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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Variedades: MARIA lança "Perdão", música cheia de significados





Fazendo uma reflexão da infância até os dias atuais, artista traz composição poderosa

Redação/Hourpress
Depois de dois shows no Rock In Rio, sendo um dos destaques do palco Filtr Live e participando ao lado de Delacruz no palco Favela, MARIA lança “Perdão”, já disponível em todas as plataformas digitais. A música traz uma composição forte da artista, que faz uma reflexão sobre a infância e os erros que fizeram uma menina se tornar uma mulher de forma tão rápida. No fim, o que resta é o perdão, tanto com os outros, quanto com você mesmo.
Frases como “a mulher que eu me tornei custou muito caro, não vou negar"; "minha mãe sempre dizia, não existe herói, te criei rainha" e “não dê espaço para quem não sabe lidar com as bem resolvidas” são algumas das frases que compõem a letra. Elas seguem como um desabafo, uma confissão, nas notas do violão e cordas, que aumentam a dramaticidade da faixa.
O clipe busca não interferir na arte que é a própria música, mas complementa muito bem. MARIA em casa, canta em diferentes cenários, mas destaque para as cenas em frente a um espelho, em que consegue mostrar que o pedido de perdão não é apenas para as outras pessoas.
Este é o quarto single da cantora neste segundo semestre. Há algumas semanas lançou “Sagaz”, que chegou depois de “Acabou”, que é um hino para quem vive o fim de um relacionamento e escolhe o caminho da volta por cima. Completam os lançamentos, “Codinome”, gravada em Nova York como parte do projeto VEVO DSCVR, em que MARIA foi a primeira brasileira a participar. Além de outras novidades, a cantora já tem mais algumas músicas prontas a serem lançadas este ano e também prepara uma websérie, além de fazer parte da próxima novela das 21h da Rede Globo, “Amor de Mãe”.
Bio MARIA
MARIA é uma jovem mulher, nascida e criada na favela da Cidade Alta, e que hoje, aos 19 anos, começa a descobrir o mundo à sua volta. Tem como missão ocupar, transmitir ideias e fazer uma ponte entre a favela e tudo que habita fora dela. Uma menina de fé, garra e muita sensibilidade. Oscila entre sua sensualidade e sua ironia, pois também é de atitude.
Ganhou destaque quando a Pineapple Storm a convidou a participar do projeto “Poesia Acústica #2”, onde ao lado de Delacruz, Ducon, Luiz Lins, Diomedes, BK’ e Kayuá cantaram “Sobre Nós”. Era para anunciar os novos talentos do hip hop e cultura de rua. Dá-lhe anúncio! O clipe, lançado no segundo semestre de 2017 já ultrapassou a incrível marca de 335 milhões de views no YouTube. A produtora a convocou para o registro seguinte, #3, onde cantou “Capricorniana” com Sant, Tiago Mac, Lord e Choice. Novo estouro de popularidade com mais de 212 milhões de views. Sua terceira participação veio no “Poesia Acústica #5 - Teu Popô (Remix)”, ao lado de Hodari, Ducon, Chris, Kayuá, Don L e Luccas Carlos, que ultrapassa mais de 43 milhões de views.
Em meio ao sucesso estrondoso de suas participações no projeto “Poesia Acústica”, onde coletivo de novos talentos do hip hop nacional gravam, MARIA dá sequência ao seu trabalho solo com a Sony Music, que começou com “Toda Vez”, música que já conta com mais de 4.2 milhões de visualizações.
Quando se fala em músicas e shows, MARIA é entretenimento. Gosta de transmitir boas energias e alegrar as pessoas. E assim, fazê-las esquecerem de seus problemas, contas, cônjuges e o caos do Brasil por uma hora. Teatral, intérprete e sempre com a mania de inovar, MARIA busca em seus shows, apresentações e clipes usar um pouco de todos os meios da arte. MARIA é a favela passeando pelo mundo, e mostrando a ele, que favelas são muito mais que problemas socioeconômicos e sexualidade. Favela é poder.

