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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Politica: Fim do Ministério do Trabalho é a concretização de um projeto político


Muito tem sido feito para retirar independência e autonomia dos auditores-fiscais do Trabalho


Luís Alberto Alves/Hourpress/Diap

O sufocamento estrutural imposto à Auditoria-Fiscal do Trabalho, que caiu de 2º para o 4º escalão na hierarquia administrativa, poderia ser mero detalhe caso a condução da Secretaria do Trabalho e da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho tivesse caminhado na direção de avanços para a fiscalização. Infelizmente, o rebaixamento estrutural veio acompanhado de uma série de medidas administrativas e legislativas que confirmam o menosprezo ministerial pelo trabalho e pelo trabalhador, aí incluídos os servidores públicos, entre eles, os auditores-fiscais do Trabalho. A fiscalização foi diminuída e diluída numa megaestrutura em que os órgãos que controlam os fundamentos da economia têm o protagonismo. A fiscalização é vista como uma “pedra no sapato” pelo governo.
Muito tem sido feito para retirar independência e autonomia dos auditores-fiscais do Trabalho, autoridades trabalhistas da União, seja por medidas internas, seja por medidas provisórias ou projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional. Associadas à Reforma Trabalhista em vigor desde 11 de novembro de 2017, aprofundam a retirada de direitos e a flexibilização das condições de trabalho, com reflexos diretos para a ação fiscalizatória.
A decisão geral de não realizar concursos públicos e ampliar a terceirização atinge em cheio a carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho, que tem 3.644 cargos criados por lei e conta hoje com pouco mais de 2.160 auditores-fiscais em atividade, sendo cerca de 30% em atividades internas. A revisão das normas regulamentadoras para “simplificar” procedimentos traz embutida a tentativa de minar as atribuições e o alcance da fiscalização na área de segurança e saúde, num país que ostenta números estratosféricos de mortes e acidentes nos ambientes de trabalho.
Carteira Verde e Amarela
Assim também faz a MP 905/19, que impõe aos auditores-fiscais do Trabalho expediente na condição de orientadores do cumprimento da lei, dificultando ao máximo a imposição de punições e autorizando formalmente o embaraço à fiscalização e a perseguição aos auditores-fiscais. Retira dos agentes da fiscalização a autonomia para embargar e interditar, uma ação que deve ser imediata e tempestiva, sob pena de não cumprir seu papel de salvar vidas. A Subsecretaria de Inspeção do Trabalho foi “atropelada” pela MP, uma vez que a gestão fica a cargo da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.
A Secretaria Especial, que hoje comanda parte das funções do extinto Ministério do Trabalho, capitaneia e chancela as mudanças que impõem retrocessos e perdas, da pior forma possível. O discurso de que a fiscalização incomoda empresários, repetido à exaustão, coloca em risco a vida dos auditores-fiscais do Trabalho.
Os episódios de ameaças foram constantes em 2019, pelos mais variados meios, inclusive redes sociais, endossados por perfil atribuído ao presidente da República. Apesar das medidas tomadas pelo Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho), a impunidade impera. E não é de hoje. No próximo dia 28 de janeiro a tragédia da Chacina de Unaí completará 16 anos, sem que os mandantes estejam cumprindo as penas às quais foram condenados por júri popular. Assim como na educação de crianças, um exemplo vale mais do que mil palavras.
Muito mais do que símbolo de uma ideia, a extinção do Ministério do Trabalho representa a concretização de um projeto que não considera o trabalhador como parte do desenvolvimento econômico, nem permite redução de desigualdades ou mobilidade social. Promove e contenta-se com o subemprego, empregos precários, formas de trabalho que massacram e escravizam. Mulheres e homens trabalhadores, que fazem girar a economia, não têm seu valor reconhecido, sem direito a descanso e dignidade. Uma sociedade autofágica. Neste contexto, Auditoria-Fiscal do Trabalho incomoda, e muito.
A solução, para que a política pretendida tenha êxito, é desidratá-la ao máximo. O Sinait e os auditores-fiscais do Trabalho seguirão firmes na missão de defender uma Inspeção do Trabalho forte e respeitada, bem como uma sociedade para a qual se garanta efetivamente justiça social.

