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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Geral: Furto de cabos fecha nove estações de trens no Rio de Janeiro

    Tânia Rego/Agência Brasil


Radiografia da Notícia

Supervia não tem previsão de quando o serviço será normalizado

Os trens do ramal Belford Roxo só estão trafegando entre as estações Central do Brasil e Mercadão de Madureira

Os furtos de cabos são um problema frequente no sistema de trens fluminense que atende 12 municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro

Agência Brasil

O sistema de trens do Rio de Janeiro amanheceu nesta terça-feira (17) com nove estações fechadas depois que os cabos de energia foram rompidos e furtados por homens armados. Os reparos já estão sendo feitos, mas a concessionária Supervia não tem previsão de quando o serviço será normalizado. Os trens do ramal Belford Roxo só estão trafegando entre as estações Central do Brasil e Mercadão de Madureira, com intervalo de 60 minutos entre cada partida. 

De acordo com a concessionária, por volta de meia-noite e meia, foi identificada uma instabilidade no sistema entre as estações Triagem e Belford Roxo. Funcionários foram verificar o problema e flagraram cerca de dez homens armados retirando os cabos, nas proximidades da estação Pavuna, na zona norte da capital. Aproximadamente 600 metros de cabos foram roubados. 

A Polícia Militar foi acionada e, de acordo com a corporação, o policiamento foi intensificado na região, e agentes trabalham em conjunto com a delegacia da área para identificar e prender os envolvidos.

Malha

Os furtos de cabos são um problema frequente no sistema de trens fluminense que atende 12 municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro e transporta cerca de 300 mil passageiros por dia. Outro caso semelhante ocorreu há menos de um mês, em Barros Filho, bairro próximo à Pavuna. Desde 2021, uma força-tarefa criada pelo governo do estado tenta coibir esses crimes com reforço policial ao longo da malha ferroviária. 

Em 2021, a concessionária entrou em recuperação judicial, alegando prejuízos de mais de R$ 1 bilhão por causa da redução de passageiros durante a pandemia de covid-19 e também por causa da constante reposição de cabos roubados. A empresa chegou a anunciar que devolveria a administração do sistema para o governo do estado, mas depois de muita negociação, no mês do passado, as duas partes assinaram um acordo que mantém a concessão até que uma nova empresa assuma o serviço.

Geral: Fundação Florestal abre contratação para a captura de javalis e javaporcos no estado de SP


Pixabay


 Radiografia da Notícia

* Espécie invasora não tem predador natural e vem se espalhando nesses locais, ameaçando a biodiversidade e os frequentadores


*  Técnicas não podem causar estresse ou provocar maus tratos


O objetivo é realizar a captura e abate dessa espécie exótica e invasora, já que nesses locais há superpopulação


Redação/Hourpress
 

 A Fundação Florestal, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), abriu edital para contratar o serviço de monitoramento e controle dos javalis e javaporcos em cinco unidades de conservação paulistas. O objetivo é realizar a captura e abate dessa espécie exótica e invasora, já que nesses locais há superpopulação, prejudicando a biodiversidade e podendo até ameaçar os frequentadores.


A contratação envolve as Estações Ecológicas de Angatuba, Barreiro Rico, Itirapina e Santa Bárbara e o Parque Estadual de Ilhabela. O valor proposto na concorrência é de R$ 1,11 milhão, com recebimento de propostas até o próximo dia 23, quando haverá a abertura dos envelopes, às 9h. O edital completo está em www.gov.br/compras.


O javali-europeu (Sus scrofa) foi introduzido no Brasil e acabou se disseminando por não ter predador natural, diferentemente do que acontece na Europa, onde principalmente os ursos se alimentam da espécie. O cruzamento do javali com o porco deu origem ao javaporco, que é ainda maior e mais destrutivo. Esses animais também têm rápida reprodução, o que fez com que se espalhassem por diversas regiões do país, e larga capacidade de dispersão.


Lama


 Eles costumam consumir diversas espécies vegetais, atacando as florestas e plantações, além de danificar nascentes pelos hábitos de cavar, revirar o solo em busca de alimento, chafurdar na lama e se refrescar nos cursos d’água. Atacam também animais invertebrados e vertebrados, prejudicando a biodiversidade.


A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) categoriza a espécie Sus scrofa como uma das 100 piores espécies exóticas, considerando impactos como o ataque em lavouras e animais domésticos; transmissão de doenças (febre aftosa, leptospirose, peste suína clássica); exposição do solo; alteração da composição da vegetação; predação e competição com espécies nativas. 


Por isso, está sendo contratado o monitoramento e o controle dos javalis e javaporcos nas cinco unidades. O objetivo principal é minimizar os impactos gerados pelo avanço da espécie. Com esse serviço, os animais serão capturados com armadilhas formadas por redes ou cercados, nos quais coloca-se a ceva de milho, alimento para atraí-los. Depois de capturados, são posteriormente abatidos e as carcaças destinadas adequadamente.


Estresse


Quem vencer a concorrência terá de apresentar um plano de ação a ser validado pela Fundação Florestal, do qual devem constar o levantamento sobre a presença dos animais nas unidades de conservação, a instalação de armadilhas, a captura e o abate. As técnicas não podem provocar maus tratos e devem ocorrer sem causar estresse e afugentamento da espécie. A estimativa é de abater até 50 animais nas Estações Ecológicas de Barreiro Rico, Angatuba e Santa Bárbara; 30 na Estação Ecológica de Itirapina; e 200 no Parque Estadual de Ilhabela, totalizando até 380 animais

Geral: Veículos Autônomos estão entre as 10 maiores decepções tecnológicas de 2024


Divulgação


 Radiografia da Notícia

Levantamento revela que tecnologias como IA, 5G e metaverso ficaram aquém das expectativas em 2024

As expectativas em torno da computação quântica foram altas, mas os avanços práticos ficaram aquém do esperado

 Baixa adesão de usuários e obstáculos regulatórios impediram o sucesso do projeto

Redação/Hourpress

O ano de 2024 começou com grandes expectativas em torno de tecnologias emergentes como IA Generativa, 5G, realidade aumentada e metaverso. No entanto, um levantamento realizado pelo TEC Institute em parceria com a MIT Technology Review Brasil revelou que muitas dessas inovações enfrentaram desafios significativos na adoção, que limitaram seu impacto esperado, são consideradas como as maiores decepções tecnológicas do ano.

Confira abaixo as tecnologias que mais decepcionaram em 2024, de acordo com o levantamento:

Computação Quântica: As expectativas em torno da computação quântica foram altas, mas os avanços práticos ficaram aquém do esperado, com dificuldades em demonstrar aplicações reais e úteis.

Projeto

Metaverso da Meta: A Meta (antiga Facebook) investiu significativamente no desenvolvimento do Metaverso. No entanto, problemas técnicos, baixa adesão de usuários e obstáculos regulatórios impediram o sucesso do projeto.

Veículos Autônomos: Empresas como Tesla e Waymo enfrentaram desafios na implementação de carros totalmente autônomos, com incidentes de segurança e questões regulatórias atrasando a adoção em massa.

Criptomoedas: O mercado de criptomoedas sofreu com volatilidade extrema, fraudes e falências de plataformas, levando a perdas significativas para investidores e questionamentos sobre a viabilidade a longo prazo.

Empresas

Inteligência Artificial Ética: Sistemas de IA apresentaram vieses e discriminações, levantando preocupações sobre a ética e a imparcialidade dessas tecnologias em aplicações críticas.

5G: A implementação do 5G enfrentou atrasos devido a desafios técnicos, altos custos de infraestrutura e preocupações com a saúde, limitando sua adoção global.

Segurança Cibernética: Grandes empresas sofreram ataques cibernéticos significativos, expondo dados sensíveis e destacando vulnerabilidades persistentes em sistemas de segurança.

Virtual

Realidade Aumentada (AR): Apesar do entusiasmo inicial, dispositivos e aplicativos de AR não conseguiram atrair um público amplo, enfrentando limitações técnicas e falta de conteúdo atraente.

Apple Vision Pro: Apesar das expectativas, o Vision Pro da Apple decepcionou pelo alto preço e pouca acessibilidade. Com uma biblioteca de aplicativos limitada e foco em um público de nicho, o dispositivo enfrenta dúvidas sobre seu verdadeiro potencial transformador no mercado de realidade aumentada e virtual.

Tecnologia de Reconhecimento Facial: O uso de reconhecimento facial enfrentou resistência devido a preocupações com privacidade, precisão e potencial para vigilância em massa, levando a restrições e proibições em várias regiões.

Como uma tecnologia é considerada decepção?

Segundo André Miceli, CEO da MIT Technology Review Brasil, para chegar a essa conclusão foram levantados dois eixos: o tamanho da adoção na sociedade e o impacto da tecnologia, em que podemos criar uma escala likert (de 1 a 5), na população e no mercado. “Toda tecnologia tem uma expectativa do tamanho esperado da adoção. Ela varia do Apple Vision Pro para o carro autônomo, porque os propósitos são completamente diferentes, porém, conseguimos usar essa metodologia, de forma personalizada, para ambas as inovações identificando os maiores gaps”, explicou.

Miceli ainda ressalta que: “Quando ambos os indicadores apresentam valores abaixo do esperado, a tecnologia se torna uma forte candidata a ser considerada uma decepção. Por exemplo, em casos como os veículos autônomos, o mercado aguardava uma adoção rápida e significativa, mas isso não aconteceu. É essa análise que define as grandes decepções tecnológicas e permite criar rankings, destacando as mais promissoras (10 breakthrough technologies) e os maiores desvios entre expectativa e realidade.”

Bitcoin dentro do aquário e o que esperar de 2025

Embora em 2024 as criptomoedas, como o bitcoin, por exemplo, tenham alcançado valorizações superiores a 140%, existe um motivo específico para que elas sejam citadas na lista, revela André.

“Valorização é uma coisa, outra é abrangência. O bitcoin valorizou dentro do seu aquário. A gente esperava uma abrangência maior da tecnologia para esse ano. Muito por conta dos banco centrais, que começaram a agir em suas próprias moedas digitais. O mercado esperava um contágio maior. A expansão foi muito pequena perto do projetado. De 2023 para 2024 você não sai de casa e faz uma compra em cripto. A maturidade digital dele é a mesma do ano passado. Ainda temos esse ativo como de nicho e mais valorizado, porém, dentro do aquário”.

Apesar do cenário praticado durante esse ano, um fator pode fazer o jogo mudar: o novo presidente norte-americano“Com o Trump assumindo a Casa Branca, ele deve criar mecanismos que favoreçam esses movimentos tecnológicos e mudem o cenário. Mas, é importante destacar que essa maturidade de sair e gastar livremente está mais longe de acontecer”.

Olhando para o futuro, o CEO da MIT Technology Review Brasil afirma que: “Em 2025 as criptos podem mudar em função da relação do Trump com o Elon Musk e da afeição declarada que ele tem pelo tema. De todas, a que pode mais variar em termos de aceleração são elas. Tudo que envolve descarbonização pode perder um pouco mais de espaço, mas, se isso se tornar uma oportunidade mercadológica, ele (Trump), pode investir para que as empresas americanas compitam nesse cenário. As outras, de modo geral, dependem de uma série de fatores para emplacar”, finaliza

Sobre a MIT Technology Review Brasil
Lançada no país em outubro de 2020 com proposta inovadora no cenário editorial brasileiro, a MIT Technology Review é referência no Jornalismo de autoridade em tecnologia. A reputação da MIT Technology Review deriva de seus 124 anos de tradição de relatórios sobre novas tecnologias e do seu relacionamento exclusivo com a principal universidade do mundo em pesquisa e inovação.
Site: https://mittechreview.com.br/

Sobre o TEC Institute
O TEC Institute é o representante exclusivo da MIT Technology Review no Brasil. Com foco em consultoria, pesquisa e treinamento, o instituto oferece soluções inovadoras para o mercado, conectando executivos e empresas com as melhores práticas globais em tecnologia e inovação.

Geral: Confira os horários especiais de funcionamento do Parques Urbanos Estaduais durante Natal

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Radiografia da Notícia

Horários adaptados para o feriado natalino garantem momentos de lazer com organização  

* Os parques encerrarão suas atividades 3 horas antes do horário habitual

Essas alterações visam adequar os horários de funcionamento às festas de fim de ano

Redação/Hourpress

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) informa os horários de funcionamento diferenciados dos Parques Urbanos Estaduais durante o período natalino. Essas alterações visam adequar os horários de funcionamento às festas de fim de ano, mantendo o compromisso de atender o público com organização e segurança.

  • Dia 25 de dezembro (Natal): os parques abrirão 3 horas mais tarde do que o de costume.
  • Dia 24 de dezembro (véspera de Natal): os parques encerrarão suas atividades 3 horas antes do horário habitual.

