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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Geral: Fecap faz 120 anos de sucesso educacional

 

Redação/Hourpress

 

Uma das primeiras escolas de comércio do Brasil que continuam em funcionamento, a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), completa 120 anos do início de suas atividades no próximo dia 02 de junho. Com seu campus principal localizado no coração da capital paulista, na Avenida da Liberdade, a instituição impacta na sociedade e desenvolvimento de pessoas e vivenciou importantes fatos históricos do País.
 

O INÍCIO
 


A FECAP foi criada a partir de uma captação de valores que contou com diversos empreendedores da época. Entre eles, o maior doador foi Antônio de Álvares Leite Penteado, o conde Álvares Penteado, um rico barão do café de Mogi Mirim nascido em 1852. Em busca por profissionais capacitados para realizar a contabilidade de seus negócios, o cafeicultor juntamente com mais 10 pessoas e 7 empresas (em sua maioria bancos) criaram a escola prática de comércio. Inicialmente, seus cursos noturnos eram gratuitos e capacitavam quem se interessasse por comércio na cidade de São Paulo à época, colaborando para o desenvolvimento contadores (na época chamados guarda-livros) brasileiros para trabalhar em nos negócios.
 

A escola de comércio detém desde 1915 a mais antiga certificação de utilidade pública do Brasil. Atualmente, a FECAP é um centro universitário, e vale lembrar que foi uma das primeiras instituições a abrir cursos superiores de Administração, Economia e Contabilidade no país.
 

Para abrigar os estudantes, o conde Álvares Penteado ergueu a primeira sede própria da FECAP, um lindo casarão que teve sua inauguração feita em 12 dezembro de 1908. Projetado pelo arquiteto sueco Carlos Ekman, o prédio tem estética art nouveau com outras influências também, como o conhecido estilo clássico. O palácio do comércio é considerado uma das joias arquitetônicas de São Paulo, tanto é que foi tombado como patrimônio histórico da cidade de São Paulo desde a década de 90. Sua construção foi feita com mármores e decoração trazida diretamente da Europa para ornamentar o prédio que abrigaria exclusivamente a escola.


Hoje, o prédio localizado próximo ao marco zero da Cidade - no Largo São Francisco -- tem ao seu lado a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), além do Convento e Santuário São Francisco.
 

TESTEMUNHA DA HISTÓRIA
 

O casarão foi palco de outro importante marco da história: a Revolução Constitucionalista de 1932, movimento paulista contrário ao governo de Getúlio Vargas e que pleiteava uma Constituição para o Brasil. A FECAP auxiliou na arrecadação e guarda dos recursos que custeariam os insurgentes da revolução.
 

Outra importante figura que tem ligação com a história da FECAP é Mario de Andrade, um dos fundadores do modernismo no Brasil. O poeta, romancista, musicólogo, historiador de arte, crítico e fotógrafo brasileiro reunia intelectuais do calibre do casal Levi-Strauss em grupos de estudos sobre folclore e cultura brasileira no prédio do Largo São Francisco. Mário chegou a estudar por um curto período de tempo na FECAP porque acreditava que deveria seguir a carreira de seu pai, que era guarda-livros.
 

MOREIRA SALLES, ALUNO ILUSTRE
 


João Teotônio Moreira Salles é um dos mais ilustres ex-alunos da FECAP. Nascido ainda no século XIX na cidade mineira de Cambuí, ele soube da fama da escola de comércio, mas como não tinha dinheiro, fez o trajeto até São Paulo a pé. Na capital paulista, dormia à noite na loja em que trabalhava durante o dia. Ao se formar em uma das primeiras turmas, em 1908, voltou para Minas Gerais e lá fundou uma espécie de correspondente bancário já que na época os bancos não possuíam agências espalhadas por todo o nosso território. Assim, nasceu o embrião para a criação da União de Bancos Brasileiros, ou Unibanco, uma das maiores instituições financeiras do Brasil, adquirida anos depois pelo Itaú.

CRESCIMENTO E DIAS ATUAIS
 


Com o crescimento dos cursos, a FECAP adquiriu na década de 1960 um terreno na Liberdade - região que recebeu esse nome por ter abrigado um grande quilombo na época do Brasil escravagista -- bairro marginalizado à época. O novo campus foi inaugurado em 1972 e é sede para todas as atividades da instituição desde então.
 


