Postagem em destaque

Crônica: Pacto de amor rompido pelo sono eterno

  Pixabay Quando fazia amor com Altamir, o levava às nuvens Astrogildo Magno Altamir era bem casado. Executivo bem-sucedido numa multi...

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Geral: Comissão aprova protocolo para tratamento de vício em tecnologia pelo SUS




 Radiografia da Notícia

* Para relator, uso excessivo e compulsivo da internet e de tecnologias digitais virou problema de saúde pública

Redação/Hourpress/Agência Câmara

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou proposta que estabelece protocolo clínico no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar a dependência tecnológica decorrente do uso abusivo de internet, redes sociais, videogames e demais equipamentos digitais.

Pela proposta, o diagnóstico adotará os critérios da Classificação Internacional de Doenças (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Lei 12.842/13, que regulamenta o exercício da medicina no país. O texto também prevê a avaliação multidisciplinar dos impactos funcionais, sociais e psicológicos do paciente.

Atualmente, a OMS não reconhece o “vício em tecnologia” como uma doença. No entanto, em 2019, a organização incluiu na CID o “transtorno por uso de jogos eletrônicos” (gaming disorder), que é caracterizado por perda de controle sobre o tempo gasto jogando, prioridade excessiva dada ao jogo em detrimento de outras atividades e manutenção desse padrão mesmo com consequências negativas significativas.

O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Allan Garcês (PP-MA) ao Projeto de Lei 2218/15, dos ex-deputados Marcos Abrão e Rubens Bueno. Foi apensado ao texto o PL 11013/18, do deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO).

A justificativa do texto original se baseava no reconhecimento do vício em jogos eletrônicos e na preocupação com o fenômeno, então recente, das redes sociais.

O relator foi favorável à medida, mas propôs mudanças alterando pontos cruciais do diagnóstico e da equipe de tratamento. Além deixar claro que o diagnóstico deve seguir critérios da CID, a composição da equipe multidisciplinar foi refinada, passando a ser formada por psiquiatras, neurologistas e psicólogos, com foco em terapia cognitivo-comportamental.

Allan Garcês classifica o uso excessivo e compulsivo da internet e de tecnologias
digitais como um problema de saúde pública. "A sistemática do “scrolling” interminável (rolagem contínua no feed) estimula um comportamento compulsivo que compromete o sono, favorece a distração e dificulta o desenvolvimento do autocontrole, resultando em problemas como ansiedade, déficit de atenção e alterações no humor", diz o relatório.

O Ministério da Saúde terá até 180 dias para regulamentar as diretrizes para implementação do protocolo, capacitação de profissionais e criação de centros de referência regionais.

Próximos passos
A proposta será analisada em
caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.


Veículos: Fiat Fiorino completa 45 anos

                             Divulgação


Radiografia da Notícia

Modelo foi lançado no Brasil em 1980, baseado no icônico Fiat 147 

* Atualmente, o Fiorino segue firme na liderança do mercado como uma solução versátil, eficiente e alinhada às demandas dos consumidores 

* O Fiorino é um dos veículos comerciais mais atuantes do Brasil, com vendas ininterruptas desde 1980 

Luís Alberto Alves/Hourpress

Um dos veículos mais icônicos da história automotiva nacional, o Fiorino 147 completa 45 anos. Lançado em 1980, o modelo foi baseado no consagrado Fiat 147 e se consolidou rapidamente como um verdadeiro símbolo de versatilidade e robustez, uma ferramenta de trabalho para diversos profissionais. O modelo reforça o espírito pioneiro, vanguardista e inovador da Fiat ao buscar soluções baseadas nos produtos do lineup e alinhadas aos desejos e necessidades dos consumidores. 

Anos antes do lançamento da Fiorino, a Fiat já havia se aventurado neste segmento voltado para o uso profissional, com modelos como o 147 Furgão (1977) e 147 Pickup (1978), e viu uma oportunidade de ampliar significativamente sua participação neste mercado.  

Pensado para atender às crescentes demandas urbanas por um transporte ágil e eficiente de cargas leves, o Fiorino 147 foi pioneiro no mercado brasileiro ao unir um espaço de carga com ampla capacidade de carga, na base de um veículo passeio, minimizando custos e melhorando a viabilidade de manutenção do modelo, conceitos fundamentais, até para os dias de hoje, em um segmento que visa o menor custo de operação.  

