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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Túnel do Tempo: construção do Muro de Berlim, CBS entra no ar e festa de aniversário de Rosane Collor

O muro de Berlim dividiu a Alemanha em Ocidental e Oriental

A rede de televisão CBS começou a funcionar em 1932

Rosane Collor, ao lado do então presidente do Brasil, Fernando Collor

Luís Alberto Caju

Muro de Berlim: Em 13 de agosto de 1961, a Alemanha Oriental (após a Segunda Guerra Mundial aquele país foi dividido em duas nações - Ocidental capitalista e Oriental socialista) começa construir o Muro de Berlim para impedir a fuga de habitantes do regime totalitário que vigorou até 1988, quando a Alemanha volta a ser uma só nação.

CBS entra no Ar: no dia 15 de agosto de 1932 começa a funcionar, nos Estados Unidos, a rede de TV CBS (Columbia Broadcasting System).


Primeira Dama: Em 17 de agosto de 1992, a mulher do presidente Collor de Mello, Rosane, é condenada a pagar R$ 86 mil gastos em festa de aniversário.

Radiografia de Sampa: Avenida Marquês de São Vicente


A Avenida Marquês de São Vicente é a antiga Avenida dos Emissários; ela fica no bairro paulistano da Barra Funda
                                                   
Luís Alberto Caju

 José Antônio Pimenta Bueno, mais tarde Visconde e Marquês de São Vicente, nasceu em São Paulo em 4 de dezembro de 1803 e morreu no Rio de Janeiro em 19 de novembro de 1878. Doutor em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de São Paulo, no Largo São Francisco, região central da cidade, foi senador, conselheiro de Estado e pertenceu ao Conselho do Imperador.

 Também ocupou os cargos de cônsul geral do Brasil no Paraguai, ministro da Justiça e dos negócios estrangeiros. Governou a Província (hoje Estado) de Mato Grosso e Rio Grande. É um dos autores do projeto da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. A Avenida Marquês de São Vicente, antiga Avenida dos Emissários, fica no bairro paulistano da Barra Funda, Zona Oeste de SP.


Jiló com Pimenta: falta de cuidado com pneu, pagamento de propina no Metrô, engodo dos sites de empregos




Falta de cambagem na roda torta deixa o pneu "comido" em dos lados, facilitando o risco de acidente


Luís Alberto Caju

Falta de cuidado com pneu: a maioria dos motoristas só tem preocupação de abastecer o carro. Outros só trocam o óleo de motor quando a fumaça preta começa a sair do escapamento; alinhamento e balanceamento vira outro item de luxo. Nesta altura, o perigo de um grave acidente está a caminho. Se a roda tiver torta, por falta de cambagem, o pneu começa ser “comido” (foto) e não é descartado o esvaziamento rápido e o capotamento do veículo. É aconselhável alinhar e balancear as rodas a cada 10 mil quilômetros. A sua vida e dos seus familiares agradecem.

Propina no Metrô: demorou, mas a bomba explodiu na Suíça com a acusação de pagamento de propinas em licitação para fornecimento de trens ao Metrô desde a gestão tucana do governador Mario Covas até a atual de Geraldo Alckmin. Porém não acredito na punição de nenhum envolvido. A poeira do caso será empurrada para debaixo do tapete e tudo cairá no esquecimento. Agora se fosse um favelado que tivesse furtado um frasco de xampu num supermercado, acabaria condenado e mofando na cadeia. Depois dos 40 anos de idade, deixamos de acreditar em fábulas. A Justiça brasileira é uma delas.

Site de empregos: o desempregado, principalmente executivos e profissionais liberais apostam muitas fichas nos sites que oferecem vagas neste segmento. A maioria é engodo. Um deles, que começa com a letra C e termina com a vogal O, é mestre em encher o e-mail de supostas vagas que nunca se transformam em admissão de ninguém. Cobram pelo serviço oferecido, porém de resultado duvidoso. A melhor ferramenta na busca por trabalho é a indicação de algum amigo, inclusive passando por cima de RH, que acumulam currículos e raramente contata o candidato à vaga.


