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Crônica: Quando a vingança chega rápido

Arquivo Hourpress Recusou ouvir as justificativas de enfermeiros, assistentes sociais e outros profissionais Astrogildo Magno O doutor M...

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Crônica: Quando a vingança chega rápido

Arquivo Hourpress


Recusou ouvir as justificativas de enfermeiros, assistentes sociais e outros profissionais

Astrogildo Magno

O doutor Martos era carrasco. A equipe de profissionais da saúde que trabalhava com ele  o conhecia há muitos anos  e sabia de sua maldade. Principalmente com pacientes em situação de rua. Não tinha dó. Autorizava alta, mesmo com paciente sem condições de se locomover, falar ou mesmo enxergar. A regra, segundo ele, era limpar os leitos. Na avaliação do doutor Martos, hospital não poderia ser como hotel. Nada de longa permanência. Aplicava medicamento e rua.

Porém, entre a sua equipe tinha profissionais de coração bom. A enfermeira Marilúcia, com mais de 40 anos de experiência, sabia quando alguém não poderia receber alta. A dura rotina do trabalho a ensinou a enxergar a situação com olhar de compaixão. Numa manhã, aos gritos o doutor Martos autorizou que um paciente acamado, sem condição de ficar de pé e se alimentar fosse para a rua. Recusou ouvir as justificativas de enfermeiros, assistentes sociais e outros profissionais.

O paciente foi deixado na porta do hospital debaixo de chuva. Ele tentava se levantar e caia no chão. Ali permaneceu estirado por algum tempo. De repente um carro da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa de elite da PM de São Paulo, aborda o cidadão deitado no chão, com sangue escorrendo de sua boca. Os soldados rapidamente o levam de volta ao hospital. Um dos Pms olha atentamente para o homem, com cerca de 60 anos, e o reconhece: era seu pai, desaparecido há 20 anos.

Mão

O policial o segura nos braços e entra na emergência com o paciente desmaiado. O doutor Martos vê a cena e tenta ignorar a situação. Mas ao sentir o cano da pistola .40 encostada no seu rosto e o olhar irado de um filho, percebeu o tamanho da encrenca que se meteu. O Pm queria saber quem havia mandado para a rua aquele paciente. Martos ergueu a mão e disse que ele era o responsável por aquele ato desumano.

O soldado perguntou se ele conhecia o inferno. Pois naquele dia teria tempo para ver satanás frente a frente. Em fração de minutos entrou no camburão e se viu num local deserto, descalço e frio. Ao olhar para frente começou a enxergar todos os pacientes que ele tinha jogado na rua, sem nenhuma condição de saúde. Porém, essas pessoas estavam num local iluminado e Martos na escuridão.....

Astrogildo Magno é cronista.

Geral: Seis dicas que prolongam a vida útil dos freios do carro

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Radiografia da Notícia

* Cuidados simples, manutenção correta e hábitos de condução podem fazer toda a diferença, diz especialista

Além do perigo de falhas, a falta de cuidado com os freios pode gerar elevados prejuízos financeiros

Descansar o pé no pedal da embreagem é um hábito prejudicial que muitos motoristas têm, e isso provoca desgaste no platô

Luís Alberto Alves/Hourpress

O sistema de freios é um dos componentes mais importantes para a segurança de qualquer veículo. No entanto, o desgaste natural, quando não monitorado de forma adequada, pode levar a falhas graves, comprometendo a segurança do motorista, passageiros e demais usuários da via. Freios ineficazes aumentam significativamente o risco de acidentes, especialmente em situações de frenagem brusca ou longas descidas, onde o esforço é maior.

Além do perigo de falhas, a falta de cuidado com os freios pode gerar elevados prejuízos financeiros. Componentes como pastilhas, discos e tambores, quando negligenciados, podem exigir reparos emergenciais que custam muito mais do que uma manutenção preventiva. "A atenção aos sinais de desgaste dos freios não é apenas uma questão de economia, mas também de segurança. Um sistema de freios em boas condições evita acidentes e garante que o carro responda corretamente em situações críticas", afirmou Leonardo Furtado, superintendente do Auto Shopping Internacional Guarulhos.