Etanol

Inicialmente com o compartimento de carga todo fechado, em uma base mais longa, medindo 3,78 metros, para aumentar sua capacidade volumétrica de carga, o Fiorino 147 já disponibilizava duas opções de combustível, com motores de 61 cv de potência e 9,9 kgfm de torque quando abastecido com gasolina e 62 cv e 11,5 kgfm com etanol. 

Mas não parou por aí, o Fiorino desde sua concepção, na década de 1980, se mostrou inovador para o seu tempo ofertando muita versatilidade. O modelo já trazia muito dos conceitos que são aplicados até hoje em diversos produtos deste segmento. Em 1982, já com a frente Europa, a Fiat passou a oferecer mais três versões do modelo: a Settegiorni com capacidade para transporte de passageiros e com bancos rebatíveis, a Vetrato sem bancos traseiros e com vidros que deixavam o compartimento de carga à mostra, e a Combinato, que contava com bancos laterais traseiros para transportar mais pessoas. Todas as versões do Fiorino contavam com um bagageiro instalado sobre a cabine para aumentar a capacidade de carga e ao mesmo tempo melhorar a aerodinâmica do modelo.  

Em 1988, o Fiorino 147 parou de ser fabricado, mas não antes de deixar um sucessor à altura para substituí-lo. Nascia assim o Fiorino Furgão, baseado no consagrado Fiat Uno, com design moderno para a época, maior capacidade de carga, melhor desempenho e muito econômico. O Fiorino Furgão rapidamente caiu no gosto do consumidor, com um baú de carga que comportava até 2.700 litros e 540 kg. Essa versão passou por atualizações ao longo das décadas de 90 e 2000, sempre mantendo sua essência: ser um veículo confiável, prático e pronto para qualquer desafio urbano.  

Melhor

Em 2014 o Fiorino chegou a sua terceira geração, utilizando plataforma do Novo Uno, que havia sido lançado anos antes em 2010. Na nova configuração, o modelo cresceu no tamanho, ganhou maior capacidade para transportar cargas (650 kg), e recebeu uma nova motorização com o icônico 1.4 EVO flex, que aumentou a sua agilidade e versatilidade nos centros urbanos, garantindo que ele continuasse a ser a melhor opção do segmento. 

Em sua linha 2025, o furgão reforçou o compromisso com a funcionalidade, qualidade, economia e segurança ao apresentar atualizações mecânicas como novo motor 1.3 flex de até 107 cv de potência e 134 Nm de torque quando abastecido com etanol, ganhando 21 cv e 11,67% de torque adicional, melhorando também o consumo de combustível em mais de 14%. O modelo ganhou também direção elétrica, monitoramento de pressão dos pneus (iTMPS) e sensor de temperatura externa. 

Sucesso até hoje, o modelo segue como uma solução versátil, eficiente e alinhada às demandas dos consumidores, liderando o mercado em sua categoria. Nos primeiros oito meses deste ano, o Fiorino segue liderando o segmento de Veículos Comerciais Leves com mais de 13.400 veículos emplacados e 25,8% de participação no mercado.  

Ícone

Aliás, o modelo é líder do seu segmento desde 2003, contabilizando mais de 22 anos de liderança. Trata-se de um resultado impressionante para um segmento em que os clientes consideram atributos concretos como custo de posse, manutenção e eficiência, assim como aspectos de robustez e versatilidade. Tantos anos na liderança fazem do Fiorino um verdadeiro ícone da Fiat no mercado brasileiro. 

Mas não é só isso, o Fiorino coleciona diversos prêmios. Nos últimos cinco anos foram mais de 15 premiações, entre eles “Melhor Revenda” da Quatro Rodas, “Maior Valor de Revenda” da Autoinforme, e “Campeão de Revenda”, organizado pela Frota&Cia, no qual o Fiorino ganhou em 30 edições. 

