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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Variedades: trilhas sonoras inesquecíveis



Malu Mader era a estrela principal na minissérie Anos Dourados

O ator Robert Blake (o Baretta), acusado de matar a esposa, foi parar na cadeia anos depois

Jeannie ao lado do seu amo, major Nelson, ficção criada pelo escritor Sidney Sheldon

O repórter Waldomiro Pena retratava a rotina da reportagem policial, na época em que não havia computador nos jornais

Claudio Marzo e Marília Pêra formavam o casal principal em "Quem ama não mata", na década de 1980


Luís Alberto Caju


   Existem minisséries que ficam na memória do público. "Anos Dourados" é um exemplo. Produzida pela Globo e exibida pela primeira vez em 1986, foi escrita por Gilberto Braga. A atriz Malu Mader era a musa. Dos personagens poucas pessoas se lembram, mas não sai da memória delas o bolero "Anos Dourados”, composto por Tom Jobim e Chico Buarque, que era o tema de abertura. O curioso é que a letra veio depois. Com o tempo estourado, Tom entregou a música sem letra.

  Ela ficou a cargo de Chico Buarque. É inesquecível a introdução feita com piano.
Entre 1975 e 1979, fazia sucesso nas noites de domingo as peripécias do detetive "Baretta", interpretado por Robert Blacke. Era o policial durão que vivia nas ruas, circulava entre as garotas de programa, drogados e traficantes. Os seus disfarces conquistaram a simpatia do público. O tema de abertura era interpretado de forma magnífica por Sammy Davis Jr. Ele casava bem com o bom humor e cenas de ação do filme. Anos depois, Robert Blacke foi acusado de matar a própria mulher. Condenado, acabou na cadeia.

 Outra minissérie inesquecível é "Jeannie é um Gênio". Ela estreou em 1964 nos Estados Unidos e fez muito sucesso no Brasil. Época em que a televisão tinha poucos recursos técnicos, mas a imaginação dos produtores era grande. O responsável pelo roteiro era o escritor Sidney Sheldon. As histórias giravam em torno da personalidade forte de Jeannie (Barbara Eden). Sua personagem se atrapalhava ao ajudar seu amo, Major Nelson (Larry Hagman). Mais tarde ele ficou famoso no seriado "Dallas", no papel de JR. O tema de abertura, composto por Hugo Montenegro e Buddy Kaye, nunca mais foi esquecido.

  O arranjo de flauta serviu para o grupo de pagode Negritude Junior fazer a introdução do hit "Tanajura”, quando ainda contava com o vocalista Netinho de Paula.
De 1979 a 1981, outra minissérie marcou época na Globo: "Plantão de Polícia". O ator Hugo Carvana era o jornalista policial "Waldomiro Pena", funcionário da fictícia "Folha Popular". Boêmio e descontraído, dono de um texto brilhante, "Pena" era engajado, opinativo e capaz de passar meses elaborando uma matéria.

 Sempre às 22h das sextas e depois às quintas-feiras, o samba-rock de Jorge Benjor (na época Jorge Ben) anunciava que Waldomiro Pena estava chegando. Em 1982, o casal Jorge e Alice, interpretado por Claudio Marzo e Marília Pêra, levou para a televisão a discussão a respeito da violência contra a mulher na minissérie "Quem Ama não Mata". Narrada em flash back, logo no primeiro capítulo o público fica sabendo que alguém morreu assassinado: Jorge ou Alice? O misterioso crime era o elo entre as diversas histórias de amor. O tema de abertura era "Se Queres Saber", autoria de Peter Pan, na voz magistral de Nana Caymmi. É lindo.



Túnel do Tempo: Bomba atômica sobre Hiroshima, Repórter Esso perde sua voz, morte do sociólogo Florestan Fernandes


A cidade japonesa de Hiroshima foi o primeiro alvo da bomba atômica produzida pelos Estados Unidos

Durante muitos anos Heron Domingues ganhou o apelido de "A testemunha ocular da história"

Durante a Ditadura Militar, o sociólogo Florestan Fernandes foi obrigado a deixar o Brasil


Luís Alberto Caju

EUA lançam bomba atômica no Japão: no dia 6 de agosto de 1945 os Estados Unidos jogaram a primeira bomba atômica em cima da cidade japonesa de Hiroshima. Morreram 100 mil pessoas. A Little Boy, como foi apelidada pela Força Aérea Norte-Americana, caiu às 8h15 da manhã. Como o horário comercial começava às 8h, a maioria das vítimas foi atingida em fábricas e escritórios. Mais de cem japoneses que sobreviveram aos dois bombardeios (o segundo foi em Nagasaki dois dias depois) moram no Brasil.

