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Crônica: Quando a vaidade se choca com a realidade

Pixabay   Do contrário, restava ao felizardo apenas carícias Astrogildo Magno Natália era extremamente vaidosa. Ficava mais de 2 horas...

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Túnel do Tempo: Ex-general é preso nos EUA




Luís Alberto Alves
Racismo: No dia 1 de outubro de 1962, o ex-general Edwin Walker (foto) é preso nos EUA, acusado de incitamento à violência racista contra o ingresso do estudante negro James Meredith na Universidade do Mississippi.

Radiografia de Sampa: Rua Marselhesa



Luís Alberto Alves
O nome dessa rua lembra o célebre Hino Nacional Francês, composto em momento excepcional da História de França por Rouget de Lisle. A Marselhesa tem letra e melodia bonitas, seja vocal ou instrumental diferente de outros hinos, extremamente conservadores, guardando as regras de músicas de exaltação militares. Rua Marselhesa (foto) fica na Vila Mariana, Zona Sul.

Geral: A luta contra o câncer ganha força quando a doença é detectada logo no início



Redação
O Outubro Rosa chega colorindo os monumentos do Brasil com o objetivo de chamar a atenção para questões ligadas ao câncer de mama. Só em 2015, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), foram identificados quase 60 mil pacientes com a doença, o que representa 22% do total dos novos diagnósticos de câncer no país. Trata-se do segundo local do corpo mais atingido pela patologia, no país e, apesar das frequentes campanhas alertando para a prevenção, a taxa de mortalidade ainda é alta, justamente, pela grande frequência de diagnósticos tardios.
“A maior parte das mulheres só identifica a doença quando ela já está em desenvolvimento pelo aparecimento de irregularidades na pele, sejam marcas, caroços nos seios e até mesmo franzidos,” pontua Miguel Torres, chefe do programa de tratamento da doença na Radiocare. O radio-oncologista alerta que, muitas vezes, a enfermidade chega de forma silenciosa.
Tabagismo, sedentarismo e obesidade são fatores de risco que contribuem para um aumento da incidência da enfermidade. “Boa alimentação e prática de exercícios físicos, diariamente, são bons parceiros na prevenção de doenças, entre elas, o câncer de mama”, afirma o radio-oncologista. Torres ressalta que homens também podem ser afetados pela doença e, apesar de a incidência ser bem menor, não devem se esquecer da prevenção.
Prevenção
Márcia tinha 34 anos quando percebeu um nódulo no seu seio direito ao fazer o autoexame. À época, vivia um momento de realização profissional e pessoal. Tinha acabado de assumir um novo cargo na empresa, curtia o casamento recente e sua filha de apenas dois anos. “Não podia ser nada”, era o que imaginava. Então, ao consultar um mastologista, se deparou com o diagnóstico: há um carcinoma ductal invasor na mama direita, em linguagem simples, câncer de mama.
Mesmo sem precedentes da doença na família e com perfil fora do grupo de risco, Márcia sempre fazia o autoexame, o que foi fundamental em seu caso. Selmo Geber, professor titular do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ressalta a importância da detecção precoce do câncer de mama. “É essencial que as mulheres façam exames preventivos periodicamente, tanto para detectar o câncer de mama como outros tipos da doença, como o câncer de cólo de útero”, lembra o médico.
Contudo, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, em Minas Gerais, apenas 62% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram o exame preventivo nos últimos dois anos.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com a gravidade da doença e das condições biológicas do paciente. O primeiro passo é fazer o diagnóstico completo com análises clínicas e biopsia para descobrir se o tumor é benigno ou maligno. Então, o médico faz a indicação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia ou das práticas combinadas, de acordo com cada caso.
Os tratamentos são divididos em dois tipos de terapias: local e sistêmica. “A local inclui a cirurgia e a radioterapia, que são formas de tratar o tumor sem afetar o restante do corpo. Já a sistêmica trabalha com medicações orais ou pela corrente sanguínea, como é o caso da quimioterapia, capaz de atingir as células cancerosas em qualquer parte do corpo”, afirmou radio-oncologista Miguel Torres.
O tratamento, muitas vezes, pode implicar na perda de cabelos e na realização da mastectomia – retirada da mama e isso afeta o emocional feminino. “Fui cortando meu cabelo por etapas para que minha filha não percebesse, contei uma historinha para que ela entendesse que a mamãe estava doente e que quando melhorasse, o cabelo cresceria novamente”, lembra Márcia. Ela ainda comenta que o carinho da filha, o companheirismo do marido e todo apoio dos amigos e famílias foram essenciais para que tivesse esperança e se recuperasse rápido.
Manutenção da fertilidade
Após vencer a doença, muitos pacientes acabam se deparando com um novo problema: a infertilidade. “Se ter filhos é um objetivo de vida, é essencial pensar nisso e se resguardar para concretizá-lo posteriormente. Tratamentos com quimioterapia e radioterapia, além de destruírem as células tumorais, também podem atingir as germinativas, que produzem óvulos e espermatozoides. Além disso, também interferem nas funções hormonais, responsáveis pela produção de gametas”, explica Selmo Geber, PhD em Fertilidade e Embriologia.
Segundo o médico, a urgência da doença e a necessidade imediata de se dar início aos tratamentos contra o câncer exigem decisões rápidas do oncologista. No entanto, devido à pressa, muitas vezes o fator reprodutivo não é abordado. “Aspectos do tratamento e de efeitos colaterais diretos são amplamente discutidos. Porém, a preservação da fertilidade para o futuro, através de criopreservação, por exemplo, acaba sendo deixada de lado”, avaliou.
O objetivo com a criopreservação dos óvulos – seja por vitrificação, ou por congelamento -, é conservar o material para que ele possa ser utilizado no futuro, por meio de técnicas de reprodução assistida. “O óvulo, ou o espermatozoide, é submetido a uma variação de temperatura de 37ºC a -196ºC em menos de um segundo. O material congelado é, então, armazenado em nitrogênio líquido, podendo ser mantido assim por tempo indefinido”, explicou o médico. Segundo ele, as taxas de gravidez utilizando óvulos congelados tem sido semelhante à obtida com exemplares frescos, de 50%.

