Arquivo/Hourpress
Redação/Hourpress
Em 26 de fevereiro de 2020 a pandemia de Covid-19 é confirmada no Brasil, a partir de uma pessoa vinda da Itália que testou positivo em São Paulo.
EBC Captava rápido o conteúdo das aulas e adorava questionar os professores Astrogildo Magno Milhões de pessoas ao redor do mundo correm em ...
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Redação/Hourpress
Em 26 de fevereiro de 2020 a pandemia de Covid-19 é confirmada no Brasil, a partir de uma pessoa vinda da Itália que testou positivo em São Paulo.
Na faculdade enfrentou a ira de professores que não gostavam de suas opiniões
Astrogildo Magno
Mais um ano que começa. Renovação de sonhos que não foram
concluídos. Marjorie era uma mulher determinada. Não tinha preguiça. Gostava de
enfrentar desafios, seja na família, no trabalho ou nas entidades de classe que
gostava de frequentar e dar as suas opiniões cheias de pitadas de ironia.
No alto dos seus 50 anos enfrentou vários dilemas. O pior
deles foi a profecia de que não completaria dois anos de vida, por causa da
miséria em que vivia dentro do barraco de sapé de seus pais, numa cidade
distante da capital paulista, quase divisa com Mato Grosso do Sul.
Peças
Na escola zombavam de suas
roupas, a maioria delas grandes para ela. Mas vestia por falta de outras peças
no guarda-roupa. Na faculdade enfrentou a ira de professores que não gostavam de
suas opiniões. Porém, nunca arredou pé de convicções que tinha como verdade.
Amava demais Alcino. Esposo e companheiro que conheceu aos 18
anos. Era alucinada por ele. Não conseguia imaginar sem o seu amor. O casal era
muito unido e tinha grande sintonia. Numa troca de olhar já se sabia o que
falar. Com 20 anos de trabalho num órgão do governo, ela retornou de férias e o
seu chefe pediu para conversar com o gerente de RH. Ao entrar na sala, as
lágrimas do colega de trabalho já anunciavam a triste notícia....
Astrogildo Magno é cronista
Paulo Pinto/EBC
Radiografia da Noticia
* Chuvas contribuíram para o colapso da construção
* As vítimas tiveram escoriações leves e foram levadas ao pronto-socorro da região
* A capital paulista sofreu com as consequências das fortes chuvas da última sexta-feira (24)
Agência Brasil
Seis pessoas ficaram feridas após o desabamento parcial de uma residência localizada na rua Ary Cordovil, em Itaim Paulista, zona leste da capital paulista. Segundo a Defesa Civil, as vítimas tiveram escoriações leves e foram levadas ao pronto-socorro da região.
De acordo com o órgão, a chuva deste sábado (25) contribuiu para o colapso da residência, que já era precária. As vítimas foram encaminhadas para a casa de familiares e receberam atendimento da assistência social da prefeitura.
A capital paulista sofreu com as consequências das fortes chuvas da última sexta-feira (24). Ontem, o corpo de um homem de 73 anos foi encontrado após a casa dele ter sido alagada. A Defesa Civil estadual informou que o idoso é a 15ª vítima relacionada às fortes chuvas no estado desde 1º de dezembro, quando se iniciou a Operação Chuvas 2024/2025.
EBC
Radiografia da Notícia
* Episódio é parte de diversas revoltas que ocorreram na Bahia
* Estima-se que 600 africanos tenham participado do movimento
* O termo malê era como os africanos muçulmanos trazidos ao Brasil eram chamados
Agência Brasil
No dia 24 de janeiro de 1835, trabalhadores africanos escravizados ocuparam Salvador (BA) enfrentando, durante mais de três horas, civis e soldados coloniais na revolta que ficou conhecida como a mais importante rebelião urbana de escravizados do Brasil.
Ainda hoje, 190 anos depois, a Revolta dos Malês é lembrada em estudos, livros, blocos de carnaval, filmes e exposições de arte.
Estima-se que 600 africanos tenham participado do movimento. Proporcionalmente, isso equivaleria a 12 mil pessoas considerando a população atual de Salvador. O historiador baiano João José dos Reis calculou que mais de 70 africanos morreram nos conflitos e cerca de 500, em estimativas conservadoras, foram punidos com penas de morte, prisão, açoites ou deportações.
Salvador
“Embora durasse pouco tempo, foi o levante de escravos urbanos mais sério ocorrido nas Américas”, afirma o especialista no livro Rebelião Escrava no Brasil: a História do Levante dos Malês (1835).