Repórter Esso perde sua voz: em 9 de agosto de 1974 morria aos 50 anos o radialista Heron Domingues. Ele trabalhou 18 anos, sem folga, apresentando o programa jornalístico Repórter Esso. Noticiou o bombardeio de Pearl Harbour, no Havaí, que colocou de vez os EUA na 2ª Guerra Mundial, em 1941; a morte da cantora Carmem Miranda nos Estados Unidos, o suicídio do presidente Getúlio Vargas, entre outras manchetes famosas. Ficou conhecido pelo público como a testemunha ocular da história. Foi o primeiro apresentador de noticiário na televisão brasileira, na TV Tupi em 1961. Quando morreu era apresentador do Jornal Nacional, ao lado de Cid Moreira.

Sociologia perde Florestan Fernandes: em 10 de agosto de 1995 morria o sociólogo Florestan Fernandes, duas vezes deputado federal pelo PT. Entrou na USP em 1941 formando-se em Ciências Sociais. Começou a carreira quatro anos depois como assistente do professor Fernando de Azevedo. Logo obteve o título de mestre. É autor da tese “A Integração do Negro na Sociedade de Classes”.

 Produziu diversos estudos identificando os obstáculos históricos e sociais ao desenvolvimento da ciência e cultura na sociedade brasileira. Em 1969 acabou aposentado compulsoriamente pela Ditadura Militar, exilando-se nos Estados Unidos. Retornou ao país dez anos depois com a Lei de Anistia aos Presos Políticos. Seu lema de campanha quando se elegeu deputado duas vezes (1986 e 1990) era: “Contra a idéia da força, a força das idéias”.


Radiografia de Sampa: Avenida Luiz Dumont Villares


A Avenida Luiz Dumont Villares fica no bairro paulistano de Vila Guilherme

Luís Alberto Caju

 Luiz Dumont Villares nasceu em Porto, Portugal, no dia 28 de dezembro de 1899 e morreu em 14 de junho de 1979 no Brasil. Principal nome das Indústrias Villares, fabricante de elevadores Atlas, situada no bairro do Canindé, região central de SP. Era sobrinho de Alberto Santos Dumont, inventor do avião, irmão de sua mãe.

 Villares idealizou a primeira garagem automática do Brasil, a Garagem Araújo, construída na década de 1960, no Centro da capital paulista, com 25 andares e capacidade de abrigar 322 automóveis. Foi pioneiro, também, na fabricação de trólebus no Brasil. A Avenida Luiz Dumont Villares fica na Vila Guilherme, Zona Norte de SP.


Geral: Cuidado; o perigo está dentro de sua casa


A maioria das plantas contém substâncias tóxicas, que provocam sérios danos ao organismo

A Bico de Papagaio solta líquido igual ao leite; ele provoca queimação e coceira,entre outros sintomas

A bela Copo de Leite é extremamente tóxica, sua beleza esconde o perigo

Os caroços da Mamona, quando ingeridos, provocam coma e até a morte

Um dos efeitos da Tinhorão é a tontura, acompanhada de vômito, diarreia, falta de ar, irritação e lesão da córnea


Luís Alberto Caju

  O pior perigo é aquele existente dentro de nossas casas. Em várias residências existem diversos tipos de plantas, a maioria venenosa, como Taioba Brava, Comigo-Ninguém-Pode, Copo de Leite, Coroa de Cristo, além dos temíveis produtos de limpeza em garrafas de refrigerantes  e detergentes com sabor de frutas. Todos ao alcance das crianças. A Tinhorão, de folhas verdes, estampada de vermelho e branco, é bonita aos olhos e temível ao organismo. Quando ingerida provoca sensação de queimação, inchaço dos lábios, língua, tontura, vômito, diarreia, dificuldade de engolir, falta de ar. Em contato com os olhos, causa irritação e lesão da córnea.

