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quarta-feira, 24 de julho de 2019

Economia: FortBrasil e Mastercard juntas no lançamento de cartão com tecnologia por aproximação


Novo produto chega ao mercado para ampliar público e alcance da fintech cearense


Luís Alberto Alves/Hourpress

A cearense FortBrasil apresentou ao mercado um produto que é resultado da parceria com a Mastercard, empresa de tecnologia com foco na indústria global de pagamentos. A novidade é o FortBrasil Mastercard, um cartão digital, com tecnologia de pagamentos por aproximação e ferramentas de autenticação, podendo ser utilizado via aplicativo. Com o novo modelo de cartão de crédito, a fintech passa a produzir os cartões com a bandeira Mastercard, gerando uma série de benefícios aos clientes e possibilitando a ampliação do alcance da marca.
Com o novo produto, a FortBrasil traz ao Ceará a tecnologia por aproximação que vem sendo adotada ao redor do mundo e possibilita transações de meio segundo, ou seja, dez vezes mais velozes do que as realizadas pelos meios de pagamento tradicionais. O dado é da Mastercard, que prevê também uma adesão completa desse tipo de cartão em todos os estabelecimentos comerciais na América Latina, Europa, Oriente Médio e África, que realizarão transações por aproximação e com chip EMV até abril de 2023.
A emissão de cartões com tecnologia por aproximação já é um direcionamento da Mastercard, que desde abril deste ano solicitou aos seus emissores que todos os novos cartões da bandeira fossem emitidos nesse formato. Além da velocidade, o pagamento por aproximação também tem os mesmos padrões de segurança dos cartões com chip.
“Os pagamentos por aproximação são um método rápido, prático e seguro para as compras do consumidor, porque oferecem a conveniência de fazer transações apenas tocando os dispositivos em um leitor habilitado”, explica João Pedro Paro Neto, presidente e CEO da mastercard Brasil e Cone Sul.
Para melhor definição e execução das estratégias de entrada no mercado, FortBrasil e Mastercard se uniram em um trabalho de três meses de consultoria no qual um grupo de especialistas em mercado de meios de pagamento e em pesquisas com consumidores da Mastercard em parceria com a equipe da FortBrasil. Juntas as empresas trabalharam para identificar perfil e necessidades dos clientes da fintech, além de reconhecer práticas do mercado que poderiam ser aplicadas nesse processo.
A estratégia da FortBrasil é disponibilizar aos seus clientes finais a ampliação da aceitação nacional e internacional, multiplicando seus pontos de compra e venda, seja em pontos físicos ou online, já que o cartão possibilita a compra por e-commerce que antes não era possível. Com o novo projeto, a companhia impulsiona a sua meta de dobrar o faturamento nos próximos dois anos - fortalecendo sua presença não só no mercado de cartões das classes econômicas emergentes, mas ampliando também sua atuação para outros públicos.
“Sem dúvida alguma avançamos na prestação dos nossos serviços e agregamos valor no dia a dia dos nossos clientes. Isso reforça o nosso compromisso na busca de melhores soluções continuamente”, celebra José Neto, diretor de Operações da FortBrasil. A parceria da FortBrasil com a Mastercard rende à fintech um produto diferenciado, seguindo a linha adotada pela FortBrasil de investir cada vez mais em tecnologia nos processos internos e também na forma como o produto final chega aos clientes. Isso se estende para as vantagens que os clientes FortBrasil têm com a chegada da Mastercard. Ao longo do ano, a FortBrasil fará a transição de parte dos clientes atuais para a bandeira Mastercard, além da admissão de novos clientes já dentro dessa nova proposta.
Além da ampliação da rede de compras, a nova parceria possibilita aos clientes FortBrasil o acesso a diversos benefícios ofertados pela Mastercard, como o programa de fidelidade Mastercard Surpreenda, no qual o consumidor compra um produto e ganha outro de igual ou menor valor dentro de uma relação selecionada de produtos. A cada transação realizada com cartões Mastercard, o portador acumula um ponto e a partir de determinada quantia consegue resgatar descontos em roteiros de viagem, ingressos de cinema e muito mais.
Sobre a Mastercard
A Mastercard (NYSE: MA), www.mastercard.com, é uma empresa de tecnologia com foco na indústria global de pagamentos. Nossa rede global de processamento de pagamentos conecta consumidores, instituições financeiras, estabelecimentos comerciais, governos e empresas em mais de 210 países e territórios. 
Os produtos e soluções da Mastercard tornam as atividades diárias – tais como: fazer compras, viajar, administrar um negócio e gerir as finanças – mais fáceis, seguras e eficientes para todos. Siga-nos no Twitter @MastercardNews, participe das discussões no blog Beyond the Transaction e inscreva-se para receber as últimas notícias por meio do Engagement Bureau.

