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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Geral: Um oásis cresce na árida caatinga



Tecnologia israelense de irrigação está transformando uma região no nordeste baiano com o conceito de gestão inteligente da água
Redação/Hourpress
 Um oásis em plena caatinga. É assim que chamam o Sítio do Paraíso localizado no município de Ribeira do Amparo, na região nordeste da Bahia. Ali se produz, desde 2015, banana prata (tipo Catarina) que, com um projeto bem implantado de irrigação, conseguiu transformar um cenário árido (quase de praia) em um campo verde e produtivo.
O segredo da eficácia do Sítio Paraíso é a implantação da irrigação dentro do conceito de gestão no uso da água. A ideia de investir nesta tecnologia, no Sítio Paraíso, partiu da necessidade de ter água para produzir. “Antes era uma terra Inviável para agricultura. Um solo arenoso como se fosse praia. A pluviosidade média/ano é de 700 mm. Mas, ao mesmo tempo, estamos sob o berço de um ‘gigante adormecido’, um imenso lençol freático muito aflorado, com potencial para a agricultura e pecuária”, diz Maria Lucimeire Andrade Fontes da Cruz, agrônoma e proprietária do Sítio. A produtora relata que com a irrigação mudou completamente o cenário produtivo da região. “Este ano já observamos um ganho de produção, porque o peso médio do cacho já ultrapassa os 25kg, e pode chegar a 30kg”, afirma Lucimeire.
A fornecedora da tecnologia para irrigação foi a RIVULIS PLASTRO IRRIGAÇÃO, player de referência mundial em microirrigação e fertirrigação, que se diferencia no Brasil, por entregar resultado de eficiência na irrigação e eficácia na gestão inteligente da água.
Para aumentar a eficiência no uso da água em irrigação e reduzir custos Lucimeire conta que adotaram a tecnologia Manna Irrigation, da Rivulis. Por causa da necessidade de usar a água vinda de poços há um custo elevado de energia pelo uso de bombas de sucção. “Com o Manna fazemos o uso mais assertivo da irrigação e, por isto temos economia de água e de energia uma vez que ele avisa quando é necessário irrigar e qual a quantidade. É um investimento decisivo porque nessa região só temos agricultura se for com irrigação”, afirma.
O Manna é uma tecnologia de monitoramente da lavoura que faz, via satélite, uma varredura de toda a área plantada, indicando ao produtor qual parte da plantação precisa de mais ou menos irrigação. A instalação é fácil, é só definir seus campos, culturas e data de plantio. Em 24 horas, o sistema está pronto para fornecer recomendações de irrigação para cada zona de irrigação. A tecnologia é exclusiva Rivulis e possui interface aberta que permite integração com outros tipos de irrigação e pode ser operado de qualquer lugar onde o produtor esteja. Hoje, o Manna é usado por 60 países em mais de 40 tipos de culturas, e no Brasil, já comprovou sua eficiência em grãos, café, banana, algodão feijão e silvicultura. “Já são mais de 3 mil hectares ativos sendo monitorados pela ferramenta”, afirma Mateus Tizzo especialista Manna da Rivulis no Brasil.
E é – exatamente – o que acontece no Sítio Paraíso. Através do mapeamento e monitoramento – via satélite – do Manna -, Lucimeire explica que consegue identificar desde escassez ou excesso de irrigação, problemas de fitossanidade e, até mesmo, problemas de nutrição. “Além da banana, fazemos outras culturas de ciclo curto para uma melhor rotação das áreas, com o objetivo de trabalhar o solo”, salienta.
Por conta da aridez do solo, fazem adição de matéria orgânica líquida e sólida. Lucimeire conta que, precisa melhorar a qualidade da solução do solo, que está com pH acima de 8,5. “Isso é um fator limitante para absorção de nutrientes pela planta, consequentemente, menor produtividade por área plantada. Mas estamos chegando ao solo ideal e queremos ampliar a produção. Temos 30 hectares para crescer e irrigar que, possivelmente, será com bananas”, antecipa a engenheira agrônoma e proprietária do Sítio Paraíso.
Crescimento no Brasil
Integrante do FIMI Opportunity Funds, principal fundo de privat eequity de Israel, a RIVULIS que está no Brasil desde 2015, com sede em Uberlândia/MG, aposta no potencial do país. Em 2018, a empresa cresceu 9,5%, ampliou seu share em 3% e conquistou 318 novos clientes. Para 2019, a RIVULIS tem a expectativa de crescer, além dos 12% (média anual atingida pela empresa desde a chegada ao país, em 2015). Para o gerente nacional de vendas da Rivulis no Brasil, Guilherme Souza, o cenário brasileiro da irrigação tem muito potencial para crescer.
Sobre a Rivulis - Um dos principais players de gotejamento e microirrigação no mundo. Conta com 1,7 mil funcionários, 15 fábricas e uma rede de distribuição global de mais de 2,5 mil revendedores e parceiros OEM, a Rivulis Eurodrip é um importante player que afeta o crescente movimento da agricultura para a microirrigação. Através do design do sistema fornecido pelos 5 Centros de Serviço de Design; Inovação de produto fornecida por 3 Centros de P & D em Israel, Califórnia/USA e Grécia; Treinamento, Suporte técnico e Manna Irrigation para recomendações de irrigação.