Economia: Receita abre consulta a lote residual do Imposto de Renda


Serão liberados R$ 725 milhões para declarações de 2008 a 2019

Agência Brasil

A Receita Federal abre hoje (8) consulta a lote residual de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física de janeiro. Ao todo, serão desembolsados R$ 725 milhões para declarações de 2008 a 2019, beneficiando 185.891 contribuintes que estavam na malha fina, mas regularizaram as pendências com o Fisco.
A lista com os nomes estará disponível a partir das 9h no site da Receita na internet. A consulta também pode ser feita pelo Receitafone, no número 146. A Receita oferece ainda aplicativo para tablets e smartphones, que permite o acompanhamento das restituições.
As restituições terão correção de 4,77%, para o lote de 2019, a 113,05%, para o lote de 2008. Em todos os casos, os índices têm como base a taxa Selic (juros básicos da economia) acumulada entre a entrega da declaração até este mês.
O dinheiro será depositado nas contas informadas na declaração no próximo dia 15. O contribuinte que não receber a restituição deverá ir a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para os telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para ter acesso ao pagamento.

Economia: Medo de desemprego diminuiu em dezembro, afirma CNI



Apesar do recuo, índice ainda é superior à média histórica

Agência Brasil

Pesquisa divulgada hoje (8) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que houve um recuo de 2,1 pontos no índice de medo de desemprego, na comparação entre os trimestres encerrados em setembro e dezembro de 2019. Com o recuo, em dezembro, o índice ficou em 56,1 pontos. Apesar da queda, permanece acima da média histórica de que é de 50,1 pontos.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro de 2019. O índice varia de zero a cem pontos. Quanto menor o indicador, menor é o medo do desemprego.
De acordo com a CNI, o resultado apurado em dezembro de 2019 também ficou acima do observado no mesmo mês de 2018, quando o índice foi de 55 pontos. Na variação ao longo do ano, o índice de medo de desemprego apresentou um aumento de 4,3 pontos no primeiro semestre de 2019. No segundo semestre, o indicador se recuperou e acumulou uma alta de 3,2 pontos até o fim do ano.   
"O medo do desemprego permanece mais elevado entre os brasileiros com renda familiar de até um salário mínimo. Nessa faixa de renda, o indicador subiu 0,9 ponto em relação a setembro e atingiu 69,7 pontos em dezembro, muito acima dos 37,4 pontos verificados entre as pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos", disse a CNI.

Mulheres

O medo do desemprego também é maior entre as mulheres. A diferença em relação aos homens alcançou, em dezembro, o maior patamar desde março de 2005. Isso ocorreu porque, entre as mulheres, o índice aumentou 0,6 ponto frente a setembro e passou para 63,2 pontos em dezembro. Entre eles, o indicador caiu 5 pontos e recuou para 48,5 pontos, mostra a pesquisa, que ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro de 2019. 

Satisfação com a vida

O levantamento mostra ainda que os brasileiros estão menos satisfeitos com a vida. Em dezembro, a pesquisa apurou que o índice de satisfação com a vida caiu 0,7 ponto em relação a setembro e ficou em 68,3 pontos no mês passado. Ainda assim, o índice se encontra abaixo da média histórica, que é de 69,6 pontos.
Os brasileiros com maior renda familiar e maior nível de instrução apresentam maior satisfação com a vida. "Entre os com educação superior, o indicador alcançou 70,5 pontos, muito acima dos 65,3 pontos registrados entre aqueles que têm até a quarta série do ensino fundamental. Entre os que renda familiar superior a cinco salários mínimos, o índice ficou em 73,1 pontos em dezembro, 8,6 pontos acima dos 64,5 pontos registrados entre os que tem renda familiar de até um salário mínimo", disse a CNI.  