Economia: CNI: aumenta preocupação da indústria com a falta de demanda


A produção industrial em junho caiu na comparação com maio


Agência Brasil

A falta de demanda interna voltou a ganhar importância entre os principais problemas enfrentados pela indústria ao longo do mês de junho. O percentual de empresários que assinalam essa dificuldade é o maior desde o terceiro trimestre de 2016. Nos últimos seis meses, esse índice aumentou 10 pontos percentuais, chegando a 41,1% dos entrevistados, em junho. Os dados são da Sondagem Industrial, divulgada hoje (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 
A produção industrial em junho caiu na comparação com maio. O índice de evolução da produção ficou em 43,4 pontos, abaixo da linha divisória. O índice costuma ficar abaixo dos 50 pontos no mês, o que significa que a queda na produção é esperada entre maio e junho. Porém, o índice de junho de 2019 é o menor para o mês dos últimos quatro anos, superando somente os registrados durante a fase mais aguda da crise econômica brasileira, entre 2014 e 2015. 
Outra queda mais intensa também foi verificada no índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual, que caiu 3,9 pontos no mês e foi ao menor valor desde abril de 2017 – com exceção de maio de 2018, mês da paralisação dos caminhoneiros, que afetou fortemente o setor.
A indústria aponta alta no nível de estoques. O índice de evolução dos estoques ficou em 51,1 pontos, mostrando novo aumento dos estoques de produtos vendidos pela indústria. Esse índice se mantém acima dos 50 pontos desde fevereiro. Valores acima de 50 pontos indicam crescimento do nível de estoques ou estoque efetivo acima do planejado.

Condições financeiras

As condições financeiras da indústria no trimestre encerrado em junho não apresentaram grandes mudanças frente ao primeiro trimestre do ano, segundo o levantamento da CNI. O índice de satisfação com o lucro operacional ficou em 40,1 pontos, recuo de 0,2 ponto frente ao trimestre anterior, enquanto o índice de satisfação com a situação financeira registrou 45,7 pontos, aumento de 0,4 ponto. Ambos índices também registram valores próximos aos observados no mesmo trimestre de 2018: aumento de 0,2 e 0,4 ponto, respectivamente.

Principais problemas

A Sondagem Industrial de junho confirma que a elevada carga tributária continua sendo apontada pelo setor como o principal problema enfrentado pelas empresas, ainda que seu indicador tenha caído em 1,2 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior.
Em segundo lugar, aparece a demanda interna insuficiente, cuja assinalação aumentou 3,6 pontos percentuais na comparação com o primeiro trimestre do ano. Trata-se do quarto aumento consecutivo do percentual.
Em terceiro lugar no ranking de principais problemas está a falta ou alto custo de matéria-prima, mas o problema vem perdendo importância, já que sua menção, pelo empresários, caiu nos últimos três trimestres, passando de 27,9% no terceiro trimestre de 2018, para 18,6%.
Em quarto lugar está a competição desleal, que inclui práticas como contrabando, dumping, entre outros. Essa assinalação aumentou em 1,6 ponto percentual, para 18,1% do total de entrevistados. Na sequência, aparecem problemas de ordem financeira, como inadimplência dos clientes, falta de capital de giro, taxas de juros elevadas, além de burocracia excessiva. 