  Segundo o Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas de São Paulo) outra temível ameaça é a famosa Comigo-Ninguém-Pode. Ela causa os mesmos sintomas da Tinhorão, citada acima. O mesmo ocorre com a Taioba-Brava, que muitas crianças e até adultos usam como salada. Provoca vários problemas quando ingerida, principalmente salivação excessiva. Outra planta temível é a famosa Copo-de-Leite, extremamente tóxica.

 A Saia-Branca, conhecida como Trombeta, Trombeta-de-Anjo, Cartucheira ou Zabumba, nos casos mais graves, pode levar à morte quando ingerida. Essa planta deixa a boca e pele secas, dilata as pupilas, causa agitação, alucinação hipertemia e rubor do rosto. Outra bomba ambulante é a Bico-de-Papagaio, conhecida como Rabo-de-Arara. Ela solta liquído semelhante ao leite, que causa lesão na pele e mucosas, inchaço de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira. Nos olhos provoca dificuldades de enxergar e lacrimejamento, além de vômitos e diarreia. O mesmo efeito provoca a Coroa-de-Cristo.

  Crianças e adultos não devem brincar com a Espirradeira. Sua ingestão ou contato com o seu líquido, igual leite, causam vômitos intensos, cólicas abdominais, diarreia, tonturas, distúrbios no coração que podem provocar a morte. O mesmo ocorre com a Mandioca-Brava. Quando consumida, raiz ou folhas, ela provoca cansaço, falta de ar, fraqueza, taquicardia, agitação, confusão mental, convulsão, coma e morte. A inocente Mamona é perigosa também. Comer suas sementes abre caminho para tonturas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia com sangue, convulsões e até coma e morte.

  O Ceatox alerta que esse tipo de planta deve ficar fora do alcance das crianças. Elas jamais podem utilizá-las como brinquedos. Se ocorrer o consumo, não aconselhável dar leite à vítima porque muitas substâncias dependem de gordura para maior absorção. Visto que a gordura do leite vai aumentar o prejuízo ao organismo. Para crianças que tomaram desinfetantes (desses vendidos em garrafas usadas de refrigerantes) não é recomendável provocar vômito para livrar o corpo da substância tóxica, porque o tubo digestivo é queimado e com o vômito a lesão aumenta de tamanho.

 Ao fazer faxina nunca misture produtos de limpeza, como detergentes para máquina de lavar louça e amaciantes de roupa. Ambos contêm amoníaco, cuja substância libera o gás de amônia quando fica quente. Já o amaciante pode causar irritações nos olhos e pele, afetando o sistema respiratório. Outra bomba ambulante é a água sanitária. Por conter hipoclorito de sódio, mesmo em baixa concentração, libera o gás cloro, provocando irritação das vias aéreas, lágrimas e dores de cabeça. 

Em lugares fechados, como boxes de banheiros, respirar o produto pode provocar intoxicação. O cuidado precisa ser redobrado com desentupidores de ralo e pia, pois trazem a mistura corrosiva de soda cáustica e nitrato de potássio. São inflamáveis e causam irritação na pele e olhos. Mesmo os sprays usados para deixar um cheiro agradável dentro de casa é preciso ser cauteloso. O produto contém na composição paradiclorobenzeno. Em excesso, ele irrita pele e mucosas, provoca alergias respiratórias e causa danos ao fígado e sistema nervoso.


Jiló com Pimenta: Caixa eletrônico que facilita saidinha de banco; Tricolor e Peixe em decadência; “sumiço” do pedreiro Amarildo



Se o criminoso encostar na janela, ele saberá quem sacou muito dinheiro e depois fazer a temível saidinha de banco


Luís Alberto Caju

Milho pra bode: é um convite aos bandidos a agência da Caixa Econômica Federal, na Avenida Parada Pinto, diante do Hipermercado Andorinha, Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de SP. Os caixas eletrônicos, todos virados para a rua, no interior do banco, não tem vidros escuros nas janelas. Basta o criminoso, do lado de fora, olhar quem saca o dinheiro e depois fazer a temível saidinha. Funcionários da Caixa prometeram que logo o problema será solucionado. Espero que não fechem a porta depois de quebrada, como é hábito neste País.