Política: comunistas cassados há 65 anos ganham mandatos de volta


Jorge Amado foi um dos deputados cassados em 1948
Luís Alberto Caju
  A Câmara dos Deputados realizou sessão solene ontem (13) para promover a devolução simbólica dos mandatos dos 14 deputados federais do Partido Comunista do Brasil eleitos em 1945 para a Assembleia Constituinte de 1946 e cassados em 1948. A solenidade foi realizada às 14h30, no Plenário Ulysses Guimarães.
  Entre os parlamentares cassados estavam o escritor Jorge Amado; o político e guerrilheiro Carlos Marighella; Maurício Grabois, um dos fundadores do PCdoB; e João Amazonas, todos personagens históricos da luta contra a ditadura do Estado Novo (1937-45) e a ditadura militar de 1964-1985. Jorge Amado é autor da lei que regulamentou a liberdade religiosa no Brasil
 João Amazonas foi o grande líder do partido no Brasil. Seu envolvimento com o movimento comunista começou em 1935. Um ano depois, preso pela segunda vez, Amazonas e o colega Pedro Pomar realizaram uma greve de fome contra as péssimas condições da prisão e ministraram aulas de marxismo-leninismo aos outros detentos. Em junho de 1937, João Amazonas foi absolvido por falta de provas após um ano e meio de prisão.

 Além destes deputados, também foram cassados e receberão seus mandatos de volta: Francisco Gomes, Agostinho Dias de Oliveira, Alcêdo de Moraes Coutinho, Gregório Lourenço Bezerra, Abílio Fernandes, Claudino José da Silva, Henrique Cordeiro Oest, Gervásio Gomes de Azevedo, José Maria Crispim, Oswaldo Pacheco da Silva.

  "Para os militantes da esquerda brasileira e o povo é, sem dúvida alguma, um fato histórico. A devolução dos mandatos caminha no sentido de corrigir e reparar uma injustiça aos constituintes comunistas da década de 40, mas também de valorizar suas conquistas que perduram até hoje em nossa República”, diz a deputada do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), autora do requerimento para a realização da sessão solene.
A devolução dos mandatos aos deputados cassados é possível devido a uma resolução aprovada na Câmara em março deste ano que anulou a resolução da Mesa Diretora da Casa adotada em 10 de janeiro de 1948. A resolução de 1948 extinguiu os mandatos dos deputados federais sob a legenda do Partido Comunista do Brasil. A Mesa da Câmara atual considerou que a decisão da década de 40 contrariou a Constituição Federal democrática de 1946, promulgada após o governo de Getúlio Vargas (1930 a 1945).

Como a maior parte dos deputados cassados já faleceu, suas famílias enviarão representantes para a sessão solene de amanhã. O filho de João Amazonas, João Carlos Amazonas, por exemplo, representará seu pai, que morreu em 2002, aos 90 anos. A filha do ex-guerrilheiro Carlos Marighella, Maria Fernandes Marighella, virá à Câmara representando seu pai, morto na guerrilha do Araguaia. Os filhos de Jorge Amado, Paloma e João Jorge Amado, receberão seu mandato de volta, simbolicamente.



Política: Regulamentação da atividade de profissionais do sexo vira debate em CPI


Proposta visa regulamentar a atividade das garotas de programa
Luís Alberto Caju
  A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas promoveu audiência pública ontem (13), para debater a regulamentação da atividade dos profissionais do sexo. 
Um dos convidados para a reunião foi o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), autor do Projeto de Lei 4.211/12, que assegura a esses profissionais o direito do trabalho e o acesso à saúde, à segurança pública e, principalmente, à dignidade humana, além de vedar a exploração sexual.
 A relatora da CPI, deputada Flávia Morais (PDT-GO), e o deputado Severino Ninho (PSB-PE) pediram a realização da audiência por entender que “a regulamentação é a melhor maneira de combater a exploração e escravidão sexual, e o tráfico de seres humanos, pois vai coibir um mercado que movimenta na ilegalidade milhões de reais, sendo considerado um dos ramos mais lucrativos, perdendo apenas para o tráfico de armas e drogas”.
 Os parlamentares lembram que, no decorrer das investigações da CPI, a comissão tem se deparado com vários casos de tráfico de pessoas para exploração sexual, como os casos de Salamanca, na Espanha, e da cidade de Altamira, no Pará. Por isso, consideram que é necessário avaliar mudanças na legislação que trata da prostituição no Brasil. “Temos que estabelecer este debate para a garantia de direitos dos profissionais do sexo, tirando-os do mercado ilegal, que envolve a superexploração”, ressaltaram.