Túnel do Tempo: Balão Zeppelin ganha os céus


Luís Alberto Alves/Hourpress

No dia 11 de outubro de 1928, o dirigível mais famoso do mundo viaja da Alemanha em direção aos Estados Unidos pela primeira vez. O percurso  durou 111 horas, praticamente quatro dias e meio, ate chegar em Nova York.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Alameda Joaquim Eugênio de Lima



Luís Alberto Alves/Hourpress

Poucos sabem que o urbanista e jornalista Joaquim Eugênio de Lima, nascido em 6 de setembro de 1845, em Montevidéu, Uruguai, foi o idealizador da Avenida Paulista e outras ruas de Sampa. Teve dois jornais em São Paulo. A Alameda Joaquim Eugênio de Lima (foto) fica no Jardim Paulista, Centro Expandido.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Economia: Empresa angolana investe em realidade virtual do Brasil para se expandir


Fabricante e distribuidora de cervejas na África procurou o empresário Fabio Costa, CEO de agência de realidade virtual, em São Paulo, para produzir vídeos com a tecnologia
Redação/Hourpress
Presente no mundo dos games, da publicidade, da cultura, da medicina, entre inúmeros outros setores, a realidade virtual (VR) é uma tecnologia que está, cada vez mais, se expandindo pelos cinco continentes, como prova de que a experiência imersiva no mundo digital, envolvendo os nossos sentidos, há tempos deixou de ser algo do futuro para se tornar algo do presente. E não se trata de um recurso utilizado apenas pelas maiores potências mundiais, mas, por todos aqueles países que possuem visão e estão cientes do quão fundamental é acompanhar as tendências do mundo.
Na Angola, por exemplo, a SODIBA, Sociedade de Distribuição de Bebidas de Angola, está investindo na realidade virtual como forma de intensificar a expansão dos seus negócios para além da África. A empresa é produtora e distribuidora de duas cervejas: a Sagres, bebida portuguesa fabricada pela SODIBA e distribuída em todo o continente africano, e a Luandina, bebida própria da empresa, em referência a capital da Angola, Luanda, onde está situada a sua fábrica. Atualmente, além do continente africano, a produtora exporta produtos para a China e Portugal.
Ciente da relevância de tornar a sua marca conhecida de forma inovadora e com o desejo de aumentar a exportação de Luandina para o mercado chinês, a produtora angolana procurou o empresário Fabio Costa, CEO da Agência Casa Mais, em São Paulo, pioneira em realidade virtual no Brasil, para produzir vídeos com a tecnologia que permitam aos usuários conhecer a fábrica da SODIBA sem, realmente, estar dentro dela.
“Fomo procurados pela empresa para produzir vídeos em VR que serão utilizados, principalmente, para serem apresentados na Feira CIIE - China International Import Expo, que acontecerá nos dias 5 a 10 de novembro de 2019 em Xangai. Segundo Costa, o uso da tecnologia é fundamental em casos como esse por proporcionar uma aproximação da realidade apresentada, facilitando o seu conhecimento e o possível fechamento de parcerias, por exemplo: “Se eu quero abrir fronteiras para o meu negócio, eu preciso apresentá-lo ao mundo. Assim, nada melhor do que fazê-lo por meio de uma experiência imersiva que permitirá as pessoas  vivenciarem uma situação como se, realmente, estivessem ali e conhecer mais detalhes que, muitas vezes, não ficariam totalmente claros num diálogo ou, até mesmo, em imagens estáticas”, afirma.
Assim que foi chamado pela SODIBA, o empresário conta que viajou para Angola, juntamente com sua equipe da Agência Casa Mais, para desenvolver os vídeos, que mostrarão aos interessados toda a estrutura da fábrica da Luandina. “Graças ao trabalho que realizamos, será possível, por meio dos óculos de realidade virtual, visitar a fábrica, ver o seu funcionamento, conhecer o processo de fabricação e distribuição da cerveja, entre outras atividades; experiências essenciais para atrair os investidores”, ressalta Costa.
De acordo com o CEO, este é o primeiro trabalho internacional realizado pela Agência Casa Mais, que iniciou seus trabalhos em 2012 produzindo vídeos em 360 graus em festas de casamento, bailes de formatura, entre outros eventos, e hoje atende as maiores multinacionais do Brasil, oferecendo serviços que utilizam a realidade virtual e aumentada. “Eu fiquei muito feliz ao ser procurado pela SODIBA, pois isto é sinal do quanto a Agência está crescendo e ganhando notoriedade não apenas no Brasil, onde já somos referência, como no exterior. Além disso, foi gratificante contribuir com as estratégias de expansão de uma empresa, cujo país foi tão assolado pela guerra civil, inclusive, economicamente, e hoje vem recuperando sua economia, gradativamente”, diz.
A guerra civil angolana teve início no ano de 1975, quando o país deixou de ser uma colônia portuguesa e se tornou independente. A partir de então, diversos grupos passaram a disputar a hegemonia de Angola, associados a grupos de interesses internacionais, gerando um dos confrontos mais sangrentos do país, que perdurou por quase 30 anos, levando a nação a ser considerada uma das mais pobres do mundo.
Hoje, a economia angolana vem crescendo, graças, principalmente, às exportações de petróleo e diamante. Segundo o Ministério das Finanças de Angola, o crescimento econômico do país, em 2019, é de 0.4% e a estimativa é de que cresça a médio prazo cerca de 3% nos próximos dois anos. Ainda de acordo com o Ministério, o país passou por uma recessão entre 2016 e 2018 devido, justamente, à queda na produção petrolífera.
A atitude de empresas como a SODIBA, portanto, de abrir fronteiras de modo inovador, só tende a ser benéfica para Angola. A produtora aposta no setor de bebidas para promover a diversificação da economia angolana, ao contribuir para o crescimento da indústria nacional e para a redução da necessidade de importação de bebidas, além de gerar empregos e investir na capacitação de seus colaboradores. “Em breve, a fabricante pretende se expandir para a Europa e América, incluindo o Brasil, e se depender de recursos como a realidade virtual, só terá a ganhar”, conclui Costa.

