86% sim. No Acre, meio a meio.
Distribuição
Em relação ao perfil socioeconômico dos estados, quando se consideram os nove estados com o maior Produto Interno Bruto (PIB) – SP, RJ, MG, PR, RS, SC, BA, DF, GO –, 75,08% dos votos desse grupo foram a favor do impeachment e 23,94% contra.
Entre os nove estados com menor PIB – PB, AL, SE, PI, RO, TO, AP, AC e RR –, foram 68,35% de votos desse grupo a favor do impeachment e 30,37% contra a autorização para o julgamento do pedido.
Nos estados intermediários (PE, PA, ES, CE, MT, AM, MS, MA e RN), 65,85% dos votos dados foram a favor do julgamento pelo Senado e 31,7% contra.

Política: Governo e oposição divergem sobre discussão do mérito do impeachment no STF


Luís Alberto Alves

Governo e oposição manifestaram divergência nesta segunda-feira (18) com relação à possibilidade de o Executivo entrar com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para julgar o mérito do processo de impeachment.
Ananda Borges / Câmara dos Deputados
Sessão especial para discussão e votação do parecer do dep. Jovair Arantes (PTB-GO), aprovado em comissão especial, que recomenda a abertura do processo de impeachment da presidente da República - Dep. Zé Geraldo (PT/PA)
Zé Geraldo: já ouvi da presidente Dilma que ela vai lutar contra esse golpe até o último minuto, da última etapa, que é no Supremo
Após a votação na Câmara que autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou que o governo poderá recorrer ao STF no momento oportuno. Segundo Cardozo, o Planalto poderá questionar a falta de justa causa para o pedido.
O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, disse na última quinta-feira (14), ao final da sessão que julgou improcedente mandado de segurança que questionava a metodologia de votação do impeachment, que a Corte não fechou a porta para uma eventual contestação da tipificação dos atos imputados à presidente. “É um ato político, sim, mas quem disse que ato político não é sindicável pelo Judiciário?", questionou o ministro.
“Inconstitucional”
O deputado Zé Geraldo (PT-PA) afirmou que o processo de impeachment é inconstitucional e que cabe ao Supremo arbitrar sobre essa questão. “Já ouvi da presidente Dilma que ela vai lutar contra esse golpe até o último minuto, da última etapa, que é o Supremo Tribunal Federal. Porque a peça que foi votada aqui foi a questão das pedaladas e tudo aquilo que foi citado não é inconstitucional. Está comprovado que esse impeachment é muito mais político, de vingança política do Eduardo Cunha", criticou o parlamentar.
“PT desrespeita a Constituição”
O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) defendeu que o mérito cabe apenas ao Congresso. "É mais uma demonstração que o PT não respeita a Constituição e os valores democráticos. Recorrer ao Supremo é subjugar os poderes do Parlamento brasileiro."
Nilson Bastian
Sessão Especial do Impeachment - deputado Mendonça FIlho - (DEM-PE)
Mendonça Filho: quem julga o mérito é o Congresso; o PT desrespeita a Constituição e os valores democráticos
O parlamentar ressalta que "quem discute o mérito e julga o mérito é o Congresso; isso está escrito na Constituição Federal. Tirar do Parlamento esse poder e essa responsabilidade é querer rasgar a Constituição e subjugar o Parlamento brasileiro".
"Atuar em todas as frentes"O deputado Bohn Gass (PT-RS) declarou que o partido irá atuar em todas as frentes, incluindo o Judiciário. "Sangra a democracia, mancha a história, mas não impede a luta. E nós vamos lutar em todas as frentes, nas lutas populares, sociais, que ficou evidente que era um golpe. Vamos tramar as questões do judiciário, acho que são atitudes importantes”, disse.
“Fase jurídica acabou”
Já o deputado José Carlos Hauly (PSDB-PR) afirmou que não cabe análise jurídica do processo. "A fase jurídica já acabou. A vontade soberana do povo brasileiro, manifestado pelos deputados que falam em nome do povo brasileiro, já está decidida. 72% dos deputados já falaram pelo impeachment. O ministro da AGU passou a defender a sobrevivência de uma governante com crime de responsabilidade caracterizado, e que destruiu a economia, o dinheiro do fundo de Previdência, que destruiu o fundo de garantia, que destruiu o emprego”, afirmou o parlamentar.

