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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Túnel do Tempo: Controle de armas nucleares na Rússia



Luís Alberto Alves

Arsenal:  Em 30 de dezembro de 1991, a Comunidade de Estados Independentes decide confiar ao presidente da Rússia, Boris Yeltsin (foto) , o controle das armas nucleares estacionadas na Rússia, Casaquistão, Bielorrússia e Ucrânia.

Radiografia de Sampa: Avenida Paulista


Luís Alberto Alves

O alto do espigão onde corre a Avenida Paulista, foi, desde os tempos coloniais, conhecido como "Morro do Caaguassú" (mata fechada, grande ou virgem, em Tupi). O primeiro proprietário daquela área foi Fernão Dias Paes Leme (tio-avô de Fernão Dias, o "caçador de esmeraldas"), que recebeu por sesmaria um vasto território que estendia-se desde a Vila Mariana até Pinheiros.

 No interior da propriedade, desenvolveu-se o "Sítio do Capão", este passado a Maria Leme, filha de Fernão Dia. Seguiram-se vários proprietários e, aos 15/09/1864 a área foi adquirida pelo Major Benedito Antonio da Silva (11º proprietário) que, em seguida vendeu o sítio a Mariano Antonio Vieira aos 05/04/1880. A primeira sugestão para a abertura de uma rua no local partiu do então vereador João Ribeiro de Lima, que não prosperou mas, a partir de 1880, o novo proprietário, Mariano Antonio Vieira, resolveu por conta própria abrir uma larga "picada" na frondosa mata que teria de largura cerca de 50 metros. 

Assim, foi aberta a "Estrada" ou "Rua da Real Grandeza", primeira denominação da Avenida Paulista. Mariano Antonio Vieira , português de nascimento, foi ainda o responsá
vel pela abertura do Bairro Bela Cintra e, também, das ruas Augusta e Frei Caneca, dentre várias outras naquela região. Por volta de 1890, o "Sítio do Capão" já se encontrava desmembrado com parte da área adquirida por José Coelho Pamplona, o Visconde de Porto Martim, meio irmão de Manoel Paim Pamplona e José Paim Pamplona, respectivamente cunhado e sogro de Mariano Antonio Vieira. 

Outras glebas foram adquiridas por Afonso Augusto Roberto Milliet e pelos empresários José Borges de Figueiredo, Joaquim Eugênio de Lima e João Augusto Garcia. Ligados ao ramo imobiliário, os três últimos aproveitaram a já aberta "Rua da Real Grandeza" e, mediante um novo projeto e diversos melhoramentos, inauguraram no dia 08/12/1891 a chamada Av. Paulista. Localizada a 847 metros do nível do mar, com 30 metros de largura e 2.800 de extensão, sugeriu-se naquela época que ela tivesse o nome de "Avenida Joaquim Eugênio de Lima". 

Recusando a honraria, o empresário teria dito que o nome mais adequado seria o de "Avenida Paulista", em homenagem a todos os paulistas. A partir de então, constituiu-se este logradouro num dos orgulhos da cidade, palacetes passaram a ocupar seus terrenos, em 1900, já ostentava 50 prédios. A pavimentação em asfalto veio em 1908, sendo a primeira a utilizar este material na cidade. Na mesma época teve seus passeios alargados e recebeu arborização de ipês. A avenida estimulou o desenvolvimento de uma centena de ruas paralelas e perpendiculares, formando os bairros do Jardim Paulista, Jardim América e Jardim Europa (os "Jardins"). 

A partir da década de 1950, as suntuosas residências começaram a dar lugar aos altos edifícios. Já nas décadas de 1960 e 1970, grandes empresas e instituições bancárias "trocam" o centro da cidade pela Avenida Paulista. Entre finais dos anos 60 e início da década de 1970, o seu leito foi alargado para os atuais 48 metros, numa ampla reforma que lhe deu, aos poucos, o seu aspecto atual. 