                    

Geral: legista que desvendou caso PC farias afirma que garoto Marcelinho foi executado


O garoto Marcelo Pesseghini não teria cometido suícidio como sustenta a polícia paulista

Em 1996, diversas autoridades sustentaram a tese de que Suzana matou PC Farias e depois se suicidou


Luís Alberto Caju

 Na avaliação do médico legista e professor da Universidade Federal de Alagoas, e também coronel da PM, George Sanguinetti, o filho do casal de Pms paulistas, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, também foi executado junto com os pais, o sargento da Rota, Luís Marcelo Pesseghini, 40, a cabo Andreia Pesseghini, 35, juntamente com a avó Benedita de Oliveira Bovo, 67, e a tia avó Bernadete Oliveira da Silva, 55, na segunda-feira passada (5) em Vila Brasilândia, Zona Norte de SP. O delegado Itagiba Franco, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), afirma que o adolescente cometeu a chacina e se matou depois.

 Sanguinetti tornou-se conhecido ao refazer o laudo das mortes de Paulo Cesar Farias (braço direito do então presidente Fernando Collor de Mello no começo da década de 1990) e sua amante Suzana Marcolino assassinados em 1996, mas que a polícia tratava como homicídio seguido de suicídio. O trabalho do legista alagoano resultou na reabertura do caso, levando a júri os Pms, que eram seguranças de PC Farias, como acusados das duas mortes. Assim como hoje, na época a maioria das autoridades defendia a tese de que Suzana Marcolino matou Paulo Cesar Farias e depois tirou a própria vida.
 
  De acordo com ele, nas fotos publicadas em diversos jornais do País, é visível que os dois policiais e o menino foram assassinados. Sanguinetti ressalta que da maneira que o corpo de Marcelo caiu, com a mão direita em cima do lado esquerdo da cabeça e o braço esquerdo dobrado para trás, com a palma da mão esquerda aberta para cima, não condiz com a posição de um suicida, mas com a de alguém que foi executado. Outro detalhe chama atenção: a pistola .40, usada para cometer a chacina, iria aparecer em cima da cama ou próximo aos joelhos do adolescente.
                       
                                    Janela da casa teve cadeado arrombado

  Para intrigar mais ainda, o filho de Bernadete Oliveira da Silva, 55, tia avó de Marcelo, uma das vítimas, Sebastião de Oliveira Costa, entregou ao delegado Itagiba Franco, durante depoimento prestando ontem (12) no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), uma suposta cópia da chave da casa onde ocorreu a chacina. Uma das janelas da residência tinha o cadeado arrombado, provavelmente por onde o assassino que matou as cinco pessoas entrou.

  Se de fato o sargento da Rota, Luís Pesseghini pode ter morrido 12 horas antes, o homicídio teria ocorrido por volta da meia-noite do domingo, quando alguém saiu da casa com o carro da cabo Andreia e o deixou estacionado próximo da escola onde Marcelo estudava. O DHPP já sabe que naquele dia a família fez um churrasco e consumiu cerca de 20 latinhas de cerveja. Com a hipótese que cada pessoa (Andreia, o marido Luís, a avó Benedita e a tia avó Bernadete) tenha ingerido cinco latinhas naquela tarde, não se sustenta a tese de que a cerveja provocou a sonolência impedindo a reação quando ocorreu o ataque.

  Na segunda-feira (5), o sargento Luís Pesseghini iria viajar numa missão especial  com diversos soldados da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) até a cidade paulista de Presidente Wenceslau, onde está presa a cúpula de uma facção criminosa de SP. Naquela mesma semana, o coronel César Augusto Morelli, comandante da tropa de choque, da qual faz parte diversos policiais da Rota, foi demitido do cargo, que ocupava há dois anos. Entre as três razões que pesaram no corte de sua cabeça, estava o envio de equipes sob seu comando para ações no Interior de SP, sem aviso ao secretário. Será que a missão que o sargento Pesseghini iria fazer em Presidente Wenceslau era de conhecimento do secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira?