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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Variedades : Paulo Diniz, o vozeirão que marcou belas canções



O auge do sucesso de Paulo Diniz foi na década de 1970, com belas canções de amor e também de protestos

Luís Alberto Caju

 O auge da carreira do pernambucano Paulo Diniz foi na década de 1970. O seu vozeirão marcava presença na maioria dos bailes, seja na garagem ou salões de clubes ou associações de bairro. A balada "Um Chopp pra Distrair" é uma delas. Durante a festa, início da madrugada, a introdução com solo de violão era a senha para se aproximar da menina, segurar nas suas mãos, abraçar e começar a dançar.

 A letra simples falava de um homem que estava na mesa de um bar, quando avistou aquela mulher, de beleza suficiente para provocar congestionamento. O sorriso o deixou impactado. A inércia só foi embora quando chamou o garçom para lhe trazer um chope gelado. 

 Mas o talento de Paulo Diniz , cuja  caminhada rumo ao sucesso começou em 1964, aos 24 anos, só aflorou quando trocou Pernambuco pelo Rio de Janeiro. Na Rádio Tupi, onde teve seu primeiro trabalho fora do Nordeste, passou a compor. Dois anos depois visitou as paradas com o hit "O Chorão". 

Em 1970 lançou dois discos. Passa a colocar melodias em diversos poemas de autores consagrados, como Carlos Drummond de Andrade ("E Agora José?"), Gregório de Matos ("Definição do Amor"), Augusto dos Anjos ("Versos Íntimos"), Jorge de Lima ("Essa Nega Fulô") e Manuel Bandeira ("Vou-me Embora para Pásargada"). 

 Em homenagem a Caetano Veloso (exilado na Inglaterra) compõe "I Want Go To Back Bahia". É da primeira metade da década de 1970, a gravação de "Como", autoria do guitarreiro Luiz Wagner. Durante vários anos a canção marcou presença na maioria dos bailes, por causa do romantismo de sua letra. Também é dessa época, o hit "Pingos de Amor". Seu último disco Canção do Exílio saiu em 1984. 

 Paulo Diniz continua fazendo shows, mesmo em cima de uma cadeira de rodas, pois uma doença misteriosa o tornou paraplégico. Porém o vozeirão e a batida característica de seu violão continuaram intactos. Apenas não aparece mais com frequência aos programas de televisão, passando a impressão que desistiu da carreira artística. 


Geral: Comissão aprova inclusão do crime de bullying no Código Penal


O bullying será incluído no Código Penal, classificado como crime de intimidação

Luís Alberto Caju
 A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, da Câmara dos Deputados, aprovou na última quarta-feira (20) proposta que inclui no Código Penal (Decreto-lei 2.848/40) o crime de intimidação vexatória (ou bullying). O crime consiste em intimidar, constranger, ofender, castigar, submeter, ridicularizar ou expor alguém, entre pares, a sofrimento físico ou moral de forma reiterada.
 O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Assis do Couto (PT-PR), ao Projeto de Lei1011/11, do deputado Fábio Faria (PSD-RN). O projeto original falava em intimidação escolar, porém o relator considera o termo intimidação vexatória mais abrangente. “A incidência dessas agressões não se dá exclusivamente no interior de estabelecimentos escolares”, argumenta.
 Pela proposta a pena prevista é de detenção de um a três anos e multa. Se o crime ocorrer em ambiente escolar, a pena será aumentada em 50%.
                                                                  Cyberbullying
 Se o crime for praticado por meio de comunicação (prática conhecida como cyberbullying), a pena será aumentada em dois terços. O cyberbullying não estava previsto na proposta original e foi incluído pelo relator. Se a vítima for deficiente físico ou mental, menor de 12 anos, ou se o crime ocorrer explicitando preconceito de raça, etnia, cor, religião, procedência, gênero, idade, orientação sexual ou aparência física, a pena será aplicada em dobro.
 Se do crime de intimidação vexatória resultar lesão corporal ou sequela psicológica grave de natureza temporária, a pena será de reclusão de 1 a 5 anos. Se a lesão for de natureza permanente, a pena aumentará para reclusão de 2 a 8 anos. Já se a intimidação resultar em morte, a pena será de reclusão de 4 a 12 anos.
 Em qualquer caso, o juiz poderá deixar de aplicar a pena se a própria vítima do bullying tiver provocado a intimidação, de forma reprovável.
                                                                Tramitação
A proposta será analisada agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.