Decadência: São Paulo e Santos estão na ribanceira. O Tricolor mergulhou numa crise e virou saco de pancadas no Brasileirão. O presidente “trapalhão” Juvenal Juvêncio é o típico dirigente esportivo que jamais deveria ocupar este tipo de cargo em qualquer clube. Com ele, o São Paulo corre o risco de cair para a Série B. Já o Santos, após a saída de Neymar, perdeu mais de 50% da eficiência. Mostra que o Peixe dependia do seu talento. Também é sério candidato a despencar na tabela.


Amarildo: Até agora o governo Sergio Cabral, no Rio de Janeiro, não deu nenhuma resposta positiva quanto ao desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, sumido desde o dia 14 de julho, após ser levado por Pms à sede da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha. O comandante da UPP, major Edson dos Santos, garantiu que Souza saiu do local andando. Mas até hoje ele não chegou até sua casa. Como se fala no interior, embaixo dessa fumaça tem fogo.

Geral: Mistério na chacina em que casal de Pms foi executado

Andreia, Luís e o filho Eduardo numa festividade no quartel da Rota, em São Paulo

 Luís Alberto Caju

 Cinco pessoas de uma mesma família foram mortas a tiros dentro de casa, na Vila Brasilândia, Zona Norte de SP, ontem (5/8). Entre as vítimas estão o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Luís Marcelo Pesseghini, sua mulher, cabo da PM, Andreia Bovo Pesseghini. Também morreram o filho do casal, Marcelo Eduardo, de 12 anos, a avó da criança, Benedita Oliveira Bovo, de 65, e a tia de Andreia, Bernadete Oliveira da Silva de 55. Os corpos foram encontrados no final da tarde de segunda-feira, após o sargento não comparecer ao serviço.

 Na primeira avaliação, a perícia encontrou a policial Andreia ajoelhada, já morta. Indício que foi uma das primeiras a ser pega caso o crime ocorreu na noite ou madrugada de segunda-feira. Tudo num claro sinal de execução. O marido e o filho estavam sem vida deitados perto de um colchão. No outro cômodo as outras duas mulheres foram assassinadas, provavelmente dormindo, pois tinham um cobertor sobre os corpos.

  A casa não apresentava sinais de briga, com móveis revirados ou marcas de tiros nas paredes. Também não existiam inúmeros disparos, como se o assassino ou assassinos, fossem profissionais, gastando pouca munição, ao acertar em pontos vitais, para vítima morrer rapidamente. Todos levaram um tiro na cabeça. Segundo a Polícia Militar de SP, o casal  não tinha histórico de problemas na corporação, portanto estaria descartada, numa primeira avaliação, possível vingança da facção que domina os presídios paulistas.

 Porém algumas perguntas ainda merecem respostas: a porta da casa estava entreaberta, ou seja, o imóvel não foi arrombado. Um dos carros da família foi localizado nas proximidades onde o garoto Eduardo estudava. Quem o deixou lá? Por que a mochila, com material escolar do menino, tinha dinheiro e a arma de sua mãe, um revólver calibre 32, estava perto da porta de entrada? Se de fato foi o menino que executou toda a família, por que deixaria a mochila naquele local e não fora da residência? O que o fez mudar de ideia, em caso de suicídio, e se matar?

  A perícia vai verificar se existe marca de pólvora nas mãos do garoto. Caso ele tenha efetuado os disparos, este exame vai acusar a presença deste material. Ao todo foram efetuados cinco tiros dentro do imóvel, neste caso nenhum vizinho ouviu o barulho? Se ninguém notou, é provável que a arma usada estivesse com silenciador. Como era o convívio dessa família? O menino brigava muito com os pais? Era rebelde na escola? E o relacionamento do casal de policiais com as demais pessoas do bairro era bom?

 Pelo bilhete (encontrado pela polícia técnica) enviado na segunda-feira pela escola aos pais, o menino teria chegado das aulas e encontrado seus familiares mortos. Neste caso, ao sair para os estudos, o garoto teria deixado os pais, avó e tia ainda vivos. Se suas aulas eram de manhã, a chacina não teria ocorrido na madrugada de segunda-feira, e sim durante o dia. Nesta hipótese o menino teria chegado em casa, visto todos sem vida e praticado o suicídio, caindo ao lado do corpo do pai, como foi encontrado.