Economia: Safra de grãos fecha 2019 com recorde de 241,5 milhões de toneladas


A previsão para este ano é de uma safra de 243,2 milhões de toneladas


Agência Brasil

A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas fechou 2019 com uma produção recorde de 241,5 milhões de toneladas, segundo a última estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com dados divulgados hoje (8), a estimativa é 6,6% superior à safra de 2018, de 226,5 milhões de toneladas, e 1,3% maior que o recorde anterior, de 2017, de 238,4 milhões de toneladas.
De acordo com o IBGE, a soja, que é o principal grão, no entanto, fechou com 113,5 milhões de toneladas, uma queda de 3,7% em relação a 2018. O arroz também teve redução de 12,6%.
As quedas foram compensadas, principalmente, pelas produções recordes de 100,6 milhões de toneladas de milho, com 23,6% a mais que em 2018, e de 6,9 milhões de toneladas de algodão, uma alta de 39,8%.

Prognóstico para 2020

O IBGE também divulgou seu terceiro prognóstico para a safra de 2020, que deverá ser ainda maior do que a estimada para 2019, de 243,2 milhões de toneladas, ou seja, 0,7% acima da safra do ano passado.
Entre as seis principais safras de grãos, apenas a segunda safra do milho deverá apresentar queda em relação em 2019, de 10,4%. As demais deverão apresentar alta: soja (7,8%), arroz (0,9%), primeira safra do milho (1,8%), algodão (2,7%) e primeira safra de feijão (3,3%).

Geral: Polícia de São Paulo prende suspeito de atear fogo em morador de rua



Ele teve prisão temporária decretada pela Justiça


Agência Brasil

A Polícia Civil de São Paulo deteve, na madrugada desta quarta-feira (8), o suspeito de assassinar Carlos Roberto Vieira da Silva, de 39 anos. Ele teve prisão temporária decretada pela Justiça. O homem é acusado de atear fogo à vítima, que estava em situação de rua e dormia no momento do ataque, na noite de domingo (5).
A ocorrência foi registrada na rua Celso de Azevedo Marques, na Mooca, zona leste da capital paulista. A vítima foi atendida ainda com vida, pelo Corpo de Bombeiros Militar. Os socorristas encaminharam-na ao Hospital Municipal Doutor Carmino Caricchio, unidade situada no Tatuapé, a cerca de oito quilômetros do local, mas não resistiu aos ferimentos. Um inquérito foi aberto pelo 18º Distrito Policial, que apura o caso também mediante imagens capturadas por câmeras de segurança instaladas na região.

Geral: Detrans terão prazo até junho para adequação à CRLV digital


O motorista poderá, opcionalmente, utilizar uma via impressa do CRLV-e, que terá a mesma validade do documento digital


Agência Brasil

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determinou prazo até 30 de junho deste ano para que os Detrans de todo o país estejam adequados à fornecer aos motoristas o novo formato digital do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), o CRLV-e, conforme prevê a deliberação nº 180/2019 do Contran, publicada no início deste mês, que trata da substituição do documento em papel pelo modelo eletrônico.
Segundo o Contran, o motorista poderá, opcionalmente, utilizar uma via impressa do CRLV-e, que terá a mesma validade do documento digital
Segundo o Contran, o motorista poderá, opcionalmente, utilizar uma via impressa do CRLV-e, que terá a mesma validade do documento digital - Divulgração Ministério da Infraestrutura
Segundo o Contran, o motorista poderá, opcionalmente, utilizar uma via impressa do CRLV-e, que terá a mesma validade do documento digital. A diferença é que o documento será impresso em papel comum, validado por um QR Code específico.
De acordo com o ministro substituto da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, a medida faz parte das diretrizes de transformação digital do governo do presidente Jair Bolsonaro.
“Essa é mais uma iniciativa do governo para simplificar a vida do cidadão, trazendo mais modernidade e agilidade para o dia a dia das pessoas”, disse.
“O CRLV-e somente será expedido após a quitação dos débitos relativos a tributos, encargos e multas de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, bem como o pagamento do Seguro Obrigatório (DPVAT)”.
Para ter acesso ao CRLV digital, o motorista precisa baixar o aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT) no celular e cadastrar os dados do veículo na plataforma. Com isso, terá a visualização do documento sem a necessidade de acesso à internet.
O aplicativo, desenvolvido pelo Serpro, em parceria com o Denatran, está disponível gratuitamente nas lojas Google Play e App Store.