Expectativas

As expectativas, em geral, apresentaram pouca variação em junho, segundo a sondagem da CNI. A expectativa de demanda cresceu em meio ponto, para 57,8 pontos, e a expectativa de compra de matéria-prima aumentou em 0,4 ponto para 55 pontos no mês. A expectativa de exportação manteve-se constante e a expectativa quanto ao número de empregados recuou 0,2 ponto. Todos os índices permanecem acima dos 50 pontos, ou seja, indicam expectativas positivas. 
Pelo segundo mês consecutivo, a intenção de investir manteve-se praticamente inalterada. O índice de intenção de investimento aumentou 0,1 ponto em julho e está relativamente alta. O indicador é 3,0 pontos maior que o registrado em junho de 2018 e 3,3 pontos superior a sua média histórica.
A Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 11 de julho com 1.903 empresas, sendo 770 de pequeno porte, 695 de médio e 438 de grande porte.

Economia: Abono do PIS/Pasep começa a ser pago nesta quinta (25)


Mais de 23 milhões de trabalhadores podem receber o dinheiro


Agência Brasil

O pagamento do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), exercício 2019/2020, começa na próxima quinta-feira (25). A liberação do dinheiro para os cadastrados no PIS vai considerar a data de nascimento. No caso do Pasep, o calendário é definido pelo dígito final do número de inscrição.
Notas de Real
Liberação de dinheiro do PIS/Pasep poderá dar impulso ao consumo  (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Os trabalhadores que nasceram entre julho e dezembro receberão o abono do PIS ainda este ano. Já os nascidos entre janeiro e junho terão o recurso disponível para saque em 2020. Recebem também este ano os servidores públicos cadastrados no Pasep com dígito final do número de inscrição entre 0 e 4. Os registros com final entre 5 e 9 receberão no próximo ano.
A data para o fechamento do calendário de pagamento do exercício 2019/2020 está prevista para o dia 30 de julho de 2020. A estimativa é de que sejam destinados R$ 19,3 bilhões a 23,6 milhões de trabalhadores. O pagamento do abono salarial referente ao PIS será feito pela Caixa em suas agências em todo o país; e o abono do Pasep será pago no Banco do Brasil.

Quem tem direito

Para ter direito ao abono salarial do PIS/Pasep é necessário ter trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2018, com remuneração média de até dois salários mínimos. Além disso, o trabalhador tem de estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter tido seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Para os trabalhadores que tiverem os dados declarados na Rais 2018 fora do prazo e entregues até 25 de setembro de 2019, o pagamento estará disponível a partir de 4 de novembro de 2019, conforme calendário de pagamento aprovado, e, após este prazo, somente no calendário seguinte.
Calendário de pagamentos do PIS/Pasep 2019/2020
Calendário de pagamentos do PIS/Pasep 2019/2020 - Arte EBC

Economia: ANS limita reajuste de planos de saúde individuais e familiares a 7,3%


O IVDA mede a variação dos custos com atendimento aos beneficiários de planos de saúde


Agência Brasil

O reajuste anual dos planos de saúde individuais e familiares com aniversário entre maio de 2019 e abril de 2020 não poderá ultrapassar 7,35%. O limite foi anunciado hoje (23) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e será publicada no Diário Oficial da Uniãode amanhã (24). 
A ANS mudou a metodologia do cálculo que define o limite do reajuste, após oito anos de estudos e discussões com o setor e a sociedade. Pela primeira vez, a agência combinou o Índice de Valor das Despesas Assistenciais (IVDA), calculado por ela própria, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sem o subitem plano de saúde. O IPCA é o indicador oficial que mede a inflação na economia brasileira e é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IVDA mede a variação dos custos com atendimento aos beneficiários de planos de saúde e tem peso de 80% nessa nova metodologia da ANS. Já o IPCA (sem o subitem planos de saúde) tem peso de 20% e serve para considerar os custos das operadoras com despesas de outras naturezas, como as administrativas. 
O percentual máximo para reajuste autorizado para 2019 é o menor desde 2010. No ano passado, a agência autorizou reajustes de até 10% para os planos individuais e familiares, e, nos três anos anteriores, o reajuste máximo ficou na casa dos 13%.
A agência orienta os beneficiários a observarem se os reajustes aplicados serão iguais ou inferiores a esse limite e se a cobrança reajustada está sendo feita a partir do mês de aniversário do contrato.  
Segundo dados da agência reguladora, em 2018 o número de procedimentos realizados com a cobertura dos planos de saúde aumentou 5,4%, enquanto o número de beneficiários permaneceu praticamente estável, variando de 47,15 milhões em 2017 para 47,26 milhões em 2018. 
O limite de reajuste é válido para os planos de saúde individuais ou familiares médico-hospitalares contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98. Esse grupo inclui atualmente 17% do total de beneficiários em planos de assistência médica - aproximadamente 8 milhões de usuários.  

Geral: Lista do Não Me Perturbe já tem cerca de 1,5 milhão de inscritos


O site é um canal no qual podem se cadastrar pessoas que não desejam mais receber chamadas de telemarketing


Agência Brasil

O site Não me Perturbe já tem cerca de 1,5 milhão de pedidos de bloqueio de ligações indesejadas de serviços de telecomunicações. A iniciativa é das operadoras de telecomunicações e atende a uma determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). 
O site é um canal no qual podem se cadastrar pessoas que não desejam mais receber chamadas de telemarketing dos serviços de telefonia, de dados e de TV paga. Para deixar de receber essas chamadas, o consumidor deve preencher o formulário de inscrição na plataforma. 
A suspensão das chamadas pelas empresas de telecomunicações ocorrerá em até 30 dias, contados da data do cadastramento. A lista é única e agrega as principais empresas do setor: Algar, Claro/Net, Nextel, Oi, Sercomtel, Sky, TIM e Vivo. 
Segundo a Anatel, se uma pessoa solicitar a sua inclusão na lista do Não me Perturbe e continuar recebendo ligações de oferta de bens e serviços de telecomunicações, pode ligar para o número 1331 e fazer uma reclamação. As sanções podem variar de advertência a multa de até R$ 50 milhões.

Reclamações

De acordo com a agência reguladora, de janeiro de 2016 a junho de 2019, foram registradas 86.493 reclamações referentes a ligações indesejadas. Segundo a Anatel, a lista do Não me perturbe vale para todo o Brasil e não substitui os cadastros geridos por Procons em algumas Unidades da Federação.

Geral: PL proíbe estado em calamidade pública de patrocinar evento festivo


O evento só poderá ser realizado se ficar comprovado que ele trará mais benefícios sociais do que prejuízos



Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

O Projeto de Lei 3022/19 proíbe estados e municípios em situação de calamidade pública de realizarem eventos festivos com recursos públicos. A medida se aplica também ao Distrito Federal. 

Pelo texto, o evento só poderá ser realizado se ficar comprovado que ele trará mais benefícios sociais do que prejuízos. 

O descumprimento da proibição poderá acarretar multas e sanções cíveis e criminais aos responsáveis.


O deputado Célio Studart (PV-CE), autor da proposta, afirma que a iniciativa pretende evitar gastos com eventos festivos em momentos críticos como a decretação de calamidade pública.

Studart ressaltou que Pernambuco já adota essa regra por meio de lei estadual. 

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Geral: Projeto aumenta pena para sequestro de criança e adolescente



Essa pena pode chegar a cinco anos se o crime for praticado contra parentes ou se durar mais de 15 dias


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

O Projeto de Lei 3090/19 altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) para aumentar a pena do crime de sequestro e cárcere privado praticado contra criança ou adolescente. Pelo texto, o crime será punido com reclusão de 5 a 20 anos.

A lei vigente pune, com reclusão de um ano a três anos, quem privar alguém de liberdade por meio de sequestro ou cárcere privado. Essa pena pode chegar a cinco anos se o crime for praticado contra parentes ou se durar mais de 15 dias, entre outras situações.