Geral: Cresce a procura por voos internacionais no aeroporto de Guarulhos (SP)



Redação
Um levantamento inédito realizado pelo Observatório de Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, núcleo de pesquisas e inteligência de mercado da São Paulo Turismo (SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos), apontou elevação de 27% na oferta de voos internacionais diretos partindo do Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU), em Guarulhos entre 2014 e 2015. No ano passado, a média foi de 1.029 voos semanais e, agora, chega a 1.367. Os dados são do mês de agosto.
O crescimento é ainda mais acentuado se comparado ao ano de 2012, quando o aeroporto acumulava a média de apenas 668 voos internacionais semanais. Neste cenário, o crescimento registrado foi de 104,64% em comparação a 2015. Um dos motivos, de acordo com o coordenador do Observatório, Fábio Montanheiro, pode ser a ampliação que o aeroporto passou recentemente. “A explicação pode estar na expansão do aeroporto de Guarulhos, com o novo Terminal 3, que ofereceu mais slots para as companhias aéreas e, com isso, a oferta foi estendida”, afirma.
Outro dado relevante mostra que o número de desembarques nos principais aeroportos de São Paulo (Congonhas, Guarulhos e Viracopos) cresceu 9% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014, aumento considerado acima das variações sazonais. “Mesmo com a economia brasileira em retração, até o primeiro semestre ainda se notava um grande movimento de baixa nestes aeroportos. Isso pode ser explicado, em parte, pela diminuição nos preços das passagens aéreas e pela compra antecipada. A tendência agora é o mercado se adaptar ao cenário atual”, disse Montanheiro.
América do Norte e África em destaque
O estudo ainda revelou que o crescimento de voos internacionais foi alavancado especialmente pelo aumento de oferta para a América do Norte (+210,5%), principalmente para os Estados Unidos. A oferta de voos para Atlanta, por exemplo, aumentou de um voo diário em 2012, para quatro voos diários em 2015. No total, as frequências semanais aumentaram de 151, em 2012, para 469, em 2015. Los Angeles é outra cidade que ganhou mais opções, passando de três voos semanais para três voos diários.
As frequências para a África também cresceram 192,5%. Em 2012 eram apenas 14 voos semanais e, este ano, partem 31 de Guarulhos. Segundo análise do Observatório, a elevação pode ser resultado, entre outros fatores, das políticas de aliança do governo brasileiro com países africanos no período. “A instalação de empresas brasileiras em território africano têm crescido. Além disso, pode ter havido aumento do interesse no destino como viagem de lazer após a realização da Copa do Mundo em 2010, que teve como sede a África do Sul”, finaliza Montanheiro.