Túnel do Tempo: Fim da escravidão no Rio Grande do Norte

 


Luís Alberto Alves/Hourpresss

Em 30 de setembro de1883, A cidade de Mossoró torna-se a primeira cidade do Rio Grande do Norte a libertar os escravos cinco anos antes da Lei Áurea.

domingo, 31 de agosto de 2025

Crônica: O dono do tempo

Hourpress


Não tinha medo do futuro, mas algo lhe tirava a paz

Astrogildo Magno

Gilson era competente professor de matemática e atleta de disputar diversos tipos de corrida. Porém, algo lhe retirava a paciência: a velocidade do tempo. Não conseguia compreender como as horas “voavam”. Levantava-se, logo pegava o carro para ir à faculdade lecionar trigonometria e álgebra. Logo, chegava o horário do almoço e depois o final do dia.

Percebia que os seus cabelos mudavam rapidamente para o grisalho, mas mantinha na mente a velocidade de raciocínio da época de juventude. Nem parece que se aproximava dos 60 anos. Comentava com outros colegas de faculdade, mas nem todos compreendiam as suas críticas. Olhava para as suas duas filhas, ambas chegando aos 25 e 26 anos e perto da formatura em Medicina e Engenharia.

Semana

Ele voltava no tempo e relembrava o tempo em que elas ainda eram crianças, antes de chegar aos dez anos de idade, correndo pela casa, pedindo sorvete e bolo de chocolate como café da manhã. Depois chegaram à adolescência, ultrapassaram a faixa dos 18 anos e as viagens entraram na ordem do dia, quase todo final de semana.

Não tinha medo do futuro, mas algo lhe tirava a paz: o que as mudanças da tecnologia iriam impactar na qualidade de vida  da humanidade? Certo dia algo lhe chamou a atenção quando um mendigo lhe pediu dinheiro num cruzamento da avenida Rebouças. “Doutor, não se preocupe com o tempo, o criador do tempo nunca perdeu e nunca perderá o controle do tempo.....”

Astrogildo Magno é cronista

Geral: Pesquisa revela que apenas 12% dos trabalhadores pensam em ser chefes



Radiografia da Notícia

Profissionais preferem autonomia a hierarquia e qualidade de vida a longas jornadas, segundo novo estudo com mais de 2 mil brasileiros

* Apenas 12% aspiram a cargos de liderança

Entre as aspirações para os próximos dois anos, 28% buscam salário maior no mesmo cargo

Redação/Hourpress

Uma confiança profissional histórica marca o trabalhador brasileiro: 97% se sentem preparados para o futuro do trabalho, um salto impressionante de 10 pontos percentuais em relação ao ano passado (87%). Paradoxalmente, essa mesma força de trabalho confiante rejeita o modelo tradicional de crescimento profissional: apenas 12% aspiram a cargos de liderança.

 

Os dados fazem parte da terceira edição da pesquisa "Futuro do Trabalho: onde estamos e para onde vamos?", realizado pela empresa de inteligência Futuros Possíveis com apoio da TOTVS e do Instituto da Oportunidade Social (IOS), que ouviu 2.018 brasileiros pela internet entre abril e maio de 2025.


Preparados, mas insatisfeitos

 

"Estamos documentando uma ruptura histórica", explica Angelica Mari, CEO e cofundadora da Futuros Possíveis. "Temos pela primeira vez uma força de trabalho que se sente preparada para o futuro, mas rejeita como o trabalho está organizado hoje".

 

O paradoxo se manifesta em números contundentes. 74% estão empregados formalmente, mas 50% querem mudar de trabalho em 2025. "Não estamos diante de uma crise de empregabilidade, mas de uma revolução de expectativas", destaca Mari.

 

Dados que sinalizam essa rejeição à hierarquia tradicional incluem o achado de que 12% querem promoção para cargos de liderança, enquanto 23% preferem empreender - quase o dobro. Entre as aspirações para os próximos dois anos, 28% buscam salário maior no mesmo cargo sem assumir mais responsabilidades, 24% querem melhores benefícios no trabalho atual e 16% almejam trabalhar menos horas.

 

"Isso sinaliza uma busca por autonomia ao invés de autoridade, e impacto ao invés de um cargo no topo da pirâmide", analisa Mari. "Talvez o sonho atual não seja mais subir a escada corporativa, mas construir pontes entre ambições pessoais e contribuições profissionais mais significativas".


Longas jornadas: o maior vilão

 

A rejeição ao modelo tradicional fica evidente quando 63% apontam longas jornadas como principal problema para o bem-estar mental do trabalhador brasileiro. Na sequência, 46% criticam a competição excessiva entre colegas e 37% o acionamento fora do expediente comercial.

 

"Os brasileiros querem ser mais produtivos em menos tempo, não mais produtivos trabalhando mais horas", observa Marcelo Gripa, cofundador da Futuros Possíveis. "É uma recalibração fundamental que desafia décadas de cultura organizacional focada na presença, não na performance".

 

Embora 57% se declarem satisfeitos com o trabalho atual, a alta intenção de mudança evidencia que a satisfação não é mais suficiente. "Temos uma força de trabalho que não aceita mais a mediocridade como norma e está redefinindo os parâmetros do que considera um bom trabalho", concluiu Gripa.

 

As diferenças geracionais são marcantes em relação a expectativas para o futuro do trabalho. Jovens de 16-24 anos são os que mais querem mudar de ocupação (60%), comparados aos 46% dos profissionais acima de 40 anos. No grupo de quem tem entre 25 e 29 anos, 36% buscam salário mais alto no mesmo cargo (acima da média de 26%), enquanto profissionais com 50+ anos valorizam mais a autonomia (36%) do que crescimento na carreira.

 

"As empresas precisam abrir suas portas para as juventudes, oferecendo oportunidades reais de aprendizado e crescimento", defende Vivian Broge, vice-presidente de Relações Humanas e Marketing da TOTVS e presidente do Instituto da Oportunidade Social (IOS), que apoiaram o estudo. "Investir na inclusão produtiva de jovens é essencial para construir uma força de trabalho diversa e preparada para os desafios futuros. Além de promover justiça social, essa abertura favorece a cultura da inovação. O IOS, por exemplo, promove a formação e empregabilidade de milhares de jovens por ano. São esses jovens que, inseridos nas organizações, transformam negócios".


Tecnologia como aliada, não inimiga

 

Contrariando previsões apocalípticas sobre automação, 68% não veem a tecnologia como ameaça ao emprego. A preparação para os desafios futuros se tornou prioridade para 90% dos trabalhadores, contra 83% em 2024. Entre as habilidades mais importantes quando a IA assumir tarefas repetitivas, destacam-se conhecimento técnico sobre novas tecnologias (45%), disposição para aprender continuamente (44%) e capacidade de análise e soluções criativas (44%).

 

A pesquisa também detectou uma mudança na percepção em termos da responsabilidade sobre a preparação para o futuro: 36% agora acreditam que cabe exclusivamente ao profissional se preparar para o futuro do trabalho, um salto significativo em relação aos 23% registrados em 2024. Porém, uma parcela significativa (55%) defende a responsabilidade compartilhada entre profissional e empregador.

 

"A tecnologia vem transformando o mercado de trabalho e os profissionais reconhecem a importância de se reinventar continuamente", avalia Fernando Sollak, diretor Corporativo de Relações Humanas da TOTVS. "A responsabilidade de capacitar os trabalhadores para as demandas do futuro deve ser compartilhada entre pessoas e empresas. É preciso que as organizações criem ambientes que incentivem o aprendizado, apoiando seus colaboradores frente aos desafios do futuro".

 

Saúde mental: a emergência de um direito fundamental

 

Um dos achados mais alarmantes da pesquisa revela que 47% dos trabalhadores já tiveram saúde mental impactada por questões de identidade no trabalho - seja por gênero, cor da pele, corpo, origem ou jeito de viver. Entre jovens de 16-24 anos, 24% relatam sentir pouca escuta ou empatia, comparados a 11% dos profissionais com 50+ anos.

 

"Quando quase metade da força de trabalho tem sua saúde mental comprometida por não ser aceita como é, estamos diante de uma violação sistemática dos direitos humanos mais básicos", alerta Andreza Maia, especialista em inovação inclusiva e cofundadora da Futuros Possíveis. "Isso transforma diversidade e inclusão de valores corporativos em questões urgentes de saúde pública. Não é mais sustentável separar bem-estar pessoal de produtividade profissional".

 

Para proteger a saúde mental, 49% dos trabalhadores priorizam equilíbrio entre vida pessoal e profissional, 44% querem acesso facilitado a apoio psicológico e 45% pedem treinamentos regulares para lideranças sobre o tema.