No início da década de 1990, o ramal "Paulista" do Metrô foi inaugurado. Logradouro oficializado pelo Ato nº 972, de 24 de agosto de 1916 - Avenida Paulista. Pela Lei nº 3.042 de 20 de maio de 1927, foi denominada Av. Carlos de Campos. Pelo Ato nº 11 de 13 de novembro de 1930, a Av. Carlos de Campos volta a denominar-se Av. Paulista. A Lei nº 11.006, de 20 de junho de 1991:(Projeto de Lei nº 210/90, do vereador Walter Abrahão e outros) oficializa a Avenida Paulista como imagem da Cidade de São Paulo. Nomes anteriores do logradouro: Rua da Real Grandeza e Avenida Carlos de Campos. A avenida Paulista fica no bairro da Bela Vista, Centro de SP.

Geral: Quatro minutos para perder os quilos extras das festas de fim de ano




Redação
O preparador físico e coach Vinícius Possebon, ensina os segredos para emagrecer rápido e com saúde
Viagens, reuniões de família, confraternizações com os amigos e colegas de trabalho, panetones, rabanadas e outras guloseimas: o período de final de ano é repleto de experiências agradáveis e saborosas. Por isso, o clima de celebração faz muita gente perder a linha e os ponteiros da balança vão lá para cima. “As pessoas engordam uma média de três quilos durante os feriados e nos dias que se seguem”, alerta o preparador físico e coach Vinícius Possebon, autor do livro“O Segredo da Queima de 48 Horas” e criador do sistema de homefitness Queima de 48 horas, que virou febre na internet e conquistou mais de 35 mil alunos com treinos de apenas 15 minutos. 
O profissional explica que seguindo os modelos tradicionais de exercício aeróbicos de longa duração e dieta de restrição calórica o tempo para perder cada quilo extra é longo. “Sabemos que para perder 1 kg de gordura é necessário um déficit de 7.700 calorias. Com os exercícios de longa duração, como a esteira, por exemplo, quem se exercita diariamente por uma hora pode chegar a ter um gasto calórico de 500 calorias”, detalha. “Mas só isso não irá conferir emagrecimento, pois a pessoa deverá comer menos do que se gasta. Logo, se a pessoa tiver um déficit calórico de 200 calorias por dia, ela irá demorar em torno de 38 dias para eliminar cada quilo”. 
Menos tempo e mais resultados
Para reduzir esse tempo e gerar resultados que modificam a aparência e a qualidade de vida dos praticantes, Vinícius Possebon desenvolveu o sistema de emagrecimento “Queima de 48 horas”. Com treinos em vídeo, a metodologia é baseada no Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT - High Intensity Interval Training), que propõe uma nova forma de encarar a atividade física. “O objetivo deste trabalho é quebrar o paradigma de que para emagrecer é preciso dedicar horas aos exercícios e fazer dietas de contagem calórica”, explica Possebon. “Nesta metodologia de treino elevamos o nível de intensidade da atividade e acionamos mecanismos naturais que fazem com que o organismo utilize a gordura acumulada como fonte de energia até 48 horas depois do treino”.

Com o “Queima de 48 horas” o tempo para perder cada quilo extra é reduzido para no máximo 10 dias e o tempo dedicado a atividade física é 15 minutos diários. “O treinamento altera o metabolismo de repouso quantitativa e qualitativamente, o que torna o processo de emagrecimento mais rápido e eficaz”, revela Possebon. “Em média, os alunos Q48 têm perdido 1 kg entre 5 e 10 dias”. 
Faça em casa
Outra vantagem do “Queima de 48 horas” é o que o treino pode ser feito em casa e dispensa o uso de aparelhos. Vinícius Possebon preparou uma série de “Agachamentos Com Salto” para ajudar quem exagerou na comida e na bebida. “A boa notícia é que ele dura menos tempo ainda, apenas quatro minutos, e altera o metabolismo por até 48”. Confira:

Treino Q48 Pós-Festas de Final e Ano:
O exercício é composto por três movimentos: agachamento, burpee - colocação das mãos no chão à frente do corpo e chute - e salto.