Atualmente, a FECAP oferece Educação de qualidade em diversos níveis: o Colégio FECAP, com seu Ensino Médio regular, técnico e bilíngue; os cursos de graduação (Administração, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Ciências Contábeis, Contabilidade para Graduados, Ciências Econômicas, Publicidade e Propaganda, Relações Internacionais, Relações Públicas e Secretariado Executivo), 29 cursos de Pós-graduação, com destaque para formar profissionais especialistas nas áreas que são o DNA da instituição; e cursos de Mestrado em Administração e Ciências Contábeis, já tendo formado mais de 1 mil mestres. A FECAP também investe em pesquisas e no desenvolvimento de indicadores econômicos, e cursos livres e in company (voltados a empresas) buscando sempre colaborar com o desenvolvimento profissional dos estudantes.
 

TRAJANO E DELFIM NO CONSELHO 
 

Por ser uma fundação sem fins lucrativos, a FECAP reverte toda a sua receita na manutenção de uma educação de qualidade. O trabalho sério atrai figuras dedicadas a manter o legado “Alvarista”, apelido dado aos alunos e funcionários da FECAP: a presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, e o ex-ministro Antônio Delfim Netto fazem parte do Conselho de Administração da FECAP, responsáveis por pensar, junto ao corpo docente, em medidas e planos de ação que perpetuem a história de 120 anos.

 

MISSÃO DE EDUCAR 

 

Atualmente, todos os professores da FECAP são mestres e doutores, e grande parte dos alunos são bolsistas de baixa renda. Como fundação sem fins lucrativos, a instituição investe sua receita formando mais estudantes para mudar de vida por meio da Educação.
 

“A FECAP é quase um estilo de vida. É difícil entrar no campus e não se apaixonar pelo lugar e pelas pessoas. Com muita garra, uma marca da nossa comunidade, e apoiadas por um corpo docente de excelência, recursos de ponta e um ambiente acolhedor, várias gerações de ‘Alvaristas’ têm mudado a própria vida e a das suas famílias para melhor e impactado positivamente a sociedade”, diz o reitor, Edison Simoni, um ex-aluno FECAP.
 

O vice-reitor, Taiguara Langrafe, que também é ex-aluno, acrescenta que o sucesso da FECAP é uma junção de tecnologia a educadores movidos pela paixão em ensinar, oferecendo assim um ensino de ponta.

 

"A FECAP sempre esteve à frente de seu tempo. Integrou e integra pessoas de diferentes origens e pensamentos, com valores institucionais claros e unidos para o que importa: desenvolver os alvaristas, impactando positivamente a sociedade. Unimos a tradição e o moderno, provendo recursos tecnológicos de ponta à comunidade em um ambiente de alto desenvolvimento pessoal. Temos uma linda história de transformação de vidas para melhor. Que venham os próximos 120 anos!".

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Sobre a FECAP 
 

A Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) é referência nacional em Educação na área de negócios desde 1902. A Instituição proporciona formação de alta qualidade no Ensino Médio (técnico, pleno e bilíngue), Graduação, Pós-graduação, MBA, Mestrado, Extensão e cursos corporativos e livres.
 

Diversos indicadores de desempenho comprovam a qualidade do ensino da FECAP: nota 5 (máxima) no ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e no Guia da Faculdade Estadão Quero Educação 2021, e o reconhecimento como melhor centro universitário do Estado de São Paulo segundo o Índice Geral de Cursos (IGC), do Ministério da Educação. Em âmbito nacional, considerando todos os tipos de Instituição de Ensino Superior do País, a FECAP está entre as 5,7% IES cadastradas no MEC com nota máxima.

Geral: Dicas de segurança para os adolescentes

 Empresa de segurança indica medidas preventivas aos jovens

   Freepik

O adolescente é a principal vítima de mortes violentas


Redação/Hourpress

Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), entre 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes, entre 0 e 19 anos, foram mortos por violência no Brasil, uma média de 7 mil por ano.

Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, lançado pelo Unicef e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em outubro de 2021, corrobora os dados sobre violência contra os jovens com uma análise inédita de boletins de ocorrência das 27 unidades da Federação e demonstra que  adolescentes morrem, em sua maioria, fora de casa, vítimas da violência urbana e do racismo.

O estudo aponta ainda que o adolescente é a principal vítima de mortes violentas e que das 35 mil mortes violentas de pessoas até 19 anos, identificadas entre 2016 e 2020, mais de 31 mil tinham entre 15 e 19 anos.

Jovens

Uma das recomendações do Unicef é que, para prevenir e responder à violência, é importante garantir que crianças e adolescentes tenham acesso à informação, conheçam seus direitos, saibam identificar diferentes formas de violência e pedir ajuda.

Para Vinicius Freitas, Diretor de Operações do GRUPO GR, uma das maiores empresas de segurança do país, “levantamentos como esse ajudam a entender o cenário e a tomar medidas preventivas, que garantam mais segurança às famílias e aos jovens”.

Freitas aponta que hoje os adolescentes, em especial os que frequentam locais públicos, são alvos de furto de celulares e pequenos pertences, como relógios, joias, tênis, além de sofrerem de sequestros relâmpagos e aplicação de golpes de Pix. “A regra de ouro para detectar esse tipo de golpe é desconfiar quando a ‘esmola’ for grande demais. Os familiares precisam trocar informações com esses jovens sobre as situações cotidianas de segurança, em um diálogo aberto e participativo, sem intimidar com broncas, para que os jovens não mintam sobre as situações ou omitam fatos. O ideal é criar uma orientação diária e repetitiva para uma cultura natural de segurança”, explicou.

Baixa

Ele comenta ainda que os locais e horários mais visados para a abordagem costumam ser entrada e saída de residências, escolas, academias e pequenos eventos isolados em estabelecimentos comerciais, entre 6 e 9 horas, 11 e 14 horas e 18 e 21 horas. “Além disso, é necessária a atenção aos locais com mais de duas opções de rota de fuga, com baixa iluminação pública durante a noite e com carência de policiamento.”

E recomenda que, para não chamar a atenção dos bandidos, é importante não deixar os pertences pessoais visíveis, conhecer o local aonde vai, vestir roupas e pertences compatíveis e ficar atento. Em caso suspeito, procurar pontos de apoio, como comércios, locais com movimentação de pessoas e a base policial.

Nos casos de tentativa de assalto, que têm sido muito frequentes nas cidades, Freitas orienta a manter a calma, comunicar os movimentos ao assaltante para não instigar uma reação, jamais reagir, evitar encarar o ladrão e não o confrontar ou tentar convencê-lo de algo. “Nunca se deve pagar para ver se a arma do criminoso é de verdade ou não. A vida vale muito mais do que qualquer coisa que o criminoso venha a roubar.”

Policiais

Ele ainda recomenda que, caso o jovem seja abordado, relate o ocorrido e abra um Boletim de Ocorrência para que a Secretaria de Segurança Pública, com dados de localidade de maior reincidência, possa planejar e promover o posicionamento das viaturas policiais e realize a ronda preventiva.

Geral: Projeto Heróis em Ação leva conceitos de cidadania a crianças e jovens em Heliópolis

O Projeto Heróis em Ação vem para ajudar a pavimentar esse caminho

   Divulgação

Tudo de maneira lúdica, onde a garotada aprende se divertindo


Redação/Hourpress

Ensinar que cada um pode ser um agente de transformação positiva em seu próprio território, fomentando a criatividade, o protagonismo e o trabalho em equipe em prol de um objetivo coletivo maior. Tudo de maneira lúdica, onde a garotada aprende se divertindo. Esses são os objetivos do projeto Heróis em Ação, que começa este mês na região de Heliópolis, em São Paulo (SP).
 

Implementada pela Evoluir, com o patrocínio da Unilever, apoio da UNAS (União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região) e parcerias locais, como a com o Instituto Baccarelli, a iniciativa abrange duas frentes de atuação: capacitação de educadores sociais na metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos e a condução de uma estratégia pedagógica dessa metodologia a partir da gamificação com crianças e jovens, para que realizem intervenções e divulgações em torno de uma causa que faça sentido em seu território para mobilizar a comunidade.

 

Unindo Aprendizagem Baseada em Projetos e gamificação, os conceitos do Heróis em Ação são transmitidos por meio de um divertido jogo de narrativa (RPG), inspirado no livro da Editora Evoluir “Lá Onde Eu Moro”, de Babi Dias & Victor Peres e Perez.


Ações

 

Tudo começa com um chamado feito pela personagem do livro Babi, onde os heróis -- crianças e jovens participantes do projeto - são convidados para uma aventura que agrega linguagem, mídias e território para mobilizar pessoas em torno de causas socioambientais e culturais importantes para suas localidades. Reunidos em grupos, as chamadas ligas, eles deverão cumprir desafios em sete diferentes estações para alcançar a meta final, sob a orientação dos educadores de campo do projeto. As últimas etapas são a exposição das ações realizadas e o planejamento para a continuidade das ações nos próximos anos, com inspiração nas iniciativas já realizadas.

 

“A capacitação dos educadores sociais em Heliópolis tem o objetivo de possibilitar sua atuação como multiplicadores dessa metodologia junto às suas instituições, envolvendo oito encontros de formação”, explica Taciana Begalli, coordenadora do projeto na Evoluir. “Todos também receberão os materiais necessários para que possam conduzir atividades a partir da metodologia proposta”, acrescenta. “Ao mesmo tempo, nossos educadores em campo irão ‘jogar’ o Heróis em Ação com quatro grupos de jovens em situação de vulnerabilidade na região, preparando o desenvolvimento das intervenções e das ferramentas de comunicação que vão ajudar a chamar atenção para as causas escolhidas, em um encontro semanal por grupo”, revela.
 

“No encerramento, previsto para o mês de novembro, teremos a exposição de tudo o que as ligas produziram, em formato físico por sete dias e de maneira virtual por 30 dias”. A coordenadora da Evoluir informa ainda que os integrantes desses grupos receberão também uma bolsa incentivo durante a execução do projeto.


Juventude
 

“Estamos muito animados para, ao final dessa trilha de aprendizagem, ver as soluções criadas por cada jovem do projeto para problemas e desafios que nossa comunidade enfrenta. Agradecemos a Unilever e a Evoluir por acreditarem na juventude de Heliópolis e investirem nessa iniciativa” ressalta a Presidenta da UNAS, Cleide Alves.

 

Para o Instituto Baccarelli, participar do Heróis em Ação é, além de fomentar o pensamento empreendedor desde cedo, ampliar o alcance da transformação social que o Instituto promove por meio de parcerias com novas iniciativas comunitárias. “Estamos felizes com esta oportunidade que a Unilever, nossa patrocinadora máster, e a UNAS, estão nos proporcionando. Esperamos que seja a primeira de muitas edições deste projeto!”, comemora Maurício Cruz, gerente de desenvolvimento institucional do Instituto Baccarelli.
 

De acordo com a head de Assuntos Corporativos, Governamentais e Sustentabilidade da Unilever, Suelma Rosa, a empresa está engajada no apoio e no desenvolvimento de projetos que impulsionem o impacto social positivo, além do crescimento sustentável. “Entendemos que, quanto mais envolvidas e mais informações as pessoas tenham, as práticas para um mundo melhor ficam mais fáceis. O Projeto Heróis em Ação vem para ajudar a pavimentar esse caminho, sendo um agente de transformação muito poderoso para as crianças. Estamos muito felizes em poder fazer parte desse projeto e juntar a criatividade e o ensinamento lúdico para conscientizar, desde cedo, as pessoas a cuidarem da saúde do planeta”.

 

Sobre o Heróis em Ação
 

O projeto Heróis em Ação é realizado através de um jogo colaborativo, com o objetivo de capacitar educadores, transformar jovens/adolescentes participantes e valorizar seus territórios, cultura e identidade local. A missão de cada grupo (liga) é realizar uma mudança positiva onde os jogadores moram, sendo que as ligas devem cumprir os desafios de cada estação do jogo para alcançar a meta final. Programa sociocultural aprovado na Lei Federal de Incentivo à Cultura, seu conteúdo está alinhado às habilidades e competências previstas na Base Nacional Comum Curricular.