 

A visão para o futuro do trabalho reflete essa busca por qualidade de vida. Para o trabalho remoto, 41% defendem flexibilidade total de horários, enquanto 35% querem limites claros entre trabalho e descanso. Entre os benefícios mais valorizados, horário flexível aparece em terceiro lugar (29%), atrás apenas de necessidades básicas como plano de saúde (41%) e vale-alimentação (30%).

 

A coleta dos dados que embasaram a pesquisa foi realizada online pela Opinion Box entre 22 de abril e 12 de maio de 2025, com 2.018 respondentes acima de 16 anos de todo o Brasil e margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

Geral: Como o ar que você respira pode virar um gatilho para crises alérgicas

    Divulgação


Radiografia da Notícia

Mudanças de temperatura e umidade do ar têm papel decisivo no agravamento de doenças como rinite, asma e infecções respiratórias

Especialista aponta que a baixa umidade é o fator mais perigoso para as vias aéreas

O que muita gente ainda não percebe é que esses desconfortos não surgem apenas por causa do frio

Redação/Hourpress

Com o inverno em pleno curso, o ar seco e as temperaturas mais baixas se tornam parte da rotina em várias regiões do Brasil. E junto com eles, aumenta também a incidência de crises respiratórias, especialmente entre pessoas com histórico de rinite, asma ou sinusite.

O que muita gente ainda não percebe é que esses desconfortos não surgem apenas por causa do frio. Segundo especialistas, dois fatores ambientais exercem influência direta sobre a saúde das vias aéreas: a temperatura e, principalmente, a umidade do ar.

“A umidade do ar tende a ter um impacto mais direto e significativo”, afirma a Dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista e especialista em alergias respiratórias. “Tanto a baixa quanto a alta umidade influenciam bastante, mas o ar seco, em especial, é extremamente agressivo para as vias aéreas.”

Quando o ar seca, a saúde sente

Durante o inverno, é comum que a umidade relativa do ar fique abaixo dos níveis considerados ideais pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda valores entre 40% e 60%. Em capitais como Brasília, São Paulo, Goiânia e Belo Horizonte, os índices frequentemente caem abaixo dos 30%, chegando, em alguns dias, a patamares inferiores a 20%.

O impacto na saúde é direto: o ressecamento do ar reduz a produção do muco que protege o nariz, a garganta e os pulmões, dificultando a filtração de partículas e microrganismos. “O ressecamento das mucosas facilita a entrada de agentes infecciosos e alérgenos. Isso aumenta os quadros de rinite, sinusite, bronquite e até infecções virais”, explicou a médica.

Um estudo publicado na revista BMC Public Health mostra que a exposição prolongada à umidade muito baixa pode elevar em até 6% o risco de infecções respiratórias em crianças — com picos de risco quando o ar atinge níveis críticos, abaixo dos 20%.

Umidade demais também incomoda

Se o ar seco fragiliza as defesas naturais do organismo, o excesso de umidade também pode gerar problemas — especialmente dentro de casa.

Ambientes com umidade superior a 60%, combinada à pouca ventilação, tornam-se terreno fértil para a proliferação de fungos, ácaros e mofo. Esses agentes são desencadeadores potentes de crises alérgicas, como rinite e asma, principalmente entre crianças e idosos.

“Muita gente acha que só o tempo seco é prejudicial, mas a umidade alta em ambientes abafados também pode agravar quadros respiratórios.  

Frio: o agravante silencioso

A temperatura atmosférica, embora tenha efeito menos direto do que a umidade, também contribui para o aumento de casos de doenças respiratórias — especialmente nos dias mais frios do inverno.

O ar gelado provoca vasoconstrição nasal, aumenta a produção de muco e resseca ainda mais as mucosas. Isso favorece o desenvolvimento de infecções, como gripes, resfriados e sinusites.

Além disso, o frio intenso faz com que as pessoas permaneçam por mais tempo em locais fechados e mal ventilados, facilitando a transmissão de vírus respiratórios.

Estudos apontam que, a cada queda de 1 °C na temperatura, os casos de infecções respiratórias podem subir cerca de 4%. Em pacientes asmáticos, esse impacto é ainda mais expressivo.

