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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Geral: Marco Legal do Saneamento é oportunidade para reduzir desperdício de água


Quarenta por cento dos volumes produzidos perdem-se na produção e na
distribuição de água tratada


Redação/Hourpress

Com a pandemia da covid-19 espalhando-se pelo Brasil e a necessidade urgente de políticas de higienização (como lavar as mãos), a votação do Marco Legal do Saneamento nesta semana representa uma oportunidade de combater as perdas d’água, que, no Brasil, chegam a mais 38%. Medida também favorece a implementação de políticas ecologicamente corretas, alerta a Ramboll, uma das maiores consultorias ambientais do mundo.

"Uma das principais formas de combater a Covid-19 é lavando as mãos, mas, sem a universalização do saneamento, isso é quase impossível", frisa Eugenio Singer, presidente da Ramboll no Brasil. "Atualmente, perdemos muito do que produzimos por problemas na distribuição, mas nunca demos muita atenção por causa da abundância. Com as mudanças climáticas, como as secas recentes que atingiram o Sul e o Sudeste do País, fica nítido que precisamos resolver essa questão".

Segundo levantamento feito pela Ramboll, tendo como base os dados disponíveis no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), 38,45% da água captada é perdida. A Região Norte é a recordista, com mais de 55% de desperdício. Em segundo lugar vem o Nordeste (45,98%), seguido por Sul (37,14%), Centro-Oeste (35,67%) e Sudeste (34,38%).

"Uma das formas de reduzirmos as perdas é revisão da estrutura de distribuição, que possui sistemas antigos, sem dados de cadastro e informações detalhadas, como diâmetro das tubulações, material usado e localização exata, o que facilita as ações de combate aos vazamentos", pondera Singer. "Outra forma é utilizando a tecnologia, com a implementação de uma Gestão Integrada de Dados, com o uso de plataformas digitais, capazes de passar informações em tempo real", completa.

O Marco Legal do Saneamento também quer aprimorar o reuso de água, que é um forte aliado para problemas de oferta hídrica e no suprimento de consumos elevados no setor industrial. Para se ter uma ideia dos benefícios do reúso, a bacia do Alto Tietê, por exemplo, que atende uma população de mais de 15 milhões de habitantes, não dispõe, a longo prazo, de mananciais suficientes para suprir as demandas futuras, sendo importante a reutilização do volume de esgoto tratado para fins menos nobres.

Ainda de acordo com o SNIS - ano base 2018, o Estado de São Paulo trata um volume de 140 milhões m³/mês, gerando oportunidades de reúso significativas para diferentes demandas. Um exemplo são as indústrias, que têm inúmeras possibilidades de receber efluente sanitário tratado, como torres de resfriamento com água de make-up; construção civil, incluindo preparação e cura de concreto; e lavagens de piso e de alguns tipos de peças. Não existem dados disponíveis do quanto é reutilizado.

Sobre a Ramboll
A Ramboll é uma empresa de dinamarquesa de consultoria ambiental, que está entre as maiores do mundo. Operando em todos continentes, ela desenvolve projetos na área de transporte, planejamento urbano, energia, saúde, meio ambiente, dentre outros.

A Ramboll tem como compromissos explícitos as Pessoas, os Clientes, a Empresa e a Sociedade. Foi fundada há 75 anos atrás, após a Segunda Guerra Mundial para reconstruir a Europa e hoje está preparada e estabelecida em mais de 30 países e 300 escritórios ao redor do mundo para ajudar a través de seus 16.000 colaboradores a ajudar os países a se recuperarem da grave crise econômica causada pela covid-19.

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