Geral: Diploma mais barato de médico é sinônimo de risco para população





Pelos cálculos do presidente da APM, o Brasil tem atualmente 450 mil médicos


Luís Alberto Alves/Hourpress

De acordo com pesquisa encomendada pela APM (Associação Paulista de Medicina) feita com 695 médicos associados e não-associados, em todo o Brasil, de 23 a 30 de setembro deste ano, mais de 90% da categoria exigem exame obrigatório e reprobatório para recém-graduados obterem e exercerem a Medicina. “Do contrário, a população corre sério risco de morte nas mãos de médicos que não estão aptos para essa função”, disse o presidente da APM, Dr. José Luiz Gomes do Amaral.

Segundo a entidade, existem atualmente no Brasil 337 faculdades de Medicina, responsáveis anualmente pela formação de 34 mil profissionais; mais de 7 mil delas funcionam no Estado de São Paulo. “Calculamos que num prazo de 15 anos teremos mais de 1,5 milhão de profissionais em atividade”, disse.

De acordo com Amaral, é importante o recém-formado passar por esses dois exames para comprovar se realmente ele está capacitado para trabalhar nesta função, visto que um diagnóstico ou cirurgia errado poderá colocar em risco a vida do paciente.

 “E tão grave a situação que num exame facultativo realizado pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de SP), entre 2005 e 2018, tivemos altos índices de reprovação. Em 2008, 61% dos recém-formados foram reprovados. Não conseguiram responder a questões simples, algo rotineiro quando se trabalha nesta profissão”, frisou.

Para não demonstrar qualquer tipo de retaliação contra os médicos que acabaram de concluir o curso de Medicina, nesta pesquisa 91,2% da categoria, associado e não-associados, no quesito formação/qualificação, consideram importante que apenas os aprovados nos dois tipos de exames possam obter o registro profissional; apenas 3,3% consideraram que deveria ser facultativo passar por este tipo de avaliação.

Pelos cálculos do presidente da APM, o Brasil tem atualmente 450 mil médicos. “Dos 34 mil formandos que chegam ao mercado todos os anos, 17 mil não estão aptos para o obter o registro profissional. Para piorar este quadro, 65 mil brasileiros vão estudar em faculdades de medicina da Argentina, Bolívia e Paraguai, que não oferecem boa qualidade de ensino”, explicou.


Túnel do Tempo: Santos é Bicampeão mundial


Luís Alberto Alves/Hourpress

No dia 10 de outubro de 1962, o Santos  venceu o Benfica por 5 a 2 na Vila Belmiro e foi a primeira equipe brasileira a ganhar o título mundial interclubes. Durante aquele período o Santos conquistou todos os títulos possíveis que disputou, sendo considerado um dos maiores times da história.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Avenida 23 de Maio



Luís Alberto Alves/Hourpress

Até o final do século XIX, a região onde hoje existe a Avenida 23 de Maio (foto) era um fundo de vale que dividia os bairros da Liberdade e Bela Vista, conhecido como Vale do Itororó, por causa do córrego Ribeirão do Anhangabaú. A partir de 1928, a prefeitura começava a delinear a futura Avenida 23 de Maio, mas ela só ficaria pronta em 1969.

