Malu Mader era a estrela principal na minissérie Anos Dourados |
O ator Robert Blake (o Baretta), acusado de matar a esposa, foi parar na cadeia anos depois |
Jeannie ao lado do seu amo, major Nelson, ficção criada pelo escritor Sidney Sheldon |
O repórter Waldomiro Pena retratava a rotina da reportagem policial, na época em que não havia computador nos jornais |
Claudio Marzo e Marília Pêra formavam o casal principal em "Quem ama não mata", na década de 1980 |
Luís Alberto Caju
Existem minisséries que ficam
na memória do público. "Anos Dourados" é um exemplo. Produzida pela
Globo e exibida pela primeira vez em 1986, foi escrita por Gilberto Braga. A
atriz Malu Mader era a musa. Dos personagens poucas pessoas se lembram, mas não
sai da memória delas o bolero "Anos Dourados”, composto por Tom Jobim e
Chico Buarque, que era o tema de abertura. O curioso é que a letra veio depois.
Com o tempo estourado, Tom entregou a música sem letra.
Ela ficou a cargo de Chico
Buarque. É inesquecível a introdução feita com piano.
Entre 1975 e 1979, fazia sucesso nas noites de domingo as peripécias do detetive "Baretta", interpretado por Robert Blacke. Era o policial durão que vivia nas ruas, circulava entre as garotas de programa, drogados e traficantes. Os seus disfarces conquistaram a simpatia do público. O tema de abertura era interpretado de forma magnífica por Sammy Davis Jr. Ele casava bem com o bom humor e cenas de ação do filme. Anos depois, Robert Blacke foi acusado de matar a própria mulher. Condenado, acabou na cadeia.
Entre 1975 e 1979, fazia sucesso nas noites de domingo as peripécias do detetive "Baretta", interpretado por Robert Blacke. Era o policial durão que vivia nas ruas, circulava entre as garotas de programa, drogados e traficantes. Os seus disfarces conquistaram a simpatia do público. O tema de abertura era interpretado de forma magnífica por Sammy Davis Jr. Ele casava bem com o bom humor e cenas de ação do filme. Anos depois, Robert Blacke foi acusado de matar a própria mulher. Condenado, acabou na cadeia.
Outra minissérie inesquecível é "Jeannie é um Gênio". Ela estreou em 1964 nos Estados Unidos e fez muito sucesso no Brasil. Época em que a televisão tinha poucos recursos técnicos, mas a imaginação dos produtores era grande. O responsável pelo roteiro era o escritor Sidney Sheldon. As histórias giravam em torno da personalidade forte de Jeannie (Barbara Eden). Sua personagem se atrapalhava ao ajudar seu amo, Major Nelson (Larry Hagman). Mais tarde ele ficou famoso no seriado "Dallas", no papel de JR. O tema de abertura, composto por Hugo Montenegro e Buddy Kaye, nunca mais foi esquecido.
O arranjo de flauta serviu para
o grupo de pagode Negritude Junior fazer a introdução do hit "Tanajura”,
quando ainda contava com o vocalista Netinho de Paula.
De 1979 a 1981, outra minissérie marcou época na Globo: "Plantão de Polícia". O ator Hugo Carvana era o jornalista policial "Waldomiro Pena", funcionário da fictícia "Folha Popular". Boêmio e descontraído, dono de um texto brilhante, "Pena" era engajado, opinativo e capaz de passar meses elaborando uma matéria.
De 1979 a 1981, outra minissérie marcou época na Globo: "Plantão de Polícia". O ator Hugo Carvana era o jornalista policial "Waldomiro Pena", funcionário da fictícia "Folha Popular". Boêmio e descontraído, dono de um texto brilhante, "Pena" era engajado, opinativo e capaz de passar meses elaborando uma matéria.
Sempre às 22h das sextas e depois
às quintas-feiras, o samba-rock de Jorge Benjor (na época Jorge Ben) anunciava
que Waldomiro Pena estava chegando. Em 1982, o casal Jorge e Alice,
interpretado por Claudio Marzo e Marília Pêra, levou para a televisão a
discussão a respeito da violência contra a mulher na minissérie "Quem Ama não
Mata". Narrada em flash back, logo no primeiro capítulo o público fica
sabendo que alguém morreu assassinado: Jorge ou Alice? O misterioso crime era o
elo entre as diversas histórias de amor. O tema de abertura era "Se Queres
Saber", autoria de Peter Pan, na voz magistral de Nana Caymmi. É lindo.