Como proteger seu sistema respiratório

Para quem convive com alergias respiratórias ou deseja prevenir quadros mais graves, o cuidado com o ambiente é essencial. A recomendação dos especialistas é manter a umidade do ar dentro da faixa ideal, usar soro fisiológico para hidratar as vias aéreas e manter os ambientes limpos, arejados e livres de poeira. “A saúde respiratória está diretamente ligada ao ar que a gente respira. Pequenas mudanças no ambiente podem fazer grande diferença para quem sofre com alergias”, reforçou a Dra. Cristiane Passos Dias Levy.

Dicas práticas para os dias quentes e frios

  • Mantenha a umidade do ar entre 40% e 60%;
  • Use umidificadores ou toalhas úmidas em ambientes fechados;
  • Beba bastante água ao longo do dia;
  • Hidrate as vias respiratórias com soro fisiológico;
  • Ventile os cômodos, mesmo nos dias frios;
  • Evite carpetes, cortinas e objetos que acumulam poeira.

Geral: Seis tendências de Gestão para o 2º semestre de 2025

    Pixabay


Radiografia da Notícia

* Migração para nuvem, inteligência artificial e IoT lideram as inovações que transformam os sistemas ERP, setor que movimentou US$ 183 bilhões globalmente em 2024

Quase tudo hoje tem alguma aplicação de Inteligência Artificial (IA)

Os modelos de ERP baseados em nuvem utilizam serviços como Infrastructure as a Service (IaaS)

Redação/Hourpress

 

Os sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP) continuam evoluindo para atender às demandas do mercado. De acordo com a pesquisa Panorama Mercado Software 2024, 33,3% das organizações brasileiras pretendem adquirir ou trocar seus sistemas ERP nos próximos dois anos.
 

“Os sistemas ERP estão passando por mudanças significativas impulsionadas por novas tecnologias. O que observamos é, além de uma evolução incremental, uma transformação na arquitetura e nos modelos de implementação desses sistemas,” afirmou Marco Salvo, Mestre do ERP e consultor especializado em transformação digital da Sankhya.
 

1. Integração de IA em sistemas de gestão
Quase tudo hoje tem alguma aplicação de Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML) e nos sistemas ERP essas integrações facilitam e otimizam o processamento de dados pelas empresas. Estas tecnologias também permitem a criação de aplicações capazes de adaptar-se com o tempo.
 

“A inteligência artificial que só automatizava tarefas repetitivas já é ultrapassada, hoje o principal diferencial está nos softwares que transformam a maneira como os dados são analisados e utilizados nos sistemas ERP,” explica Salvo. “Estamos vendo uma transição de sistemas que apenas registram transações para plataformas que interpretam dados e sugerem ações estratégicas baseadas em padrões identificados.”
 

Recursos como análise preditiva, automatização de processos e assistentes virtuais estão sendo incorporados aos ERPs modernos. Estas funcionalidades processam dados históricos e em tempo real para identificar padrões e fornecer informações para a tomada de decisões. Segundo a International Data Corporation (IDC), para as empresas que já utilizam IA, 14% afirmam que ela se tornou um fator-chave de sucesso para os processos que a habilitam.
 

2. Migração para Cloud Computing

Segundo dados de 2024, 10,1% das empresas brasileiras priorizam a migração para Cloud em seus investimentos tecnológicos e na visão do Salvo, isso não representa apenas uma mudança na infraestrutura, mas também uma reconfiguração completa na forma como as organizações pensam sobre escalabilidade e integração de sistemas. “O modelo SaaS está permitindo que empresas de todos os portes acessem funcionalidades que antes eram exclusivas de grandes corporações com orçamentos significativos para TI” destaca.
 

Os modelos de ERP baseados em nuvem utilizam serviços como Infrastructure as a Service (IaaS), Platform as a Service (PaaS) e Software as a Service (SaaS). Esta arquitetura permite o acesso a dados e aplicações remotamente, um aspecto técnico relevante no contexto atual de trabalho distribuído. A IDC também prevê que quase 30% dos gastos com ERP em 2025 serão direcionados para soluções providas no modelo SaaS.
 