Economia: Segmento de refrigeração ganha player chinês


A partir da Fenatran, a empresa Kaixue-SuperSnow começa a abrir as portas no mercado brasileiro

Luís Alberto Alves/Hourpress
Com uma perspectiva de crescimento no curto e médio prazo, uma das líderes do mercado de refrigeração na China prepara a sua entrada em solo brasileiro. Durante a Fenatran, que acontece entre 14 e 18 de outubro, em São Paulo, no São Paulo Expo, a marca SuperSnow, da Zhengzhou Kaixue Cold Chain, faz sua estreia.
Na maior feira de transportes das Américas, a empresa vai apresentar três produtos em seu estande, focando inicialmente no mercado de distribuição. Os equipamentos, denominados KX 350, KX 450 e KSD 800, além de já trazerem um know how da marca em países como China, África, Austrália, Oriente Médio e Sudeste da Asia, trazem também soluções que asseguram mais espaço útil para a carga.
“Os evaporadores são ultrafinos para minimizar o espaço interno no baú e permitir maior espaço útil de carga. Os equipamentos têm controlador micro processado, com opção de Data Logger e utilizam gás refrigerante 404A”, explica Paulo Lane, da empresa Market Assess, que está assessorando a SuperSnow na América Latina.
Outro diferencial da marca será no pós-vendas. Mesmo que em um primeiro momento os equipamentos sejam importados, a empresa já está em pleno processo de desenvolvimento de uma rede de vendas e serviços nas principais cidades do país. “A SuperSnow tem como diferencial de assegurar uma excelente performance, uso de componentes globais de primeira linha e um Custo Total de Operação (TCO - Total Cost of Ownership) menor do que os outros fabricantes. No pós-venda, a empresa é muito forte e presente em todos os mercados em que atua”, pontua Lane.
Entrada no Brasil – A empresa iniciou o processo de internacionalização em 2006, com exportações para África, América Central e Sul, Austrália, Oriente Médio, Sudeste da Ásia e outros. Atualmente exporta para mais de 70 países.
Paulo Lane esclarece que a América Latina e Caribe compreende uma região com aproximadamente 650 milhões de pessoas, 8,5% da população mundial, com grande potencial de crescimento e muitas oportunidades de desenvolvimento e melhoria da Cadeia do Frio. “E na América Latina, o Brasil é o país com maior potencial de crescimento do segmento de produtos perecíveis”, finaliza.
Produtos expostos na Fenatran
  • KX-350 – equipamento com compressor acoplado para distribuição de produtos resfriados em baú de até 20 m3 e congelados até 15m3. Opção com stand-by elétrico
  • KX-450 – equipamento com compressor acoplado para distribuição de produtos resfriados em baú de até 22 m3 e congelados até 16m3. Opção com stand-by elétrico
  • KSD-800 – equipamento com motor diesel independente e elétrico auxiliar para viagem larga distância ou distribuição de produtos resfriados em baú de até 40 m3 e congelados até 32m3.
Sobre a empresa
A empresa Zhengzhou Kaixue Cold Chain Co. Ltd, comercializa seus produtos com a marca Super Snow, é uma empresa com foco em equipamentos para a Cadeia do Frio. Fabrica e comercializa equipamentos de refrigeração para caminhões, ar condicionado para ônibus, expositores para supermercados e câmaras frias. Iniciou suas atividades em 1998 como um Concessionário de Vendas e Serviços Carrier Thermo King. Em 2006 expandiu sua operação para uma fábrica de 3.100 m2 e 100 funcionários. 
Em 2015 abriu uma segunda fábrica de 2.480 m2 especializada para fabricação de equipamentos de refrigeração para transporte e ar condicionado de ônibus. Em 2018 tornou-se o maior fabricante na China de equipamentos de refrigeração para transporte. Desde 2014 abriu capital com ações na bolsa (SEEQ). Para mais informações acesse o site www.supersnowcold.com.

