Fernando Dias
Radiografia da Notícia
* Chuvas intensas e ventos fortes impactaram a produção agrícola em Santa Catarina
* Especialistas orientam sobre manejo eficiente para minimizar perdas e recuperar a produtividade
* Excesso de chuvas danificaram plantações de milho, feijão, banana e hortaliças
Redação/Hourpress
Os temporais que recentemente atingiram o norte de Santa Catarina deixaram um triste rastro de destruição no campo, afetando diversas lavouras e comprometendo a produtividade de pequenos e médios produtores. De acordo com a Secretaria da Agricultura e Pecuária do estado, a força dos ventos e o excesso de chuvas danificaram plantações de milho, feijão, banana e hortaliças, aumentando a preocupação com a recuperação das áreas atingidas.
Diante desse cenário, especialistas recomendam que os agricultores adotem práticas de manejo pós estresse climático para reduzir os impactos e restabelecer o equilíbrio do solo e das plantas. Entre as estratégias essenciais estão a avaliação dos danos logo após o evento, a reposição de nutrientes e a adoção de bioestimulantes que auxiliam na regeneração das culturas.
“Após eventos climáticos severos, o primeiro passo é avaliar os estragos e identificar quais áreas ainda possuem potencial de recuperação. O manejo correto pode evitar perdas adicionais e garantir que a lavoura volte a expressar seu máximo potencial produtivo”, explica Julia Savieto, agrônoma e coordenadora técnica de mercado da Nitro, empresa brasileira especializada na produção de insumos agrícolas biológicos e de nutrição. Segundo ela, a utilização de bioestimulantes e fertilizantes de alta eficiência é fundamental nesse processo. “A aplicação de produtos ricos em aminoácidos e extratos vegetais, por exemplo, fortalece as plantas e melhora a absorção de nutrientes, ajudando na retomada do desenvolvimento”, acrescentou.
Perdas
Além da aplicação de insumos para recuperação fisiológica, os agricultores devem estar atentos à incidência de doenças que podem se intensificar após períodos de alta umidade de chuvas e granizos intensos. O monitoramento de fungos e bactérias nas lavouras deve ser reforçado, e práticas preventivas, como o uso de fungicidas e a biodefensivos, podem evitar perdas adicionais.
Outros eventos extremos que têm ocorrido com frequência são os estresses por déficit hídrico e alta temperatura, que comprometem o potencial produtivo, para culturas como soja e milho. Neste caso, a recuperação depende da redução dos estresses oxidativos “Quando a lavoura passar por um estresse severo como esse, há um aumento de produção de radicais livres que aceleram a degradação celular. O uso de antioxidantes e aminoácidos pode minimizar esses efeitos e ajudar as plantas na recuperação”, comentou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário