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Crônica: Pacto de amor rompido pelo sono eterno

  Pixabay Quando fazia amor com Altamir, o levava às nuvens Astrogildo Magno Altamir era bem casado. Executivo bem-sucedido numa multi...

domingo, 26 de outubro de 2025

Crônica: Pacto de amor rompido pelo sono eterno




  Pixabay


Quando fazia amor com Altamir, o levava às nuvens

Astrogildo Magno

Altamir era bem casado. Executivo bem-sucedido numa multinacional soube sempre proporcionar excelente padrão de vida para sua família. Aos finais de semana o almoço era num restaurante de grife. Quando sua agenda estava livre, adorava viajar com a esposa e suas duas filhas. Enfim, sempre as presenteava com lembranças valiosas, que sempre fugia do lugar comum.

Nos 45 anos de matrimônio, nunca passou pela mente trair Lúcia, mulher branca de corpo esguio, cabelos loiros, olhos azuis céu, boca que transbordava sensualidade ao falar e pernas lindas. Quando vestia saia curta, nenhum homem conseguia deixar de cobiçá-la.

Esposa

Quando fazia amor com Altamir, o levava às nuvens. Toda manhã, ao se levantar, fazia sexo oral no seu amado, depois pegava o esperma e distribuía em seu rosto. A reciprocidade do seu amado também se repetia. Precisava sentir o sabor de sua esposa nos lábios logo no início da manhã. Porém, tudo sem resvalar para pornografia. Algo respeitoso.

Numa noite de sábado, quando ambos estavam deitados na rede, da sacada da cobertura do apartamento em que moravam nos Jardins, região dos milionários e bilionários de São Paulo, confidenciou para Lúcia, que desejaria morrer primeiro. Não suportaria viver sem os carinhos da amada. Ela sorriu. Altamir, colocou a cabeça sobre os seios de Lúcia e começou a dormir. Um sono do qual não acordou mais....

Astrogildo Magno é cronista

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