Série
Agachamentos com saltos: 20 segundos
Descanso: 10 segundos
Burpee: 20 segundos
Descanso: 10 segundos

Agachamentos com saltos: 20 segundos
Descanso: 10 segundos
Burpee: 20 segundos
Descanso: 10 segundos

Agachamentos com saltos: 20 segundos
Descanso: 10 segundos
Burpee: 20 segundos
Descanso: 10 segundos

Agachamentos com saltos: 20 segundos
Descanso: 10 segundos
Burpee: 20 segundos
Descanso: 10 segundos

Geral: Estradas paulistas receberão 4 milhões de veículos no feriadão

Via Dutra, trecho no Vale do Paraíba

  • São Paulo
Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil
As estradas paulistas devem receber 4 milhões de veículos neste feriado prolongado do Ano Novo, segundo previsão da Agência de Transporte do Estado de São Paulo. Até o próximo dia 14 de fevereiro, as rodovias sob concessão estarão submetidas à Operação Verão que consiste no reforço de pessoal e de veículos de atendimento aos usuários. Entre as vias estão o Sistema Anhanguera-Bandeirantes, que deve receber 710 mil veículos.

Segundo a AutoBan, concessionária que administra o sistema rodoviário, entre a zero hora de hoje até as 7h30, circularam 17 mil veículos, somando o movimento de chegada e de partida da capital paulista. O maior movimento deve ocorrer das 17h às 20h de hoje. Amanhã, o horário de pico está previsto entre 9h e 16h.

A AutoBan alerta que, na próxima sexta-feira (1º de janeiro), e no domingo (3), das 14h às 22h, os caminhões com destino à cidade de São Paulo pela Rodovia dos Bandeirantes devem se desviar para a Via Anhanguera, na saída do km 48, para melhorar o fluxo de veículos.
No caminho das praias paulistas pelo Sistema Anchieta-Imigrantes são esperados 642, 2 mil veículos. 

De acordo com o último boletim da Ecovias, concessionária que administra o sistema, o tráfego está lento na rodovia dos Imigrantes, do km 40 ao km 43 por excesso de veículos. A descida da Serra do Mar é feita em duas pistas da Via Anchieta. Desde a última segunda-feira, mais de 219 mil veículos seguiram rumo ao litoral paulista e, no sentido contrário, passaram 134 mil veículos.

Variedades: Ano-Novo em Copacabana celebrará Jogos de 2016 e o centenário do samba

  • Rio de Janeiro
Cristina Indio do Brasil - Repórter Agência Brasil
A festa da passagem de ano na Praia de Copacabana, no Rio, que, segundo estimativa da prefeitura, deverá reunir mais de 2 milhões de pessoas, vai ser de muitas comemorações. Além da virada que traz a proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que ocorrerão entre agosto e setembro, 2016 está sendo chamado de “O ano que vem para ficar”, frase exposta nas faixas e cartazes da prefeitura na decoração da cidade. “A gente tem certeza que vai ser um momento que inicia uma fase muito especial da nossa cidade", disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que fez uma vistoria na montagem do palco principal da festa, localizado em frente ao Hotel Copacabana Pálace. O prefeito estava acompanhado do secretário de Turismo do Rio, Antônio Pedro Figueira de Melo.
Além da virada que traz a proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que ocorrerão entre agosto e setembro, 2016 está sendo chamado de o ano que vem para ficar , frase exposta nas faixas e cartazes da pre
Além da virada que traz a proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que ocorrerão entre agosto e setembro, 2016 está sendo chamado de “o ano que vem para ficar”, frase exposta nas faixas e cartazes da prefeitura na decoração da cidadeCristina Indio do Brasil/Agência Brasil
No palco, com 65 metros de extensão, o público vai poder fazer a contagem regressiva acompanhando telas de luzes de LED. Elas formarão um relógio digital, que poderá ser visto por quem estiver em outros pontos da orla, como do segundo palco instalado na altura da Rua Santa Clara. “A imagem pelo telão e também as 30 torres de áudio espalhadas vão passar a contagem regressiva para o povo sincronizar”, disse Flávio Machado, vice-presidente executivo e diretor Artístico da empresa responsável pela organização da festa.

