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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Túnel do Tempo: Chaplin lança o filme Tempos Modernos



Luís Alberto Alves/Hourpress

No  dia 5 de fevereiro de 1937, o filme Tempos Modernos, de Charlies Chaplin, é lançado. Nesse filme o ator pronunciou suas primeiras palavras no cinema.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Avenida Professor Alfonso Bovero


O resultado? Recebeu inúmeras homenagens de seus alunos dez anos depois


Luís Alberto Alves/Hourpress


O professor Alfonso Bovero nasceu em Pecetto Torinese, uma aldeia do Piemonte, na Itália, em 26 de novembro de 1871. Filho de médico, estudou Medicina. Após formado fez vários cursos e conquistou diversos prêmios. Em 1895, por causa de seus trabalhos científicos, ganhou o Prêmio Reviglio da Real Academia de Medicina de Turim. 
No ano de 1910, quando lecionava na Real Academia de Ciências de Turim, recebeu o convite do médico Arnaldo Vieira de Carvalho para dar aula de Anatomia, em 1914 na cidade de São Paulo. O resultado? Recebeu inúmeras homenagens de seus alunos dez anos depois.
Escreveu muitos livros abordando a importância da Medicina na vida da  população. Antes, em 1915, fundou o Museu de Anatomia da USP. Quando estava de férias, em Turim, sua cidade natal, morreu em 9 de abril de 1937. A Avenida Professor Alfonso Bovero (foto) fica em Perdizes, Zona Oeste de SP.


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Variedades: Divirta-se


Variedades: Carlos Pazetto é o nome deste Carnaval 2020




Redação/Hourpress
Isso porque o diretor criativo assina o projeto de três dos maiores ícones da maior festa popular brasileira. Começando pelo Baile da Vogue, no Copacabana Palace, dia 7 de fevereiro, seguindo para o Camarote Salvador, a partir de 20 de fevereiro, e encerrando com o Camarote Numero 1, da Sapucaí, dias, 21, 22 e 28 de fevereiro. Cada projeto conta com criação e conceitos exclusivos, muitos cenários instagramáveis e projetos de luz inacreditáveis

Variedades: Sorriso Maroto grava novo projeto audiovisual em Alagoas

Luís Alberto Alves/Hourpress

Um pouco antes do afastamento dos palcos, Bruno Cardoso, vocalista do Sorriso Maroto, teve a ideia de criar um projeto audiovisual que tivesse a música como uma ferramenta de transformação coletiva. Durante o período em que esteve longe do grupo, o cantor refletiu e se questionou como seria se o mundo acabasse amanhã. A partir dessa reflexão, voltou todo seu pensamento para os amigos, família e a música com o objetivo de gerar ações que tenham impacto na vida das pessoas e do mundo. Nasceu, então, o “AMA – Antes que o Mundo Acabe, um projeto audiovisual, que será gravado pelo Sorriso Maroto, em Alagoas, no mês de fevereiro.
O registro do DVD será feito na Praia do Frances, com ingressos já a venda para o público, com a participações já confirmadas de Belo, Lauana Prado, Mc WM e o Parangolé, com Tony Sales.
O set list do show reúne canções inéditas e alguns sucessos recentes da banda. A apresentação terá a faixa “Acidentes Acontecem”, com a participação de Lauana,”100 Likes”, quando dividem o palco com Belo, “Fogo na Gasolina”, com Mc WM e Parangolé, e canções como “50 Vezes”, “Escondido dos Seus Pais” e “Reprise”.
“É mais que música, é mais que um audiovisual/turnê, é mais que uma marca. O AMA é um movimento que tem a música como ferramenta de transformação coletiva. É reflexão e atitude por um mundo melhor”, explica Bruno Cardoso. “Causar impactos positivos na sociedade será o foco principal da turnê”, completa.
A banda já lançou o primeiro single desse trabalho. “Sinal Vital” ganhou também um clipe, que foi disponibilizado no final de janeiro, com o tema de superação. As próximas faixas serão lançadas a partir de abril, quando começa também a turnê nova pelo Brasil.

Chumbo Quente: População não acredita nos políticos nem na imprensa



Ali, durante quase meio século, senti na pele o desprezo da classe política



Luís Alberto Alves/Hourpress

Pesquisa recente CNT/MDA apontou que o brasileiro confia, em grande maioria, nos bombeiros, igreja e Forças Armadas. De 100%, os partidos políticos e imprensa ficaram com 2,3% e 0,2% de confiança do povo, respectivamente.