De 1930 a 1940, ela era chama de Avenida Anhangabaú. O nome (homenagem à data da Revolução Constitucionalista de 1932) definitivo surgiu em 1954, por meio de Projeto de Lei da Câmara Municipal. O encontro dela com a 9 de Julho, as duas junto à Praça da Bandeira formaria um V, simbolizando a vitória paulista, que mesmo derrotada no campo militar obrigou o governo Getúlio Vargas a rever sua posição ditatorial.

A proposta dos engenheiros  foi a de construir uma avenida que evitasse cruzamentos de nível, contribuindo para o bom fluxo do trânsito. Dai a construção de cinco viadutos. A Avenida 23 de Maio começa no Centro e termina na Vila Mariana (Zona Sul).


segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Fiat: 20 anos do Fiat no mercado brasileiro



Inovador até na hora da compra, foi o primeiro Fiat brasileiro ser vendido na internet- Design autêntico era um dos destaques do hatch médio- Preço atrativo, custo-beneficio e excelente espaço interno também estavam entre os pontos altos


Luís Alberto Alves/Hourpress 
Design autêntico, com linhas arrojadas e amplo espaço interno. Poderia ser a descrição de mais um novo modelo da Fiat. E quase é! Na verdade, trata-se do Brava, hatchback lançado em setembro de 1999, exatos vinte anos atrás, com o slogan “Pecado é não ter um”.  Além do visual mais arredondado, exibia conjuntos óticos muito característicos do modelo, com faróis estreitos e lanternas traseiras divididas em três partes, uma ousadia tamanha até nos dias de hoje.
Por dentro, o Brava também surpreendia. Com bom aproveitamento do espaço interno, o modelo tinha painel bem desenhado, com comandos de som e climatização incorporados, o que melhorava a ergonomia, garantindo mais conforto e ajudando até no prazer ao dirigir.
Em relação aos equipamentos, o Brava era bem servido para a época. A versão de entrada SX trazia de série direção hidráulica, regulagem de altura do volante, ajuste elétrico dos faróis e limpador traseiro. A configuração de topo ELX ainda incluía ar-condicionado automático, vidros elétricos dianteiros, sistema de som com toca-fitas e imobilizador. Os principais opcionais eram os air bags frontais e laterais, faróis auxiliares, toca-CD, alarme e rodas de liga leve.
Inovação desde a compra
A inovação acompanhava o Brava já no momento da compra, pois foi o primeiro Fiat brasileiro a ser vendido na internet, passo importante para as relações com o cliente. O preço e custo beneficio também eram bons atrativos do modelo, que recebia o motor de 1,6 litro e 16 válvulas do Palio, que rendia 106 cv de potência e 15,1 kgfm de torque.
No ano seguinte, o hatch ganhava uma versão esportiva HGT, inaugurando essa sigla entre os Fiat no país. Um Brava mais “bravo”, com propulsor 1.8 de 132 cv e 16,7 kgfm. Outros diferenciais eram defletor traseiro, rodas de 15 polegadas e interior revestido de tecido especial. O Brava HGT ainda contava com suspensão recalibrada, mais firme, para melhor comportamento dinâmico.
Em 2001, era a vez de o Fiat Brava receber o motor 1.6 Corsa Lunga (“curso longo” em italiano), em referência ao curso maior dos pistões em relação ao motor anterior. O propulsor tinha mais 0,3 kgfm de torque e melhor distribuição da potência por todas as faixas de operação, mantendo os 106 cv. Com isso, ele pedia menos trocas de marcha e tornava mais agradável a dirigibilidade. Junto ao novo motor vinham rodas de aro 15” na versão ELX e opcionais como bancos de couro e teto solar na HGT.
O modelo foi comercializado em vários países ao redor do mundo. Até no Japão, onde foi rebatizado de Bravissima, porque já havia outro modelo com o nome Brava por lá. Totalizando 43 mil unidades, o Fiat Brava foi produzido no Polo Automotivo Fiat, em Betim (MG) até 2003. O Brava, na prática o hatch do Marea – um dos principais sedãs dos anos 2000 –, acabou abrindo caminho para o Stilo que, por sua vez, foi seguido do Bravo, que agora tem o espaço ocupado pelo Argo. 

