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terça-feira, 15 de abril de 2025

Geral: Excesso de chocolate pode afetar o fígado



Radiografia da Notícia

* Nem todo chocolate é vilão, mas o exagero especialmente em quem já

tem fatores de risco pode desencadear ou agravar doenças no fígado


* Inclui obesidade abdominal, resistência à insulina, hipertensão e

alterações nos níveis de colesterol


* Essa condição anteriormente conhecida como esteatose hepática não

alcoólica pode evoluir para quadros mais graves


Redação/Hourpress


O consumo de chocolate aumenta consideravelmente na época da Páscoa.

Mas, será que essa indulgência tão tradicional pode afetar a saúde do

fígado?


A resposta é: sim, especialmente em pessoas que já apresentam sinais

da chamada síndrome metabólica — que inclui obesidade abdominal,

resistência à insulina, hipertensão e alterações nos níveis de

colesterol. “Para esses indivíduos, o consumo excessivo de chocolates

ricos em açúcar e gordura saturada pode contribuir para a progressão

da MASLD, a Doença Hepática Gordurosa Associada à Disfunção

Metabólica”, explicou a Dra. Patrícia Almeida, hepatologista do

Hospital Israelita Albert Einstein.


Segundo a especialista, essa condição anteriormente conhecida como

esteatose hepática não alcoólica pode evoluir para quadros mais

graves, como a MASH (esteato-hepatite), aumentando o risco de fibrose,

cirrose e até câncer hepático. “O problema não é o chocolate em si,

mas sim a qualidade e, principalmente, a quantidade”, ressaltou.


O grande vilão, segundo a médica, é o açúcar e a gordura saturada

presente na maioria dos chocolates ao leite e bombons

industrializados. “O açúcar em excesso estimula a lipogênese hepática,

ou seja, a produção de gordura no fígado. Já a gordura saturada piora

a resistência à insulina e favorece inflamações hepáticas”, explicou.


Culpa


Por outro lado, chocolates com alto teor de cacau (acima de 70%)

contêm flavonoides, antioxidantes naturais que podem ter efeitos

protetores quando consumidos com moderação. “Esses são os melhores

aliados para quem quer saborear sem culpa”, disse.


A recomendação é ainda mais cuidadosa para pessoas com doenças

hepáticas avançadas, como hepatite, cirrose ou MASH. Essas devem

evitar chocolates comuns. “O fígado já está comprometido e pode ter

dificuldade em metabolizar o excesso de açúcares e gorduras. Em alguns

casos, pequenas porções de chocolate amargo podem ser permitidas, mas

sempre com orientação médica”, afirmou a Dra. Patricia.


A quantidade ideal varia. “Para pessoas saudáveis, cerca de 20 a 30

gramas de chocolate amargo por dia pode ser uma escolha segura. Já

indivíduos com fatores de risco metabólico devem restringir o consumo

e, preferencialmente, buscar orientações personalizadas com um

especialista”, recomendou.


Dicas para aproveitar a Páscoa sem culpa (e sem agredir o fígado):


Prefira chocolates com mais de 70% de cacau.


Evite bombons recheados, ovos trufados e chocolates muito processados.


Consuma pequenas porções e nunca em jejum.


Prepare receitas caseiras com cacau puro, tâmaras e oleaginosas.


Após a Páscoa, reequilibre a alimentação: invista em fibras, vegetais

crucíferos (como brócolis e couve), chá verde e cúrcuma, e mantenha-se

hidratado.


E claro, movimente-se! Atividade física ajuda o fígado a se recuperar

dos excessos.


“O fígado tem grande capacidade de regeneração, mas isso depende

diretamente dos hábitos que cultivamos todos os dias”, finalizou a

especialista.


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