Qual a razão disto? Intelectuais dirão que este dado reflete a “burrice” da população. Discordo! Quem enfrenta ônibus lotado, metrô ou trem; recebe péssimos salários e moram, em grande parte afastada dos grandes centros, onde falta infraestrutura, sabe do que fala.

Durante quase 50 anos de minha vida tive casa a cerca de 30 quilômetros do Centro de SP. Conheço a dificuldade de enfrentar ônibus lotado de manhã e de noite, no retorno do trabalho. Quando doente, sofrer na fila dos hospitais públicos, totalmente sucateados.

Periferia
Quantas vezes ouvia conversa fiada de políticos prometendo asfaltar a rua onde passei minha infância, adolescência e juventude. A escola pública caindo os pedaços, sem professores; postos de saúde carente de funcionários. Enfim, era periferia. O povo que se lixe!

Ali, durante quase meio século, senti na pele o desprezo da classe política. Os grandes jornais da época (Jornal da Tarde, Diário Popular, Folha da Tarde, Notícias Populares, Estadão) só lembravam-se daquele pedaço da Zona Norte de SP, quando a pauta era sobre crime.

Hoje, com 33 anos de jornalismo, ainda custo a entender o motivo de só tragédia virar notícia. O povo, na sua sabedoria, também gosta de alegria. Aliás, o pobre não vai de roupa suja batizar o filho, ou mesmo a um culto religioso. Gosta que as pessoas da cidade os vejam com outros olhos.

Democracia
É neste quesito o olhar clínico sobre a imprensa. Como vai merecer confiança algo que só valoriza o lado podre da vida? O pobre gosta de democracia, mas se vier sem comida sobre a mesa, não vale nada. Certa vez, numa entrevista, uma faxineira me respondeu: “moço, democracia se come”?

Por outro lado, o povo admira muito os bombeiros, segundo os dados da pesquisa da CNT/MDA. Simples! A qualquer hora da noite ou dia, eles prestam socorro a quem o Poder Público trata igual pária. Às vezes até parto realizam, dependendo da situação.

Apesar de muitos vendilhões da fé, a igreja aparece em segundo lugar como instituição confiável. Essa informação não pode ser interpretada como ignorância. Quando tudo parece ruir debaixo dos pés, a população procura ajuda divina.

Periferia
Mas qual a razão disto tudo. Após 21 anos de Regime Militar, a nossa classe política ainda não soube valorizar a democracia. Temos um Congresso Nacional horrível. Preocupado apenas na votação de leis prejudiciais ao eleitor. Prova disto é a Reforma Trabalhista, onde os beneficiados foram os empresários.

Não temos políticos interessados no bem-estar da população, apenas na conta bancária. Seja de direita, esquerda ou centro; a mesma sacanagem se faz presente. Só quem sofre na pele a dor de receber um salário de miséria, e obter poucos benefícios do governo, e se equilibrar na corda bamba para continuar vivendo, sabe o que é morar na periferia.

O mundo é bonito na televisão, assim como nas revistas que exibem as festas da elite. Também no Congresso Nacional, onde se trabalha pouco e se ganha muito. Agora, no Brasil real, onde o crime organizado dá as cartas e existe pouca presença do Estado, o buraco é mais embaixo.


Política: Golpe faz trabalhador assinar rescisão com empresa sem receber o dinheiro



A não homologação da rescisão do contrato de trabalho, tem sido artifício utilizado por algumas empresas

Redação/Hourpress/Diap

Até a entrada em vigor da Lei 13.467, o artigo 477 da CLT estabelecia que o pedido de demissão ou o recibo de quitação de rescisão do contrato de trabalho firmado pelo empregado com mais de 1 ano só seria válido quando feito com a assistência do respectivo sindicato ou perante a autoridade competente. A Reforma Trabalhista acabou com essa exigência. 