Para ajudar os motoristas a preservarem o sistema de freios, veja abaixo algumas dicas:

Evite ficar com o pé no pedal da embreagem

Descansar o pé no pedal da embreagem é um hábito prejudicial que muitos motoristas têm, e isso provoca desgaste no platô e no disco da embreagem, gerando superaquecimento. "Esse mau uso pode desgastar não apenas a embreagem, mas também comprometer a eficiência dos freios a longo prazo", explicou Furtado.

Saia sempre com o carro na 1ª marcha

Muitos motoristas, ao parar o carro rapidamente, tendem a sair novamente na 2ª marcha, o que pode comprometer a durabilidade dos discos de embreagem. "Sair com o carro na 1ª marcha é a forma correta, porque distribui melhor o esforço e protege todo sistema, incluindo os freios", advertiu.

Fique atento aos sons diferentes que o veículo emite

Ruídos estranhos ao frear podem ser o primeiro sinal de desgaste nas pastilhas ou discos. Ignorar esses sons pode resultar em problemas maiores. "Os ruídos são alertas do carro de que algo está errado. Nunca ignore, especialmente se os sons persistirem em diferentes situações de frenagem", ressaltou.

Evitar o excesso de peso no veículo

Carregar peso além do recomendado aumenta a pressão nos freios, resultando em maior desgaste. "Veículos sobrecarregados exigem mais dos freios. Respeitar o limite de carga recomendado pelo fabricante é essencial para preservar o sistema", recomendou. 

Use o freio-motor nas descidas

O uso do freio-motor, ao manter o carro engrenado em descidas, reduz a pressão sobre os freios e evita o superaquecimento, um problema comum entre motoristas que utilizam apenas o pedal de freio. "A técnica do freio-motor é eficiente para aliviar o desgaste dos freios e garantir maior segurança em declives acentuados", complementou. 

Fazer a manutenção preventiva regularmente

Trocar o fluido de freio e verificar o estado geral do sistema são ações fundamentais para garantir o bom funcionamento. "A manutenção preventiva é o melhor caminho para evitar surpresas, prolongando a durabilidade das peças", finalizou Leonardo Furtado.

Geral: Entenda a hidrossalpinge, obstrução que pode causar infertilidade

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* Especialista do Ceub explica que doença pode ter relação com infecções, endometriose ou outras inflamações no sistema reprodutivo

Segundo o especialista, a hidrossalpinge ocorre quando a tuba uterina se dilata e fica cheia de líquido

Muitas mulheres descobrem essa condição, que geralmente não apresenta sintomas

Redação/Hourpress

Pouco mencionadas nas discussões sobre a saúde da mulher, as trompas de Falópio - ou tubas uterinas – são uma parte essencial do sistema reprodutor feminino que podem ser afetadas por problemas silenciosos, como a hidrossalpinge. Muitas mulheres descobrem essa condição, que geralmente não apresenta sintomas, durante exames de rotina ou em investigações sobre infertilidade. O ginecologista especialista em Reprodução Assistida e professor adjunto do curso de Medicina do Centro Universitário de Brasília (Ceub), Bruno Ramalho, explica como essa condição pode impactar a saúde feminina.
 
Segundo o especialista, a hidrossalpinge ocorre quando a tuba uterina se dilata e fica cheia de líquido. Diversos fatores podem causar danos e bloqueios na extremidade da tuba, resultando no acúmulo de líquido em seu interior. "Cirurgias pélvicas anteriores, infecções, endometriose ou outras fontes de inflamação são exemplos de situações que podem levar ao desenvolvimento da hidrossalpinge", explica o professor. Embora costume ser um mal silencioso, Ramalho explica que dor pélvica e corrimento vaginal podem estar associados ao quadro, sendo que, nos casos de endometriose, a dor tende a ser relacionada mais à inflamação do que à dilatação propriamente dita. 
 
Diante das suspeitas após o exame ginecológico, o docente do Ceub explica que o diagnóstico se dá por meio do exame de histerossalpingografia, pela ressonância magnética da pelve ou pela ultrassonografia transvaginal, essa nos casos mais volumosos. "Uma tuba comprometida já pode ser suficiente para provocar infertilidade, independentemente de sua dilatação", ressaltou.
 