Geral: Mais da metade dos brasileiros não consegue comprar remédios



Luís Alberto Alves
Grande parte da população brasileira tem dificuldade ou simplesmente não consegue comprar os medicamentos que precisa. Isso foi constatado em diversas pesquisas recentes e prova que o país ainda enfrenta desafios nas questões mais básicas de saúde. Agora, com a crise econômica fazendo o desemprego avançar para 8,3% no semestre, o risco de mais brasileiros interromperem seus tratamentos fica cada vez maior.
Diante deste cenário, a Frente Parlamentar Mista para Desoneração dos Medicamentos retoma seus trabalhos no Congresso Nacional, comprometida em defender o desenvolvimento da economia nacional, colaborar com os poderes públicos nos estudos e nos problemas que envolvam o setor de saúde e, especialmente, propor medidas para desonerar a carga tributária do setor. Assim, é esperado um aumento do acesso à saúde e aos medicamentos por parte dos brasileiros.
Injustiça social
No Brasil, os consumidores são responsáveis por quase 80% dos gastos totais de medicamentos, ou seja, eles compram remédios sem nenhuma ajuda do governo. Estudos mostram que 84% da população considera os medicamentos caros demais, sendo que 39% acreditam ser os impostos responsáveis pelo alto preço.
A carga tributária sobre medicamentos é uma das mais altas do mundo. Como consequência, cerca de 50% da população já teve que interromper o tratamento, segundo o Instituto Data Folha. Como é constatado pela literatura médica, a eficácia dos tratamentos é maior quando as doenças são combatidas precocemente e de maneira adequada.
Quando o paciente não faz o tratamento adequado ou simplesmente o abandona, o retorno dele ao médico causa um enorme impacto no sistema de saúde, já que estará fazendo novas consultas, exames e, provavelmente, estará com a doença agravada. Assim, o número de internações no sistema público de saúde aumenta e, muitas vezes, os tratamentos necessários acabam se tornando mais complexos e onerosos, devido ao estágio avançado da enfermidade. Ou seja, a falta de acesso e de adesão ao tratamento completo se converte em mais despesas para o governo.
A desoneração dos medicamentos, que hoje carregam 34% de tributos em seu valor, é a estratégia defendida pela Frente Parlamentar para permitir maior acesso e melhorar a saúde do brasileiro. Essa reivindicação já tem um exemplo de sucesso no país.
Em 2009, o Paraná reduziu o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de medicamentos de 18% para 12%. A consequência imediata foi uma redução média de 9,08% no preço dos remédios, permitindo que mais brasileiros comprassem seus medicamentos.
Naquele ano, a arrecadação do ICMS com medicamentos teve no Paraná o maior aumento entre os oito principais estados do país, com um salto de 115%; enquanto os demais cresceram apenas 9%. A própria participação do Paraná no percentual de arrecadação de ICMS entre os oito estados também cresceu, saindo de 1,68% em 2008 para 3,25% em 2009.
O que aconteceria aos brasileiros dos outros estados se as demais unidades da Federação seguissem o exemplo do Paraná? Certamente, promoveriam maior acesso à saúde, maior consumo de medicamentos, o que poderia elevar a arrecadação dos entes federativos e, acima de tudo, maior qualidade de vida para a população brasileira
Ranking de impostos
O ICMS é o principal tributo que incide sobre os medicamentos, representando 18% do total em São Paulo. No Rio de Janeiro, o tributo chega a 19%. Considerando o valor final do remédio, os tributos são responsáveis em média por 34% do custo. Ou seja, a cada três caixas, uma é só de impostos.
Mundo afora, a realidade é bem diferente. Portugal, Holanda, Bélgica, França, Suíça, Espanha e Itália cobram até 10%. EUA, Canadá e Reino Unido têm tributação zero para medicamentos; a média mundial é de 6,3%.
Mesmo dentro do país, apesar dos medicamentos poderem ser classificados como bens essenciais, produtos como biquíni e ursinho de pelúcia sofrem menos tributações.

Economia: Imóveis residenciais de dois dormitórios são campeões de busca dos consumidores