3. Segurança de Dados e Conformidade

Com o aumento de ameaças cibernéticas, outra tendência determinante no setor é a segurança dos sistemas ERP como um componente técnico fundamental. “A segurança deixou de ser um componente adicional para se tornar um elemento estrutural. Com o aumento de regulamentações de proteção de dados em todo o mundo, a capacidade de demonstrar conformidade tornou-se tão importante quanto a própria proteção dos dados”, acrescenta Salvo.
 

As soluções atuais de ERP incorporam autenticação multifatorial, criptografia avançada, controles de acesso baseados em funções e ferramentas para conformidade com regulamentações de proteção de dados como LGPD no Brasil, GDPR na Europa e outras normativas internacionais que impactam empresas com operações globais.
 

4. Interfaces móveis e UX

Esta não é necessariamente mandatória, mas é uma tendência em evolução no mercado que ERPs sejam adaptados para funcionar em smartphones e tablets, permitindo acesso a dados e processos fora do ambiente de escritório. Além de uma questão de conveniência, no contexto atual, se torna uma necessidade operacional.
 

Esta tendência se manifesta via aplicativos nativos e interfaces responsivas que mantêm a funcionalidade em diferentes dispositivos. Os desenvolvedores estão implementando princípios de design centrado no usuário para reduzir a curva de aprendizado destes sistemas.
 

5. Integração com IoT

“A IoT está transformando os sistemas ERP de registradores passivos de dados para participantes ativos no processo produtivo. A capacidade de capturar dados do mundo físico em tempo real e incorporá-los aos fluxos de trabalho digitais melhora os níveis de visibilidade operacional que eram tecnicamente inviáveis há apenas alguns anos”, explica Salvo.
 

Essa conexão entre sistemas ERP e dispositivos IoT representa uma evolução técnica na coleta e processamento de dados, uma vez que permite o monitoramento de equipamentos, rastreamento de ativos e automação de processos logísticos. Quando conectados, sensores e dispositivos, transmitem dados diretamente para o ERP, eliminando a necessidade de entrada manual de informações e criando registros em tempo real de operações físicas.
 

6. A omnicanalidade no centro da estratégia

A integração dos canais de venda e comunicação com o cliente é uma tendência que vai muito além do conforto de acessar informações em qualquer dispositivo. O objetivo é criar uma experiência de compra unificada e fluida, onde o sistema de gestão atua como o cérebro da operação. Um exemplo prático é o cliente que compra de madrugada no aplicativo, acrescenta um item ao pedido na manhã seguinte pelo Televendas, paga via PIX no site e retira o produto na loja física.
 

Para que essa jornada seja possível, é fundamental que a gestão seja centralizada, e aqui que o ERP se torna a peça-chave. “A omnicanalidade deixa de ser apenas um conceito de marketing e se torna uma realidade operacional quando sustentada por um ERP robusto”, pontua Salvo. “O sistema centraliza as informações de todos os pontos de contato — do e-commerce à loja física, do atendimento por chatbot ao televendas —, garantindo que a empresa tenha uma visão 360º e coerente do cliente. Sem essa espinha dorsal tecnológica, a experiência omnichannel se fragmenta e perde seu valor estratégico.”


 

O Mercado de ERP em números

O mercado global de ERP está em expansão. Estudos da International Data Corporation (IDC) projetam que as soluções de ERP alcançarão US$ 4,9 bilhões em 2025, representando um crescimento de 11% sobre o ano anterior. No Brasil, a tecnologia ERP coloca o país entre as dez potências globais em sistemas de gestão, com investimentos que ultrapassam US$ 50 bilhões no setor.
 

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), o mercado que considera pacotes como ERP e CRM deve alcançar US$ 5,6 bilhões em 2024, com projeção de crescimento de 11,6% sobre o ano anterior.
 

A pesquisa HG Insights indica que negócios de diferentes setores e portes, em todo o mundo, devem investir US$ 183 bilhões com software ERP ao longo do ano.
 

“O que estamos testemunhando é uma consolidação do ERP como espinha dorsal tecnológica das organizações. As empresas estão percebendo que, para implementar tecnologias emergentes como IA, blockchain ou análise avançada de dados, precisam primeiro ter uma base sólida de dados estruturados e processos integrados que só um sistema ERP maduro pode oferecer”, finalizou Salvo.