Geral: Brasil registra mais de 13 mil novos casos de câncer de tireoide

 Doença afeta três vezes mais mulheres do que homens 

   Pixabay

O câncer de tireoide é responsável por aproximadamente 1% de todos os tumores malignos do corpo


Redação/Hourpress

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados, no Brasil, 13.780 novos casos de câncer de tireoide (1.830 em homens e 11.950 em mulheres). Um levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) -- gestora de serviços de diagnóstico por imagem na rede pública -- aponta que, de 2020 para 2021, os exames de ultrassom de tireoide cresceram cerca de 30% na rede pública onde FIDI atua (foram 22.677 exames em 2020 e 30.473 em 2021). Até maio de 2022, o número de exames realizados já chegou a 11.791.

 

“O câncer de tireoide é responsável por aproximadamente 1% de todos os tumores malignos do corpo. No entanto, suspeita-se que sua incidência seja maior pelo fato de ser um tumor geralmente pouco agressivo, que pode passar despercebido ao longo da vida. O câncer de tireoide é três vezes mais comum nas mulheres do que nos homens. Dois em cada três casos ocorrem com pessoas na faixa etária entre 20 e 55 anos de idade”, explica a oncologista Andréa Barros, médica membro da plataforma Doctoralia.

 

Sintomas e diagnóstico

 

Os primeiros sintomas da doença começam como um tumor pequeno que se manifesta como um nódulo assintomático. “Estima-se que 65% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida e não significa que sejam malignos. Apenas 6,5% deles são câncer”, esclarece a oncologista.

 

A abordagem inicial do paciente consiste no exame físico, na avaliação do hormônio estimulador da tireoide (TSH) e das características ultrassonográficas dos nódulos tireoidianos e eventual linfadenopatia, que é quando os nódulos linfáticos aumentam de tamanho.

 

“Com ultrassonografia, a detecção de nódulos da tireoide tornou-se cada vez mais frequente e, o grande desafio na prática clínica consiste em identificar quais dessas lesões são realmente relevantes e precisam ser diagnosticadas. As informações obtidas servirão como base para proceder ou não a exames mais específicos para confirmar a gravidade daquele nódulo”, complementa Igor Santos, médico radiologista e superintendente de FIDI.

 

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a maioria dos nódulos (cerca de 90%) são benignos (não-cancerosos), mas aqueles que são cancerosos podem espalhar por todo o corpo e colocar a vida em risco.

 

Fatores de risco e tratamento

 

Doenças hereditárias como síndrome de Gardner, polipose familiar e doença de Cowden, também podem ser consideradas fatores de risco. “Além disso, crianças que fizeram tratamento com radiação na região da cabeça e do pescoço ou radioterapia para câncer, como linfoma de Hodgkin, também correm maior risco de ter câncer de tireoide mais tarde”, complementa a oncologista.

 

Os especialistas indicam que é fundamental fazer os exames de rotina e procurar o médico sempre que tiver algum tipo de mudança na região onde está localizada a tireoide: nódulo no pescoço, dor na parte da frente do pescoço, que pode irradiar para os ouvidos, rouquidão ou mudança no timbre de voz que não passa com o tempo, dificuldade para engolir, dificuldade para respirar e tosse que não passa e não é causada por gripe devem ser considerados sinais de alerta.

 

Os tratamentos podem ser realizados por meio de cirurgia, terapia com iodo radioativo, radiação externa e quimioterapia.