Autor do projeto, o deputado David Soares (DEM-SP) argumenta que os comportamentos verificados nesse tipo de conduta demonstram grave ofensa à integridade física e psicológica da vítima. “Leva tempo para que essas crianças e adolescentes voltem ao normal, isto é, se um dia tais condições poderão ser restauradas”, disse. 

TramitaçãoO projeto será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.

Geral: APM defende o uso de cadeirinhas e outros dispositivos para o transporte de crianças


A diminuição tem sido inversa ao tamanho da frota de veículos no Brasil


Redação/Hourpress


Diante da discussão sobre o encaminhamento do Projeto de Lei 3.267/2019 – que prevê o fim da penalidade aos condutores que deixem de observar regras sobre o uso de cadeirinhas e outros dispositivos para o transporte de crianças –, a Associação Paulista de Medicina (APM) reforça que dados epidemiológicos mostram o sucesso destes itens e defende a manutenção da punição aos condutores que transportem crianças sem o uso da cadeirinha.  

A nova proposição é que as consequências sejam apenas advertências por escrito. Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro define a infração como gravíssima. As consequências são perda de sete pontos na carteira, pagamento de multa e retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.   

Conforme divulgou a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) – cuja seção São Paulo é um departamento científico da APM – os números oficiais mostram que, desde que a cadeirinha passou a ser obrigatória, com previsão de multa e inclusão de pontos na carteira dos infratores, o número de crianças com até nove anos internadas em estado grave após se envolverem em acidentes de automóveis caiu um terço. Nestes últimos oito anos, também houve queda de quase 20% na quantidade de vítimas fatais nesta faixa etária.   

A Abramet chama atenção à queda no volume de registros de morbidade e mortalidade envolvendo crianças. A diminuição tem sido inversa ao tamanho da frota de veículos no Brasil, que cresceu cerca de 50% entre 2010 e 2018 (de 37,25 milhões para 54,7 milhões). Na década anterior à imposição das cadeirinhas, em média 944 crianças ocupantes de veículos eram internadas todos os anos. Nos 10 anos seguintes, essa média baixou para 719, o que representa redução de 24%.  

Outra tendência: antes da Lei da Cadeirinha, em média 37 crianças morriam por ano em decorrência da gravidade dos acidentes de trânsito, apesar dos cuidados recebidos nos hospitais. Ao longo da última década, no entanto, o saldo de óbitos baixou para 25, tendo sido registrado no último ano da série 18 episódios desta natureza.   

Quando se avalia o total de mortes registradas no local do impacto, a queda se mantém. Também no período analisado, de 2010, data de vigência da resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), até 2017, a queda foi de 19% (de 346 para 279 óbitos). Só no primeiro ano de validade da Lei da Cadeirinha, de 2010 a 2011, a diferença nas mortes foi de 22%.  

De 1996 a 2017, o Brasil registrou no total 6.363 óbitos de crianças menores de 10 anos dentro de algum tipo de veículo automotor. Mais da metade desses casos (53%) envolvia crianças entre zero e quatro anos de idade.   

Referência mundial  
A Abramet também mostra onde o Brasil está posicionado no mundo. Hoje, o País é um dos que contam com o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate aos acidentes de trânsito. Segundo o último “Relatório de Situação Global da Segurança no Trânsito” da organização, publicado no fim de 2018, o País contabilizou progresso evidente no controle do ato de beber e dirigir, amplamente baseado em aplicação rigorosa da legislação.  

No entanto, no quesito proteção de crianças passageiras de veículos, a OMS critica o atraso do Brasil, cenário que pode piorar ainda mais com a flexibilização das normas de trânsito.  

O documento recomenda, por exemplo, que um número maior de nações adote legislações mais rígidas e aplique penalidades aos infratores de trânsito, com o objetivo de reduzir a velocidade dos veículos, reprimir o ato de beber e dirigir e aumentar as taxas de uso de cinto de segurança, dispositivos de retenção veicular infantil e capacetes para motociclistas.