 

Confira abaixo os detalhes dos parques, com endereços e horários regulares para se planejar:

 Parque Manoel Pitta - Belém 

Endereço: Avenida Celso Garcia, 2593 - Belém, São Paulo/SP

Horário regular: 6h00 às 18h00 (segunda a domingo)

 

Parque Chácara da Baronesa 

Endereço: Avenida José Fernando Medina Braga, 8 - Santo André/SP

Horário regular: 8h00 às 18h00 (segunda a domingo)

 

Parque da Juventude 

Endereço: Avenida Zaki Narchi, 1309 - Santana, São Paulo/SP

Horário regular: 6h00 às 19h00 (segunda a domingo)

 

Parque Gabriel Chucre 

Endereço: Avenida Francisco Pignatari, 505 - Vila Gustavo Correia - Carapicuíba/SP

Horário regular: 6h00 às 18h00 (segunda a domingo)

 

Pomar Urbano 

Endereço: Avenida Guido Calói, 551 - Jardim São Luis, São Paulo/SP

Horário regular: 8h00 às 17h00 (fechado no dia 25 de dezembro)

 

Parque Jequitibá 

Endereço: Rua Sapucai, 320-776 - Bairro Gramado - Cotia/SP

Horário regular: 8h00 às 17h00 (segunda a domingo)

 

Parque Ecológico do Guarapiranga 

Endereço: Estrada da Riviera, 3286 - Riviera - São Paulo/SP

Horário regular: 8h00 às 17h00 (terça a domingo)

Parque da Várzea do Embu-Guaçu 

Endereço: Rodovia José Simões Louro Junior, 111 - Centro - Embu-Guaçu/SP

Horário regular: 8h00 às 17h00 (terça a domingo)

 

Parque Ecológico do Tietê - Núcleo de Lazer Engenheiro Goulart 

Endereço: Rodovia Parque, 8055 - Vila Santo Henrique/SP

Horário regular: 6h00 às 17h00 (segunda a domingo)

Parque Antonio Arnaldo de Queiroz e Silva - Núcleo de Lazer Vila Jacuí 

Endereço: Rua Catléia, 680 - São Miguel/SP

Horário regular: 7h00 às 18h00 (segunda a domingo)

Núcleo de Lazer Itaim Biacica 

Endereço: Estrada da Biacica, 756 - Vila Seabra/SP

Horário regular: 7h00 às 18h00 (segunda a domingo)

Núcleo de Lazer Maria Cristina Hellmeister de Abreu 

Endereço: Av. Kumaki Aoki, 1390 - Jardim Helena/SP

Horário regular: 7h00 às 18h00 (segunda a domingo)

Parque Alberto Lofgren - Horto Florestal (Zona de Uso Especial) 

Endereço: Avenida Luís Carlos Gentile D Laet, 553 - Horto Florestal/SP

Horário regular: 5h30 às 21h00 (com horário especial em 24 e 25 de dezembro)

Parque Doutor Fernando Costa - Água Branca 

Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, 455 - Água Branca/SP

Horário regular: 6h00 às 20h00 (segunda a domingo)

Parque Villa-Lobos 

Endereço: Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2001 - Alto de Pinheiros/SP

Horário regular: 5h30 às 19h00 (segunda a domingo)

 

Parque Cândido Portinari  

Endereço: Av. Queiroz Filho, 1365 - Vila Hamburguesa/SP

Horário regular: 5h30 às 19h00 (segunda a domingo)


Artigo: Deficiência auditiva em crianças: a importância do diagnóstico precoce


Pixabay

 

Radiografia da Notícia

* Médico do Hospital Paulista explica os principais aspectos a serem observados por pais e responsáveis

A detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir um desenvolvimento saudável

Em crianças “mais velhas”, a perda auditiva pode se manifestar como atraso

Redação/Hourpress

A deficiência auditiva em crianças é uma condição que, muitas vezes, passa despercebida, especialmente nos primeiros meses de vida. No entanto, seu impacto pode ser significativo no desenvolvimento da linguagem e da comunicação, afetando diretamente a aprendizagem e a interação social da criança. A detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir um desenvolvimento saudável.

De acordo com o médico otorrinolaringologista e foniatra Gilberto Bolivar Ferlin, do Hospital Paulista, o diagnóstico precoce desempenha um papel crucial na prevenção de danos ao desenvolvimento linguístico e cognitivo das crianças.

"Os sinais de perda auditiva podem variar bastante dependendo da idade. Nos recém-nascidos, muitas vezes, a perda de audição passa despercebida, o que reforça a importância do Teste da Orelhinha, que é uma triagem obrigatória feita nas maternidades brasileiras. Quando identificada qualquer suspeita em relação ao desenvolvimento da comunicação, o diagnostico audiológico completo deve ser realizado", explicou o especialista.

