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terça-feira, 25 de março de 2025

Pinga fogo: Trump: um novo Hitler?



Radiografia da Notícia

A população adorava o seu discurso, principalmente quando abordava a

perda de postos de trabalho


* Esse homem, candidato a grande estadista europeu, logo ganhou apoio
das massas

* Ele falava o que milhões de
alemães desejam ouvir

Luís Alberto Alves/Hourpress

Na década de 1920 a Alemanha estava mergulhada no caos. Precisava de
alguém para colocar os pingos nos “i”. E quando surge um cabo nascido
na Áustria que começa a despontar, tempos depois no cenário político.
O seu trabalho duro ajudou a Alemanha a entrar no eixo do crescimento.

A população adorava o seu discurso, principalmente quando abordava a
perda de postos de trabalho para pessoas que não eram alemãs. Estavam
ali em busca de oportunidades que ficaram distantes de suas mãos, no
país onde em determinado dia foram obrigadas a abandonar.

Esse homem, candidato a grande estadista europeu, logo ganhou apoio
das massas. Aprendeu que em política é preciso fazer discurso que
agrade a multidão, mesmo que seja recheado de mentiras e promessas
impossíveis de se tornar realidade. Ele falava o que milhões de
alemães desejam ouvir.

Ciganos

Baseado em suas teses mentirosas passou a perseguir os judeus, sob
argumento de que era um povo interessado no dinheiro da Alemanha,
prejudicando o bem-estar dos cidadãos daquele país. Neste cesto de
maldade colocou os ciganos, por serem nômades, não deveriam ocupar o
espaço do povo alemão.

Por causa das reivindicações no ambiente de trabalho, logo começou a
perseguir sindicalistas e dificultar o trabalho das entidades que
defendiam os direitos de milhões de pessoas que contribuíam com o
rápido progresso da Alemanha, principalmente na área metalúrgica e
construção civil.

A régua foi descendo cada vez mais e dela não escapava pessoas com
qualquer tipo de deficiência, que segundo esse estadista apenas
ocupavam espaço e não contribuía para o progresso daquela nação. Logo
entrou na alça de mira os homossexuais, as prostitutas, os mendigos.
Enfim, qualquer cidadão que estivesse fora do esquema de estado da
nova Alemanha.

Anomalia

A ambição ganhou ar gigantesco. Não se contentou mais em tornar o seu
país uma grande potência. Logo incluiu a Europa, parte de Ásia e
porque não até as Américas, num projeto de governo que seria batizado
em ciclos de mil anos. Na sua visão doentia, o mundo deveria ser puro,
livre de qualquer tipo de anomalia, segundo o seu senso de
governabilidade.

Transformou as Forças Armadas da Alemanha numa mortífera e gigantesca
máquina de guerra. A indústria metalúrgica alemã trabalhava em ritmo
frenético na construção de centenas de milhares de tanques de guerra.
O mesmo ocorria com o segmento aeronáutico, fabricando aviões de
guerra.

 A sua indústria farmacêutica criou uma metanfetamina, em 1937,
conhecida como Pervitin. Essa droga inibia o sono, a sede e o apetite
dos soldados no campo de batalha. Logo o mundo conheceu o poderio do
regime nazista. Em poucos meses ocupou diversos países europeus. A
meta era impor a ideologia do seu terrível estilo de governo.

Acordos

Passados 125 anos desse terror, o mundo se depara com outro pseudo
estadista com o mesmo delírio de ser a polícia do mundo. De pregar a
expulsão de imigrantes, impedir que as Forças Armadas tenham em suas
fileiras pessoas que fuja da classificação masculino/feminino. Sob
argumento de  que o seu país não tolera corrupção, retirou a sua nação
de órgãos renomados, como Organização Mundial de Saúde, também mandou
às favas acordos assinados para redução da poluição industrial no
mundo, do qual o seu país era parte integrante.

Aumentou alíquota de impostos de importação de vários produtos que são
consumidos em seu país. A regra é que a sua nação, segundo ele, não
precisa do restante do mundo. Portanto, quem quiser tirar algum naco
de dinheiro nos negócios vai precisar ajoelhar e clamar por clemência
econômica. Num tom de blefe deu ultimato à China para que reduza os
seus impostos, do contrário não encontrará facilidade para colocar os
seus produtos nos Estados Unidos.

O mundo começou a perceber nos primeiros três meses de 2025 que o
presidente norte-americano Donald Trump tem grande semelhança com o
sanguinário e ditador Adolf Hitler. O mesmo sonho de ser o centro do
mundo. De impor a sua ideologia a ferro e fogo. Caso não haja
obediência, usa a força militar por meio de bombas e invasões. O sonho
de Hitler durou 25 anos, do projeto que tinha arquitetado de ciclos de
mil anos. Resta saber quanto tempo vai durar o delírio de Donald Trump
ao tentar ganhar o posto de ser o dono do mundo.

Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Hourpress, autor dos
livros: “O flagelo do desemprego” (2022), “Por que o meio ambiente é
tão importante ao trabalhador” (2023) e “Internet: pesadelo de quem
entrega mercadoria comprada online.

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