Política: Senado recebe hoje pedido de impeachment; entenda o passo-a-passo


Luís Alberto Alves

Até o fim, o processo contra Dilma ainda poderá passar por cinco votações no Senado: duas em comissões especiais e três no Plenário
Com sua admissibilidade aprovada na Câmara dos Deputados, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff deve chegar nesta segunda-feira (18) ao Senado Federal. Se os senadores acatarem o pedido e instaurarem de fato o processo, a Casa será palco de um julgamento a ser presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
Até o julgamento final, alguns passos precisam ser dados. Após o recebimento do processo, a expectativa é que ainda nesta segunda ou na terça-feira (19), seja feita a leitura do texto no Plenário e já eleita a comissão especial que vai analisar se aceita ou não o pedido da Câmara para abrir processo de impeachment contra Dilma. O colegiado terá dez dias para apresentar um parecer, que será aprovado se tiver o apoio da maioria simples dos membros.
Se for aprovado na comissão, o texto ainda precisa ser votado em Plenário pelos 81 senadores, o que deve ocorrer até o fim da primeira quinzena de maio. É a fase de admissibilidade da denúncia. Se o Senado aprovar a abertura do processo, por maioria simples, a presidente Dilma Rousseff é afastada do cargo. Nesse caso, assume interinamente o vice-presidente, Michel Temer.
Testemunhas e provas
O afastamento de Dilma poderá durar até 180 dias. Nesse período, uma comissão se reúne para ouvir testemunhas, coletar provas e comprovar ou não as acusações feitas perante a Câmara dos Deputados. É a fase de pronúncia. Feito isso, o colegiado vota o parecer que, para ser aprovado, precisa novamente de apoio da maioria simples de seus integrantes.
Se for aprovado nessa segunda votação em comissão, o parecer (sentença de pronúncia) é lido e votado pelo Plenário do Senado. Mais uma vez, para ser aprovada a sentença precisa de apoio da maioria simples.
O julgamento
O julgamento final ocorrerá no Plenário do Senado, em sessão presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. O Senado funcionará como um tribunal, sendo os jurados os 81 senadores.
Para aprovar o impeachment, são necessários 54 votos favoráveis (2/3 dos senadores). Se condenada, Dilma será deposta de seu mandato e ficará inelegível por oito anos, passando definitivamente o cargo ao vice, Michel Temer.
“Só nesta votação é que os senadores vão decidir se a presidente da República será afastada, se os fatos são graves o suficiente para isso, se os crimes de responsabilidade de fato existiram e se ela ficará inabilitada por oito anos para o exercício de cargos públicos, uma vez condenada”, explica o consultor legislativo da Câmara Roberto Carlos Pontes.
Nesta terça-feira (19), uma reunião de líderes partidários no Senado deve discutir questões que ainda estão em aberto. Existe, por exemplo, dúvidas sobre como contar o prazo da comissão especial, se em dias corridos ou úteis.
Governo e oposição
Líder do DEM no Senado, o senador Ronaldo Caiado (GO) acredita que o processo caminhará rapidamente e que não há motivos para adiá-lo. Em sua avaliação, Dilma Rousseff não tem mais condições de governar, o que foi confirmado pela admissibilidade do impeachment na Câmara dos Deputados.
“Esse governo é incapaz de produzir qualquer ato, já que não tem apoio político. Não faz sentido procrastinar a decisão. A Casa que representa o povo brasileiro mostrou, por mais de 2/3 dos deputados federais, que realmente quer a votação do processo”, disse Caiado.
Diferentemente de Caiado, o vice-líder do governo no Senado Lindbergh Farias (PT-RJ) avaliou que a oposição entre os senadores não consegue maioria contra Dilma. Ainda há, segundo ele, muitos indecisos e a opinião pública pode influenciar os trâmites.
“Eles [a oposição] não têm 2/3. Se o Michel Temer [vice de Dilma] assume a presidência da República, de cara vai vir a ilegitimidade. O povo brasileiro está desconfiado disso. Eles assaltaram o poder”, afirmou Lindbergh, que considera o impeachment uma tentativa de golpe contra Dilma.

Política: Câmara autoriza instauração de processo de impeachment de Dilma com 367 votos a favor e 137 contra


Luís Alberto Alves

Processo contra Dilma segue para o Senado que, por maioria simples, pode admitir a denúncia e afastá-la do cargo. A condenação depende do voto de 54 senadores e resulta na perda do mandato e inelegibilidade por oito anos



Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Sessão especial para votação do parecer do dep. Jovair Arantes (PTB-GO), aprovado em comissão especial, que recomenda a abertura do processo de impeachment da presidente da República
Deputados pró-impeachment comemoram aprovação do relatório do deputado Jovair Arantes, que recomenda a abertura de processo de impedimento da presidente Dilma por crime de responsabilidade
Com os votos favoráveis de 367 deputados, 137 contrários e 7 abstenções, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o relatório pró-impeachment e autorizou o Senado Federal a julgar a presidente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade. Se abstiveram de votar os deputados Pompeo de Mattos (PDT-RS), Vinícius Gurgel (PR-AP), Beto Salame (PP-PA), Gorete Pereira (PR-CE), Sebastião Oliveira (PR-PE), Mário Negromonte Jr. (PP-BA) e Caca Leão (PP-BA).