Sinais iniciais

Dr. Ferlin alerta que, nos primeiros meses de vida, a criança deve ser capaz de localizar sons e começar o balbucio, imitando as vozes que escuta. "Bebês que demonstram dificuldade em localizar sons ou que atrasam o início do balbucio devem ser investigados quanto à presença de deficiência auditiva. Além disso, se a criança não se assustar com barulhos intensos ou estouros, isso deve ser interpretado como um indicativo evidente", apontou o médico.

Em crianças “mais velhas”, a perda auditiva pode se manifestar como atraso no surgimento da fala e dificuldades na aquisição da linguagem. A partir da fase em que a criança já possui fala, o especialista alerta para a presença de trocas fonológicas que podem indicar comprometimento auditivo.

"Crianças com perda auditiva mais intensa, podem não responder quando chamadas, o que pode ser confundido com distração, mas é um sinal claro que precisa ser investigado", afirma.

Impacto na linguagem

A deficiência auditiva pode comprometer o desenvolvimento da linguagem, uma vez que a fala e a audição estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento cognitivo. "Precisamos de uma língua para pensar e representar o ambiente. É através da fala que nos comunicamos com os outros, expressamos nossos sentimentos, imaginamos e contamos histórias", explica o Dr. Ferlin.

Para minimizar os prejuízos, é fundamental que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível. A reabilitação auditiva pode envolver desde tratamentos clínicos ou cirúrgicos realizados por um otorrinolaringologista até o uso de aparelhos auditivos, próteses implantáveis ou implantes cocleares. Além disso, a terapia fonoaudiológica desempenha um papel importante na reabilitação da linguagem, ajustando-se conforme o tipo e o grau da deficiência auditiva.

Dificuldade no diagnóstico

A deficiência auditiva e os transtornos de linguagem frequentemente apresentam sintomas semelhantes, e podem estar associados, potencializado os prejuízos e dificultando o diagnóstico. Ambos os quadros podem atrapalhar a comunicação, seja pela compreensão ou pela expressão.

Dr. Ferlin destaca que, enquanto a deficiência auditiva prejudica a compreensão, o transtorno de linguagem, além da compreensão, pode estar relacionado a dificuldades na expressão.

"É fundamental realizar o diagnóstico diferencial para determinar se a criança tem deficiência auditiva ou transtorno de linguagem isolados ou se o caso se trata de prejuízos associados. A avaliação foniátrica e otorrinolaringológica é crucial para garantir que a criança receba o tratamento adequado, seja ele médico, terapêutico, com o uso de próteses auditivas, ou o que for necessário para garantir a reabilitação já a partir do diagnostico funcional”, afirma o especialista.

Dr. Ferlin lembra que os prejuízos auditivos e de linguagem comprometem o desenvolvimento infantil e impactam na aquisição de habilidades acadêmicas em crianças mais velhas, levando, muitas vezes, à falência no processo de aprendizagem, se não tratados.

Para ambos os casos, segundo o médico, o tratamento eficaz envolve abordagem multidisciplinar, com o auxílio de fonoaudiólogos, médicos otorrinolaringologistas e, dependendo do caso, outras especialidades, como psicopedagogos e neurologistas.

O que é preciso observar

Para ajudar pais e responsáveis a identificarem os sinais de deficiência auditiva, Dr. Ferlin oferece algumas orientações importantes:

Bebês e Crianças Pequenas. Observe se a criança reage a sons ao seu redor, como o som da campainha ou música. Durante a amamentação, por exemplo, a mãe ou o cuidador estão em posição privilegiada para notar as reações do bebê à fala e aos sons sutis do ambiente. Aos poucos, ela deve começar a balbuciar e imitar sons.

Respostas a Sons. Se a criança não se assustar com sons altos ou não responder quando chamada pelo nome por volta do primeiro aniversário, é fundamental investigar a possibilidade de deficiência auditiva.

Atraso na Fala. Atrasos no início da fala e dificuldades em formar palavras podem indicar problemas também auditivos.

Comportamento Distrato. Crianças mais velhas com perda auditiva, mesmo que leve, podem parecer distraídas ou desinteressadas, como se não estivessem ouvindo.

Triagem Auditiva. Mesmo que a criança tenha passado no teste da orelhinha, é importante monitorar o desenvolvimento auditivo e de linguagem e se houver suspeita de perda auditiva progressiva, realizar novos exames.

Em caso de qualquer sinal de suspeita, é fundamental buscar um diagnóstico adequado o quanto antes. O diagnóstico precoce e a intervenção terapêutica apropriada podem garantir o desenvolvimento da linguagem e da inteligência da criança, minimizando os impactos da deficiência auditiva.


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Luís Alberto Alves/Hourpress

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