Tratamento e gravidez

Além do risco aumentado de gravidez ectópica, que ocorre na própria tuba comprometida, hidrossalpinges volumosas podem dificultar a gravidez, até mesmo em mulheres que necessitam realizar o tratamento de fertilização in vitro. Por isso, segundo Bruno, o tratamento envolve, em muitos casos, a retirada da trompa afetada, uma vez que sua função já está comprometida. “Em outros casos, excepcionalmente, é possível realizar uma salpingostomia, que consiste na abertura cirúrgica da tuba – abordagem pode ter resultados limitados, com o risco alto de a condição retornar”.
 
O especialista do Ceub frisa que se a hidrossalpinge afetar apenas uma tuba, a outra pode estar funcional e permitir uma gestação espontânea. Nos casos mais graves, em que ambas as trompas estão dilatadas, as técnicas de reprodução assistida podem ser uma solução, pois dispensam a função das trompas. “Em situações de hidrossalpinge visível por ultrassonografia, geralmente se recomenda a remoção cirúrgica das trompas antes da transferência de embriões para o útero”, finalizou Ramalho.

Geral: Especialista esclarece as principais dúvidas sobre osteoporose

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Radiografia da Notícia 

*Doença é silenciosa e afeta principalmente mulheres

Silenciosa, a osteoporose muitas vezes pode passar despercebida

A doença provoca a diminuição da densidade óssea, deixa os ossos mais frágeis

Redação/Hourpress

Cerca de 10 milhões de brasileiros e mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas pela osteoporose, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença provoca a diminuição da densidade óssea, deixa os ossos mais frágeis e aumenta significativamente o risco de fraturas, especialmente entre idosos.

Silenciosa, a osteoporose muitas vezes pode passar despercebida, o que a torna ainda mais arriscada: estima-se que 80% das pessoas que convivem com a condição não sabem que a têm.

Pensando nisso, o Dr. Fabiano Latrilha, geriatra do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, responde as principais dúvidas sobre o tema:

Quais são os sintomas mais comuns?
Alguns dos sintomas mais comuns são a diminuição da força para segurar e levantar objetos com as mãos, redução da altura corporal, dor nas costas, formigamento nas pernas, dor no pescoço e restrição da mobilidade.

A pessoa sempre vai sentir esses sintomas?
Não! Na maioria das vezes, a osteoporose é assintomática. Por isso, é essencial que os pacientes que se enquadrem nos critérios de rastreamento já comecem o tratamento antes da primeira fratura, para assim, evitarem maiores impactos.

É verdade que as mulheres sofrem mais?
Sim! O esqueleto acumula massa óssea até por volta dos 30 anos, sendo que essa massa é maior nos homens do que nas mulheres. A partir dessa idade, há uma perda gradual de 0,3% de massa ao ano.

Nas mulheres, essa perda é mais acentuada nos primeiros dez anos após a menopausa, especialmente nas que são sedentárias. Isso ocorre porque o hormônio estrogênio, que estabiliza o metabolismo ósseo, diminui após a menopausa, tornando as mulheres mais vulneráveis à perda de massa óssea.

Existem grupos de risco?

Sim, existem. Além das mulheres, principalmente aquelas que estão na fase da menopausa, outros grupos de risco incluem pessoas com idade superior a 65 anos, indivíduos de raça branca ou asiática, pessoas com baixo peso ou Índice de Massa Corporal (IMC), aqueles com histórico familiares da doença, indivíduos que sofreram perda de altura superior a 3 cm e homens com mais de 70 anos.

É possível prevenir a osteoporose?
Sim, a prevenção da osteoporose pode ser feita a partir de vários cuidados no dia a dia, como a prática regular de exercícios físicos; uma alimentação rica em cálcio; manutenção de níveis adequados de vitamina D; evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool e fazer exames de densitometria óssea, caso a pessoa faça parte de algum dos grupos de risco.

A osteoporose tem cura?
Infelizmente a osteoporose não tem cura, mas pode ser tratada e gerenciada para reduzir o risco de fraturas, retardar a perda de massa óssea e fortalecer os ossos.