Na saudação ao ano que chega, está prevista uma queima de fogos, nas cores verde, violeta e laranja, que deve durar16 minutos. O projeto assinado pela empresa Pirotecnia Igual Brasil, promete um espetáculo em homenagem à mistura de raças e ao espírito olímpico. No fim, o rufar de 2 mil tambores será a trilha sonora para iluminar com a cor branca o céu de Copacabana em uma mensagem de paz.
No palco, com 65 metros de extensão, o público vai poder fazer a contagem regressiva acompanhando telas de luzes de LED. Elas formarão um relógio digital
No palco, com 65 metros de extensão, o público vai poder fazer a contagem regressiva acompanhando telas de luzes de LED. Elas formarão um relógio digitalCristina Indio do Brasil/Agência Brasil
A festa de Ano-Novo, que tem o tema Rio Cidade Olímpica, vai comemorar também o centenário do samba e pela pela primeira vez será encenada uma peça teatral no palco principal. O musical SamBRA, vai ter à frente o cantor e compositor Diogo Nogueira e artistas consagrados como Zeca Pagodinho, Jorge Ben Jor, Arlindo Cruz e Neguinho da Beija-Flor.

Para o cantor e compositor Gabriel Moura, que vai abrir os shows no palco principal, participar do espetáculo é uma grande responsabilidade. “Gente de todo lugar do planeta estará aqui no dia 31 esperando de nós artistas que eleve a energia junto com eles. Que passe felicidade, amor, alegria. Preparei um show com músicas que falam da cidade do Rio de Janeiro, de bairros como Madureira, Méier, Vila Isabel, de São Gonçalo, que também é estado do Rio, e termina com uma música que fala de felicidade, numa parceira minha e do Seu Jorge [cantor e compositor]”, disse à Agência Brasil.
O cantor e compositor Gabriel Moura, que vai abrir os shows no palco principal
O cantor e compositor Gabriel Moura, que vai abrir os shows no palco principalCristina Indio do Brasil/Agência Brasil
Durante o ensaio, Gabriel Moura chegou a cantar a música para Eduardo Paes, que mesmo imobilizado por uma bota ortopédica, por causa de uma fratura no pé direito, arriscou dançar. “Quebrei o ossinho na lateral do pé. Foi na festa da firma”, disse o prefeito.

Na avaliação de Eduardo Paes, a festa será um sucesso e pediu a todos que estiverem no Rio que comemorem e se divirtam sempre respeitando o direito dos outros. De acordo com a estimativa da Empresa de Turismo do Município do Rio (Riotur), a cidade deverá receber 857 mil turistas no Ano-Novo, que poderá injetar quase US$ 700 milhões na economia da capital fluminense.

Paes disse também estar “arrasado” com fato de saber que esta será a sua penúltima festa de passagem de ano com prefeito do Rio. “Se quiserem aprovar uma emenda constitucional permitindo a reeleição eterna de prefeito, é uma bela medida que a gente fazia na reforma política. Como não vai dar, quero aproveitar este último ano e trabalhar muito para deixar esta cidade melhor do que eu encontrei”, disse. “Para mim vai ficar a saudade de não poder mais ser prefeito do Rio, mas, até meia- noite do ano que vem, eu ainda estou aqui firme e forte”, acrescentou.