Levantamento sobre o perfil dos brasileiros realizado pelo Imovelweb mostra também que as mulheres preferem casa e os homens apartamentos
 Redação
 O Imovelweb, um dos maiores portais de classificados de imóveis do País, realizou recentemente um levantamento sobre o perfil de quem busca por imóveis.  As análises dos dados da plataforma apontam que entre os meses de junho, julho e agosto foram realizadas cerca de 81 milhões de buscas no portal, incluindo todas as categorias de imóveis. Desse total, 30 milhões foram por apartamentos e cerca de 22 milhões por casas.  Os residenciais de dois dormitórios são os mais procurados pelo brasileiro, representando 40% do total de apartamentos e 43% de casas.
Também chama a atenção o fato de 54% das mulheres pesquisarem mais casas e 52% dos homens apartamentos.
Mobile: grande potencial de crescimento
De acordo com a análise, cerca de 75% das pesquisas realizadas no Imovelweb são feitas por meio de desktop, o que mostra um grande potencial de crescimento para o mercado mobile.
“E é neste horizonte que o Imovelweb está investindo. Lançamos o primeiro aplicativo do mercado nacional exclusivo para corretores – o Imovelweb Corretor, que traz mais mobilidade, agilidade e assertividade para os profissionais do mercado imobiliário”, destaca Mateo Cuadras, CEO do Imovelweb.
 Ainda considerando o equipamento utilizado para realização de buscas no portal, os dados da plataforma mostram que o consumidor que acessa o Imovelweb por meio de desktop direciona suas pesquisas para apartamentos. “A média destes três meses aponta que 78% das buscas foram direcionadas para apartamentos e 73% para casas. O mobile ficou com 27% para casas e 22% para apartamentos”.
Números do portal:
O portal recebe todos os meses mais de 6 milhões de visitas e possui mais de 1 milhão de ofertas, o que resultou nos últimos três meses em cerca de 81 milhões de buscas por imóveis em todas categorias, não apenas residenciais.

Economia: Lava Jato, simulações mostram que sistema financeiro poderia absorver calote



  • Brasília
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
O sistema financeiro teria condições de absorver impactos de um default (calote) das empresas envolvidas na Operação Lava Jato, como construtoras e empreiteiras. O Banco Central (BC) fez simulações de calote para fazer essa análise, publicada no Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado hoje (1º).
“Mesmo com o elevado grau de conservadorismo, as simulações realizadas indicam que o sistema financeiro teria condições de absorver os impactos de default das empresas mais vulneráveis citadas na Lava Jato e seu respectivo contágio, incluindo o inadimplemento de empresas fornecedoras e dos seus funcionários”, diz o BC, no relatório.
Segundo o BC, embora com rentabilidade bastante afetada, nenhuma instituição financeira ficaria insolvente. Na análise das empresas mais vulneráveis, o impacto geraria a necessidade de capital adicional no total de R$ 130 milhões.
O BC diz ainda que mesmo ampliando a hipótese de default para todas as empresas citadas na operação, seus respectivos grupos, rede de conexões e funcionários, o sistema financeiro continuaria mostrando alta resistência, com nenhuma instituição insolvente. Nesse caso, a necessidade adicional de capital seria de R$ 3,4 bilhões.
Na apresentação do relatório, o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, disse que não foi feita uma simulação de quebra da Petrobras, mas das empresas e grupos econômicos envolvidos na investigação da Operação Lava Jato
Meirelles disse ainda que as simulações são de situações extremas para tentar identificar potenciais riscos, mas o BC não acredita que vão realmente acontecer. Ele acrescentou que as empresas são parte de grupos grandes, com muitos ativos e negócios fora da cadeia de óleo e gás.

Economia: Alta do dólar faz aumentar endividamento de empresas no mercado externo



Brasília
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
O endividamento das empresas no mercado externo aumentou devido à alta do dólar, diz oRelatório de Estabilidade Financeira, divulgado hoje (1º) pelo Banco Central (BC). Em junho, do total das dívidas das empresas, 32,2% foram contraídas no mercado externo. Em dezembro a participação estava 28,9%.
Segundo o relatório, esse incremento ocorreu como consequência da variação cambial no período e não de novas captações no exterior. Na publicação, o BC ressalta que o endividamento das empresas em moeda estrangeira é exemplo de situações que demandam atenção especial. No entanto, diz o BC, parte significativa dessa dívida é de empresas exportadoras que, naturalmente, têm mecanismos financeiros de proteção cambial (hedge).
Além disso, o BC destaca que o mercado oferece proteção às empresas contra as fortes oscilações do dólar. E há corporações que pertencem a um grupo econômico com sede no exterior, o que aumenta a possibilidade de suporte financeiro intragrupo, bem como firmas com ativos no exterior em montante relevante, que podem compensar ou justificar economicamente a exposição em moeda estrangeira.
“O grupo de devedores que não tem proteção cambial relevante e conhecida é restrito”, ressalta o relatório. A exposição em moeda estrangeira dessas empresas sem proteção aumentou de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), em dezembro de 2014, para 3,3%, em junho de 2015.
“Para esse grupo de empresas não exportadoras, sem hedgefinanceiro identificado, sem suporte intragrupo e sem ativos no exterior, o impacto da variação cambial em suas dívidas pode resultar em fragilidade financeira e, ainda que até o momento não tenha se traduzido em aumento de sua inadimplência no Sistema Financeiro Nacional, trata-se de situação continuamente monitorada”, diz o Banco Central.
Apresentado pelo diretor Anthero Meirelles, relatório do BC diz que é pequeno o número de empresas sem proteção cambial Arquivo/ABr
Segundo o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, esse “percentual pequeno” de empresas sem proteção cambial conhecida “dá conforto”, mas o banco sempre olha o assunto com atenção.
Ao apresentar o relatório, Meirelles defendeu as operações deswap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Ele disse que os swaps proporcionam proteção às empresas e investidores em momento de forte oscilação do dólar.
“Evitam que empresas quebrem, não tenham condições de suportar esse movimento de volatilidade ou uma fuga de investidores”, explicou. Meirelles disse que para cada real de prejuízo do BC com as operações, há ganhos entre R$ 3,5 e R$ 4, devido à valorização das reservas internacionais.
Nessa operação, o banco vende contratos de troca de rendimento no mercado futuro. Apesar de serem em reais, as operações são atreladas à variação do dólar. No swap cambial, a autoridade monetária aposta que o dólar subirá mais que a taxa DI (taxa de depósito interbancário, que é cobrada em transações entre bancos). Os investidores apostam o contrário. No fim dos contratos, ocorre uma troca de rendimentos (swap) entre as duas partes. Quando o dólar sobe, o BC tem prejuízo proporcional ao número de contratos em vigor. Quando a cotação cai, os investidores deixam de lucrar.

