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O governador de SP,Geraldo Alckmin (PSDB) não pagou reajuste salarial assinado em abril |
Luís Alberto Alves
O discurso de governo sensato,
preocupado com a saúde da população paulista, de Geraldo Alckmin (PSDB) caiu
por terra hoje (9) durante manifestação realizada pelo Sindiquímicos Guarulhos,
diante do portão de entrada do Palácio do Governo, no bairro do Morumbi, Zona
Sul de SP.
Segundo o presidente do
Sindiquímicos Guarulhos e da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Químico), Antonio Silvan Oliveira, desde a assinatura da convenção
coletiva em 11 de abril, na qual a categoria obteve INPC integral (10%) de
reajuste, o governo Geraldo Alckmin, através da Secretaria Estadual de Saúde, recusa
aplicar o aumento nos salários dos cerca de mil funcionários do laboratório
estadual Furp (Fundação para o Remédio Popular) e das Farmácias Dose certa.
“Não aceitamos essa postura do
governo. Para o público tem um discurso de responsabilidade e de bom
administrador, mas para os trabalhadores da Furp age de forma irresponsável,
inclusive apoiando o sucateamento deste importante laboratório”, disse. Na
avaliação de Silvan, Alckmin procura ignorar algo que é garantido pela lei.
Quando o sindicato patronal (representante das indústrias farmacêuticas) assina
a convenção coletiva com a federação dos trabalhadores químicos e
farmacêuticos, ela tem poder de lei, não pode ser ignorada.
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Trabalhadores protestaram diante da sede do governo paulista |
Durante o protesto, acompanhado
por 120 funcionários da Furp e Farmácia Dose Certa, diretores do Sindiquímicos
Guarulhos e demais entidades sindicais que foram solidárias à causa dos
trabalhadores da Furp, Silvan falou de medidas estranhas adotadas pela
superintendência deste laboratório, com sua principal unidade em Guarulhos
(SP), onde é produzido o coquetel AntiAids.
“Desativam a lavanderia e
contratam uma empresa do Rio de Janeiro para fazer o serviço de limpeza dos
uniformes dos funcionários, mas eles voltam sujos. Depois desativam a câmara
fria, onde são guardados alguns medicamentos, e outra empresa do Rio de Janeiro
assume o serviço. Por meio de uma PPP (Parceria Público Privada) outra empresa
assume a produção de remédios na unidade de Américo Brasiliense (SP), que os
vende para a Furp. Algo está errado nessas histórias. É preciso uma Lava Jato
no governo Alckmin”, enfatizou Silvan.
Outro caso estranho, explica,
é a nomeação para gerência Geral da Divisão Administrativa e Financeira da Furp
de Luis Ricardo Strabelli, indicado pelo secretário da Saúde de São Paulo,
David Uip. Strabelli é marido de Tânia Maria Strabelli, médica que trabalha na
clínica particular de Uip na capital paulista. “Os trabalhadores da Furp
percebem que o governo Ackmin acelera o sucateamento deste importante
laboratório, ao adotar posturas não condizentes com bons estadistas, como
dificultando a distribuição de medicamentos, que acabam se estragando. Aliás,
os veículos da Furp que faziam esse serviço foram encostados e acabou aberta
licitação para contratar empresa particular de transporte”, finalizou.
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