  Mas por que o carro da família foi deixado perto da escola no início da madrugada da segunda-feira? Seria para uma possível fuga, no caso de o garoto ter sido o autor de todas as mortes? Qual a razão da policial Andreia ter sido executada de joelhos? Os tiros foram todos à queima roupa (próximo do corpo)? O sargento estava deitado num colchão, isso pode significar que se encontrava dormindo na hora do crime? O corpo do menino tinha uma pistola .40 (arma usada pelos Pms paulistas) perto dele, mas por que na sua mochila, encontrada perto da porta principal da casa, estava o revólver calibre 32, usado pela sua mãe?



terça-feira, 30 de julho de 2013

Variedades: a guitarra livrou Trini Lopez de virar criminoso

Trini Lopez é verdadeira lenda do Rock & Roll, inclusive foi convidado para suceder Buddy Holly após sua morte

Luís Alberto Caju

  A vida de Trini Lopez poderia terminar nos presídios ou mesmo morrer trocando tiro com a polícia. De família pobre, nasceu em 1937 na cidade de Dallas, Texas, Estados Unidos. Os pais ganhavam o suficiente para colocar a comida sobre a mesa. O restante era para comprar roupa e calçados para ele e os quatro irmãos. A mãe aumentava a renda lavando roupas para os vizinhos do bairro.

 Aos 11 anos Trini começou a andar com garotos envolvidos no mundo do crime. Era a chance de ganhar dinheiro fácil. Levou uma tremenda surra do pai. Para ficar em casa, o velho lhe deu uma guitarra. Começou a tocar nas ruas em troca de dinheiro. Apesar da miséria doméstica, na sua casa os pais e irmãos tinham hábito de cantar canções típicas do México.

 Logo Trinidad Lopez III (seu nome de batismo) formou o próprio grupo e passou a se apresentar nos clubes dos ricos de Dallas. Ao completar 18 anos, a King Records, da cidade de Cincinnati, no Estado de Ohio, descobriu que Trini Lopez tinha gravado um single (pequeno disco comercial) pela gravadora Volk Records. O nome da música era”The Right Rock”.

 Perceberam que o hit era adrenalina pura. Sugeriram um nome artístico, mas orgulhoso das raízes hispânicas da família, não aceitou e ameaçou ir embora. Houve acordo e gravou um LP (disco de vinil com 12 faixas). Neste jogo de empurra, sugeriram que gravasse hits antigos. Ele deu nova roupagem para “Since I Don´t Have You”, do grupo Skiliners. A canção estourou em todos os Estados Unidos. Depois repetiu a dose com “Don´t Let Your Sweet Love Die”.

                                 Quase toca na banda de Buddy Holly

 No começo de 1959 conhece Buddy Holly, também de Dallas, que o convidou para tocar em sua banda. Após a morte de Holly, chamaram Trini para ser o vocalista principal do conjunto (The Crickets, que influenciaria Beatles e Rolling Stones). Ele recusou. Preferiu tocar num clube de Beverly Hills, apenas com violão. Era para ficar uma semana e permaneceu um ano.

 Nesse clube conhece o maestro e produtor Don Costa (mais tarde pai da cantora mirim Nikka Costa). Ele fora recomendado por Frank Sinatra. Desse encontro surgiu o contrato de oito anos com a Reprise Records. No início da década de 1960, Trini grava diversos álbuns como: The Latin Album, Trini Lopez Now, Trini Lopes Live at Basin Street East, Trini Lopez Greatest Hits, The Best of Trini Lopez.

Trini Lopez é o típico cantor que coloca fogo na plateia. Uma das provas é o excelente e raro LP "Trini Lopez At  PJ´s" gravado ao vivo numa casa de espetáculos de Los Angeles em 1964. Com o baixista Dick Brant e o baterista Mickey Jones, ele faz uma apresentação inesquecível. Reúne seus sucessos "America", "If I Had a Hammer" ( que Rita Pavone regravou como "Datemi um Martello"), "Cielito Lindo" ( ai, ai, ai está chegando a hora/o dia já vem raiando meu bem/e eu tenho que ir embora), "La Bamba", "Down by The Riverside", "Mariane", "Volare", entre outros.

 Em 1963, ao se apresentar em Nova York, com orquestra de 11 músicos, os críticos concordaram que Trini Lopez havia se tornado uma estrela. Mesmo ganhando muito dinheiro, lembrou da fase crítica de sua infância, quando tinha pouca comida sobre a mesa e passou a ajudar financeiramente várias entidades de prevenção ao Câncer e Diabetes na cidade de Dallas.