Sair da circulo vicioso “carnaval,
samba e futebol”
Luís Alberto Alves/Hourpress
A condenação ontem (20) do
policial branco Derek Chauvin, provavelmente há mais de 45 anos de reclusão (a
sentença só será divulgada dentro dois meses), mostra que a vida de negros
importa. E muito. Afinal de contas todos são iguais, independente da raça,
sexo, religião, condição social ou idade.
O problema é que a
política de segurança pública nas Américas, Europa, Oriente Médio e Ásia, ainda
trata o negro como ameaça. Alguém que precisa ser vigiado e contido, mesmo sem
oferecer nenhum risco. Simplesmente porque a sua pele é escura. Motivo
suficiente, na opinião dos experts em repressão, para agredi-los.
A sentença do júri no
Tribunal do Condado de Hennepin, em Minneapolis, revela que a sociedade não
aceita mais argumentos tão absurdos de considerar alguém criminoso, porque não
é branco. Delinquentes rompem qualquer barreira. É impossível rotular alguém
como bandido por causa da cor, sexo, idade, religião ou posição social.
É um processo longo.
Durante décadas, principalmente após o final da escravidão, o negro é rotulado
como marginal. Tratado como alguém sem qualquer crédito. As mulheres negras são
tratadas como prostitutas. Troféu sexual para a elite, principalmente na época
do Carnaval.
A chave para quebrar essa
política maldosa é o estudo. O negro precisa estudar mais. Se qualificar,
batalhar pelo o seu espaço. Sair da circulo vicioso “carnaval, samba e futebol”.
A vida é mais além. Estudar para disputar bons empregos, ótimas patentes nas
Forças Armadas, obter grande representação no parlamento.
Sair da tenda da aura de
coitadinho. Mostrar suas qualidades, limpar o coração do rancor, da mágoa, do
ódio e prosseguir rumo ao sucesso. O sistema não vai fazer nada pela população
negra. Ele não admite mudança. Cabe ao negro virar esse jogo. Ter indignação
contra a maldade e as desigualdades.
Que a morte de George
Floyd e de grande número de negros sirva de motivação para a nova geração
acordar e lutar pacificamente, e dentro dos parâmetros da Lei, para que a
igualdade seja realidade. Como disse o pastor Martin Luther King, “que negros e
brancos andem juntos em todos os sentidos”.
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