Política: Cunha diz que não teme perda de apoio político




  • Brasília
Carolina Gonçalves – Repórter da Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (1º) que não teme qualquer perda de apoio político diante das denúncias envolvendo seu nome na Operação Lava Jato. O peemedebista já foi alvo de pelo menos cinco delações premiadas. Perguntado sobre a informação divulgada ontem (30) pela Procuradoria-Geral da República (PGR), de que foram encontradas contas bancárias em seu nome e de parentes na Suíça, Cunha resumiu: “Não estou atrás de apoio”.
O peemedebista, que anunciou em julho posição pessoal de independência em relação ao governo, continua sem comentar detalhes sobre a Lava Jato. Ele reiterou sua posição quando foi questionado sobre uma possível  investigação contra seu nome pelo Ministério Público suíço. O advogado de defesa, Antônio Fernando de Souza, que tem sido o interlocutor do parlamentar nesses casos, divulgou nota afirmando que desconhece qualquer investigação na Suíça e, por isso, não comentaria o fato.
Cunha manteve a mesma postura em relação a denúncias recentes envolvendo a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Deixa eles responderem às denúncias”, afirmou, acrescentando que qualquer opinião emitida “partidarizaria o discurso”.
Impeachment
Eduardo Cunha cancelou viagem a Roma, na Itália, neste fim de semana, onde participaria do 1º Fórum Parlamentar Itália-América Latina e Caribe. Ele faria um discurso no evento segunda-feira (5) e retornaria ao Brasil. “Ficou corrido”, explicou, afastando qualquer relação da denúncia sobre as contas na Suíça com a sua decisão.
Como permanecerá em Brasília no fim de semana, Cunha disse que pode aproveitar para analisar mais “um ou dois dos pedidos de impeachment”. Ontem, foi publicado o indeferimento de três dos 13 pedidos apresentados contra a presidenta Dilma Rousseff, por não atenderem aos requisitos formais. A Câmara é responsável por analisar se os pedidos de denúncia por crime de responsabilidade são  admissíveis.

Política: Dilma discute reforma ministerial com Lula em almoço no Alvorada



  • Brasília
Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
Em mais um dia de conversas para definir os últimos detalhes da reforma administrativa que vai reduzir o número de ministérios, a presidenta Dilma Rousseff almoça hoje (1°) no Palácio da Alvorada, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Conselheiro político de Dilma, o ex-presidente tem participado das discussões sobre a nova composição dos ministérios.
Os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Comunicação Social, Edinho Silva, e o assessor especial da presidenta, Giles Azevedo, também estão no Palácio da Alvorada.
Antes de seguir para o Alvorada, Dilma se reuniu com o vice-presidente, Michel Temer, que é também presidente do PMDB, partido da base aliada do governo que atualmente tem representantes em seis ministérios.
A presidenta Dilma Rousseff pretende cortar dez dos 39 ministérios de seu governo. Por isso, desde a semana passada se reúne com lideranças do PMDB e de outras legendas em busca do melhor desenho para a nova equipe.
A expectativa era de que a reforma ministerial fosse anunciada hoje (1º), mas em entrevista a jornalistas na noite de ontem (30) Michel Temer disse que o anúncio poderia ficar para a sexta-feira (2).