Geral: Manifestantes protestam em estação do Metrô contra aumento da tarifa


A tarifa do Metrô subiu para R$ 4,40 na Capital paulista

Tarifa básica de ônibus, metrô e trens passou de R$ 4,30 para R$ 4,40

Agência Brasil

Manifestantes fizeram, desde o final da tarde de ontem (7), passeata no Centro da capital paulista contra o aumento do preço das passagens do transporte coletivo em São Paulo. No primeiro dia do ano, a tarifa básica de ônibus, metrô e trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) passou de R$ 4,30 para R$ 4,40.
A manifestação começou por volta das 17h, em frente ao prédio da prefeitura, no Viaduto do Chá, e seguiu em passeata pelas ruas do Centro da capital paulista. Em nota nas redes sociais, o Movimento Passe Livre (MPL), organizador do ato, criticou a elevação do preço das passagens e afirmaou que a tarifa não deveria existir, já que o transporte é um direito da população.
“Mesmo com a crise econômica e as altas taxas de desemprego, no último dia 20, [o governador do estado, João] Doria e [o prefeito da capital, Bruno] Covas anunciaram mais um aumento: 10 centavos na tarifa unitária. O anúncio foi feito com uma tentativa de acalmar os ânimos argumentando que o aumento ainda é abaixo da inflação. Mas o argumento não se sustenta, pois, se os aumentos seguissem sempre a inflação, hoje a tarifa teria que ser reduzida, não subir ainda mais. Além disso, se o transporte é um direito, a tarifa nem deveria existir”, diz o texto.
Em nota conjunta, a Prefeitura e o governo do Estado afirmaram que o reajuste é de 2,33% e “está abaixo da inflação anual prevista pelo boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, que é de 3,86%”. De acordo com a nota, se as tarifas seguissem a recomposição inflacionária, deveriam estar em R$ 4,47.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada nos últimos 12 meses, até novembro de 2019, último período com dados consolidados, foi de 3,27%.
Diariamente, 8,3 milhões de passageiros são transportados nas 13 linhas disponíveis no Metrô e na CPTM e 8,8 milhões, nos ônibus da Capital.

Grupo de manifestantes foi detido pela Polícia

Um grupo de 29 pessoas foi detido na noite de ontem (7) após manifestação contra o reajuste nas tarifas do transporte público, em São Paulo.
Segundo a Polícia Militar de São Paulo, já na dispersão do ato, um grupo de manifestantes invadiu a estação Trianon Masp do Metrô e danificou as dependências.
“Os policiais se posicionaram à frente do acesso e contiveram os manifestantes, que passaram a lançar tintas e objetos contra os agentes. Um major da PM foi ferido por um estilhaço de vidro, sendo socorrido ao Hospital das Clínicas. Após orientação dos PMs, os manifestantes foram conduzidos para a área externa da estação. Um grupo de 29 manifestantes foi detido e encaminhado ao 78º DP (Jardins), onde foi registrado um Termo Circunstanciado de dano, desacato e lesão corporal. Com os detidos, foi apreendida uma mochila contendo dez coquetéis molotov”, informou em nota a Secretaria de Segurança Pública.
Após a assinatura do Termo Circunstanciado, os detidos foram liberados.