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segunda-feira, 13 de julho de 2020

Política: Proposta limita capital estrangeiro a 49% em empresas consideradas estratégicas



A intenção é apoiar o desenvolvimento econômico e social e preservar a segurança nacional


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

Arquivo

O Projeto de Lei 3122/20 limita a participação de capitais estrangeiros a, no máximo, 49% do controle efetivo de empresas brasileiras que atuam em atividades consideradas estratégicas. O investimento deverá ainda ter como objetivo o apoio ao desenvolvimento, à redução das desigualdades, à ordem pública e à segurança no Brasil.

O texto em tramitação na Câmara dos Deputados insere dispositivos na Lei do Capital Estrangeiro. Ato do Poder Executivo federal determinará as atividades estratégicas indispensáveis ao desenvolvimento, à ordem pública e à segurança nas quais haverá restrições à presença de capital estrangeiro em empresa brasileira.

“Para não haver dúvidas sobre essa limitação, a proposta define como controle efetivo da empresa a titularidade da maioria do capital votante e o exercício, de fato e de direito, do poder decisório para gerir as atividades”, explica o autor, deputado Santini (PTB-RS).

Segundo o deputado, o projeto assegura o respeito a compromissos internacionais assumidos pelo País.

Redução das desigualdades
O deputado ressalta que a proposta tem o objetivo de apoiar o desenvolvimento brasileiro, a segurança nacional e a redução das desigualdades econômicas e sociais.

"O momento de crise pelo qual passamos, decorrente da pandemia de Covid-19, evidencia a necessidade de regular os capitais estrangeiros em nosso País. Devemos lembrar que blocos como a União Europeia e países como EUA, Alemanha, França e Austrália têm avançado discussões e leis para reforçar normas que limitam a participação de investimentos estrangeiros em suas economias", afirma Santini.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Economia: Gastos com delivery crescem mais de 94% durante a pandemia

O estudo dos dados também analisou crescimento no ticket médio dos pedidos


Redação/Hourpress

Arquivo
Entre os meses de abril e junho, o comportamento de consumo dos brasileiros na categoria de delivery mudou. A Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, analisou dados de mais de 160 mil usuários do aplicativo Mobills entre os meses de janeiro e maio de 2020, e constatou que os gastos com os principais aplicativos de entregas focados no delivery de comida (Rappi, Ifood e Uber Eats) cresceram 94,67% no período, ou seja, quase dobraram na comparação entre janeiro e maio de 2019.



No gráfico acima é possível notar que em março, início da quarentena no Brasil, os serviços de delivery tiveram uma queda de 16,98% em comparação a fevereiro. Para o CEO da Mobills, Carlos Terceiro, a queda no mês de março está relacionada com o medo das pessoas diante da incerteza da pandemia.

Porém depois do primeiro mês de isolamento social, os dados apontam crescimento das despesas com delivery. Em abril, o crescimento representou 60,67% em relação a março, e em maio, 39,58% em comparação com abril. "O que podemos perceber foi que o aumento no delivery ocorreu de forma balanceada e gradual à medida que outras despesas foram ficando menores, como com transporte e lazer", analisa Carlos Terceiro.

O vendedor Nathanael Cunha, 23, usuário do aplicativo Mobills, conta que percebeu o aumento dos gastos em delivery assim que a quarentena começou. Antes, o jovem pedia delivery no máximo oito vezes no mês, na maioria das vezes aos finais de semana. Atualmente, os pedidos se tornaram mais recorrentes durante a semana e os gastos com delivery que não passavam de R$ 100, agora chegam a até R$ 200 no mês. "No início era tranquilo, mas com o tempo a gente começou a ter preguiça de cozinhar, queria comer algo diferente", justifica.

Valor gasto por transação cresce até 90%

O estudo dos dados também analisou crescimento no ticket médio dos pedidos realizados em cada um dos aplicativos.

A Rappi, que além do delivery alimentício oferece entrega de supermercado, farmácia e compras em geral, se destacou sendo o aplicativo que teve maior aumento no ticket médio. Em maio, o valor médio das transações era R$ 97,20, o que representa aumento de 92,4% em comparação ao mês de janeiro, onde o gasto médio era de R$ 50,51. "Analisamos que essa alta se deve ao aumento de pedidos não apenas de restaurantes, mas também de outros itens de necessidade básicas que são entregues pela plataforma", explica Terceiro.

O Ifood manteve o ticket médio estável até março, quando começou a apresentar crescimento. Em janeiro e março, os gastos em média eram de R$ 35,00, em maio, o valor cresceu para R$ 42,00 representando 22,3% de aumento em comparação a janeiro.

