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quarta-feira, 21 de abril de 2021

Chumbo quente: Vidas negras importam e muito!



Sair da circulo vicioso “carnaval, samba e futebol”

Luís Alberto Alves/Hourpress

A condenação ontem (20) do policial branco Derek Chauvin, provavelmente há mais de 45 anos de reclusão (a sentença só será divulgada dentro dois meses), mostra que a vida de negros importa. E muito. Afinal de contas todos são iguais, independente da raça, sexo, religião, condição social ou idade.

O problema é que a política de segurança pública nas Américas, Europa, Oriente Médio e Ásia, ainda trata o negro como ameaça. Alguém que precisa ser vigiado e contido, mesmo sem oferecer nenhum risco. Simplesmente porque a sua pele é escura. Motivo suficiente, na opinião dos experts em repressão, para agredi-los.

A sentença do júri no Tribunal do Condado de Hennepin, em Minneapolis, revela que a sociedade não aceita mais argumentos tão absurdos de considerar alguém criminoso, porque não é branco. Delinquentes rompem qualquer barreira. É impossível rotular alguém como bandido por causa da cor, sexo, idade, religião ou posição social.

É um processo longo. Durante décadas, principalmente após o final da escravidão, o negro é rotulado como marginal. Tratado como alguém sem qualquer crédito. As mulheres negras são tratadas como prostitutas. Troféu sexual para a elite, principalmente na época do Carnaval.

A chave para quebrar essa política maldosa é o estudo. O negro precisa estudar mais. Se qualificar, batalhar pelo o seu espaço. Sair da circulo vicioso “carnaval, samba e futebol”. A vida é mais além. Estudar para disputar bons empregos, ótimas patentes nas Forças Armadas, obter grande representação no parlamento.

Sair da tenda da aura de coitadinho. Mostrar suas qualidades, limpar o coração do rancor, da mágoa, do ódio e prosseguir rumo ao sucesso. O sistema não vai fazer nada pela população negra. Ele não admite mudança. Cabe ao negro virar esse jogo. Ter indignação contra a maldade e as desigualdades.

Que a morte de George Floyd e de grande número de negros sirva de motivação para a nova geração acordar e lutar pacificamente, e dentro dos parâmetros da Lei, para que a igualdade seja realidade. Como disse o pastor Martin Luther King, “que negros e brancos andem juntos em todos os sentidos”.

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