A sessão foi tensa, iniciada com princípio de tumulto. Cada voto dos 511 deputados – estavam ausentes os deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE) e Clarissa Garotinho (PR-RJ) - foi pontuado com comemorações de cada lado. O voto de número 342, mínimo para garantir o julgamento pelo Senado, foi celebrado à exaustão pelos partidários do impeachment, que tiveram apoio de deputados de 22 partidos. Apenas Psol, PT, e PCdoB não deram votos à favor do impedimento da presidente Dilma.

A sessão de votação durou cerca 6 horas, mas todo o processo de discussão e votação do impeachment, iniciada na sexta (15) consumiu quase 53 horas.

No Senado
Agora, o parecer que recomenda a investigação contra a presidente Dilma Rousseff segue para o Senado Federal. Lá, será constituída uma comissão especial para decidir se convalida, ou não, o pedido de abertura de investigação. Se for aprovado por 41 senadores, a presidente será afastada do cargo e julgada pelo Senado. Uma eventual condenação, que depende do aval de 2/3 da Casa (54 senadores), tira Dilma do cargo e a torna inelegível por oito anos.

Repercussão

A maioria dos líderes favoráveis ao impeachment referiu-se não apenas às acusações contra a presidente, mas ao fato de ela já não ter condições de governar por falta de apoio no Congresso e da população. “Não há canto nenhum desse País em que se possa vislumbrar no rosto das pessoas algum sinal de esperança. Vamos decidir com o nosso voto o futuro de um país destroçado por uma presidente que, com sua arrogância, humilhou o Parlamento e governou de costas para a população”, criticou o líder da Minoria, deputado Miguel Haddad (PSDB-SP).

Para o líder do PSC, deputado André Moura (SE), o vice-presidente, Michel Temer, tem capacidade de pacificar e reunificar o brasileiro. O PT, segundo ele, “está falido”.

O presidente da comissão especial que aprovou o pedido de abertura de processo de impeachment, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), afirmou que o desafio agora é buscar a reunificação de uma população tão dividida. “A partir de amanhã, todo o líder político, todo líder partidário vai precisar superar pessoalmente as suas posições para que a gente possa sair das crises instaladas”, disse.

O líder do governo, deputado José Guimarães (CE), afirmou que o impeachment não é a solução. “O afastamento da presidente Dilma Rousseff não é o caminho para a solução dos problemas brasileiros.” Ele questionou se também seriam afastados o vice-presidente, Michel Temer, e 16 outros governadores que fizeram as mesmas manobras fiscais que pesam contra Dilma.

Decretos e pedaladas
Segundo o relatório aprovado, uma das infrações da presidente Dilma Rousseff seria a edição de decretos suplementares sem autorização do Legislativo e em desconformidade com um dispositivo da Lei Orçamentária que vincula os gastos ao cumprimento da meta fiscal. O deputado Jovair Arantes (PTB-PE), relator da matéria na comissão especial, avalia que, sem a revisão da meta fiscal aprovada, o Executivo não poderia por iniciativa própria editar tais decretos, tendo de recorrer a projeto de lei ou Medida Provisória. “Nessa abordagem, todos os decretos citados na denúncia, independentemente da fonte utilizada, estariam desprovidos de autorização legislativa”, diz o texto do relator.

Em relação às pedaladas fiscais, foram analisados apenas o uso de recursos do Banco do Brasil para pagar benefícios do Plano Safra. O governo atrasou os repasses ao banco, que pagou os agricultores com recursos próprios. Esse atraso, na avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), se configura uma operação de crédito irregular. Ao comprometer a saúde fiscal do País, avalia Jovair Arantes, o governo põe em risco a democracia, já que os governos precisam zelar pela estabilidade financeiro-econômica do País. “O descumprimento de normas fiscais e a falta de transparência nesse campo sinalizam a deterioração das contas públicas e, no limite, o risco de insolvência do País”, afirma o relatório.

Defesa

Todas as acusações foram rebatidas pelo Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, que atuou na defesa da presidente Dilma Rousseff. Para ele, não há, no relatório, fatos que comprovem que a presidente cometeu atos intencionais que atentem contra o País.

Tanto os decretos quanto o atraso nos repasses, segundo Cardozo, são atos comuns de todas as administrações e foram considerados crimes por uma mudança de interpretação do Tribunal de Contas da União. “Esse procedimento era pedido por outros Poderes, inclusive pelo próprio TCU, que pediu ao chefe do Executivo o decreto de suplementação. Por quê? Porque o TCU admitia isso, porque o TCU dizia que isso era possível”, afirmou, durante a defesa em Plenário. “Subitamente, o TCU muda de opinião. E quando o TCU muda, o governo para de baixar decretos. Então, onde está a má-fé?”, criticou.