O Uber Eats não apresentou crescimento no ticket médio, mantendo o valor por volta de R$ 36,00 em maio.

Economia: Emprego: 36% das empresas globais têm planos de automatização após a pandemia


O Brasil ocupa hoje a 18º posição no ranking de países mais robotizados


Luís Alberto Alves/Hourpress

Arquivo

A pandemia do novo coronavírus deve acelerar a automatização na indústria, apontam especialistas. Conforme Richard Pak, professor da Universidade Clemson em matéria publicada no New York Times, antes da pandemia as pessoas poderiam pensar que havia muita automação, mas após esse evento pensarão que tudo deve ser mais automatizado.

Uma pesquisa da agência Ernst & Young já comprovou que este movimento é certo: 36% das empresas globais estão acelerando os planos de automatização após a pandemia.

Para o especialista brasileiro em automação, Vagner Ortiz, Consultor de Vendas da Datec Soluções Industriais, as empresas brasileiras deverão seguir esta tendência, principalmente porque perceberam cada vez mais a importância de acompanhar o mercado em constante mudança.

“A indústria e seus processos vêm sendo continuamente transformados e adaptados, de acordo com as necessidades de cada geração, onde as demandas humanas ditam o ritmo das mudanças e atualizações no ambiente fabril. Já passamos por três grandes revoluções industriais. Em meados dos anos 2000 deu-se início a 4º, que é a continuação do aperfeiçoamento das máquinas e que tornam as linhas de produção mais ágeis, competitivas e confiáveis. Isso possibilita uma adequação mais eficiente das indústrias a demandas de seus clientes, bem como eleva o nível de exigência do mercado”, explica.

Segundo Ortiz, o cenário de crise fez com que as indústrias reavaliassem seus investimentos. Passado este período, o centro do debate será como a indústria reagirá pós-momento de estagnação. “Países antes impactados e mais flexíveis já estão traçando planos para retomar suas economias e, conseqüentemente, seus sistemas produtivos”. De acordo com a agência de classificação de riscos S&P, o mais provável é uma queda no PIB global de 2,4% em 2020, seguida de um crescimento de 5,9% em 2021.

O Brasil ocupa hoje a 18º posição no ranking de países mais robotizados, de acordo com relatório anual 2019 da Federação Internacional de Robótica (IFR). São 0,6% do total de robôs instalados no mundo, que conta com estoque de 2.439.543 de unidades em operação.

“O atraso do Brasil deve-se a baixa cultura em automação, falta de incentivos fiscais e a pouca quantidade de estudos na área. A alocação destes equipamentos em ambiente fabril segue as tendências mundiais, onde a maior parte da robótica encontra-se instalada no ramo automotivo e metal mecânico. Tal fato amplia a necessidade de inclusão destas tecnologias em outras áreas industriais brasileiras”, destaca o Gerente de Automação da Datec Soluções Industriais, Emanuel Santette.

Emanuel acredita que a importância da incrementação da robótica e automação no ambiente industrial vai muito além dos ganhos econômicos e de produtividade, ela é de suma relevância inclusive para atender aos aspectos humanos e sanitários.

 “Automação e robótica deve ser encarada não como inimigo do emprego e sim como uma aliada ao crescimento do negócio. Ela retira do operador os trabalhos de risco e insalubres e possibilita a geração de atividades mais humanas e complexas como de avaliação e planejamento”, explica Emanuel Santette.

 

Sobre a Datec: A Datec é uma empresa especializada em projetos especiais para  Codificação Industrial, Robótica, Encaixotamento, Paletização e Equipamentos Especiais. Fornece soluções de máquinas e dispositivos especiais para automação em diversos segmentos, atendendo a necessidade de cada cliente, com projetos personalizados. Sua sede fica localizada em Chapecó (SC).



Saúde: Cidadania e covid-19 são temas de ações nos terminais da EMTU/SP


Terminais Diadema e Piraporinha recebem um grupo de atores que busca conscientizar a população


Redação/Hourpress

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Os passageiros do Corredor Metropolitano ABD poderão assistir, a partir de amanhã (14), apresentações teatrais sobre cidadania e convivência no transporte público e cuidados com o Coronavírus. Os eventos acontecem de 14 a 16 de julho no terminal Diadema e nos dias 17, 20 e 21 no Terminal Piraporinha, no mesmo município. O horário será das 13h às 15h.

A Companhia Sopa de Comédia vai interagir com os usuários do terminal sobre assuntos como a obrigatoriedade de máscara de proteção e a limpeza das mãos, além de abordar questões como o respeito aos assentos preferenciais, a travessia segura nos terminais e os cuidados com o uso de fones de ouvido, que podem desviar a atenção dos passageiros.