Túnel do tempo: Entra em operação Airbus A300

 


Redação/Hourpress

Em 30 de maio de 1974  entra pela primeira vez em operação o avião de passageiros Airbus A300.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Rua Des. Herotides da Silva Lima

 


Luís Alberto Alves/Hourpress

O desembargador Herotides da Silva Lima nasceu na cidade Barra do Piraí, em 25 de junho de 1900. Era inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. Ocupou os cargos de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, professor de Humanidades, Delegado de Polícia, Promotor Público, Juiz preparador de menores e do civil, Diretor Geral da Secretaria de Segurança Pública, Secretário da Interventoria Federal do Estado, vice-presidente da Associação Internacional de Juristas do Estado e outros cargos importantes. Faleceu em São Paulo em 30 de abril de 1957. A Rua Des. Herotides da Silva Lima (foto) fica no bairro da Saúde, Zona Sul de Sampa.

terça-feira, 24 de maio de 2022

Internacional: Relatório mostra excesso de consumo alimentar na Europa

 

Levantamento da ONG WWF foi divulgado hoje (24)

    EBC
"A Europa come o Mundo" é o título do trabalho da WWF


Agência Brasil 

A Europa importa dois terços da quantidade de comida que exporta, consome mais do que precisa e ainda põe fora fora parte dos alimentos de que dispõe, afirma a organização não governamental (ONG) ambientalista WWF, em relatório divulgado hoje (24).

"A Europa come o Mundo" é o título do trabalho da WWF, que concluiu que o mundo "já produz alimentos suficientes para toda a população" mas que é preciso mudanças no sistema comercial e de produção para que cheguem a todos.

"A transformação mais drástica reside na mudança de dietas, com a substituição de carne e laticínios produzidos intensivamente por alimentos à base de plantas", defende a WWF, que pede à União Europeia que reduza a "parte desproporcional dos recursos globais que consome para se alimentar a si própria".

Valor

Em números de 2020, a União Europeia importou 122 bilhões de euros em produtos agroalimentares e exportou 184 bilhões. A Europa ganha porque exporta produtos de alto valor e importa produtos de baixo valor, mas quem sofre é "o fornecimento alimentar mundial", diz a WWF.

"Importamos cacau e exportamos chocolate, importamos soja para ração animal e exportamos produtos lácteos. Em vez de ser o `celeiro` do mundo, a UE é a `mercearia`, vendendo produtos destinados principalmente a consumidores mais ricos" resume a organização.

A WWF aponta o efeito no mundo que os padrões de consumo europeus provocam, salientando que "os atuais níveis elevados de produção alimentar só são possíveis graças à importação maciça de recursos".

Humana

Para a organização, a mudança deve ser para a "produção de gado em pastagem" em vez de importar produtos agrícolas "que conduzem à destruição dos ecossistemas naturais" e tiram espaço a "culturas que se podiam destinar à alimentação humana".

Os produtos agrícolas importados para a Europa, sobretudo a soja, são cultivados à custa de florestas destruídas nos trópicos: "entre 2005 e 2017, cerca de 3,5 milhões de hectares de floresta foram destruídos para produzir produtos agrícolas" para o mercado europeu, emitindo gases de efeito estufa equivalentes a 40% das emissões anuais europeias.

Dentro das fronteiras europeias, pratica-se agricultura industrial assentada "num modelo extrativo que desgasta a base de recursos naturais de que depende", levando à perda de biodiversidade, a solos menos saudáveis e poluição provocada pelo uso de fertilizantes, que chegam também aos ecossistemas aquáticos.

Pescado

No pescado, a Europa importa quase o dobro do que produz, com 5,1 milhões de toneladas e 9,5 milhões de toneladas importadas em números de 2019, correspondendo ao consumo de mais de 12% do total produzido no mundo. Só em marisco, cada europeu consome anualmente em média 24 quilos, mas só 40% é produção europeia.

Esse consumo, destaca a WWF, pesa nos ecossistemas e nos recursos pesqueiros do mundo, mais de um terço dos quais são "explorados para além de níveis sustentáveis".

A WWF estima que cada europeu desperdice 173 quilos de alimentos anualmente, indicando ainda que "15% da produção alimentar total se perca durante ou pouco depois da colheita de cada ano".

A diretora da WWF Portugal, Ângela Morgado, salientou que a invasão russa da Ucrânia, com impacto na produção de cereais, corre o risco de ser "instrumentalizado" para se reduzirem os compromissos ambientais europeus em favor de aumentos de produção.

"Apenas um sistema alimentar mais sustentável será capaz de proporcionar segurança alimentar. A UE não deve concentrar-se em produzir mais, mas sim em produzir e consumir melhor, de forma diferente", defendeu.