Antes mesmo de finalizada a votação, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (CE), admitiu a derrota, mas ressaltou que as ruas estão com o governo: “Os golpistas venceram, mas a luta continua. Vamos barrar o processo no Senado. O Senado pode corrigir essa ação dos golpistas”.

O líder enfatizou que a decisão da Câmara a favor do impeachment é uma agressão à legalidade democrática e um desrespeito aos 54 milhões de pessoas que votaram na presidente Dilma Rousseff. Para ele, o vice-presidente, Michel Temer, não tem condições de administrar o País e “o processo de impeachment foi conduzido por pessoas que não tem ética”.

Variedades: 42º FESTIVAL SESC MELHORES FILMES


Redação

Ingressos: de R$ 3,50 a R$ 12

Orestes (DCP, Dir.: Rodrigo Siqueira, Brasil, 2015, 93 min., livre)
A filha de uma militante política traída e executada, um policial, uma defensora da pena de morte, um ex-preso político, pais que perderam seus filhos e uma enfermeira que lida diariamente com o resultado da violência são alguns dos personagens que se confrontam nesta reflexão sobre os mecanismos da justiça e as possibilidades de resgate das culpas e dívidas de várias gerações. Fantasmas da ditadura, posições antagônicas sobre responsabilidade, ética e punição e os próprios ritos, tanto dos tribunais como da tragédia grega, são passados no fio da navalha, num processo em que a objetividade se procura, mas escapa.
Quinta-feira, 21/4, 14h.

Osvaldão (DCP, Dir.: Vandré Fernandes, Ana Petta, Fabio Bardella e André Michiles, Brasil, 2014, 79 min., 10 anos)
A vida de Osvaldo Orlando da Costa, comandante da Guerrilha do Araguaia que virou herói entre o povo local, por conta de sua coragem e generosidade. Muitos até o consideram como um ser mítico. Uma visão não só da lenda ao redor do nome de Osvaldão, mas também de suas aventuras humanas. Vindo de uma família de ex-escravos, uma trajetória onde um jovem campeão carioca de boxe na década de 1950 se transforma em um dos principais guerrilheiros do país.
Quinta-feira, 21/4, 16h30.

O Clã (DCP, Dir.: Pablo Trapero,  Argentina/Espanha, 2015, 110min., 10 anos)  
Baseado na história real que abalou a Argentina, o filme conta a história dos Puccio, uma família de classe média que tem por hábito sequestrar pessoas ricas, pedir o resgate e, ao receber o pagamento, matar as suas vítimas. O patriarca, Arquimedes, comanda as operações ao lado do filho Alejandro, enquanto sua esposa e as filhas fingem ignorar o que acontece à sua volta. Mas as coisas mudam de figura quando um filho distante volta da Austrália, criando novas tensões familiares.
Quinta-feira, 21/4, 19h.

Cássia (DCP, Dir.: Paulo Henrique Fontenelle, Brasil, 2014, 120 min., 12 anos)
Cássia Eller é uma figura icônica da música brasileira. Sua breve, porém marcante, passagem pelo cenário musical nos anos 1990 deixou uma marca inegável na cultura e na história musical do país. Sob um aspecto social, sua morte, teve uma repercussão nacional que segue até hoje, por conta da guarda de seu filho, que acabou ficando, surpreendentemente, com sua parceira Eugênia. Cássia foi uma figura que deixou um impacto tanto cultural quanto social, expondo tabus e demonstrando sua força como pessoa pública.
Quinta-feira, 21/4, 21h.

Casa Grande (DCP, Dir.: Fellipe Gamarano Barbosa, Brasil, 2014, 117 min., 14 anos)
Jean é um adolescente rico que luta para escapar da superproteção dos pais, secretamente falidos. Quando o motorista de longa data é demitido, Jean tem a tão sonhada chance de pegar o ônibus público pela primeira vez. No ônibus, ele conhece Luiza, uma aluna da rede pública que começa a abrir seus olhos para as contradições de dentro e fora da casa grande.
Sexta-feira, 22/4, 14h

Chico, Artista Brasileiro (DCP, Dir.: Miguel Faria Jr., Brasil, 2015, 110 min., 10 anos)
Personagem fundamental da cultura brasileira nos últimos 50 anos, autor, dramaturgo e compositor de uma extraordinária coleção de canções que habitam o imaginário coletivo do país, Chico Buarque dialoga com a própria memória neste filme. O longa tem como um dos eixos a descoberta do irmão alemão de Chico. Guiado pela fala do próprio artista, o longa revisita a sua história do ponto de vista da maturidade.
Sexta-feira, 22/4, 16h30.