Existem medicamentos para o tratamento?
Sim, existem. Hoje temos os bifosfonatos e os moduladores seletivos dos receptores de estrogênio, que também são usados no tratamento da osteoporose.

Além da medicação, o que mais pode amenizar os sintomas?
Evitar o consumo excessivo de café, gorduras e álcool, expor-se ao sol de forma moderada, consumir verduras de folhas escuras e praticar atividades físicas podem ajudar a amenizar os sintomas.

A musculação pode ajudar? Se sim, como?
Sim, a musculação pode ajudar no tratamento da osteoporose, pois a atividade física cria tensão nos músculos e ossos, o que contribui para o aumento da densidade óssea e fortalecimento dos ossos.

Há outros exercícios recomendados para quem sofre da doença?

Além da musculação, a pessoa pode fazer outras atividades. A dança, por exemplo, não só proporciona um bom treino cardiovascular, mas também melhora a coordenação e o equilíbrio. Subir escadas é outra atividade eficaz que pode ajudar a fortalecer os ossos no dia a dia.  Sem esquecer as caminhadas regulares e hidroginástica, que são opções fantásticas.

Geral: Higiene do sono e seu impacto na melhora da qualidade de vida

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Comer muito, tomar café e ficar muito tempo exposto à luz artificial são alguns exemplos clássicos de hábitos que interferem nesse processo

Nesse contexto, a chamada “higiene do sono”, hoje, é apontada pelos médicos como a estratégia de saúde pública

A quem desconhece o tema, a higiene do sono é um conjunto de medidas cotidianas que produz efeitos benéficos

Dr. Lucas Padial

A qualidade do sono é altamente influenciada por nossos hábitos e atividades diárias. E isso também inclui a rotina na hora de dormir! Ou seja, como nos comportamos nos momentos que antecedem o nosso merecido descanso. Comer muito, tomar café e ficar muito tempo exposto à luz artificial são alguns exemplos clássicos de hábitos que interferem nesse processo fisiológico tão importante e necessário.

Nesse contexto, a chamada “higiene do sono”, hoje, é apontada pelos médicos como a estratégia de saúde pública mais eficaz para o tratamento de diversos distúrbios do gênero, como o sonambulismo, a insônia, o terror noturno, dentre outros. Não apenas para o tratamento, mas também a manutenção do nosso bem-estar diário

A quem desconhece o tema, a higiene do sono é um conjunto de medidas cotidianas que produz efeitos benéficos que melhoram o ato de adormecer e colaboram para um boa noite de sono. Portanto, é algo válido a todas as pessoas que buscam uma melhor qualidade de vida, além, é claro, de quem já sofre com problemas para dormir.

Medidas

Deitar-se quando sentir sono, por exemplo; evitar o uso de eletrônicos (celular, notebook, televisão), assim como atividades físicas intensas e o consumo de bebidas alcoólicas são algumas das medidas que fazem parte desse protocolo. 

Há também aspectos que demandam certo autoconhecimento e, até mesmo, disciplina, pois o sono é um comportamento e requer ritmicidade. Dessa forma, é importante estabelecer horários regulares para acordar e dormir, além de entender/respeitar o seu cronotipo. Isto é, identificar se você é uma pessoa mais matutina ou vespertina e, com base nisso, adequar melhor a sua rotina da vida ao sono.

Estímulos sensoriais, inclusive, podem ajudar nesse processo. Ou seja, uma temperatura agradável, um som que inspire tranquilidade, um cheiro gostoso, assim como a textura e maciez dos lençóis da sua cama, dos seus travesseiros... Tudo isso ajuda a transformar o seu local de descanso em um ambiente agradável e que induza ao sono.

Abaixo, listo aqui, de forma bastante resumida, algumas medidas simples a quem deseja trabalhar a própria higiene do sono, em busca de mais qualidade de vida e, até mesmo, como forma de prevenir possíveis distúrbios futuros.