Variedades: Exposição conta a história do Parque do Flamengo, que está fazendo 50 anos


  • Rio de Janeiro
Paulo Virgílio – Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Centro Cultural Correios no Rio abriu a exposição Jardim de Memórias Parque do Flamengo 50 anos (Tomaz Silva/Agência Brasil)
 O Centro Cultural Correios no Rio abriu a exposição Jardim de Memórias – Parque do Flamengo 50 anosTomaz Silva/Agência Brasil
Uma das principais áreas de lazer do Rio de Janeiro está completando seu cinquentenário. Inaugurado oficialmente em 12 de outubro de 1965, ano em que a cidade comemorava seu 4º Centenário, o Parque do Flamengo é o resultado do trabalho de uma equipe genial de urbanistas, arquitetos e paisagistas, que atuou em sintonia no projeto de criar em uma área aterrada da Baía de Guanabara um moderno parque urbano.
A história e o presente da obra de Lota Macedo Soares (1910-1967), Affonso Eduardo Reidy (1909-1964) e Roberto Burle Marx (1909-1994) está contada na exposição Jardim de Memórias – Parque do Flamengo 50 anos, aberta no início da noite de hoje (30) no Centro Cultural Correios Rio. São mais de 100 fotografias, desenhos de Burle Marx, plantas de arquitetura e vídeos, selecionados pela arquiteta e urbanista Margareth da Silva Pereira, curadora da mostra.
Rio de Janeiro - O Centro Cultural Correios no Rio abriu a exposição Jardim de Memórias Parque do Flamengo 50 anos (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por seu valor paisagístico e arquitetônico, o Parque do Flamengo tem 11.600 árvores de 190 espécies da flora brasileira e de outras regiões tropicaisTomaz Silva/Agência Brasil
A área de 1 milhão e 300 mil metros quadrados que grande parte dos cariocas chama até hoje de Aterro é muito mais do que um parque. Ao longo dos 7 quilômetros, entre o centro e a Enseada de Botafogo, foi construído um complexo de lazer que, além dos magníficos jardins criados por Burle Marx, abriga o Museu de Arte Moderna (MAM), a casa de shows Vivo Rio, o Monumento aos Mortos na 2ª Guerra Mundial, a Marina da Glória, o Teatro de Marionetes Carlos Werneck, o restaurante Rio’s, o monumento a Estácio de Sá (fundador da cidade) e o Museu Carmen Miranda.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por seu valor paisagístico e arquitetônico, o Parque do Flamengo tem 11.600 árvores de 190 espécies da flora brasileira e de outras regiões tropicais. Entre as mais exóticas introduzidas no jardim por Burle Marx, estão as palmeiras talipot, originárias do Sri Lanka, que florescem apenas uma vez.
A história dos sucessivos aterros na Baía de Guanabara, para aumentar a área construída do centro da cidade, também é contada na exposição.  As primeiras discussões sobre o fim do Morro do Castelo remontam a 1798. No final do século 19 começam a aparecer os problemas de circulação urbana e, com isso, a ideia de uma via ao longo da baía, até a Enseada de Botafogo.
Já na República, o prefeito Pereira Passos retoma a discussão e concebe a Avenida Beira-Mar, como via de tráfego rápido, numa época em que o Rio ainda tinha poucos automóveis. Nos anos 1920, a retirada de pedras e areia do Morro do Castelo serviu para aterrar a área hoje ocupada pelo Aeroporto Santos Dumont e o início do aterro do atual parque, perto da Ponta do Calabouço.
Discutia-se também nessa época a demolição do Morro de Santo Antônio, o que finalmente ocorreu nos anos 1950.  “A maior parte do Aterro foi feita com terra do Morro de Santo Antônio, mas também teve um pedaço do Morro do Querosene, que também foi demolido, além de granitos das rochas perfuradas para a abertura dos tuneis Santa Bárbara e Rebouças”, disse a curadora Margareth da Silva Pereira, que é também arquiteta.