O Clube (DCP, Dir.: Pablo Larraín, Chile, 2015, 98 min., 16 anos)
Um grupo eclético de sacerdotes convive com Mónica, uma freira, em uma casa na costa chilena. Quando não estão orando e expiando seus pecados, eles treinam seu cachorro para a próxima corrida. O que será que os levou até ali, praticamente no meio do nada, onde o vento sopra com força? Quando um novo sacerdote se muda para lá, um homem começa a lhe fazer fortes acusações. Sua voz aumenta mais e mais até que um tiro soa. O padre evita as acusações dizendo ser suicídio. A igreja envia um investigador, mas será que ele realmente tem a intenção de descobrir a verdade ou apenas garantir que a aparência seja mantida?
Sexta-feira, 22/4, 19h.

Sabor Da Vida (DCP, Dir.: Naomi Kawase, Japão/França/Alemanha, 2015, 113 min., 10 anos)  
Sentaro dirige uma pequena padaria que serve dorayakis - panquecas recheadas com pasta de feijão vermelho doce. Quando uma senhora de idade, Tokue, se oferece para ajudar na cozinha, ele relutantemente aceita. Mas Tokue prova ter um toque de mágica quando se trata de fazer “an”. Graças à sua receita secreta, o pequeno negócio logo floresce e, com o tempo, Sentaro e Tokue abrem seus corações para revelar velhas feridas.
Sexta-feira, 22/4, 21h.

Leviatã (DCP, Dir.: Andrey Zvyagintsev, Rússia, 2014, 142 min., 14 anos)
Kolia vive em uma pequena cidade próxima ao Mar de Barents, no norte da Rússia. Ele é dono de uma oficina, ao lado da casa onde vive com sua esposa e seu filho. Vadim Shelevyat, o corrupto prefeito da cidade, quer tirar o seu negócio, sua casa e sua terra. Primeiro ele tenta o suborno, mas Kolia não admite perder tudo o que tem. Não só a terra, mas também toda a beleza que o rodeia desde o dia em que nasceu. É então que o prefeito adota uma conduta mais agressiva para conseguir o que quer.
Sábado, 23/4, 14h.

Força Maior (DCP, Dir.: Ruben Östlund, Suécia/França/Dinamarca/Noruega, 2014, 118 min., 12 anos)
Ebba e Tomas decidem passar cinco dias de férias esquiando nos Alpes franceses com seus dois filhos. Tomas deve passar mais tempo com a família, pois Ebba acha que ele trabalha demais. Quando os quatro almoçam num restaurante nas montanhas, uma avalanche se aproxima rapidamente e ameaça soterrar o local. Nenhum deles fica ferido, mas a atitude de Tomas durante o incidente pode causar danos irreparáveis, fazendo com que seja constantemente perseguido por seus erros.
Não recomendado para menores de 12.
Sábado, 23/4, 16h30.

Adeus à Linguagem 3D (DCP, Dir.: Jean-Luc Godard, Suíça/França, 2014, 70 min., 16 anos)
A ideia é simples: uma mulher casada conhece um homem solteiro. Eles amam, eles discutem, punhos ao vento. Um cachorro vaga entre a cidade e o campo. As estações passam, o homem e a mulher se encontram novamente. O cachorro se encontra entre os dois. O outro está em um, o um está no outro e eles são três. O ex-marido quebra tudo. Um segundo filme começa, igual ao primeiro. E ainda assim não. A raça humana, nós passamos a metáfora. Isso termina em latidos e o choro de um bebê.
Sábado, 23/4, 19h.

Últimas Conversas (DCP, Dir.: Eduardo Coutinho, Brasil, 2015, 85 min., 12 anos)
A partir de entrevistas com jovens estudantes brasileiros, o filme busca entender como pensam, sonham e vivem os adolescentes de hoje. Quando morreu, em fevereiro de 2014, o diretor Eduardo Coutinho deixou 32h de material gravado e um caderno com anotações iniciais a respeito desse material. Foi então que produtor João Moreira Salles e a montadora Jordana Berg levaram a diante a missão de terminar a obra. No corte final, tem-se nove entrevistas das 97 realizadas durante as filmagens, que aconteceram entre 2 e 12 de novembro de 2014 no Estúdio do Cais.
Sábado, 23/4, 21h.

Birdman ou A Inesperada Virtude da Ignorância (DCP, Dir.: Alejandro González Iñárritu, EUA, 2014, 119 min., 16 anos)
Riggan Thomson é um ator que, no passado, fez muito sucesso interpretando Birdman, um super-herói que se tornou um ícone cultural. Hoje um cinquentão, esquecido por muitos, ele está montando uma adaptação de um conto de Raymond Carver na Broadway, que dirige e estrela. Entretanto, em meio aos ensaios, Riggan precisa lidar com seu agente, sua filha e seu elenco, formado por divas que querem toda a atenção. Além disso, ele ainda ouve uma estranha voz que se identifica como Birdman.
Domingo, 24/4, 14h.