Para a segurança de todos, a equipe estará equipada com máscara face shield, máscara 100% algodão e adereços feitos com bambolês para manter o distanciamento social necessário. Eles também disponibilizarão álcool em gel para os passageiros que estiverem próximos durante as apresentações.

Serviço

Evento - Esquetes Teatrais

Datas: 14/07, 15/07 e 16/07

Horário: 13h às 15h

Local: Terminal Metropolitano Diadema

Endereço: Av. Conceição, 7.000 - Parque Mamede - Diadema/SP


Datas: 17/07, 20/07 e 21/07

Horário: 13h às 15h

Local: Terminal Metropolitano Piraporinha

Endereço: Av. Piraporinha, 1.956 - Piraporinha - Diadema/SP

Saúde: Covid-19: SP tem queda no número de óbitos pela 3ª semana seguida


Taxa de letalidade está em 4,8%, a menor desde o início da pandemia


Agência Brasil 

Arquivo

O estado de São Paulo voltou a apresentar queda no número de óbitos pelo novo coronavírus pela terceira semana consecutiva. Na semana passada, a 28ª semana epidemiológica, o estado teve 1.706 mortes pela covid-19. Na semana anterior haviam sido contabilizados 1.733 óbitos.

O estado também apresentou a sua menor taxa de letalidade, que aponta a gravidade da doença calculando a proporção de óbitos sobre o total de casos. A taxa está agora em 4,8%, a menor desde o início da pandemia.

“O número de óbitos caiu pela terceira semana consecutiva e São Paulo tem a menor taxa de letalidade da série histórica. Houve uma diminuição de 27 óbitos na semana que se encerrou no último sábado (11) em relação à semana anterior”, falou o governador de São Paulo, João Doria. “Estamos baixando e é a terceira semana consecutiva em que isto acontece desde o início da pandemia”, acrescentou.

“São boas notícias, mas que devem ser celebradas com muita moderação e solidariedade também. Não é hora para festejar, não é hora para sair ou comemorar. É hora para estarmos concentrados, seguindo as recomendações da saúde”, falou Doria.

Segundo João Gabbardo, secretário-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, os óbitos vêm caindo no estado há quatro semanas. Na 25ª semana epidemiológica, o estado teve 1.913 óbitos. Na 26ª semana, 1.769 óbitos. Na 27ª semana, 1.733. E na semana passada, 1.706. “Isso mostra um movimento constante, sustentável e de queda”.

Até este momento, o estado contabiliza 374.607 casos confirmados do novo coronavírus, sendo que 71% deles foram notificados por meio de exame RT-PCR, enquanto 28% ocorreram por meio de exames sorológicos (testes rápidos) e 1% por outros testes. O total de recuperados soma 230.680, sendo que 53.693 deles se curaram após alta hospitalar.

Nas últimas 24 horas foram confirmados 2.610 novos casos, sendo 71% deles casos ativos [confirmados por meio de exames de RT-PCR).

O estado tem, até este momento, 17.907 óbitos pela covid-19 [a doença provocada pelo novo coronavírus], sendo 57 deles registrados nas últimas 24 horas.

Há 5.666 pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em casos confirmados ou suspeitos do novo coronavírus, além de 8.393 internados em enfermarias. A taxa de ocupação de leitos de UTI no estado está em 66,1%, enquanto na Grande São Paulo gira em torno de 64,7%.

Geral: Rapaz picado por cobra naja tem alta e polícia segue investigação


Réptil está sob a guarda do Zoológico de Brasília


Agência Brasil 

EBC

O estudante picado por uma cobra naja na semana passada no Distrito Federal teve alta hoje (13). A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso, uma vez que ele não tinha permissão para criar o animal e a serpente não poderia ser mantida em um domicílio por um cidadão de forma domesticada.

O animal foi encaminhado ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recurso Naturais Renováveis (Ibama), que o repassou ao Zoológico de Brasília.  

Questionada pela Agência Brasil, a Polícia Civil do Distrito Federal respondeu que não poderia dar detalhes acerca da investigação. A expectativa é de que o estudante preste depoimento após a sua liberação do hospital.

Pedro Henrique Lehmkul foi picado pela naja na última terça-feira (7) e foi internado logo após o episódio em um hospital privado na Região Administrativa do Gama, a 30 quilômetros do centro de Brasília.

O quadro do rapaz evoluiu para estado grave e ele chegou a ser colocado em coma induzido. A assessoria do hospital não deu detalhes nem divulgou boletim médico sobre o caso. A situação de saúde foi mantida sob sigilo a partir de um pedido da família.