Rio de Janeiro - O Centro Cultural Correios no Rio abriu a exposição Jardim de Memórias Parque do Flamengo 50 anos (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Nos anos 1920, a retirada de pedras e areia do Morro do Castelo serviu para aterrar a área hoje ocupada pelo Aeroporto Santos Dumont e o início do aterro do atual parque, perto da Ponta do CalabouçoTomaz Silva/Agência Brasil
A ideia de transformar em parque a área aterrada não era unânime e não teria prosperado se não fosse o empenho de Lota Macedo Soares. “A questão oscilava entre fazer no local um novo bairro ou simplesmente as pistas para o tráfego.  A Lota teve um papel fundamental nisso, já que havia morado em Nova York, conhecia a importância do Central Park e de outros parques urbanos. Ela e a poeta Elizabeth Bishop, com quem era casada, eram amigas dos grandes urbanistas internacionais da época”, disse a curadora.
Rio de Janeiro - O Centro Cultural Correios no Rio abriu a exposição Jardim de Memórias Parque do Flamengo 50 anos (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Além de questões técnicas, conflitos de várias naturezas marcaram o grupo de trabalho criado pelo então governador da Guanabara, Carlos Lacerda, para implantar o parque e que tinha Lota de Macedo Soares em seu comandoTomaz Silva/Agência Brasil
Desde 1929 estudando soluções de urbanismo para a cidade, o arquiteto Affonso Eduardo Reidy foi importante para a construção da área de lazer, que não chegou a ver pronto, pois morreu um ano antes da inauguração. Foi Reidy quem projetou o prédio do MAM, o coreto, o teatro de marionetes e outros equipamentos do parque.
Além Eduardo Reidy, de Lota e de Burle Marx, outra pessoa, na opinião de Margareth Pereira, teve destaque na criação do parque: o botânico Luiz Emygdio de Mello Filho (1914-2002), que foi diretor de Parques e Jardins do então Distrito Federal e, mais tarde, do recém-criado Estado da Guanabara. “Foi Luiz Emygdio quem contratou Burle-Marx para a execução dos jardins que antecederam o paisagismo do Parque do Flamengo, o da Praça Salgado Filho, em frente ao Aeroporto Santos Dumont, e o da Praia de Botafogo. Por se tratar também de uma área de aterro, a praça em frente ao aeroporto foi um laboratório para a aclimatação de plantas”, explica a arquiteta.
Além de questões técnicas, conflitos de várias naturezas marcaram o grupo de trabalho criado pelo então governador da Guanabara, Carlos Lacerda, para implantar o parque e que tinha Lota de Macedo Soares em seu comando. “O Brasil vivia um momento de tensão política e o Rio sofria a perda de sua condição de capital do país. O golpe militar ocorreu no período da construção do parque e  a posição política de Lacerda [que apoiou a derrubada de Jango] contribuíram para esses conflitos. Mas o que eu acho positivo foram as negociações entre eles, a capacidade de superar as divergências”, disse Margareth Pereira.
Rio de Janeiro - O Centro Cultural Correios no Rio abriu a exposição Jardim de Memórias Parque do Flamengo 50 anos (Tomaz Silva/Agência Brasil)
A exposição Jardim de Memórias – Parque do Flamengo 50 anos mostra mais de 100 fotografias, desenhos de Burle Marx, plantas de arquitetura e vídeos  sobre a construção do parqueTomaz Silva/Agência Brasil
Meio século depois, o parque é considerado por muitos o equivalente carioca do Central Park de Nova York, frequentado por milhares de pessoas diariamente e sobretudo nos fins de semana, quando a via expressa que corta todo o parque fica fechada ao tráfego e a praia – artificial – do Flamengo fica lotada, apesar da poluição das águas da Baía de Guanabara. “Apesar da falta de cuidado em diversos pontos, principalmente com a manutenção e reposição das árvores, e dos problemas de segurança, nossa cidade tem um grande parque que é público,  não tem grades e nem hora de fechar”, afirmou a curadora.
A exposição Jardim de Memórias – Parque do Flamengo 50 anospode ser visitada até 29 de novembro, de terça-feira a domingo, das 12h às 19h. A entrada é grátis e o Centro Cultural Correios fica na Rua Visconde de Itaboraí, 20, no centro do Rio.