Mad Max - Estrada da Fúria 3D (DCP, Dir.: George Miller, Austrália/EUA, 2015, 120 min., 16 anos)  
Max Rockatansky é um guerreiro traumatizado que vaga pelas estradas de um mundo destruído. Ele é capturado por homens do exército de Immortan Joe, líder de uma comunidade que vive sob sua mão de ferro. Quando a Imperatriz Furiosa trai Immortan Joe e tenta salvar um grupo de garotas que o tirano usava como parideiras, Max se vê no meio de uma perseguição que não escolheu presenciar. Também tentando fugir, ele aceita ajudar Furiosa em sua luta contra Joe e se vê dividido entre mais uma vez seguir sozinho seu caminho ou ficar com o grupo. Quarto filme da série Mad Max, iniciada em 1979.
Domingo, 24/4, 16h30.

O Sal Da Terra (DCP, Dir.: Juliano Ribeiro Salgado e Wim Wenders, França/Brasil/Itália, 2014, 110 min., 12 anos)
Em 40 anos de carreira, o fotógrafo Sebastião Salgado percorreu o mundo como testemunha de uma humanidade em plena transformação, registrando eventos trágicos de nossa história recente. Atualmente, dedica-se à descoberta de territórios virgens e suas grandes paisagens e ao encontro de uma fauna e de uma flora selvagens num gigantesco estudo fotográfico que contempla a beleza do planeta. O filme revela os bastidores desse novo projeto, intitulado Gênesis.
Domingo, 24/4, 19h.

Nostalgia Da Luz (DCP, Dir.: Patrício Guzman, França/Alemanha/Chile, 2010, 90 min., 12 anos)
No deserto do Atacama, no Chile, a três mil metros de altitude, astrônomos tiram proveito da transparência do céu para explorar galáxias longínquas em busca de vida extraterreste. Paralelamente, aproveitando a secura do solo do local, que conserva intactos os restos de seres vivos, arqueólogos estudam múmias e outra relíquias pré-colombianas, enquanto um grupo de mulheres procura os corpos de seus parentes desaparecidos durante o período da ditadura militar no país sob o regime de Augusto Pinochet.
Domingo, 24/4, 21h.

Hamlet (DCP, Dir.: Cristiano Burlan, Brasil, 2014, 90 min., 12 anos)
A partir do assassinato de seu pai por seu tio, Hamlet é obrigado a enfrentar suas próprias contradições e as do mundo à sua volta. Em uma desconstrução de si mesmo, ele mergulha na eterna questão sobre o sentido da existência. Ambientado numa grande metrópole, o filme é uma livre adaptação da tragédia de William Shakespeare.
Segunda-feira, 25/4, 14h.

A Pele De Vênus (DCP, Dir.: Roman Polanski, França/Polônia, 2013, 96 min., 14 anos)  
Vanda é uma atriz que chega atrasada para o teste de elenco que o diretor Thomas está fazendo a fim de encontrar a protagonista de sua mais nova peça, inspirada em obra de Leopol Von Sacher Masoch. Thomas reluta em aceitar que ela faça o teste, pois está atrasado para um compromisso. Mas ele acaba cedendo às insistências de Vanda e em pouco tempo os dois se vêem em meio a uma discussão sobre os papéis do homem e da mulher na sociedade, a partir de reflexões sobre sofrimento e masoquismo.
Segunda-feira, 25/4, 16h30.

Mia Madre (DCP, Dir.: Nanni Moretti, Itália/França, 2015, 107 min., 10 anos)
Margherita é cineasta e está no meio da produção de seu novo filme, cujo papel principal é desempenhado por um célebre – e insuportável – ator norte-americano de origem italiana. Durante as filmagens, as dúvidas e questões típicas da artista comprometida que é misturam-se a angústias de sua vida privada: a mãe de Margherita está no hospital, enquanto sua filha vive em plena crise de adolescência. Será que Margherita conseguirá desempenhar bem ambos os papéis?
Segunda-feira, 25/4, 19h.

A História Da Eternidade (DCP, Dir.: Camilo Cavalcante, Brasil, 2014, 120 min., 16 anos)
Em um pequeno vilarejo no sertão, três histórias de amor e desejo revolucionam a paisagem afetiva de seus moradores. Personagens de um mundo romanesco, no qual suas concepções da vida estão limitadas, de um lado pelos instintos humanos, do outro por um destino cego e fatalista. Alfonsina tem 15 anos e sonha conhecer o mar; Querência está na faixa dos 40; e Das Dores, já no fim da vida, recebe o neto após um passado turbulento.
Segunda-feira, 25/4, 21h.