Economia: Sem essa habilidade, seu futuro profissional está comprometido



Ser um fluente digital tem muito mais a ver com uma nova lógica de entender o mundo



*Alessandra Lippel

Venho aqui fazer uma confissão. Demorou um tempo até minha ficha cair e eu conseguir entender o que os meus professores de futurismo queriam dizer sobre a principal habilidade que um profissional precisa desenvolver pra ter sucesso no futuro:  a tal fluência digital.
O conceito em si não é exatamente novo…. já se fala aos quatro ventos sobre transformação digital e ser fluente nesse conceito, soa quase como óbvio. Mas vou te dizer que uma coisa é saber que inglês é importante, saber traduzir algumas palavras e até conseguir articular um  "the book is on the table" ….outra coisa é ser fluente no "idioma".
Muita gente com quem converso todos os dias acredita que apenas conhecer as novas tecnologias e aprender a trabalhar com ferramentas digitais é suficiente para virar fluente, mas de novo …. assim como as frases em inglês tem uma construção própria da língua e que muitas vezes não dá pra traduzir literalmente  pro português , a fluência digital também suas peculiaridades.
Ser um fluente digital tem muito mais a ver com uma nova lógica de entender o mundo e trabalhar nele do que necessariamente com tecnologia. A tecnologia é apenas um veículo, não o fim da viagem.  Quer aprender sobre fluência digital? Então conheça e exercite o pensamento não linear, conectado,  multidisciplinar e imprevisível. Pesquise quais empresas e profissionais estão já praticando essa lógica e tente colocar uma pitada disso tudo no seu dia a dia. Você verá um mundo novo se abrir bem diante dos seus olhos!
Sobre Alessandra Lippel
Futurista, Diretora Criativa, empresária, cantora e compositora, Alessandra Lippel é um exemplo de profissional com carreira multipotencial. É especialista em futuro do trabalho e prototipagem rápida de projetos. Formada nos cursos de futurismo pela Singularity University e Friends of Tomorrow (primeiro curso de futurismo do Brasil promovido pela Aerolito) e também na metodologia de prototipagem Mesa Company. 

Economia: A Filantropia vai acabar?