Variedades: Ministério da Cultura pode financiar jogos eletrônicos nacionais em 2016



  • Brasília
Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil
A Secretaria do Audiovisual (SAV), do Ministério da Cultura, prepara uma linha de financiamento de jogos eletrônicos nacionais por meio do Fundo Setorial do Audiovisual, conforme adiantaram hoje (1º) o secretário Pola Ribeiro e o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel. A ideia é estimular a produção de jogos por empresas nacionais e que tratem de temas relacionados à cultura nacional.
“É uma ação em construção. Parte da premissa de que há um importante mercado de jogos eletrônicos no Brasil, que é um grande usuário de jogos, um grande consumidor disso. Temos aqui poucos jogos brasileiros desenvolvidos com a cultura brasileira no interior deles”, disse Rangel.
O edital será focado em empresas brasileiras e exigirá temas da cultura nacional e talentos brasileiros em seu desenvolvimento, mas, segundo o presidente da Ancine, haverá parceria com empresas estrangeiras que lançam jogos, chamadas de publishers de games. “Nessa indústria, os publishers são internacionais. Os buscaremos para ser parceiros”, afirmou.
A elaboração dessa linha de financiamento é tema de discussão entre a Ancine, a SAV, a Empresa de Comunicação e Audiovisual de São Paulo (SPCine) e alguns produtores de jogos.
Segundo Pola Ribeiro, o objetivo é iniciar a linha de crédito já no ano que vem, com i nvestimentos variando entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões. Nas metas da Ancine para o segundo ano do Programa Brasil de Todas as Telas, já constam a produção de 20 jogos eletrônicos.
“Não é uma supercontribuição, porque é um mercado pujante, mas estamos entrando pontualmente, dando força, potência a coisas que são menos valorizadas de alguma forma”, informou Ribeiro. Ele adiantou que a ideia é valorizar jogos colaborativos, em vez de competitivos, e também produtos que estimulem diversas gerações.
“Queremos criar uma estratégia que não seja artesanal, que tenha potencial econômico, mas que tenha lógicas novas no mercado.” Pola Ribeiro acrescentou que a ideia inicial é incluir todas as telas, como computadores, tablets e celulares.

Variedades: "Los Abandonados" fala de atentado terrorista na Argentina e morte do promotor Natalio Alberto Nisman

Atentado deixou 85 mortos e diversos feridos na Argentina



Redação
 Em 1994, o maior atentado terrorista do ocidente antes dos ataques de 11 de Setembro de 2001 aconteceu em Buenos Aires, na Argentina. A explosão da Amia –  centro comunitário judaico Associação Mutual Israelita-Argentina -, matou 85 pessoas e feriu centenas. A investigação do atentando, marcada por erros de procedimento, foi assumida pelo promotor Natalio Alberto Nisman, morto horas antes de apresentar suas descobertas ao Congresso do país.
 Los Abandonados, documentário da Electrolift Creative, que conta a história do atentado à Amia, a investigação de Nisman e sua morte tem seu lançamento mundial online no Vimeo On Demand em1º de outubro.
O filmeacompanha as investigações do atentado ao Amia e o trabalho de Nisman através de entrevistas com jornalistas argentinos, incluindo Daniel Santoro do Clarín e Hugo Alconada Mon do La Nación, autoridades públicas como o ex-secretário de Inteligência Miguel Ángel Toma, as deputadas Elisa Carrió e Patricia Bullrich, entre outrosque ajudam o diretor Matthew A. Taylor a reconstruir a cronologia dos fatos, traçar as ligações entre o atentado e o assassinato do promotor e destacar as relações entre as atividades terroristas iranianas, as dinâmicas políticas regionais e a corrupção que no governo argentino.
A investigação de Nisman, nomeado promotor especial pelo presidente Néstor Kirchner em 2004, levou mais de uma década e abrangeu uma ampla análise de documentos vazados ao público, correspondências estrangeiras e escutas telefônicas. Os trabalhos do promotor apontaram para o governo da República Islâmica do Irã como responsável por planejar o ataque e agentes do Hezbollah como executores do plano.
Nisman também concluiu que o governo de seu próprio país havia tentado encobrir o envolvimento dos suspeitos iranianos com o interesse de restabelecer relações comerciais. Em 14 de janeiro de 2015, o promotor acusou a atual presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner, o ministro das Relações Exteriores Héctor Timerman e outras autoridades governamentais de encobrir a participação do Irã na explosão da Amia.
Quatro dias depois, Nisman foi encontrado morto, com um tiro na cabeça, em seu apartamento. A morte aconteceu horas antes dele apresentar suas descobertas ao Congresso. Inicialmente anunciado como suicídio, o crime se tornou tema de uma investigação argentina e internacional, com grandes suspeitas do envolvimento de terceiros.
Mais de um ano depois da morte de Nisman, as investigações ainda estão em andamento, sem qualquer perspectiva clara de resolução. Ao se concentrar em lembranças individuais, o documentário apresenta uma visão ampla e completa da tragédia da Amia, na esperança de servir de registro dos esforços de Nisman e sua importância para a sociedade argentina e a comunidade internacional.
O documentário tem lançamento mundial online em 1 de outubro. Uma exibição especial ocorreu ontem (30) em Washington D.C.