O historiador dos Reis estima que Salvador tinha, em 1835, 65,5 mil habitantes, sendo 42% escravos (27,5 mil) e 29,8% de negros ou pardos livres (19,5 mil). Os brancos representavam 28,8% da população da capital baiana (18,5mil).
O termo malê era como os africanos muçulmanos trazidos ao Brasil eram chamados, sendo esse o principal grupo que organizou o levante.
Fundo
Chamada também de Grande Insurreição, o episódio é parte de diversas revoltas que ocorreram na Bahia entre 1807 e 1844, sendo a dos Malês a mais importante delas, segundo pesquisa do historiador e sociólogo Clóvis Moura.
Segundo esse pesquisador, a revolta de 1835 não foi uma eclosão violenta e desorganizada, surgida por um incidente qualquer. Até mesmo um fundo com recursos foi criado para financiar as atividades dos escravizados rebeldes.
“[O levante] será planejado nos seus detalhes, precedido de todo um período organizativo – fase obscura de aliciamento e preparação. Esses escravos se reuniram secretamente em diversos pontos de Salvador. Criaram um clube, também secreto, que funcionava na Barra [da Vitória]”, afirmou Moura no livro Os Quilombos e a Rebelião Negra.
O plano era, após a eclosão da rebelião em Salvador, seguir para os engenhos, o epicentro da escravidão baiana.
“De lá vieram combatentes para a cidade; desta seguiriam as forças rebeldes para levantar a escravaria dos engenhos”, afirmou o historiador João José Reis.
A revolta ainda ecoa nos dias atuais ao ser resgatada por estudos, livros, filmes, blocos de carnaval e obras de arte. Em 1979, a revolta deu nome ao bloco afro Malê Debalê, de Salvador, que homenageia os que lutaram contra a escravidão em 1835.
Um dos maiores clássicos da literatura brasileira do século 21, o livro Um Defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves, publicado em 2006, conta a história da personagem Kehinde, sequestrada na África e trazida à Bahia no início do século 19.
Na obra, Ana Maria retrata, como pano de fundo do romance, fatos históricos ligados à Revolta dos Malês. Kehinde, rebatizada Luísa Mahin ao chegar a Salvador, participou da revolta e foi a mãe do líder abolicionista Luiz Gama.
Cartaz
No final de 2024, estreou nos cinemas o longa-metragem Malês, estrelado e dirigido por Antônio Pitanga, que retrata a história da insurreição.
A exposição Eco Malês, em cartaz na Casa das Histórias de Salvador até maio de 2025, reúne 114 obras de 48 artistas que refletem a influências contemporâneas da Revolta dos Malês. O acesso à exposição é gratuito nas quartas-feiras.
O curador da exposição, João Victor Guimarães, explicou à Agência Brasil que realizou uma pesquisa sobre práticas artísticas que trazem alguns dos pilares da revolta.
“Temos a própria ideia de que, para alcançar um objetivo comum, é necessário ceder. Os malês tinham como plano matar todos os brancos e os negros que não se convertessem ao islamismo. No entanto, para a revolta avançar, eles negociaram com irmandades cristãs e terreiros de Candomblé”, destacou João Victor.
Marcada para o dia 25 de janeiro, data que celebrava o fim do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, a revolta foi antecipada em um dia após uma delação.
“Vendo que tinham que antecipar a revolta, lançaram-se à carga de qualquer maneira: a situação não comportava mais esperas”, contou Clóvis Moura.
Vestidos com roupas tradicionais dos mulçumanos na Bahia, os rebeldes lutaram pelas ruas da antiga capital brasileira, tentando libertar o escravo Pacífico Licutã, que estava preso, mas não conseguiram.
“Verdadeira carnificina. As posições mais vantajosas dos legais, além da superioridade de armamentos, fizeram com que os insurretos fossem definitivamente batidos”, completou Moura.
Entre as lideranças da insurreição, estavam principalmente os negros nagôs (iorubás), mas também haviam hauças, tapas e de várias outras nações africanas, tanto escravizados, quanto livres.
Entre os líderes do movimento, encontram-se os escravos Pacífico Licutã e Ahuna, além do preto forro Belchior da Silva Cunha, que emprestava a casa para as reuniões, assim como Lupis Sanim e Manuel Calafete.
O historiador João José Reis explica, em sua obra, que a maior independência de que gozavam os escravos urbanos, trabalhando nas ruas para seus senhores, facilitou a organização da revolta.
“Em geral, os escravos percorriam toda a cidade trabalhando para seus próprios senhores ou, principalmente, contratados por terceiros para serviços eventuais. Muitos escravos sequer moravam na casa senhorial”, enfatizou.