A proposta se trata de um recorte da tão discutida Reforma da Previdência

*Marcio Zeppelini
Fundada em 1543, a Santa Casa de Misericórdia de Santos é considerada por muitos historiadores como a primeira instituição do Terceiro Setor registrada no Brasil. Desde então, as atividades desenvolvidas se espalharam para além do campo da saúde, como educação, cultura, meio ambiente e assistência social, que ao longo dos anos contribuíram significativamente para o avanço e a formação da sociedade atual. No entanto, o trabalho comunitário iniciado ainda no século XVI corre sério risco de chegar ao fim, caso a PEC Paralela da Reforma da Previdência (PEC 133/2019), que segue em tramitação na Comissão de Constituição e de Justiça e Cidadania (CCJC), seja aprovada.
Vale destacar que a proposta se trata de um recorte da tão discutida Reforma da Previdência, a mesma que se apresenta para parte da população como solução para o equilíbrio fiscal brasileiro. Se aprovada, as OSCs que possuem o CEBAS (Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social) passarão a pagar a cota patronal do INSS, que representa onerosos 20% da Folha de Pagamento das instituições. Presumo, infelizmente, que se isso ocorrer, em curto prazo o trabalho se tornará inviável, podendo significar o fim de muitas atividades filantrópicas do País.
Note que, na prática, a proposta fere não apenas o que determina a Constituição Federal, que considera as instituições do Terceiro Setor como aliadas do Estado para o auxílio na prestação de serviços sociais e assistenciais à população, mas também atinge diretamente mais de 3 milhões de profissionais que atuam no segmento que podem perder seus empregos.
Isso sem contar as dezenas de milhares de brasileiros e suas famílias que dependem dos serviços gratuitos oferecidos por Santas Casas, Hospitais do Câncer, universidades filantrópicas e tantas outras organizações sociais. Mais uma vez, quem vai sofrer mais com a decisão - caso ela seja aprovada - são os brasileiros menos favorecidos, que sofrem com o descaso do Poder Público, mas têm no trabalho filantrópico a esperança renovada periodicamente.
A arte de se transformar R$ 1,00 em R$ 7,39
Publicada no início de 2019, a pesquisa “A Contrapartida do Setor Filantrópico para o Brasil”, divulgada pelo Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas – FONIF, destaca o impacto positivo das instituições para o desenvolvimento do País. Baseado em informações oficiais dos órgãos públicos que regulam o setor, o estudo mostra que a cada R$ 1 de imposto não arrecadado pelo Estado do segmento filantrópico por meio das imunidades, a contrapartida real do setor é de, em média, R$ 7,39.
Vamos ao exemplo: um hospital que deixa de pagar R$ 1 milhão em contribuição previdenciária investe cerca de R$ 7,39 milhões em serviços gratuitos de saúde à população. Numa matemática simples, o "investimento" do Estado (em decorrência da imunidade tributária) resulta no oferecimento de consultas, exames, cirurgias e internações gratuitas a quem não pode pagar por tais serviços.
Com a cobrança de impostos, as unidades que prestam tais serviços certamente sofrerão com os impactos e, no final, o paciente de baixa renda que depende do atendimento será o maior prejudicado. Ainda de acordo com a pesquisa do FONIF, as imunidades tributárias das organizações filantrópicas são pequenas se comparadas ao universo geral das contas da Previdência. Este impacto é de cerca R$ 12 bilhões, o equivalente a apenas 3% de toda a arrecadação previdenciária, que fica em torno de R$ 375 bilhões.
Simples assim: as filantrópicas passam a pagar R$ 12 bi de previdência e o Estado se verá obrigado a investir mais de R$ 88 bi em serviços à população.
Por fim, no dever de prestar esclarecimentos à população sobre o que de fato estão querendo propor para o setor filantrópico no Brasil, declaro que a Rede Filantropia, importante plataforma para a disseminação de conhecimento técnico para o Terceiro Setor, é absolutamente contra as mudanças apresentadas pela PEC Paralela. É tempo de mudar, mas para melhor.
Sobre a Rede Filantropia
A Rede Filantropia é uma plataforma de disseminação de conhecimento técnico para o Terceiro Setor, que busca profissionalizar a atuação das instituições por meio de treinamentos, publicações, palestras, debates, entre outras iniciativas.
Marcio Zeppelini
Com 23 anos de sólida experiência em Terceiro Setor, é empreendedor social, empresário, produtor editorial e jornalista, é presidente da Rede Filantropia e diretor-executivo da Zeppelini Editorial. É palestrante motivacional e de temas relacionados a comunicação, desenvolvimento pessoal, Terceiro Setor, captação de recursos e sustentabilidade. Autor do livro "Comunicação e Marketing para Projetos Sociais".