Variedades: Cinema negro no Brasil é protagonizado por mulheres, diz pesquisadora


  • Rio de Janeiro
Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Historiadora e coordenadora do Fórum Itinerante de Cinema Negro (Ficine) Janaína Oliveira
Rio de Janeiro - Historiadora e coordenadora do Fórum Itinerante de Cinema Negro (Ficine) Janaína OliveiraFernando Frazão / Agência Brasil 
Com quatro sessões lotadas no prestigiado Cinema Odeon – incluindo a primeira lotação para 600 pessoas após reforma da casa, no centro do Rio de Janeiro –, o filme Kbela, de Yasmin Thainá, é um dos mais importantes representantes de uma leva de produções feitas por realizadoras negras que ganharam o mundo em 2015. São narrativas que contam com mulheres negras na direção, na produção e como protagonistas, em um terreno onde elas costumam ser estereotipadas.
Levantamento da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), feito em 2014, já apontava para a subrrepresentação da mulher negra no cinema nacional. Para a professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e doutora em história, Janaína Oliveira, Kbela rompeu essa lógica em 2015.
Coordenadora do Fórum Itinerante de Cinema Negro (Ficine), um espaço de formação e reflexão sobre a produção de realizadores negros, Janaína afirma que Kbela não está sozinho.
Segundo a pesquisadora, que em 2015 circulou por festivais em países como Burkina Fasso, Cabo Verde e Cuba discutindo e divulgando essas produções, os filmes das realizadoras negras brasileiras alcançaram qualidade internacional e já são uma referência, embora pouco conhecidos no próprio país. 
A professora, que há alguns anos trabalha em parceria com o Festival Panafricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou (Fespaco), o maior de todo o continente, recebeu a Agência Brasilem seu apartamento, em Santa Teresa, para conversar sobre a repercussão dessas produções brasileiras. Para ela, o cinema negro é um campo político, de luta por representação e desconstrução de estereótipos.  
Leia os principais trechos da entrevista:

Agência Brasil: O que é o cinema negro?
Janaína Oliveira: O que eu venho dizendo, e as pessoas ficam chateadas, é que não dá para definir cinema negro. É um campo político, de luta por representação, de desconstrução de estereótipos, de tornar as representações mais complexas, de ampliação de representações nos espaços mais diversos. Há quem defina, eu não defini. Definir é limitar. O cinema negro tem toda uma história, que começa nos Estados Unidos, passa pela diáspora negra, caminha por vários lugares. Por exemplo, hoje, além do samba, carnaval e futebol, temos o estereótipo da violência na favela presente. [O filme] Cidade de Deus [ambientado em uma favela e com protagonistas negros] claramente não é cinema negro. A questão é: dá para fazer imagens contra-hegemônicas, que desconstroem o estereótipo dentro de um grande estúdio de cinema ou de uma grande rede de televisão? É difícil.

Agência Brasil: Qual foi sua primeira experiência com esse formato?
Janaína: Sempre gostei de cinema e muito de cinema africano. O primeiro filme africano que vi foi no festival de Cinema do Rio [de Janeiro], o Vida sobre a Terra, de Abderrahmane Sissako [diretor, escritor e cineasta da Mauritânia, autor de Timbuktu, longa-metragem que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2014 e a prêmio no Festival de Cannes no mesmo ano].

Agência Brasil: Quem está produzindo cinema negro hoje no Brasil?
Janaína: Antes é importante esclarecer que estamos falando de curta-metragens, falar de longa-metragem é outra coisa, são pouquíssimos os negros que fizeram filmes de longa-metragem de ficção na nova geração, aliás, fica a provocação. Nesse universo, onde as pessoas efetivamente produzem – seja com ajuda de editais, seja nas universidades –, o que temos, de filmes de expressão, que atingiram patamar de técnica e de qualidade são os filmes feitos por mulheres negras. E são várias.