Clóvis Moura conta que as lutas escravas ao longo dos quase 400 anos de escravidão no Brasil conseguiam desgastar a classe senhorial em aspectos político, econômicos e psicológicos.
“Quem examina a documentação desse período da nossa história encontra, como uma constante, o medo dessas classes diante do grande número de escravos e da sua possível consciência da exploração a que estavam sujeitos. O exemplo do Haiti é constantemente referido por essas autoridades”, diz Clovis Moura.
Em 1804, o Haiti conquista a independência após uma revolução dos escravizados que fundam a primeira República negra liberta das Américas.
Gov.AM
Radiografia da Notícia
* Governo diz que uso de algemas viola acordo com os norte-americanos
* A aeronave norte-americana pousou no aeroporto de Manaus (AM) e a Polícia Federal (PF) tomou conhecimento de que os passageiros foram transportados algemados
* As operações de deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tiveram início poucos dias
Agência Brasil
O Ministério das Relações Exteriores informou que pedirá explicações ao governo dos Estados Unidos sobre o que classificou de “tratamento degradante” dado aos 88 cidadãos brasileiros deportados na última sexta-feira (24). A aeronave norte-americana pousou no aeroporto de Manaus (AM) e a Polícia Federal (PF) tomou conhecimento de que os passageiros foram transportados algemados.
“O uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”, informou o Itamaratay, em nota, destacando que “segue atento” às mudanças nas políticas migratórias dos Estados Unidos, para garantir “a proteção, segurança e dignidade dos brasileiros ali residentes”.
“O governo brasileiro considera inaceitável que as condições acordadas com o governo norte-americano não sejam respeitadas. O Brasil concordou com a realização de voos de repatriação, a partir de 2018, para abreviar o tempo de permanência desses nacionais em centros de detenção norte-americanos, por imigração irregular e já sem possibilidade de recurso”, acrescentou.
Voo
Em razão da soberania nacional, o governo brasileiro determinou a retirada das algemas e enviou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar os brasileiros até o destino final. O voo, que tinha como destino o Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), precisou fazer um pouso de emergência na capital amazonense devido a problemas técnicos.
“As autoridades brasileiras não autorizaram o seguimento do voo fretado para Belo Horizonte na noite de sexta-feira, em função do uso das algemas e correntes, do mau estado da aeronave, com sistema de ar condicionado em pane, entre outros problemas, e da revolta dos 88 nacionais a bordo pelo tratamento indigno recebido”, acrescenta a nota do Itamaraty.
Neste sábado (25), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, esteve reunido, em Manaus, com o superintendente interino da PF no Amazonas, delegado Sávio Pinzón, e com o comandante do 7º Comando Aéreo Regional da FAB, major-brigadeiro Ramiro Pinheiro.
Tratamento
“Na reunião, foi efetuado relato detalhado sobre os incidentes no aeroporto Eduardo Gomes envolvendo cidadãos brasileiros transportados em voo de deportação do governo norte-americano”, informou o Itamaraty, em publicação nas redes sociais. “A reunião subsidiará pedido de explicações ao governo norte-americano sobre o tratamento degradante dispensado aos passageiros no voo”, acrescentou.
O avião da FAB com os brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou na noite deste sábado (25) a Minas Gerais.
Em nota divulgada neste domingo (26), o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, reforçou o repúdio às medidas degradantes tomadas contra os deportados.
"A decisão por um novo procedimento na política de imigração, que é um direito assegurado a todos os países, não pode vendar nossos olhos diante de situações degradantes e denúncias de agressões e maus-tratos", disse. "O respeito à dignidade humana é um conceito consagrado em um mundo civilizado e democrático", acrescentou.
As operações de deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tiveram início poucos dias após o início do mandato do presidente norte-americano Donald Trump. Na noite da última quinta-feira (23), 538 pessoas foram detidas e centenas foram deportadas em operação anunciada pela Casa Branca.
“A administração Trump deteve 538 imigrantes ilegais criminosos”, anunciou a porta-voz Karoline Leavitt, acrescentando que centenas foram deportados em aviões do Exército norte-americano. “A maior operação de deportação em massa da história está em curso”, disse.
Ao longo da campanha presidencial, Trump prometeu conter a imigração ilegal no país, cenário classificado por ele como “emergência nacional”. Logo em seu primeiro dia na presidência dos EUA, o republicano assinou ordens executivas destinadas a impedir a entrada de imigrantes nos Estados Unidos.
Redação/Hourpress
Em 26 de janeiro de 2001, terremoto de magnitude 7,7 da escala Richter, na Índia, destruiu edifícios e matou mais de 20 mil pessoas.