O que evitar:

  • Exposição excessiva à luz artificial;
  • Comer muito antes de dormir ou alimentos mais “pesados”;
  • Ficar pensando em excesso. Tente “esvaziar a mente” no momento de dormir;
  • Tomar café, energético e outras bebidas estimulantes, principalmente à base de cafeína e taurina;
  • Alimentos como chocolate, refrigerante e até chás que também possuam cafeína;
  • Bebidas alcoólicas antes de dormir;
  • Cigarro antes de dormir, pois também pode ser um estimulante que impede a sonolência e induz fragmentação do sono (assim como o café, chocolate etc.);
  • Usar aparelhos eletrônicos (celular, notebook, televisão) antes de dormir;
  • Atividades físicas intensas logo antes de dormir. O ideal é fazer isso durante o dia;

O que fazer:

  • Manter a temperatura do quarto agradável;
  • Deitar-se apenas quando sentir sono;
  • Transformar o quarto em um ambiente agradável e que induza ao sono (temperatura, som, cheiro, textura da cama e travesseiros);
  • Estabelecer horários regulares para acordar e dormir. Sono é um comportamento e requer ritmicidade;
  • Respeitar seu cronotipo. Existem pessoas matutinas, mas existem as vespertinas. Entender seu ritmo ajuda a adequar melhor a rotina da vida ao sono;
  • Não dormir durante o dia. Cochilar até no máximo 45 minutos desde que distante do horário de dormir.

*Dr. Lucas Padial é otorrinolaringologista especialista em Medicina do Sono com atuação no Hospital Paulista e na Clínica Jamal.

Geral: escorpiões podem ajudar no avanço da ciência

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* Toxina é usada no desenvolvimento de medicamentos e tratamentos de doenças crônicas

*  Os escorpiões desempenham papel relevante no controle biológico de organismos problemáticos, como baratas e lacraias

A peçonha de algumas espécies, como o escorpião-marrom (Tityus bahiensis), é objeto de estudo em descobertas científicas

Redação/Hourpress

O Brasil registra cerca de 200 mil acidentes por ano envolvendo escorpiões. Apesar de representar um desafio para a saúde pública mundial, o veneno desse aracnídeo desperta o interesse da ciência, sobretudo nos estudos das doenças neurodegenerativas, a exemplo do Alzheimer. Para além da reputação negativa, Fabrício Escarlate, professor de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (Ceub), esclarece que os escorpiões desempenham papel relevante no controle biológico de organismos problemáticos, como baratas e lacraias.
 
Embora a imagem mais associada ao escorpião seja a do Tityus serrulatus, popularmente conhecido como escorpião-amarelo, o docente do Ceub explica que o grupo é diversificado, abrangendo espécies que, muitas vezes, não representam risco significativo à saúde humana.  “A picada do escorpião ocorre através do aguilhão, localizado na ponta da cauda, e a toxicidade da peçonha pode variar. Algumas espécies possuem toxinas extremamente reativas, causando lesões graves, enquanto outras não afetam os humanos.”
 
Escarlate explica que o aumento na oferta de recursos em áreas urbanas, como resíduos orgânicos e entulho, favorece a proliferação de escorpiões, especialmente o escorpião-amarelo, adaptado a esses ambientes. "A limpeza desses locais é essencial para evitar a presença excessiva desses aracnídeos e reduzir os riscos de acidentes", alertou.
 
A peçonha de algumas espécies, como o escorpião-marrom (Tityus bahiensis), é objeto de estudo em descobertas científicas. O especialista frisa que no Brasil, pesquisas sobre a composição bioquímica dessa peçonha são recentes e instituições como o Instituto Butantan investigam o potencial farmacológico e neurológico dessas toxinas: “A peçonha tem uma neurotoxicidade que pode ser explorada para desenvolver medicamentos e tratamentos para doenças como o Alzheimer".
 
Em caso de acidentes

As picadas de escorpião costumam causar dor intensa, vermelhidão, inchaço e coceira no local afetado. Em algumas pessoas, a dor pode ser insuportável, enquanto em outras é mais controlável. O professor do Ceub alerta que, em casos graves, pode surgir febre e, em situações extremas, choque anafilático. Por isso, a recomendação é procurar atendimento médico imediato após o acidente. Os soros antivenenos para picadas de animais peçonhentos disponibilizados exclusivamente através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Túnel doThomas Edison inventa a lâmpada

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Redação/Hourpress


Em 21 de outubro de 1879, o norte-americano Thomas Edison testa com sucesso a primeira lâmpada elétrica de filamento de carbono.