Agência Brasil; Quais?
Janaína: São as produções de Renata Martins, que fez Aquém das Nuvens e agora está fazendo uma websérie fenomenal, a Empoderadas, que só fala de mulheres negras, tem a Juliana Vicente, que fez o Cores e botas e o Minas do Rap e está produzindo um filme sobre os Racionais MCs. Tem a Viviane Ferreira, que fez o Dia de Jerusa, que foi para [o Festival de] Cannes. Tem uma menina que está nos Estados Unidos, Eliciana Nascimento, autora de O tempo dos Orixás, tem Everlaine Morais, de Sergipe, que fez dois curtas muito bons e vai estudar cinema em Cuba. E do Tela Preta [coletivo de realizadores negros ligado à Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)], a Larissa Fulana de Tal, que fez o Lápis de Cor e acabou de lançar oCinzas. No Rio, o nome da vez é Yasmin Thayná, que está bombando com o Kbela. Um filmaço, no sentido da técnica e das referências. Quer mais?

Agência Brasil: Então há mais filmes com estética e cultura negra nos últimos anos?
Janaína: Nos últimos dez anos nos acostumamos a ver mais negros nas telas fazendo alguma coisa. Mas é pontualmente, fazendo algumas coisas. Ainda estamos presos a um universo de estereótipo. Que não é só o do bandido, o do cafetão, mas o da falta de complexidade das personagens. Os relacionamentos amorosos, os dilemas da vida, onde estão essas coisas? Não estão nas telas.

Agência Brasil: Qual a novidade nas produções brasileiras que você tem levado aos festivais?
Janaína: Uma coisa bacana é que nessa conexão com o continente africano, estamos redespertando debates. Em Moçambique, por exemplo, temos o retorno de que os vídeos sobre transição capilar (do cabelo alisado para o cabelo crespo, natural) tem ajudado mulheres e meninas de lá. Esses produtos, principalmente filmes disponíveis no Youtube, são feitos por meninas negras brasileiras. É quase uma rede de solidariedade. O audiovisual tem a capacidade de fazer isso.

Agência Brasil: E como aumentar a demanda por esse conteúdo no Brasil?
Janaína: A formação de público é uma questão central. Os filmes precisam ser vistos. Mas mostrar os filmes [em salas de cinema ou televisão] não é suficiente, se fosse, o problema estava resolvido. As pessoas não veem porque elas não gostam e mudar o gosto leva muito tempo. Enquanto você tem uma novela premiada como a Lado a Lado, da Rede Globo [que recebeu o Emmy Internacional em 2013], passando às 18h, em 50 anos da principal emissora de TV do país, você tem uma série como o Sexo e as Negas, em horário nobre com forte divulgação comercial e circulação.

Agência Brasil: Mas é preciso começar a estimular, não?
Janaína: Ainda vivemos em um contexto de imagens que precisamos desconstruir. O cinema é uma indústria, uma indústria de dinheiro que constrói imagens que querem ser vistas. Temos um padrão de cinema de Hollywood, daquilo que você espera ver. E esse padrão repete as estruturas de um universo eurocêntrico onde muito claramente está dividido o lugar das pessoas negras e brancas. Então, o que você vê, em geral, são negros e negras em situação de subserviência, nunca em destaque, sempre com atributos negativos. Isso está no universo da colonização da cultura, do gosto, da estética. É a mesma razão para a gente falar: a coisa está preta quando a situação é negativa, por que denegrir é uma coisa ruim? Por que usar “a coisa fica preta” é ruim? A gente não inventou isso, a gente reproduz isso e isso está nas telas. O cinema que existe é um cinema eurocêntrico que determina padrões estéticos, narrativos, rítmicos e musicais. Se não é isso, pessoas não gostam. Os filmes brasileiros de sucesso, comoTropa de Elite, seguem esse padrão. 

Agência Brasil: E o que é preciso fazer?
Janaína: Formar redes de distribuição desses filmes. Se possível, junto com debates. É ir além da exibição. As novas imagens têm que chegar nas salas de aula, criar aderência. Além de mais editais, mais parcerias e a presença do Estado, que facilita a produção e a circulação.

