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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Chumbo Quente: A ditadura mais cruel do que a do Regime Militar de 1964

O tempo todo a pessoa vive preocupada com algo que vai falar e desagradar e logo receber o carimbo de ignorante


Luís Alberto Alves/Hourpress
Divulgação

Os tempos estão difíceis, principalmente para nós que pegamos um bom pedaço da Ditadura Militar de 1964. Naqueles 21 anos você não tinha liberdade para fazer nada. Caso contrário era preso, acusado de ser terrorista ou comunista e sofrer torturas. Uma mais cruel do que a outra. Para confessar algo que não sabia.
Valia tudo: arrancar as unhas com alicate, extrair dentes sem anestesia, dar choque elétricos dentro do nariz, ouvido, na língua, órgãos genitais, dentro do ânus ou então sentar numa cadeira de zinco com parte da cabeça enfiada num balde de alumínio e os dois pés dentro de uma bacia com água e sal e sofrer descargas elétricas.
Mesmo este sofrimento não se equipara à nova ditadura do “Politicamente correto” implantada do ano 2000 em diante. Terrível. O tempo todo a pessoa vive preocupada com algo que vai falar e desagradar e logo receber o carimbo de ignorante, homofóbico ou preconceituoso.  Errou, o couro come no lombo.
Politicamente correto
É um novo tipo de ditadura. Mais sofisticada. Os torturadores do Regime Militar machucava o suspeito até o limite de ele ficar próximo da morte. Ao obter a informação, a vítima terminava presa ou solta, com o corpo físico coberto de ferimentos. Na atual ditadura em que vivemos hoje, quem não se enquadra nos padrões do “Politicamente Correto” é linchado publicamente nas redes sociais.
Para você não dar bola fora e ficar de bem com esses “grandes irmãos” elaborei um pequeno dicionário. Leia abaixo algumas definições para você não sofrer perseguição da rigorosa patrulha do batalhão do “Politicamente Correto”.
Favelado: morador em comunidade. Nunca diga carente, mesmo que ali falte tudo. O correto é comunidade.
Barrigudo: alguém com o ventre saliente.
Prostituta: pessoal experiente em proporcionar prazer sob pagamento de dinheiro, num tempo estipulado entre as partes.
Desempregado: pessoa com déficit profissional temporário.
Mentiroso: pessoa que falta com a verdade.
Puxa-saco: funcionário com excesso de carinho pela empresa.
Ladrão: aquele que ganha a vida subtraindo dinheiro alheio.
Pão duro: excesso de apego ao dinheiro.
Negro: cidadão afro.
Lixeiro: profissional recolhedor de produtos excluídos pela sociedade.
Dor de parto: sensação ruim no corpo durante o nascimento do bebê.
Gordo: homem com excesso de energia no organismo.
Gorda: mulher com excesso de fofura.
TPM: período de insegurança próxima da menstruação.
Menopausa: onda de calor em horas indesejadas.
Assalariado: alguém que a empresa paga determinada quantia para o exercício de um cargo.
Grevista: funcionário descontente com as condições impostas pelo patrão.
Boa idade: menino ou menina no início da adolescência.
Vagabundo: alguém que por conta própria se recusa trabalhar.
Guloso: pessoa com grande volume de apetite.
Cachaceiro: quem gosta de tomar grandes doses de bebidas.
Drogado ou dependente químico: aquele que gosta de boas sensações através de substâncias químicas.
Assaltante: quem subtrai dinheiro dos outros sob ameaça de arma.
Piranha: mulher que gosta de sentir prazer com várias pessoas, casadas ou solteiras, de noite ou de dia.
Velho ou idoso: alguém cujo anos de vida já são longos.
Mendigo: pessoa que mora temporariamente nas ruas, longe do aconchego do lar.
Nervosinho ou nervosinha: alguém que não tem controle emocional.
Japonês, chinês, coreano, vietnamita, tailandês, cambojano: cidadãos do oriente. Segundo a ditadura do “Politicamente Correto”, ao incluir a palavra oriente, se valoriza mais o local onde essa pessoa nasceu.
Fila seja de carro ou pessoas: o correto é dizer que segue o fluxo.
Satanista: quem por opção não aceita as regras de Deus. Jamais diga que esse alguém é servidor do diabo ou do cão.
Preguiçoso: pessoa com indisposição permanente ou temporária de trabalhar.

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