Postagem em destaque

Crônica: O dia da grande travessia

    Hourpress Sabe que não adianta qualquer ação contra a corrida frenética de dias Astrogildo Magno Fausto, aos 65 anos, descobriu que ...

domingo, 27 de julho de 2025

Geral: Mortes por câncer de cabeça e pescoço poderão disparar


Arquivo/Pixabay


 Radiografia da Notícia

Ultrassom, tomografia, ressonância magnética e PET-CT são exames utilizados na detecção

No Brasil, ainda de acordo com a entidade, mais de 41 mil novos casos da doença são registrados anualmente

Diante desse cenário, o diagnóstico precoce é essencial 

Redação/Hourpress

O número de mortes por câncer de Cabeça e Pescoço no Brasil pode crescer 86% até 2050, segundo o Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP). Diante desse cenário, o diagnóstico precoce é essencial e pode elevar as chances de cura para até 90%, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). No Brasil, ainda de acordo com a entidade, mais de 41 mil novos casos da doença são registrados anualmente, e a maioria é descoberta em estágios avançados — o que dificulta o tratamento e compromete o prognóstico.
 

Exames de imagem como ultrassonografia e tomografia computadorizada são ferramentas fundamentais para o diagnóstico precoce, que pode vir a ser complementado com ressonância magnética e PET-CT, conforme alerta a médica radiologista do grupo de Cabeça e Pescoço do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (InRad HCFMUSP), Regina Lúcia Elia Gomes, que atua como consultora radiológica na reunião da equipe multidisciplinar do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMUSP.


“A ultrassonografia costuma ser o primeiro passo: é simples, acessível e não invasiva, ideal para investigar a maioria dos nódulos na região do pescoço. Já a tomografia computadorizada oferece imagens rápidas e detalhadas, especialmente útil para o estadiamento de tumores em pacientes que não conseguem permanecer deitados por muito tempo, para uma avaliação inicial de lesões de partes moles que comprometem a face ou a base do crânio, e também para avaliar a relação com as partes ósseas, bem como complementar os achados ultrassonográficos. 


Tumor

A ressonância magnética é indicada para complementar a avaliação das partes moles, particularmente na avaliação de comprometimento encefálico e disseminação perineural, e o PET-CT fornece informações sobre a atividade metabólica do tumor e possíveis metástases, sendo indicados conforme cada local do tumor primário”, descreveu Regina.


Segundo a especialista, além de confirmar a presença do tumor, esses exames são fundamentais para determinar a localização exata, o estágio da doença e a presença de metástases, além de poder orientar a realização de eventuais biópsias. “Essas informações são essenciais para que a equipe médica possa definir o tratamento mais adequado — que pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia, bem como uma combinação destas”, finalizou.


Perigo do sexo oral desprotegido

Entre os tumores mais frequentes da região estão os que atingem a laringe, cavidade oral, orofaringe, tireoide, pele, olhos e cérebro. Feridas que não cicatrizam, rouquidão persistente, dificuldade para engolir, nódulos no pescoço, tosse prolongada e manchas na boca devem ser investigados.


Homens acima dos 50 anos ainda são os mais atingidos, mas casos em jovens de 20 a 30 anos têm aumentado, impulsionados pelo uso de cigarro e infecção por HPV transmitida por sexo oral desprotegido, segundo Luiz Paulo Kowalski, Professor Titular do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMUSP.


Sobre o InRad

Com mais de 30 anos de história, o InRad (Instituto de Radiologia) é um dos oito Institutos do maior Complexo Hospitalar da América Latina, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e conta com uma estrutura de ponta para diagnóstico e terapias por imagem. A instituição é reconhecida pela excelência em assistência, pesquisa, ensino, e desenvolvimento de projetos ligados à inovação e tecnologia.


Classificado como melhor centro de medicina nuclear do mundo pela Agência Internacional de Energia Atômica, é responsável pela produção farmacêutica de itens utilizados para pesquisas clínicas e de produtos usados na rotina clínica e fármacos produzidos no setor de medicina nuclear.


Por ano, passam pelo InRad cerca de 927 mil pacientes. No instituto são 82 equipamentos de radiologia de última geração para realizar mais 2,7 milhões de exames por ano, sendo 284 mil de exames de emergência.


Nenhum comentário:

Postar um comentário