Veículos: As automáticas Allison respondem por 65% das vendas dos caminhões médios Hino na Austrália


A popularidade das transmissões automáticas, como opção para veículos comerciais médios, levou a japonesa Hino a equipar 65% dos seus caminhões da Série 500, com cabine standard, com as automáticas Allison


Luís Alberto Alves/Hourpress

 A grande aceitação das transmissões totalmente automáticas Allison como um opcional nos caminhões médios da Hino que são comercializados na Austrália exemplifica claramente uma mudança no mercado de caminhões no sentido de satisfazer as demandas dos frotistas que operam nas áreas urbanas cada vez mais movimentadas.
De acordo com o gerente de estratégia de produtos da Hino Austrália, Daniel Petrovski, a demanda pelas automáticas Allison tem aumentado, e continua a crescer.

“Os clientes estão mudando seus conceitos e evoluindo para os modelos totalmente automáticos porque não há penalização no consumo de combustível ou no desempenho. Na verdade, as automáticas aceleram mais rapidamente em situações de trânsito e permitem menor tempo de deslocamento no trânsito pesado da cidade”, disse Petrovski.

A tendência global aponta para operações com caixas totalmente automáticas e, nesse caso, as Allison são as preferidas. Essa tendência vem sendo defendida principalmente por frotistas que têm dificuldade em conseguir motoristas que não querem — ou não podem — dirigir um caminhão manual, principalmente em áreas metropolitanas.

“Há uma década fizemos a previsão de que cerca de 80% dos caminhões médios seriam automáticos até 2019, e parece que estamos perto de atingir esse patamar. E a tendência continua a apontar nessa direção”, afirma Petrovski. “Em todos os nossos modelos houve uma forte tendência em direção a esse tipo de transmissão. Mas os caminhões da Série 500, em particular, tem uma alta demanda pelas automáticas e foi uma decisão consciente escolher a Allison. Em determinadas vocações profissionais um modelo totalmente automático é a melhor solução, principalmente na potência de até 350 cavalos”.

"Trabalhamos em estreita colaboração com a Hino para compatibilizar nossa transmissão automática de seis velocidades com os novos caminhões de cabine standard da Série 500, assim como já fizemos com modelos anteriores da marca", explica Robert Cavagnino, gerente de vendas e marketing da Allison Transmission na Austrália. "O desempenho é um ótimo exemplo da estreita colaboração da nossa engenharia".

As transmissões totalmente automáticas Allison também vêm se destacando entre os compradores de caminhões médios de outras marcas de caminhões japoneses como, Fuso, Isuzu e UD, e têm maiores taxas de aceitação quando equipados com modelos da marca.

“As automáticas Allison tem histórico comprovado de proporcionar mudanças de marchas mais suaves e sem a interrupção de potência, e esse é um grande atrativo para os compradores de caminhões desse mercado. A única automática verdadeira é a Allison. Fabricantes de caixas automatizadas afirmam que seus modelos são equivalentes às automáticas, mas, na realidade, isso não representa a verdade. A tarefa cada vez mais difícil de contratar motoristas qualificados tem mostrado que frotas de distribuição que operam em áreas urbanas têm altos custos de manutenção e produtividade reduzida, principalmente pela necessidade de trocar embreagens e outros componentes da transmissão nos caminhões manuais ou manuais automatizados”, afirma Cavagnino.

As automáticas Allison instaladas nos novos Hino da Série 500 são abastecidas com fluido sintético, e a Hino recomenda um intervalo médio de serviço de até 480 mil quilômetros (300 mil milhas) sem ao menos ter de substituir esse fluido — economizando tempo de inatividade, dinheiro e melhorando a produtividade.

Economia: como preparar uma empresa para o futuro?