Variedades: Os Oito Odiados em circuito nacional a partir do dia 1º




Redação

Os Oito Odiados, o oitavo filme do diretor Quentin Tarantino, terá a partir de quinta-feira, 1º de janeiro de 2016, pré-estreia paga em circuito nacional em versões dubladas e legendadas (confira circuito no link abaixo). A produção que estreia no Brasil no dia 7 de janeiro conquistou três indicações ao Globo de Ouro: Melhor Roteiro Original para Quentin Tarantino, Melhor Atriz Coadjuvante para Jennifer Jason Leigh e Melhor Trilha Sonora Original para Ennio Morricone.

O aguardado faroeste tem oito personagens - O Caçador de Recompensas (Samuel L. Jackson); O Carrasco (Kurt Russell); O Confederado (Bruce Dern); O Cowboy (Michael Madsen); O Mexicano (Demián Bichir); O Pequeno (Tim Roth); A Prisioneira (Jennifer Jason Leigh); e O Xerife (Walton Goggins).

Em Os Oito Odiados, que se passa seis ou oito ou doze anos depois do final da Guerra Civil Americana, uma diligência desloca-se a toda velocidade pela paisagem invernal do Wyoming. Os passageiros - o caçador de recompensas John Ruth (Kurt Russell) e a fugitiva Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh) - estão a caminho da cidade de Red Rock onde Ruth, conhecido na região por O Carrasco, levará Domergue para a justiça. Ao longo da estrada, eles encontram dois forasteiros: o Major Marquis Warren (Samuel L. Jackson), um ex-soldado negro do exército que se tornou um infame caçador de recompensas, e Chris Mannix (Walton Goggins), um sulista renegado que diz ser o mais novo xerife da cidade.

Perdendo o controle da viagem na nevasca, Ruth, Domergue, Warren e Mannix buscam refúgio no Armazém da Minnie, uma parada de diligências situada numa passagem entre montanhas. Quando eles chegam ao armazém, são recebidos não pela proprietária Minnie, mas por quatro rostos desconhecidos. Bob (Demián Bichir), que está tomando conta do armazém enquanto Minnie visita a mãe, na companhia de Oswaldo Mobray (Tim Roth), o enforcador de Red Rock, o vaqueiro Joe Gage (Michael Madsen), e o general confederado Sanford Smithers (Bruce Dern). À medida que a tempestade vai ganhando força sobre as montanhas, os nossos oito viajantes vêm a saber que podem não chegar à cidade de Red Rock afinal...


Trailer 2 Dublado
http://bit.ly/OsOitoOdiados_Trailer2Dub

Trailer 2 Legendado
http://bit.ly/OsOitoOdiados_Tr2Leg

Trailer Oficial Legendado
http://bit.ly/OsOitoOdiados-TrOfLeg

Artes Oito Personagens
http://bit.ly/ArtesPersonagens-OsOitoOdiados

Poster Teaser Oficial
http://bit.ly/PosterTeaserOf-OsOitoOdiados

Variedades: Festa de Réveillon em Guarulhos (SP) terá espetáculo de fogos de artifício e diversos shows


Redação
A já tradicional Festa de Réveillon no Parque Linear Transguarulhense - promovida pela Prefeitura no dia 31 de dezembro, a partir das 18 horas -, contará com diversos shows musicais: o pagode dos grupos Sensação, Nova Feição, Os Prettos, Fino Trato e ainda os sertanejos Everton & André. Destaque também para a grande queima de fogos de artifício, com duração de mais de 20 minutos, e apresentação das Mulatas Brasil, o grupo de passistas de escolas de samba da cidade.

A contagem regressiva para 2016 na noite da virada será seguida por um grande espetáculo pirotécnico, que irá embelezar a noite em Guarulhos. A segurança será garantida pela Guarda Civil Municipal, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Haverá ainda apoio de ambulância da Secretaria Municipal de Saúde.

A Festa de Réveillon, que conta com apoio do Lopes Supermercados, encerra as comemorações dos 455 anos do município, realizadas ao longo do mês de dezembro.

 Serviço:  

O Parque Linear Transguarulhense fica na avenida Transguarulhense, s/nº, Parque Continental, Guarulhos (SP).