Radiografia de Sampa: Avenida Rebouças

Avenida Rebouças liga o bairro de Pinheiros ao Cerqueira César, em São Paulo


Luís Alberto Caju

 De família de negros, Antonio Pereira Rebouças Filho nasceu na Bahia em 1839 e morreu em 1874. Pela antiga Escola Militar recebeu grau de Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas, além de carta de engeheiro militar. Aos 19 anos foi para a Europa para obter especialização em construção de estradas de ferro e porto marítimos. 

 De volta ao Brasil acabou responsável pela construção da Estrada de Ferro de Campinas a Limeira e Rio Claro, da Estrada de Ferro Curitiba a Paranaguá (famosa pelas soluções encontradas por Rebouças para atravessar a Serra do Mar) e a rodovia Antonina/Curitiba, conhecida como estrada da Graciosa. 

Ele era irmão, do também engenheiro, André Rebouças, que teve grande participação na abolição dos escravos. Ambos eram filhos do político monarquista e jornalista Antonio Pereira Rebouças. A Avenida Rebouças começa em Pinheiros e termina no bairro de Cerqueira César, Zona Oeste de SP.


Túnel do Tempo: 50 anos da morte de Kennedy, Trem das Onze fica sem Adoniram Barbosa, Freddie Mercury parte no auge do sucesso










Luís Alberto Caju

Assassinato de John Kennedy: Em 22 de novembro de 1963, o presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, era alvejado com vários tiros na cabeça, quando percorria uma das avenidas de Dallas, Texas, em carro aberto. Minutos depois ele morria durante os primeiros socorros no hospital. 
Decorridos 50 anos continua o mistério sobre o assassinato

Decorridos 50 anos, até hoje a execução é cercada de mistérios. O suspeito Lee Harvey Oswald, fuzileiro que passou alguns anos na extinta União Soviética, foi preso em seguida e apontado como o autor dos disparos. Dias depois, ao sair algemado do prédio do FBI (polícia federal americana), levou vários tiros disparados pelo mafioso Jack Ruby, que misteriosamente se suicidou após poucos meses.

 O promotor Jim Garrison não mediu esforços na apuração do caso, mas o próprio governo passou a desclassificar o seu trabalho. Três anos depois a Comissão Warren se opôs à abertura de novo inquérito sobre o assassinato de Kennedy. Para grande parte da população, o responsável pelo homicídio teria sido o mafioso John Roseli, que segundo testemunhas, foi visto próximo de uma cerca, do outro lado praça, de onde teriam partido os tiros. O FBI nunca o procurou.

 Outra corrente apostou em membros da própria CIA (serviço de inteligência do governo), insatisfeitos com a falta de apoio de Kennedy quando da invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, em 1961, visando retirar o ditador Fidel Castro do poder. Os mais de mil mercenários enviados ao local, apoiados pela CIA, acabaram massacrados pelo exército cubano. 

Trem das onze perde seu autor:
Adoniram Barbosa é um dos grandes nomes do samba, ganhando respeito inclusive de artistas cariocas

 No dia 23 de novembro de 1982 morria o cantor e compositor Adoniram Barbosa, autor do célebre samba "Trem das Onze", uma das músicas mais executadas no Brasil nas festas de finais de ano ou final de semana, marcando presença obrigatória em qualquer mesa de botequim. O trem, que ele descrevia na canção, era o famoso Trenzinho da Cantareira que fazia final em Guarulhos, passando pelo bairro do Jaçanã, Zona Norte de SP, onde ficava a famosa estação citada por Adoniram. Por licença poética ele usou 11 horas, quando na verdade o último trem saia de SP às 8 horas.