Descontruir antigos modelos mentais e partir em busca de novas oportunidades 

*Alexandre Pierro
É inegável que o mundo vem se transformando a uma velocidade cada vez maior. Com novos modelos de negócios e tecnologias exponenciais, gerir uma empresa com foco no amanhã tem sido uma tarefa cada vezmais desafiadora. Velhos manuais já não servem para muitas coisas.
Nesse sentido, não nos resta outra alternativa a não ser buscar novos horizontes e possibilidades. Descontruir antigos modelos mentais e partir em busca de novas oportunidades é uma tarefa cotidiana para todos os líderes e gestores. Por isso, manter-se bem informado é tão importante.
Contudo, por mais conteúdo relevante que você tenha acesso, ainda fica difícil fazer a inovação acontecer na prática. Muitas vezes, os cases de sucesso acabam funcionando mais como fonte de depressão do que de inspiração, tamanha a dificuldade de transformar ideias em resultados. Temos a sensação de que todas as outras empresas são capazes de inovar, menos a nossa.
A fim de acabar com essa sensação, foi publicada recentemente na Europa uma norma ISO de inovação, a 56.002, com o objetivo de padronizar terminologias, ferramentas, processo, métricas, métodos e interações na implementação da inovação dentro das organizações. Num primeiro momento, pode parecer contraproducente, mas o fato é que nada acontece dentro de uma empresa, independentemente de porte ou segmento, se não houver um processo.  
Partindo do princípio que apenas ter um mindset inovador não é suficiente para gerar inovação, a ISO, que é uma organização sem fins lucrativos sediada na Suíça, passou 11 anos estudando as melhores práticas em inovação nos 163 países membros. O Brasil foi um dos países que contribuiu e, tenho muito orgulho de ser um dos membros do comitê da ABNT-CEE130 que ajudou na formatação dessa norma.
Diferentemente de outras normas ISO, que pregam requisitos, a 56.002 aponta diretrizes, sugerindo caminhos possíveis para cada empresa, de forma individualizada. Em inovação não há receita de bolo. O que serve para uma empresa, não necessariamente serve para outra. Há ainda a vantagem da integração com outras normais de classe mundial, como a ISO 9.001 e a ISO 14.001, o que garante melhores práticas com a gestão de qualidade e meio ambiente.
A ISO 56.002 está ancorada em oito pilares: gestão de risco, geração de valor, direcionamento estratégico, liderança visionária, cultura adaptativa, resiliência, gestão de insights e gestão por processos. O maior desafio está em criar uma cultura de inovação, fazendo com que as inovações aconteçam de forma sistematizada, e não esporádica. Precisamos primeiro desenvolver o mindset da inovação para depois criar processos que garantam a sua eficácia.
O intuito da norma não é engessar o processo, mas sim definir diretrizes para inovar através de um sistema de gestão que abarque toda a infraestrutura de uma empresa e a possibilite retirar de seu ambiente interno e externo ideias inovadoras que impulsionem seu crescimento. As vantagens envolvidas são inúmeras, dado que as empresas demandam cada vez mais inovação, diante da alta competividade e complexidade do mercado.
As empresas que implementam esse modelo de gestão, se tornam referência dentro de seu mercado por terem um sistema de gestão voltado à inovação. A norma ajuda a controlar os processos, extraindo o melhor de cada fase e ampliando o engajamento dos colaboradores, sem deixar passar oportunidades. O resultado é uma ampliação considerável do marketshare da empresa e o aumento do valor agregado de seus produtos.
A gestão da inovação é hoje, o que a qualidade foi há alguns anos. Vivemos em um mundo onde a incerteza é a única certeza, e lidar com isso demanda uma ferramenta poderosa de gestão. Sem isso, estamos fadados ao ostracismo. A maleabilidade ordenada da inovação é a chave de uma boa gestão, alinhada com o futuro.
*Alexandre Pierro é engenheiro mecânico e bacharel em física nuclear aplicada pela USP com pós-MBA em inovação. Passou por empresas nacionais e multinacionais, sendo responsável por áreas de improvement, projetos e de gestão. É certificado na metodologia Six Sigma - Black Belt, PMBoK e Scrum, além de Master em 4ª Revolução Industrial & Emerging Technologies. É especialista e auditor líder em sistemas de gestão de normas ISO, sendo membro de vários grupos de estudos da ABNT. É um dos responsáveis pela formatação da recém-publicada ISO 56.002, de gestão da inovação.