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Crônica: Quando o sonho é abortado

Na faculdade enfrentou a ira de professores que não gostavam de suas opiniões Astrogildo Magno Mais um ano que começa. Renovação de sonhos...

domingo, 26 de janeiro de 2025

Crônica: Quando o sonho é abortado



Na faculdade enfrentou a ira de professores que não gostavam de suas opiniões

Astrogildo Magno

Mais um ano que começa. Renovação de sonhos que não foram concluídos. Marjorie era uma mulher determinada. Não tinha preguiça. Gostava de enfrentar desafios, seja na família, no trabalho ou nas entidades de classe que gostava de frequentar e dar as suas opiniões cheias de pitadas de ironia.

No alto dos seus 50 anos enfrentou vários dilemas. O pior deles foi a profecia de que não completaria dois anos de vida, por causa da miséria em que vivia dentro do barraco de sapé de seus pais, numa cidade distante da capital paulista, quase divisa com Mato Grosso do Sul.

Peças

 Na escola zombavam de suas roupas, a maioria delas grandes para ela. Mas vestia por falta de outras peças no guarda-roupa. Na faculdade enfrentou a ira de professores que não gostavam de suas opiniões. Porém, nunca arredou pé de convicções que tinha como verdade.

Amava demais Alcino. Esposo e companheiro que conheceu aos 18 anos. Era alucinada por ele. Não conseguia imaginar sem o seu amor. O casal era muito unido e tinha grande sintonia. Numa troca de olhar já se sabia o que falar. Com 20 anos de trabalho num órgão do governo, ela retornou de férias e o seu chefe pediu para conversar com o gerente de RH. Ao entrar na sala, as lágrimas do colega de trabalho já anunciavam a triste notícia....

Astrogildo Magno é cronista

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