A cobra foi encontrada em uma caixa na região central de Brasília pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA). O animal, que estava em boas condições, foi encaminhado para o Ibama, que o repassou para o Zoológico de Brasília.

Cobra naja de 1,5 metro que picou um estudante de veterinária em Brasília e está no Zoológico da capital federal
Cobra naja de 1,5 metro que picou um estudante de veterinária em Brasília e está no Zoológico da capital federal. Polícia investiga possível tráfico internacional de animais - Ivan Mattos/Zoológico de Brasília

Novas descobertas

Na quinta-feira (9), o Batalhão de Polícia Militar Ambiental encontrou, em uma área rural de Planaltina, que fica a cerca de 40 quilômetros de Brasília, mais 16 serpentes escondidas em caixas. Segundo a corporação, a descoberta tem relação com a naja encontrada anteriormente.

A operação foi motivada por uma denúncia anônima. O dono da chácara onde as serpentes foram encontradas informou que não sabe como os animais foram parar ali. As serpentes também serão encaminhados ao Ibama.

Na sexta-feira, a Polícia Civil descobriu outras sete serpentes. A ação foi decorrente da operação Squamata, que visou combater crimes contra a fauna e manutenção ilegal de répteis. Os animais foram encontrados em uma outra chácara, na Região Administrativa de Samambaia.

A PCDF divulgou apenas que continua as investigações de indícios de tráfico internacional de animais. Isso porque tanto no caso da naja como de outras espécies, os animais eram oriundos de ecossistemas de fora do país.

No sábado (11), foi encontrada uma outra cobra do estudante Pedro Henrique Lehmkul em um apartamento na Região Administrativa do Guará, a 15 quilômetros do centro de Brasília.

Geral: Festival apresenta produção literária de autores negros de São Paulo

Abertura vai falar sobre a publicação dos Cadernos Negros


Agência Brasil 

EBC

A partir da próxima segunda-feira (13) começa a primeira edição do Festival Literário de Literatura Negra da Zona Norte de São Paulo – Fellin. A idealizadora do projeto Ketty Valencio diz que a mostra busca “marcar território” nessa parte da capital paulista que, apesar de ter uma das maiores concentrações de pessoas negras, não tinha um festival cultural de peso, como os que acontecem na zonas sul e leste da cidade.

“É uma região onde moram bastante pessoa negras, tem a ver com essa questão da ancestralidade, dos quilombos”, explica Ketty sobre o histórico da região, onde existiram várias comunidades de negros que fugiram da escravidão. “Concentração de escolas de samba, que tem a ver como as pessoas que começaram a se organizar antes de mim e você. Tem vários saraus, tem jongos [dança afrobrasileira], festa de São Benedito [santo de origem africana], que tem a ver com essa relação com os quilombos”, contextualiza, ao exemplificar como esse passado foi determinante para a vida cultural dessa parte da cidade.

História e Afrofuturismo

A organizadora tentou trazer essa diversidade de manifestações culturais para o festival. A abertura vai tratar da publicação dos Cadernos Negros, antologias de poesia afrobrasileira que são publicadas periodicamente desde 1978 pelo grupo Quilombhoje. Na terça-feira, estará no palco virtual a artista multilinguagem Aryani Marciano, que fará uma contação de histórias.

Ketty destaca que a pandemia do novo coronavírus trouxe o desafio para os artistas de se apresentarem sem a proximidade direta com os espectadores. “Está sendo experimental, até para os convidados. Porque a gente quer o contato com o público, com o olhar, saber o que eles estão pensando”, diz.

O encerramento, na sexta-feira (17), será com uma mesa que trata de afrofuturismo. Entre os convidados, está a escritora carioca Lu Ain-Zaila. “Uma das principais referências do afrofuturismo no Brasil. Ela tem uma linha de narrativa que mistura o ancestral com a distopia”, comenta a organizadora sobre o gênero literário que traz elementos da ficção científica e da história e cultura afrodiaspórica. A autora será acompanhada no debate pelo rapper e escritor Israel Neto.

Para Ketty, esse tipo de conversa é fundamental para mostrar que os autores negros não devem ficar confinados nos temas ligados à escravidão ou diretamente ao racismo. “A literatura negra é plural. A gente pode escrever sobre tudo. A gente está olhando para o futuro. Afrofuturismo é olhar para o futuro, literalmente”, enfatiza.

O Fellin pode ser acompanhado pelo canal da mostra no Youtube.

A programação completa está na página do festival no Instagram.