Luís
Alberto Alves
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A 14ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão
Preto, que acontece de 16 a 25 deste mês, deve gerar uma movimentação
financeira de R$ 21,9 milhões, segundo estimativa do Inepad (Instituto de
Ensino e Pesquisa em Administração), coordenado pelo professor Alberto Borges
Matias, doutor em Finanças pela FEA-RP/USP.
Nos 10 dias do evento, a Feira recebe cerca
de 600 mil pessoas. Entre o público alvo estão 100 mil alunos das redes
estadual e municipal, 113 escritores locais, 98 escritores nacionais, 6
escritores internacionais, 45 artistas e personalidades e quase 500 mil
visitantes que se dividirão entre as mais de 600 atividades oferecidas, todas
gratuitas, e os 120 estandes montados para venda de livros.
As atividades
acontecem em 14 locais diferentes, em uma área total ocupada de quase 90 mil
m2 (são 51 mil m² do Parque Maurilio Biagi, mais 6,5
mil m², correspondentes à metade dos Estúdios Kaiser, mais 25,6 mil m² das
duas praças e esplanada, 3,5mil m² do Teatro de Arena, além de duas
bibliotecas, uma livraria, um cinema, um centro cultural e cinco auditórios).
Segundo Matias, a movimentação financeira
estimada de R$ 21,9 milhões inclui os custos do evento e os gastos dos
visitantes na própria Feira e no comércio local. A feira, que tem custo
aproximado de R$ 3,5 milhões, gera 800 empregos diretos e 2.500 indiretos.
Investimentos como o "Cartão-Livro" - um vale para que os alunos da
rede pública adquiram livros na Feira - o transporte e a alimentação dos
estudantes, subsidiados pelos governos estadual e municipal, somam outros R$
3,5 milhões.
Considerando a estatística de um público de
200 mil consumidores (1/3 dos visitantes), ao preço médio de R$ 34,00 por
livro (fonte: Nielsen BookScan,2013) a venda de livros estimada é
de R$ 6,8 milhões. Já os gastos indiretos com transporte e alimentação alcançam
preço médio de R$ 29,69 (fonte: IBGE, dados corrigidos para 2013) e podem
chegar aos R$ 6 milhões. No caso do comércio local, a compra de itens
diversos ao preço médio de R$ 10,78 (fonte: IBGE, dados corrigidos para 2013)
deve movimentar cerca de R$ 2,1 milhões no período do evento.
No aspecto cultural, a Feira inova ao
oferecer a 1ª Biblioteca Digital "Árvore de Livros" e fomentar a
participação de crianças e adolescentes da periferia mesmo antes do evento,
com o projeto permanente "Feira nos Bairros". A Feira também abraça
as questões tecnológica e ambiental. O Cartão Livro entregue aos alunos da
rede pública para compra de livros nos estandes da feira, no valor de R$ 18
(Estado) ou R$ 16 (prefeitura), funciona como um cartão de débito/crédito,
com nome e senhas individuais.
O aplicativo para celular da Feira garante aos
usuários de smartphones das plataformas IOS e Android acesso a toda a
programação da feira, com a possibilidade de agendar atividades e
compartilhar nas redes sociais.
Neste ano, uma das mesas de debates
da Feira será voltada à discussão das questões ambientais. Na prática, a
Fundação Feira do Livro de Ribeirão já tem um projeto ambiental em
funcionamento: há várias edições, o evento faz o gerenciamento das emissões
de gases de efeito estufa de suas atividades.
Polo de serviços
Ribeirão Preto, com uma população estimada
pelo IBGE em 2013 de 649.556, é reconhecido como um pólo de serviços,
educação e saúde. A cidade atrai milhares de estudantes do ensino superior
anualmente para suas 13 universidades, centros universitários e faculdades. É
considerada a 31ª cidade mais rica do país, com PIB per capita de R$ 30.209,
ante a média brasileira de $ 24 mil. É a sede da maior região sucroenergética
do mundo e realiza anualmente a Agrishow, feira de negócios que alcançou
faturamento de R$ 2,7 bilhões neste ano, superior ao Orçamento da prefeitura,
de R$ 2,1 bilhões.
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