Olmo E A Gaivota (DCP, Dir.: Petra Costa e Lea Glob,  Brasil/Dinamarca/Portugal/ França, 2015, 87 min., 12 anos)
A travessia pelo labirinto da psique de Olivia, atriz intempestiva que se prepara para atuar na peça A gaivota , de Tchekov. Quando o espetáculo começa a tomar forma, Olivia e seu companheiro Serge, que haviam se conhecido anos antes nos ensaios do Théâtre du Soleil, descobrem que ela está grávida. O filme tem uma nova virada quando o que parecia ser encenação revela-se como a própria vida. Ou seria o inverso? Esta investigação do processo criativo nos convida a questionar o que é real, o que é imaginário e o que celebramos e sacrificamos em nossas vidas.
Terça-feira, 26/4, 14h.

Whiplash - Em busca da perfeição (DCP, Dir.: Damien Chazelle, EUA, 2014, 107 min., 12 anos)
O solitário Andrew é um jovem baterista que sonha em ser o melhor de sua geração e marcar seu nome na história da música, como seu ídolo Buddy Rich. Após chamar a atenção do reverenciado e impiedoso mestre do jazz Terence Fletcher, Andrew entra para a orquestra principal do conservatório de Shaffer, a melhor escola de música dos Estados Unidos. Entretanto, a convivência com o abusivo maestro fará Andrew transformar seu sonho em obsessão, fazendo de tudo para chegar a um novo nível como músico, mesmo que isso coloque em risco seus relacionamentos com sua namorada e sua saúde física e mental.
Terça-feira, 26/4, 16h30.

Dois Dias, Uma Noite (DCP, Dir.: Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, Bélgica/França /Itália, 2014 , 95 min., 12 anos)
Sandra perde seu emprego em uma fábrica depois que outros trabalhadores escolhem receber um bônus ao invés de mantê-la na equipe. Ela descobre que alguns de seus colegas foram persuadidos a votar contra ela. Mas Sandra tem uma chance de reconquistá-lo. Ela e Manu, seu marido, têm uma tarefa complicada para o final de semana: devem visitar cada um de seus colegas de trabalho e convencê-los a abrir mão de seus bônus, para que o casal possa manter o seu emprego.
Não recomendado para menores de 12.
Terça-feira, 26/4, 19h.

Numa Escola De Havana (DCP, Dir.: Ernesto Daranas, Cuba, 2014, 108 min., 12 anos)
Chala, um garoto de 11 anos, vive com sua mãe viciada em drogas, Sonia. Para sustentar a casa, ele treina cães de briga, indiretamente ajudado por um homem que pode ser ou não seu pai biológico. As dificuldades de sua vida refletem na escola, onde é aluno de Carmela, por quem tem grande respeito. Mas quando ela fica doente e tem que se afastar, Chala não se adapta à nova professora, que sugere que ele seja transferido para um internato. Quando Carmela retorna, não aceita essa medida e outras imposições que aconteceram durante sua ausência. Enquanto a relação entre professora e aluno se intensifica, os dois passam a ser perseguidos na escola, levando a um conflito que reflete o complexo sistema contemporâneo de Cuba.
Terça-feira, 26/4, 21h.

Homem Comum (DCP, Dir.: Carlos Nader, Brasil, 2013, 96 min., 10 anos)
Ao longo de quase 20 anos, o cineasta Carlos Nader conviveu com o caminhoneiro paranaense Nilson de Paula e sua família. Desde o início, havia o projeto de realizar um documentário, cujas intenções se transformam visceralmente, num processo também captado pela câmera. Durante esse período, transformam-se as vidas de Nilson, que adoece, de sua mulher, Jane, e de sua única filha, Liciane, assim como a do diretor, que passa a fazer parte deste círculo também afetivamente. Grandes questões, como o sentido da vida, incorporam-se à própria tessitura do filme, ao qual se contrapõem trechos do clássico ‘A Palavra’, de Carl Dreyer, evidenciando conexões estéticas e existenciais.
Quarta-feira, 27/4, 14h.

Ausência (DCP, Dir.: Chico Teixeira, Brasil, 2014, 87 min., 12 anos)
Serginho já não é mais menino e ainda não é um homem. Neste drama cotidiano, familiar, sexual e afetivo, seguimos seu dia a dia: o recém-adquirido papel de homem da casa cuidando de sua mãe e seu irmão mais novo; o trabalho na feira; sua amizade com Mudinho e Silvinha; e sua relação confusa, entre o sexo e o afeto, com o professor Ney. Um tecido de momentos da vida de um menino em transição.
Quarta-feira, 27/4, 16h30.

