Postagem em destaque

Crônica: Igual peixe, algumas pessoas morrem pela boca

Divulgação Ficava vidrado ao cortar o torresmo e ver a gordura escorrer no prato Astrogildo Magno Juca adorava comida gordurosa. Fã de...

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Geral: Mistério na chacina em que casal de Pms foi executado

Andreia, Luís e o filho Eduardo numa festividade no quartel da Rota, em São Paulo

 Luís Alberto Caju

 Cinco pessoas de uma mesma família foram mortas a tiros dentro de casa, na Vila Brasilândia, Zona Norte de SP, ontem (5/8). Entre as vítimas estão o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Luís Marcelo Pesseghini, sua mulher, cabo da PM, Andreia Bovo Pesseghini. Também morreram o filho do casal, Marcelo Eduardo, de 12 anos, a avó da criança, Benedita Oliveira Bovo, de 65, e a tia de Andreia, Bernadete Oliveira da Silva de 55. Os corpos foram encontrados no final da tarde de segunda-feira, após o sargento não comparecer ao serviço.

 Na primeira avaliação, a perícia encontrou a policial Andreia ajoelhada, já morta. Indício que foi uma das primeiras a ser pega caso o crime ocorreu na noite ou madrugada de segunda-feira. Tudo num claro sinal de execução. O marido e o filho estavam sem vida deitados perto de um colchão. No outro cômodo as outras duas mulheres foram assassinadas, provavelmente dormindo, pois tinham um cobertor sobre os corpos.

  A casa não apresentava sinais de briga, com móveis revirados ou marcas de tiros nas paredes. Também não existiam inúmeros disparos, como se o assassino ou assassinos, fossem profissionais, gastando pouca munição, ao acertar em pontos vitais, para vítima morrer rapidamente. Todos levaram um tiro na cabeça. Segundo a Polícia Militar de SP, o casal  não tinha histórico de problemas na corporação, portanto estaria descartada, numa primeira avaliação, possível vingança da facção que domina os presídios paulistas.

 Porém algumas perguntas ainda merecem respostas: a porta da casa estava entreaberta, ou seja, o imóvel não foi arrombado. Um dos carros da família foi localizado nas proximidades onde o garoto Eduardo estudava. Quem o deixou lá? Por que a mochila, com material escolar do menino, tinha dinheiro e a arma de sua mãe, um revólver calibre 32, estava perto da porta de entrada? Se de fato foi o menino que executou toda a família, por que deixaria a mochila naquele local e não fora da residência? O que o fez mudar de ideia, em caso de suicídio, e se matar?

  A perícia vai verificar se existe marca de pólvora nas mãos do garoto. Caso ele tenha efetuado os disparos, este exame vai acusar a presença deste material. Ao todo foram efetuados cinco tiros dentro do imóvel, neste caso nenhum vizinho ouviu o barulho? Se ninguém notou, é provável que a arma usada estivesse com silenciador. Como era o convívio dessa família? O menino brigava muito com os pais? Era rebelde na escola? E o relacionamento do casal de policiais com as demais pessoas do bairro era bom?

 Pelo bilhete (encontrado pela polícia técnica) enviado na segunda-feira pela escola aos pais, o menino teria chegado das aulas e encontrado seus familiares mortos. Neste caso, ao sair para os estudos, o garoto teria deixado os pais, avó e tia ainda vivos. Se suas aulas eram de manhã, a chacina não teria ocorrido na madrugada de segunda-feira, e sim durante o dia. Nesta hipótese o menino teria chegado em casa, visto todos sem vida e praticado o suicídio, caindo ao lado do corpo do pai, como foi encontrado.

  Mas por que o carro da família foi deixado perto da escola no início da madrugada da segunda-feira? Seria para uma possível fuga, no caso de o garoto ter sido o autor de todas as mortes? Qual a razão da policial Andreia ter sido executada de joelhos? Os tiros foram todos à queima roupa (próximo do corpo)? O sargento estava deitado num colchão, isso pode significar que se encontrava dormindo na hora do crime? O corpo do menino tinha uma pistola .40 (arma usada pelos Pms paulistas) perto dele, mas por que na sua mochila, encontrada perto da porta principal da casa, estava o revólver calibre 32, usado pela sua mãe?



Nenhum comentário:

Postar um comentário