Freddie Mercury deixa o Queen: 
Freddie Mercury foi uma das vítimas do vírus HIV

Em 24 de novembro de 1991, o grupo de rock britânico, Queen perdia seu principal vocalista: o cantor e compositor Freddie Mercury, 45 anos, (Farrokh Bulsara) vítima dos vírus HIV. Nascido em Zanzibar, Tanzânia, foi morar no Reino Unido aos 15 anos. O codinome Mercury batizava uma de suas primeiras canções. Bissexual, o hit "Love of My Life", um dos maiores sucessos do Queen, é uma homenagem a então namorada Mary Austin, vendedora de roupas. Ela o abandonou quando tomou conhecimento de sua homossexualidade. Porém continuaram amigos. Outra canção que fez tocou em diversos bailes, é a balada "Cool Cat", onde Mercury dá verdadeiro show de interpretação.



Jiló com pimenta: Tratamento igual para todos "Genoinos", a terra de ninguém da internet




Para esses "Genoinos" ninguém faz corrente de solidariedade


Luís Alberto Caju

Tratamento igual: A prisão do deputado federal licenciado, José Genoino (PT), condenado por envolvimento com o mensalão levantou nos últimos dias intensa rede de solidariedade , quanto ao seu estado de saúde. Inclusive ontem (21) precisou ser removido ao hospital em virtude do agravamento do sua saúde. Em março, Genoino fez uma cirurgia cardíaca. Por que essa preocupação não aumenta em relação aos outros "Genoinos" do sistema carcerário brasileiro, com mais de 550 mil detentos. A maioria cumpre pena em locais que mais parecem filiais do inferno do que cadeia. Não é novidade o número de pessoas tuberculosas nestes presídios. 

 Fora desses muros, a situação é crítica. Conseguir atendimento digno na rede pública de saúde é o mesmo do que ganhar sozinho na loteria, tamanho o descaso de funcionários e falta de estrutura. Há cidades brasileiras, que médico é artigo de luxo. O doente, em busca de cura, precisa recorrer aos curandeiros ou benzedeiras para tentar se livrar do mal. Quando o correto era o profissional da saúde fazer isso. Com esses não há corrente de solidariedade. Podem morrer à míngua. Parece que o Genoino do PT é mais importante do que os milhões de "Genoinos" que ajudaram e ajudam construir esse Brasil, ganhando salário de miséria, sem direito à aposentadoria integral e qualquer regalia da Justiça.

Terra de ninguém: Muitos adolescentes e até crianças desconhecem os riscos existentes na internet. Entram nas redes sociais e colocam fotos, até íntimas, para os outros amigos virtuais tomarem conhecimento do que estão fazendo ou aprontaram durante uma festa ou passeio. Inocentes, não sabem que ao postar uma foto ou informação em qualquer rede social, ela ganha o mundo. É o mesmo de subir num edifício alto ou montanha e abrir o saco cheio de penas pequenas e soltar. O vento vai levar todas, impossibilitando que coloque todas dentro do saco novamente. 

 Os pais precisam ficar atentos com as atividades dos filhos na internet. Não pode cair no erro do "liberou geral". Precisa saber quem são os seus amigos virtuais, o que está escrevendo e postando fotos naquela rede social. Nunca se pode escrever assunto relativos à intimidades, principalmente no âmbito financeiro. Alguns adolescentes comentam que o pai comprou um carro novo, top de linha; também adquiriu uma fazenda ou sítio, apartamento de cobertura. Às vezes forçam essa situação, mentindo. Mas os criminosos (eles estão também nas redes sociais) não acreditam e vão procurar tirar proveito dessa situação. Ditado popular: caldo de galinha e prudência não fizeram mal a ninguém.