Califórnia (DCP, Dir.: Marina Person, São Paulo, 2015, 90 min., 14 anos)
São Paulo, 1984. Estela vive a conturbada passagem pela adolescência. O sexo, os amores, as amizades; tudo parece muito complicado. Seu tio Carlos é seu maior herói, e a viagem à Califórnia para visitá-lo, seu grande sonho. Mas tudo desaba quando ele volta magro, fraco e doente. Entre crises e descobertas, Estela irá encarar uma realidade que mudará definitivamente sua forma de ver o mundo.
Quarta-feira, 27/4, 19h.

A Gangue (DCP, Dir.: Miroslav Slaboshpitsky, Ucrânia/Holanda, 2014, 132 min., livre)
Sergey, um jovem surdo-mudo, começa a estudar num internato especializado que abriga secretamente uma rede de crime e prostituição entre seus estudantes, “a tribo”. Neste novo ambiente, ele é forçado a aceitar as duras regras da gangue e participa de vários assaltos, o que lhe garante o respeito dos colegas. Quando ele conhece Anna, uma das amantes do líder da gangue, acaba quebrando uma das regras veladas da tribo.
Quarta-feira, 27/4, 21h.

ESPECIAL: RELEMBRANDO OS MELHORES
Adeus Meninos (DCP, Dir.: Louis Malle, França/Alemanha/Itália, 1987, 104 min., 14 anos)
Durante a Segunda Guerra Mundial, a França está dividida entre invasores nazistas e colaboracionistas - cidadãos franceses que ajudam os alemães - e a resistência. Julien, filho de uma família rica, é enviado para o colégio interno a fim de ser educado por padres cristãos. Após as festas de Natal, ele volta para a tediosa rotina no internato. Suas aulas parecem sem novidades, até que chega um novo aluno, Jean, um menino inteligente e introspectivo. Não demora para que os dois criem um laço muito próximo de amizade. Até que Julien descobre que Jean tem um segredo perigoso para aquela época. 
Melhor filme pelo voto da crítica em 1988.
Quinta-feira, 21/4, 23h59.

Gritos E Sussurros (DCP, Dir.: Ingmar Bergman, Suécia, 1972, 106 min., 18 anos)
Na Suécia da virada do século XIX para o XX, Agnes está morrendo de câncer, em sua isolada mansão rural, quando recebe a visita de suas irmãs Karin e Maria. A medida em que a dor e o sofrimento de Agnes se tornam incontroláveis, as irmãs são tomadas pelo medo e pela repulsa, mostrando-se incapazes de qualquer empatia; e Agnes só encontra consolo nos cuidados da empregada Anna. Com a morte cada vez mais próxima, surgem antigos ressentimentos, ciúmes, inveja e amargura entre as irmãs, desenterrando terríveis histórias familiares. Vencedor do Oscar de melhor fotografia e indicado em outras quatro categorias, incluindo melhor filme e direção.
Melhor filme pelo voto da crítica em 1974, primeira edição do festival.
Sexta-feira, 22/4, 23h59.

Pai Patrão (DCP, Dir.: Paolo Taviani e Vittorio Taviani, Itália, 1977, 114 min., 14 anos)
No interior da Sardenha, Itália, Gavino é um menino de seis anos oprimido pela ignorância e violência do pai, que o obriga a deixar os estudos e ir para o campo pastorar ovelhas. Com o tempo, Gavino entende que a sua única saída é conquistar aquilo que falta a seu pai: cultura. Baseado na autobiografia do escritor italiano Gavino Ledda, o filme mostra como o personagem principal consegue escapar de sua realidade quase barbárica ao se educar, apesar da violenta oposição de seu pai. Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Melhor filme pelo voto da crítica em 1978.
Sábado, 23/4, 23h59.

CINECLUBINHO
Kiriku, os Homens e as Mulheres (DCP, Dir.:  Michel Ocelot, França, 2012, 88 min., livre)   Kiriku é chamado para salvar sua aldeia de perigos sobrenaturais e humanos, o que ele faz com muita astúcia e humor, além de uma certa ingenuidade sobre o mundo. Contado pelo seu avô, o Homem Sábio que vive na Montanha Proibida, o filme entrelaça uma coleção de fábulas misturando narrativa tradicional e mitologia com pedaços de humor e sagacidade .
Domingo, 24/4, 11h, grátis. Retirada de ingressos com 30 min. de antecedência.

CONVERSAS
Diretores dos filmes premiados no Festival conversam com o público sobre suas carreiras e filme premiado, no auditório do CineSesc.
Com a cineasta Marina Person e mediação do jornalista Cunha Jr.
Quarta-feira, 27/4, 19h30, drátis. Retirada de ingressos com 1h de antecedência.

EXPOSIÇÃO
Interpretação ilustrada dos filmes premiados no 42° Festival Sesc Melhores Filmes e dos 120 anos do Cinema. Concepção geral e ilustração: Igor Tadeu.
Até 31/5.