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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Geral: Brasil tem pior avaliação no segmento industrial




Redação

 A energia é um insumo básico, importante e fator de custo para a indústria em geral, e se mal administrada pode atingir até 60% do preço final da produção. Em referência ao Dia da Indústria (25), a Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia) alerta que a indústria é o setor com maior potencial para geração de riqueza na economia, no entanto, seja por falta de informação ou linhas de financiamento adequadas, é também o que mais desperdiça energia no Brasil.

 Em uma análise do Conselho Americano para Economia Energeticamente Eficiente (ACEEE, na sigla em inglês), que avaliou as 16 maiores economias do mundo, o Brasil obteve a pior avaliação no segmento industrial e também obteve o pior número entre os países analisados. De acordo com Rodrigo Aguiar, presidente da Abesco, a conscientização é o primeiro passo para a resolução do problema, seguido por ações concretas como o diagnóstico energético da planta industrial.

 De acordo com os dados do Ministério de Minas e Energia (MME) - BEN 2014, o setor industrial é o maior consumidor de energia do país, respondendo por 33,9% de todo o consumo final. “Os gestores das indústrias precisam saber que a energia representa um custo fixo significativo (este ano os aumentos foram e serão elevadíssimos) e esse recurso pode ser mais bem administrado com a implantação de programas de eficiência energética visando aumentar sua competitividade e produtividade”, explicou.

 Ainda segundo Aguiar, esse ganho pode ser adquirido modificando processos ou trocando equipamentos por outros mais modernos e eficientes. “Com estudos implantações adequadas o custo da produção diminui substancialmente”, finaliza.

 Confira algumas dicas da Abesco sobre como economizar nos quatro principais sistemas e usos finais de energia para a unidade industrial:


1 – Sistemas de ar comprimido. O ar comprimido é uma das mais antigas formas de transmissão de energia, sendo utilizada hoje por quase todos os ramos da atividade industrial. Baixar a pressão até o mínimo necessário para o funcionamento adequado do equipamento ou um pouco mais de cuidado na manutenção com a limitação e o conserto de vazamentos, ou ainda tomar medidas que trarão mais economia como a substituição de compressores ineficientes por novos modelos que ofereçam melhor rendimento energético são algumas das possibilidades de economia de energia deste item.

2 - Caldeiras e fornos. As caldeiras são muito utilizadas na indústria e, em geral, o custo dos combustíveis representa uma parcela significativa da conta dos insumos energéticos. As instalações das caldeiras e de seus sistemas associados devem ser abordadas em todo programa de conservação e uso racional de energia. Normalmente são detectadas oportunidades de redução de consumo de energia e melhorias de processos industriais nesta área, que podem contribuir para a redução dos custos de produção, tais como: regulagem da combustão, controle da fuligem e das incrustações, monitoramento da eficiência da caldeira, redução das perdas de calor e ponto de operação da caldeira e mudança do energético.

3 - Sistemas de iluminação. A utilização de sistemas de iluminação exige que seja realizada uma análise pormenorizada quanto às necessidades da tarefa visual, que podem significar maior consumo energético. Cada tipo de ambiente ou aplicação requer um sistema de iluminação natural/artificial específico. Vale lembrar que a tecnologia LED teve seus preços bastante reduzidos e é importante frisar que a qualidade do fabricante e garantia são pontos fundamentais.

4 - Sistemas de bombeamento de água. Em virtude do alto consumo de energia provocado pelos sistemas de bombeamento, eles apresentam grandes potenciais de eficiência energética. Sendo assim, o correto dimensionamento da capacidade da bomba, e o uso de motores de alto rendimento são fatores importantes para que não haja desperdício de energia, assim como a modificação da tipologia dos sistemas, que ao usar a força da gravidade para a transferência da água, reduz a necessidade de bombas.


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