“Os trabalhadores estão sendo vítimas de golpe”, adverte o advogado Sergio Batalha. Há 2 casos que O DIA teve acesso mostram prática não usual na dispensa de empregados. Em um deles, o ex-empregado, que é analfabeto, dá quitação da verba trabalhista sem ter recebido. Em outro, a ex-funcionária também assinou os papeis e não recebeu a rescisão. Os 2 casos, por acaso, se referem à mesma empresa.
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E como seria esse golpe? “O empregado é dispensado e convocado ao departamento de pessoal para ‘assinar a rescisão’. Quando comparece, é informado de que tem de ‘assinar a rescisão para sacar o FGTS’ e que a empresa irá depositar as verbas rescisórias nos próximos dias”, conta o advogado. O que não ocorre. “A empresa não deposita e, quando o empregado entra com o processo na Justiça do Trabalho, essa alega que pagou as verbas rescisórias ‘em espécie’, ou seja, em dinheiro”, acrescenta Batalha.
E faz um alerta: “O trabalhador não deve assinar o Termo de Rescisão do contrato de trabalho sem ter recebido as verbas nele discriminadas, pois o termo tem a natureza jurídica de um recibo de quitação. Ou seja, se o valor líquido das verbas rescisórias discriminadas for de R$ 5 mil, por exemplo, quando o trabalhador assina o termo dá um recibo de R$ 5 mil ao empregador”.
Não assine sem receber
Uma das justificativas para os trabalhadores assinarem o termo de rescisão do contrato de trabalho quando são demitidos é a liberação das vias para saque do FGTS e do seguro-desemprego. Por conta disso Claudinei e Nilma, os 2 trabalhadores que foram lesados por uma empresa, assinaram os papeis.

nilda casarias golpe da rescisao
Nilda Casarias: emprego por 9 anos com carteira assinada e na demissão não recebeu verbas rescisórias | Foto: Ricardo Cassiano | Agencia O Dia

Mas o advogado Sergio Batalha adverte: a solução para sacar o FGTS mesmo sem o recebimento das verbas rescisórias seria fazer uma ressalva no próprio termo de rescisão, esclarecendo que não recebeu as verbas nele discriminadas.
“O ideal nestes casos é procurar um advogado trabalhista especializado, mas nunca assinar um termo de rescisão sem depósito prévio das verbas ou pagamento no ato”, acrescenta.
Vale ressaltar que o prazo limite para o pagamento das indenizações previstas em contrato é de até 10 dias — a partir do dia do rompimento contratual entre as partes diretamente interessadas. O mesmo período máximo se aplica ao envio dos documentos que comprovem o fim do vínculo com a empresa aos órgãos competentes. Os documentos são a GRRF (Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS) e Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
3 pessoas diferentes e o mesmo problema: vítimas de calote
Morador de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Claudinei Jesuíno, de 50 anos de idade, trabalhou por 5 anos em uma empresa prestadora de serviços que cedia funcionários para grandes empresas. Ou seja, ele era terceirizado. No ano passado, Claudinei foi demitido e ao se dirigir para o departamento pessoal da empresa recebeu orientação para assinar o termo de rescisão para sacar FGTS e seguro-desemprego. O dinheiro da rescisão, segundo a empresa informou ao trabalhador, seria pago outro dia. Mas não foi.

“Ficava indo e vindo e eles enrolando para pagar. Até que entrei na Justiça para tentar receber o dinheiro que a empresa me deve”, diz Claudinei. Mas ao chegar na audiência no final deste mês, a empresa alegou que pagou o trabalhador em espécie e mostrou o documento assinado por ele. Só tem um detalhe: o Claudinei só sabe escrever o próprio nome, não sabe ler. O trabalhador lamenta: “Não recebi 1 centavo da minha rescisão, nem férias, nem horas extras, nada. E agora eles dizem que me pagaram em espécie!”
luiz claudio golpe rescisao
Luiz Cláudio foi demitido e não recebeu a rescisão | Arquivo Pessoal

Com dificuldade Nilma Casadias, 58, moradora de Botafogo, desce a escadaria que dá acesso à sua casa. Nilma também trabalhou na mesma empresa que Claudinei de 2009 a 2018, quando foi demitida. Ela conta a O DIA que em maio do ano passado foi dada a baixa na carteira de trabalho, a rescisão foi assinada e — assim como Claudinei — o pagamento não foi feito.
“Na última vez que fui tentar receber na empresa, a funcionária disse que eu não era a única a ‘encher o saco’ e me mandou ir atrás dos meus direitos. Eu fui”, conta. No caso de Nilda ainda há outro agravante: ela está em auxílio-doença pelo INSS e faz uso de muitos remédios. “Minha saúde acabou, não tenho como trabalhar e não recebi o que era meu direito. Não sei o que vou fazer”, lamenta.

E o golpe de alegar que “pagou o que não desembolsou” não se limita à empresa onde trabalharam Claudinei e Nilda. Uma firma de serviços de segurança, também deu o cano em trabalhadores. Luiz Claudio Santos, 56, de Vila Kennedy, conta que por 11 anos trabalhou como prestador de serviços, mas em agosto passado foi demitido. O “modus operandi” foi similar: assinar o termo de rescisão para sacar FGTS e seguro-desemprego. “Recebi os papeis, mas não vi dinheiro nenhum. A saída foi entrar na Justiça”, diz.